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Suínos / Peixes

Técnica pós-cervical muda padrões de inseminação artificial

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1)
Como funciona a técnica da inseminação artificial pós-cervical? Qual a
diferença da IA intracervical?

A
técnica de inseminação artificial tradicional utilizada em suínos permite a
deposição da dose inseminante na porção proximal a média da cérvix, por isso é chamada
de deposição intracervical.

A
inseminação artificial pós-cervical (IAPC) foi possível pela adição de um novo
instrumento ao processo: o cateter. Os cateteres utilizados atualmente permitem
uma extensão de aproximadamente 20 cm além da pipeta tradicional, ultrapassando
assim a barreira da cérvix e alcançando o corpo do útero e a porção inicial dos
cornos uterinos (figura 1).

            Uma das perguntas mais frequentes
nas granjas talvez seja: “Como uma extensão de apenas 20 cm permite uma
alteração tão significativa no número de espermatozóides utilizados e no volume
das doses?”.

A
cérvix representa um ambiente hostil ao espermatozoide, com saliências e
reentrâncias (aneis cervicais), muco, pH e células de defesa, onde uma porção
significativa dessas células de fato pode ser perdida.

Além
dessas considerações a respeito da cérvix, os “apenas” 20 cm significam quase 5.000
vezes o tamanho do espermatozóide (que tem aproximadamente 50µ). Comparando com
uma pessoa de 1,80m, significariam 9.000 metros. Apesar do transporte
espermático nessa fase praticamente não depender da motilidade da célula (e sim
das contrações uterinas e da fluidez do muco na cérvix), a IAPC permite a não
exposição a esse ambiente e coloca os espermatozoides já no ambiente uterino,
diminuindo significativamente as perdas.

2)
 Por que se fala tanto hoje em dia de inseminação
artificial pós-cervical?

 A
Inseminação artificial tradicional é uma técnica que foi desenvolvida na década
de 30, no Japão e Rússia e os primeiros registros da tentativa de modificar
esse processo e utilizar a IAPC em suínos datam do final dos anos 50, portanto,
não é uma ideia que possamos chamar de “nova”.


em 1959, um pesquisador utilizou um equipamento que dispunha de um cateter para
realizar a deposição intrauterina do sêmen, muito parecido com o que utilizamos
hoje. 
Os resultados desse autor foram
excelentes, com aproximadamente 100% de taxa de prenhez e 95% de oócitos
fecundados. Nas pesquisas bibliográficas que realizamos, não está claro porque
essa ideia tão promissora foi abandonada na época.

            O assunto foi retomado na comunidade
científica da suinocultura no início de 2000, com a realização de uma série de
trabalhos já em condições de campo e com os equipamentos que utilizamos
atualmente. Os resultados desses trabalhos estão resumidos na tabela abaixo.

 

Autor

Tratamento

Bilhões de sptz/dose

Volume (mL)

Taxa de Prenhez (%)

No de fetos ou embriões

Watson e Behan, 2002

IAPC

1,0

80

86,9

12,1

IAT

3,0

80

92,5

12,2

Dallanora et al.,
2004*

IAPC

1,5

60

94,9

11,5

IAT

3,0

90

94,4

11,8

Bennemann et al, 2004*

IAPC

0,5

20

92,7

11,3

IAT

3,0

90

95,1

12,1

*trabalhos
realizados no Brasil.

 

Concomitantemente,
enquanto alguns trabalhos comprovavam que era possível utilizar a técnica e
reduzir o número de espermatozoides, outros trabalhos testavam qual poderia ser
o número mínimo seguro de espermatozoides/dose para ser utilizado em condições
comerciais.

 

Autor

Tratamento

Bilhões de sptz/dose

Volume (mL)

Taxa de Prenhez (%)

No de embriões

Mezalira et al., 2003*

IAPC

1,0

20

84,7

13,3

0,5

20

85,5

14,3

Bennemann et al., 2004*

IAPC

1,0

60

82,1

15,9

2,0

60

96,5

14,9

*trabalhos
realizados no Brasil

 

Nos
dados de pesquisa, ficou estabelecido que é possível utilizar até 1,0 bilhão de
espermatozoides/dose e 25 mL de volume total, porém, baseado no conhecimento do
aparelhamento das centrais de inseminação daquela época, optou-se por trabalhar
com um pouco mais de cautela, o que é mantido até hoje.

Tabela
3
. Número de espermatozoides e volume de dose inseminante ideais para o uso de
IA tradicional e IAPC, em condições de campo no Brasil.

Dados da inseminação

IA Tradicional

IA Pós-cervical

No
de espermatozoides

3-4
bilhões

1,5
bilhão

Volume
da dose

80-100
mL

40-60
mL

 

Apesar
do estabelecimento completo da metodologia e dos resultados já consolidados há
mais de 10 anos, o custo do conjunto pipeta/cateter ainda era muito alto e
tornava a inviável a aplicabilidade em condições comerciais, tanto no Brasil
como em qualquer outro local do mundo. Em 2002, uma pipeta de IAPC custava mais
de 10 vezes o valor da pipeta de IA tradicional.

Nos
últimos anos, especialmente na Espanha, essa técnica passou a ser utilizada em
condições comerciais e, no Brasil, com a chegada de equipamentos de custo
razoável, o uso passou a ganhar uma importância significativa.

 3) Quais são as vantagens REAIS da IAPC?

            As possíveis vantagens na
utilização dessa técnica estão relacionadas ao aumento do número de nascidos,
diminuição do tempo de inseminação, redução do consumo de diluente e redução do
número de machos no plantel. É fundamental avaliar essas possibilidades com cautela
em cada granja.

            O aumento do número de nascidos não
deve ser considerado uma verdade absoluta. Todos os trabalhos são claros em
provar que, quando a IA tradicional é bem conduzida, os resultados da IAPC são
semelhantes, ou seja, é possível MANTER o desempenho reprodutivo utilizando 50%
a menos de espermatozoides e de volume de dose. É um erro dizer que a técnica
por si só melhora o desempenho das granjas, quando o manejo reprodutivo é
adequado.

            O segundo ponto muito discutido é o
tempo de inseminação nas granjas. Esse benefício vem ao encontro de toda a
discussão de otimização de mão de obra as granjas e também não é uma verdade
absoluta. Quando cronometramos o tempo de inseminação total, desde a passagem
do macho para confirmar o cio até o final da infusão da dose, não há diferença
significativa.

            Os dois benefícios reais estão
relacionados à redução de 50% no número de espermatozoides e volume de dose,
permitindo uma economia em diluente e um aumento no número de fêmeas atendidas
por um mesmo macho.

            A IAPC permite a aceleração da
difusão de características desejáveis nos planteis
. Os machos são
responsáveis por 50% do melhoramento genético que chega ao plantel e são
selecionados para características produtivas (conversão alimentar, ganho de
peso, carne magra), as quais possuem uma maior herdabilidade que as
características reprodutivas. Com a redução na necessidade de machos, pode ser
tomada a decisão de utilizar machos de maior valor e melhorar algumas
características no rebanho com maior velocidade.

OS
relatos mais recentes indicam uma relação de 1 macho: 350 matrizes,
considerando que aproximadamente 20% das coberturas serão realizadas com doses
tradicionais (leitoas) e 80% das inseminações com doses de IAPC.

 4)
Implementação, protocolos, cuidados
(A IAPC exige protocolos diferenciados
de execução? Quais os principais cuidados? Somente profissionais especializados
podem realizar a IAPC na propriedade? A indução do cio é necessária para o uso
da IA Pós-cervical? Ou qual protocolo seria o mais recomendado?)

 Não
há mais dúvidas sobre a aplicabilidade prática dessa tecnologia nas condições comerciais
das granjas brasileiras, o que há, de fato, é a necessidade de
cuidados na
produção das doses inseminantes e especialmente em relação a lesões ao trato reprodutivo
da matriz durante a IAPC
.

            Para o manejo reprodutivo em si, não
há alterações na dinâmica de indução/diagnóstico de cio e também não há
necessidade de nenhuma manipulação hormonal do ciclo estral.

            Um ponto que vendo sendo trabalhado
com alguma diferença entre as granjas é a questão da presença ou não do macho
na frente das fêmeas no momento da infusão das doses inseminantes. Algumas
granjas preferem continuar trabalhando da forma tradicional (com a presença do
macho) e não tem sido observada maior dificuldade por causa disso. Lembrando
que o macho precisará permanecer na frente das leitoas que continuarão sendo
inseminadas pela técnica tradicional.

            A dinâmica ideal da realização da
IAPC é a introdução e alocação da pipeta na cérvix de 4 a 5 matrizes ao mesmo
tempo, sendo seguida pela passagem do cateter nas mesmas 4 a 5 matrizes e
posterior infusão da dose. Dessa forma, a fixação da pipeta promove o
relaxamento da cérvix, preparando para a passagem do cateter. 
Nos
casos de dificuldade de passagem do cateter, as alternativas são esperar alguns
instantes, fazer a infusão de uma pequena quantidade de sêmen para haver alguma
lubrificação e até mesmo fazer a tentativa de realocar a pipeta.

No
protocolo de inseminação, são utilizadas doses de sêmen com 24 h, ou seja, uma
dose inseminante/dia, o que já era feito em diversos sistemas de produção,
mesmo utilizando IA tradicional. 
Tanto a produção das doses
inseminantes quanto a realização da inseminação podem ser conduzidas pelas
mesmas pessoas que trabalham com a IA tradicional, porém não podemos subestimar
os riscos de erros nesses processos e perdas de produtividade. Ë essencial
realizar treinamentos teóricos, práticos, sérios e detalhados, capacitando
realmente às pessoas. Em alguns casos, o que estamos vendo no campo atualmente
é a banalização/simplificação excessiva dos procedimentos, o que não é
desejável em nenhuma atividade e abre portas para “queimar a tecnologia”.

4.1) Produção de doses de sêmen para
IAPC

            Pelo uso de um número menor de
espermatozoides, é fundamental que o processo de determinação da concentração
seja o mais preciso e o menos subjetivo possível. 
Como sabemos, a câmera de Neubauer é
o método mais preciso para determinar a concentração do ejaculado (número de
espermatozoides/mL), porém, pela riqueza de detalhes na sua execução, é também
a técnica que está sujeita ao maior risco de erro e ao maior tempo, o que
inviabiliza seu uso na rotina das centrais de produção de sêmen. Pela
subjetividade da avaliação visual, também não recomendamos o uso de
espermodensímetro.

Os
sistemas de avaliação computadorizada são considerados os métodos mais
precisos. Pelo seu custo, isso ficaria limitado, atualmente, às centrais de
grande porte. Em centrais de porte médio, os fotômetros são a ferramenta que
produz, na prática, o maior custo/benefício, especialmente se forem
frequentemente auditados através da contagem na câmara de Neubauer.

Além
da escolha do método de determinação da concentração, todo o procedimento
precisa ser cuidadosamente realizado. Em geral, não utilizamos mais que 0,5 mL
de sêmen (na maioria das vezes muito menos que isso) para estimar o número de
espermatozoides em 300 a 400 mL de sêmen. Então, essa amostra precisa ser muito
bem coletada.

Durante
a coleta, as células tendem a se acumular em maior concentração no fundo do
recipiente, então, se coletarmos do fundo estaremos superestimando e, se
coletarmos muito superficialmente, estaremos subestimando. É fundamental a
homogeneização do ejaculado antes de coletá-la. Essa homogeneização também deve
ser realizada com cuidado, pois os movimentos de centrífuga acabam lançando os
espermatozoides para as paredes do copo, prejudicando a avaliação.

O
volume do ejaculado também deve ser estimado através do peso, evitando
recipientes graduados em mL, os quais, na maioria das vezes, não são precisos.

 4.2) Desperdício de espermatozóides

 É
preciso tomar alguns cuidados em relação a três momentos que podem ser fonte de
desperdício/perda de espermatozóides: o uso do sêmen para lubrificar a pipeta, o
residual de sêmen que pode ficar dentro do cateter após o final da IA e o
refluxo no momento da inseminação.

As
duas primeiras situações podem gerar perdas de até 10 mL e significar 20% dos
espermatozóides que deveriam ser infundidos. 
A
questão do refluxo não é comum na IAPC e pode ser um indicador de que os
equipamentos estejam mal posicionados no trato reprodutivo.

 

4.3) Lesões no trato reprodutivo
feminino

 Nos
trabalhos realizados no Brasil, a taxa de sucesso na passagem do cateter pela
cérvix é próxima de 100%, nas matrizes multíparas, ou seja, não há grandes
dificuldades na realização da técnica. A IAPC tem restrição de uso nas leitoas
e exige um pouco mais de cuidado nas primíparas. 
A lesão ao trato reprodutivo (cérvix
e/ou útero) é avaliada pela presença de sangue no momento da retirada da pipeta
e tem consequências sobre o desempenho reprodutivo.

 

 

 

Figura
5. Pipeta com e sem presença de sangue logo após a sua retirada do trato
reprodutivo. (foto: grupo de Suínos da Unoesc)

Autores

% de fêmeas

com presença de sangue

Consequências

Dallanora
et al., 2004

9,5

13,8%
x 2,6% de retorno ao cio nas matrizes que tiveram e não tiveram sangue,
respectivamente.

Bennemann
et al., 2005

8,4

2,6
leitões a menos nas matrizes que tiveram sangramento.

 

Como
pode ser visto, o impacto é bastante significativo e a passagem do cateter
merece toda a atenção. Temos trabalhado com treinamento em peças de frigorífico
para simular a dificuldade de passagem do cateter pelos aneis cervicais, para
depois passar para as matrizes em cio. Deve ser uma preocupação de todos,
também pelas questões de bem estar e não sofrimento das matrizes.

 5)
Qual a importância da qualidade de fertilidade do reprodutor no processo?
Podemos falar em padrões de reprodutor mais recomendado para a técnica?

 Com
o aumento do número de matrizes atendidas/ macho na IAPC, o reprodutor ganha
uma importância ainda maior.

Apesar
disso, não há um padrão de reprodutor que seja mais indicado para ser doador de
sêmen para a IAPC. Há uma indicação de realização de exame de morfologia
espermática a cada 60 dias, como rotina de machos em Centrais de produção de
sêmen e as avaliações de motilidade espermática de sêmen in natura e sêmen
diluído. Os limites mínimos para esses parâmetros continuam os mesmos, sendo
< 20% de defeitos totais e >70% de motilidade.

A
fertilidade individual dos machos é muito importante. Praticamente não há uso
de pool de sêmen na suinocultura brasileira e trabalhos recentes têm indicado
que, mesmo quando utilizado o pool, na maioria das vezes não permite a devida compensação
dos problemas.


aproximadamente 15-20% dos machos que se apresentam subférteis ao longo do ano,
mesmo sem sinais clínicos e sem alteração nas avaliações de rotina citadas
acima (Alm et al., 2006). Essa constatação ganha importância à medida que
reduzimos o número de células/dose, como no caso da IAPC.

É
preciso implantar um programa de controle de qualidade nas centrais de produção
de sêmen de forma garantir a estabilidade da qualidade das doses produzidas ao
longo do ano (pelo menos bacteriologia de água e sêmen, concentração
espermática, morfologia e motilidade).

            Com relação aos indicadores de
subfertilidade, infelizmente ainda não existem testes simples e de
aplicabilidade prática que estimem com alto grau de confiabilidade que indiquem
essa situação.

 6) É uma tecnologia mais cara?  Por que compensa? Pode ser utilizada por todo
produtor?

 A
decisão de implementação da técnica de IAPC num sistema de produção deve ser
avaliada individualmente. Sob o ponto de vista de disseminação de
características desejáveis no rebanho, as vantagens são evidentes. Apesar
disso, os critérios abaixo devem ser observados.

 6.1)  Custo da inseminação das matrizes

Atualmente,
a definição por utilizar a IAPC não significa necessariamente aumento no custo
de inseminação das matrizes. O custo do conjunto pipeta/cateter que era o
principal entrave de 10 anos atrás não é mais significativo.

Algumas
estimativas de valor/matriz foram realizadas ao longo dos anos, mas é preciso
considerar a realidade de cada sistema de produção. A definição do valor dos
machos utilizados será o principal fator a influenciar, já que esses representam
60-70% do custo de produção das doses inseminantes.

 6.2) Escala de produção e nível de
tecnologia utilizada na produção de sêmen:

O
número de machos utilizados em cada sistema de produção apresenta um limite
máximo de redução, ou seja, não podemos simplesmente utilizar as relações
divulgadas de 1 macho para mais de 300 matrizes deliberadamente.

Considerando
o risco de subfertilidade já 
comentado
anteriormente, não recomendamos um número menor que 5 machos em uma central de
produção de sêmen, ou seja, não seria possível reduzir o número de machos num
plantel menor que 1.500 matrizes.

Em
unidades de produção de pequeno porte, o indicado é que, no caso de definição
pelo usa da IAPC, as doses sejam adquiridas de centrais com estrutura adequada
para produção das mesmas. 
Em
unidades de maior porte, mesmo assim, é preciso considerar o nível de
tecnologia e qualidade no processamento das doses ou buscar a adequação dos
mesmos.

Consideramos
também fundamental que sejam realizados treinamentos e que o procedimento seja
conduzido com bastante cuidado dentro da granja, para evitar lesões ao aparelho
reprodutivo das matrizes.

 *Por Djane Dallanora, consultora da Integrall Soluções em Produção Animal e professora da Unoesc 

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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SIAVS 2024 E

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