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Tecnologia Antecipe aumenta produtividade do milho segunda safra

Fruto de 13 anos de estudos, Antecipe reúne um sistema inédito de produção de grãos, uma semeadora-adubadora específica e um aplicativo para orientar o produtor.

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Foto: Guilherme Viana

Ganhos médios diários de produtividade entre 1,5 e 2,3 sacas por hectare com a antecipação do plantio do milho na cultura da soja. Esses são os resultados obtidos com o Sistema Antecipe, método de cultivo intercalar desenvolvido pela Embrapa que permite o plantio da segunda safra do cereal em até 20 dias antes da colheita da soja. Os números registrados, apresentados pelo pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (MG) Décio Karam durante o 33º Congresso Nacional de Milho e Sorgo (CNMS), surpreendem como uma solução eficiente para diminuir os efeitos causados pelas incertezas do clima na segunda safra. Segundo ele, os resultados mais expressivos foram obtidos na segunda safra de 2021 em um experimento conduzido em Rio Verde (GO), no qual o Antecipe entregou 46 sacas de milho por hectare a mais na mesma área.

Lançado em 2020, o Antecipe é um pacote que agrupa um sistema inédito de produção de grãos, uma semeadora-adubadora – desenvolvida pela Embrapa e aprimorada pela empresa Jumil – e um aplicativo para auxiliar o produtor a planejar a execução. O milho é semeado pelo equipamento nas entrelinhas de soja, durante o estádio R5 da leguminosa. Na hora da colheita, o milho é cortado junto com a soja, ficando apenas um pequeno caule de cada planta do cereal. Só que, nesse momento, toda a lavoura de milho já está implantada, com raízes em pleno desenvolvimento e pronta para continuar crescendo. Esse plantio antecipado permite um ganho de até 20 dias e faz o cereal aproveitar condições climáticas mais favoráveis.

Artigos publicados em revistas técnicas das cooperativas Comigo (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano) e Cocamar (Cooperativa Agroindustrial – Maringá, PR) corroboram os dados inéditos apresentados. Resultados de experimentos conduzidos pela Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Soja e pelo Departamento Técnico da Cocamar endossam os incrementos de produtividade proporcionados pelo Sistema Antecipe quando comparados a épocas de semeaduras que são realizadas fora do calendário agrícola preconizado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

“É importante salientar que o Sistema Antecipe não visa à substituição do cultivo do milho segunda safra hoje implantado no Brasil. Todos os resultados gerados até agora demonstram que essa técnica visa àredução de riscos do milho semeado fora do calendário agrícola preconizado pelo Zarc”, pondera Karam.

Os ganhos apresentados pelo Antecipe, em todas as regiões onde a tecnologia vem sendo implantada, demonstram que a produtividade de grãos é maior nesse sistema quando comparada à semeadura tardia. “Assim, o milho semeado em melhores condições de clima poderá ter produtividade superior ao Antecipe”, reforça Emerson Borghi, também pesquisador da Embrapa. “Pelo que está demonstrado, o Antecipe produz mais que o milho semeado tardiamente”, reafirmam ambos os pesquisadores, responsáveis pelo desenvolvimento do trabalho que culminou no lançamento da tecnologia após 13 anos de estudos.

Resultados obtidos no estado do Paraná e publicados na edição de janeiro de 2022 da revista Safratec, periódico produzido pela Cocamar, revelam ganhos diários de produtividade de até 3,9 sacos por hectare por dia de antecipação com a adoção do sistema, se comparados ao plantio do milho após a soja, fora da janela ideal de semeadura. Esses dados promissores foram registrados em Londrina (PR), com o milho semeado em março de 2021. No início do desenvolvimento da tecnologia, em 2009, Campo Mourão, na região centro-oeste do estado, registrou 2,9 sacas a mais na mesma comparação.

Em Rio Verde, no sudoeste goiano, de acordo com resultados publicados no Anuário de Pesquisas de 2021 do Instituto de Ciência e Tecnologia da Comigo, “há ganho de 3,6 sacos de milho por hectare por dia nos 17 dias de antecipação em relação à semeadura tardia, o que significa um ganho de 40% em produtividade entre essas épocas”, diz o trecho de um artigo de autoria de pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo e de agrônomos da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e do Instituto de Ciência e Tecnologia (ITC) da Comigo.

“Outra importante conclusão é que com essa técnica de cultivo, apesar da presença da soja, até a colheita da oleaginosa é possível obter ganhos de produtividade de milho segunda safra, mesmo após o dano mecânico nas plantas provocado pela passagem da colhedora”, relata Karam. Os resultados também estão publicados no Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa.

Estratégia para redução de risco
Segundo Karam, a produtividade de grãos obtida com o Antecipe não pode ser comparada à produtividade do milho semeado em condições mais propícias para a expressão máxima de produtividade. “Toda propriedade tem aquele milho tardio, plantado fora da janela ideal. Nessas áreas, encontramos a porta de entrada para o Sistema Antecipe”, explica o pesquisador.

“Todas as regiões agrícolas brasileiras sofrem com essa questão do atraso do plantio da soja em decorrência das condições climáticas. Consequentemente, o plantio do milho safrinha também vai sendo adiado, em condições desfavoráveis, com maiores riscos e menos produtividade. O Antecipe nasceu para contornar isso”, conta Karam.

Antecipe com sorgo 
A tecnologia é viável também para o sorgo, que está em franca expansão no Brasil. Segundo dados de um experimento conduzido em 2021 na Embrapa Milho e Sorgo, e apresentados durante o Congresso, a semeadura de uma cultivar de sorgo da Embrapa, executada 14 dias antes da colheita da soja, rendeu 8,52 toneladas a mais de massa verde por hectare. “O sorgo semeado pós-soja atingiu 12,96 mil quilos de massa verde por hectare. Já a produtividade da mesma cultivar, semeada duas semanas antes da colheita da oleaginosa, chegou a 21,48 mil quilos”, revela o pesquisador. “Temos que adaptar o sistema para cada região, para a cultivar que o produtor está usando e para as condições climáticas. Mas sabemos, a partir dos dados, que a tecnologia é extremamente eficiente”, completa.

Pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (MG), Décio Karam

As análises de desempenho do Sistema Antecipe vêm sendo conduzidas nas principais regiões agrícolas brasileiras, como o Centro-Oeste e a região Centro-Sul. “Estudos também estão sendo feitos nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para Paragominas, no Pará, e Roraima, além do Oeste da Bahia”, revela Karam. Outros diferenciais já vistos pela equipe de desenvolvimento no milho plantado antes da colheita da soja são melhor enraizamento (foto) e menor incidência da cigarrinha, se comparado ao cereal plantado após a soja, fora da janela ideal de semeadura. “Ainda são dados preliminares que precisam ser comprovados pela pesquisa”, pondera.

Tecnologia disruptiva
É preciso pensar de forma diferente no momento de adotar a tecnologia, de acordo com Karam. “Deve-se plantar o milho antes da colheita da soja. No momento da colheita da oleaginosa, o cereal vai ser cortado e vai retomar seu crescimento”, explica. Apesar do impacto visual que o dano mecânico na planta de milho pode provocar no produtor, com o corte rente ao solo quando a colheitadeira de soja passa sobre a lavoura, o pesquisador busca na ciência a explicação para tranquilizar o agricultor. “O ponto de crescimento do milho fica abaixo da superfície do solo até o estádio V6, fase vegetativa com seis folhas desenvolvidas. Portanto, com o dano mecânico até esse estádio, o milho vai continuar seu crescimento”, detalha.

O pesquisador ainda revela que cultivares de soja com porte mais ereto, que tenham a inserção da vagem em um ponto mais alto, e tratores com o vão livre adequado otimizam o Antecipe.

Fonte: Embrapa Milho e Sorgo

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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