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Tecnologia chega ao campo

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Fazer com que o conhecimento gerado nos centros de pesquisa chegue até o campo é um dos grandes desafios enfrentados no setor agropecuário no Brasil. Em Mato Grosso, um trabalho iniciado há cerca de quatro anos pela Embrapa apresenta os primeiros resultados positivos.
A ideia é investir na capacitação dos agentes de assistência técnica e extensão rural, que serão os multiplicadores de conteúdo, fazendo com que a informação chegue até o produtor. A novidade é que esta capacitação faz parte de um processo contínuo. Assim, o técnico participa de dois ou três módulos anuais de treinamento em uma formação sem prazo para acabar. O conteúdo abordado é retroalimentado pelos próprios participantes por meio das dificuldades, dúvidas e demandas encontradas no dia-a-dia no campo.
Com isso, o técnico, seja ele de cooperativas, prefeituras, órgão de extensão ou autônomo, assume o protagonismo na região onde atua. Para que isso seja possível, ele tem de montar uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) em alguma propriedade que assiste e tem de usá-la como vitrine para disseminar o conhecimento para colegas de profissão e para os produtores da região.
Para possibilitar o desenvolvimento das cadeias produtivas mais representativas para Mato Grosso, a Embrapa Agrossilvipastoril desenvolve dez processos de capacitação continuada. São contempladas atualmente as cadeias do leite, da pecuária de corte, da olericultura, fruticultura, mandiocultura, piscicultura, apicultura, biodiesel, sistemas agroflorestais e integração lavoura-pecuária-floresta.  Atualmente cerca de 470 técnicos participam ativamente de alguma das dez capacitações continuadas.
"Este técnico vai participar de treinamentos sobre temas de interesse e então ele será uma pessoa com alto conhecimento sobre esta atividade. Com isso ele poderá, de uma forma muito efetiva, voltar a sua região e melhor assistir aos produtores", explica o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrossilvipastoril, Lineu Domit.
É o que já acontece com o técnico em agropecuária da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) em Campo Verde, Sérgio Mazete. Como a região em que atua tem grande vocação para a produção de hortaliças, devido à proximidade do mercado consumidor de Cuiabá, ele participa da capacitação continuada da olericultura. Há três anos participa de todos os módulos do treinamento e já percebe melhorias em seu trabalho.
"Com esta capacitação você busca novas tecnologias e tem mais conhecimento para transmitir ao produtor. Agora é possível passar mais informações sobre manejo de pragas, rotação de culturas, agroecologia e tudo isso contribui para reduzir o custo de produção e o uso de agrotóxicos", conta Sérgio, que ainda destaca o intercâmbio de experiências com colegas e instrutores como um dos pontos altos da capacitação.

Resultados

No município de Cáceres está um bom exemplo de resultado prático das capacitações continuadas. O biólogo da Empaer Douglas Castrillon participa desde o início do treinamento da cadeia produtiva do leite. Já coordena duas Unidades de Referência Tecnológica e está implantando uma terceira.
Os locais são usados por ele como ferramentas metodológicas para multiplicar o conhecimento que adquire na capacitação para produtores e técnicos. Promove dias de campo, oficinas técnicas, demonstrações de método entre outras atividades. Além disso, iniciou um processo de treinamento de colegas da assistência técnica da região.
"Eu não sei o que aconteceu. Mas a motivação para trabalhar aumentou com a participação na capacitação. Talvez pelo aumento de conhecimento e por saber que temos o respaldo de um time composto pela equipe da Embrapa. Mas o que realmente mudou muito foi a forma de agir e de pensar. A eficiência está muito maior", analisa Douglas Castrillon.
E esta motivação do técnico se reflete também nos produtores beneficiados e nos resultados obtidos no campo. Castrillon exemplifica esta empolgação com o caso da família do produtor Gabriel Antônio Felipe. Em um ano e meio de trabalho, adotando apenas tecnologias de baixo custo, como a rotação de pastagem e a seleção do rebanho pelo controle leiteiro, foi possível passar a média diária de produção da propriedade de 35 para 110 kg de leite. Isso ainda com a redução do número de cabeças do rebanho já existente.
"Gosto muito de mostrar este exemplo, pois é um produtor que com baixo investimento, vem obtendo um resultado muito bom. Assim não tem desculpa de que com dinheiro tudo funciona", afirma Douglas.

Metodologia de trabalho

Cada processo de capacitação conta com um coordenador e um grupo gestor formado pela Embrapa, Empaer, Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar de Mato Grosso e parceiros. Este grupo é responsável por orientar a condução e definição da programação dos módulos.
No início da capacitação é feito um nivelamento com todos os participantes. Em seguida, novos temas são abordados, sendo que muitos deles são sugeridos pelos próprios alunos, a partir de situações vivenciadas por eles nas URTs ou mesmo no atendimento direto aos produtores.
Entre os instrutores estão pesquisadores de diferentes Unidades da Embrapa e de diversas instituições de ensino, pesquisa e extensão rural de todo o país.
"Onde tiver um especialista em determinado assunto nós vamos atrás para contribuir com a capacitação", explica Lineu Domit.

Extensão rural em Mato Grosso

Apesar de ser conhecido pelas grandes fazendas, com lavouras de milhares de hectares e pastagens extensas, o estado de Mato Grosso tem um grande contingente de pequenos agricultores que dependem da assistência técnica oficial para produzir.
De acordo com dados da Empaer (2009), dos 188.560 estabelecimentos agrícolas do estado, 140.201 pertencem a pequenos produtores, o que representa quase 75% do total. Destes, 90.046 são assentados da Reforma Agrária, que em sua maioria não são agricultores tradicionais e precisam de apoio técnico para desenvolver as atividades agropecuárias.
 

Fonte: Embrapa

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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