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Suínos / Peixes

Sustentabilidade gera competitividade, defende diretora da Embrapa

Para Janice Zanella, “o Brasil deu certo”, mas não pode deixar de se preparar para um aumento expressivo na demanda por carnes nos próximos anos

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“Há algum tempo, quando se falava em sustentabilidade, logo eu pensava em meio ambiente. Me aprofundando mais no assunto, percebi que se trata de equilíbrio. Nesse sentido, o que a gente percebe hoje é que o Brasil deu certo”. Quem garante é a pesquisadora e diretora da Embrapa Suínos e Aves, Janice Reis Ciacci Zanella, que abordou o tema sustentabilidade na suinocultura durante a PorkExpo 2016, que aconteceu na segunda quinzena de outubro, em Foz do Iguaçu, PR. Zanella defende como poucos o potencial atingido pela produção de suínos no Brasil e, apesar dos desafios, acredita ser a sustentabilidade, na raiz da palavra, um fator determinante para o país melhorar sua competitividade no mercado mundial.

“O Brasil deu certo na agricultura, tem uma biodiversidade enorme, recursos naturais, boa biosseguridade, temos disponibilidade de grãos, elevada produtividade, solos com diferentes possibilidades de produzir grãos, financiamento em capacitação e pesquisa, universidades voltadas às Ciências Agrárias, temos sanidade – não temos muitas doenças emergentes importantes na suinocultura -, e tem um modelo de integração sofisticado, que funciona, modelo para o mundo. São muitos pontos positivos a nosso favor”, enumerou a diretora da Embrapa.

A sustentabilidade, segundo Janice, se resume no equilíbrio econômico, social e ambiental da atividade. “A parte econômica é todo investimento feito nos elos da cadeia, o custo disso tudo e a lucratividade, o que gera para quem investiu. Na parte ambiental, temos toda a preservação e gestão de recursos naturais, especialmente da água, usamos apenas 8% do território para a agricultura, temos energias renováveis, destinação de animais mortos. Na questão social, a suinocultura contribui na geração de empregos e responsabilidade social e de cidadania”, elenca.

Importância da Suinocultura

De acordo com Janice, a suinocultura, assim como as outras proteínas, não é importante apenas pelos números apresentados durante a palestra (confira nos infográficos 1 e 2), mas também por ser extremamente organizada, que trouxe crescimento para o Brasil e está expandindo, agrega valor e tem uma relação muito forte com outras atividades, como edificações, equipamentos e máquinas, transporte e genética. “Esse envolvimento gera um efeito multiplicador na economia”.

Zanella destaca que regiões onde a suinocultura e avicultura estão presentes têm Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) maiores que a média nacional. Ela exemplificou com a cidade de Concórdia, SC, onde está a sede da Embrapa Suínos e Aves e onde nasceu a Sadia, hoje BRF, que foi eleita pela Firjan a melhor cidade em qualidade de vida de Santa Catarina e o sexto melhor município do Brasil.

Desafios para Crescer

A liderança da Embrapa explica que o país está bem estruturado, mas precisa se questionar como precisa crescer para aproveitar o potencial de aumento no consumo de carne ao redor do mundo. “Há aumento da renda, aumento da urbanização e estão consumindo mais carne. Até 2050, devemos ter dez bilhões de pessoas no planeta. As perspectivas são muito positivas por demanda de carnes nos próximos anos”, afirmou. “Nos países desenvolvidos, esse consumo não deve aumentar. Mas sim em países em desenvolvimento, como China, América Latina, Sudeste da Ásia, Norte da África”, ampliou.

Entre as ameaças que influenciam o setor, a pesquisadora alertou para as mudanças climáticas, que provocam alterações em diversas frentes, como nos regimes de água, nos vetores que podem trazer mais doenças, como o trânsito de morcegos, que são os mamíferos mais populosos do planeta e carregam muitas zoonoses. De acordo com a pesquisadora, 75% das novas doenças são zoonoses, uma nova descoberta a cada mês. “Como isso influencia. Se tem alguma zoonose, as pessoas param de comer carne”, pontua.

Outro desafio, na opinião de Zanella, é a distribuição mais homogênea dos alimentos. “Tem regiões em que as pessoas têm muito acesso e têm regiões que nãso têm comida. A persistência do subdesenvolvimento e da fome, com muitos subnutridos e outros que têm muito acesso ao alimento, também é um fator que pode desafiar a suinocultura.

Outras influências para as cadeias de alimentos elencadas pela pesquisadora estão as guerras e conflitos, a globalização, que em sua opinião também traz riscos, a volatilidade dos preços de grãos e carnes, a resistência antimicrobiana, o protecionismo e os subsídios persistentes e as exigências em meio ambiente e sanidade.

Investimentos

Para Janice, o país precisa acelerar investimentos para a modernização dos processos de inspeção e análises de risco, aprimorar o bem estar animal, não só com baias coletivas, mas saber como inserir esse conceito a um menor custo possível. Ela ainda cita como importante para abocanhar mercados e desenvolver a cadeia suinícola investimentos em genômica, capaz de retirar genes sem grandes impactos para melhorar a sanidade, produzindo animais livres de determinadas doenças, nutrigenômica, para melhor expressar o potencial de ação das substâncias, automação, com sistemas de identificação animal e robôs, alimentação líquida, que para ela é tendência, assim como a inserção de alimentos nutracêuticos para os suínos, que aliam nutrição e os farmacêuticos.

Com relação ao meio ambiente, ela destacou a necessidade de mais tecnologias para o monitoramento e gestão da água, maior aproveitamento dos dejetos, redução de emissão de gases do efeito estufa e amônia, geração de coprodutos com valor agregado, como fertilizantes orgânicos e organominerais, biodiesel e elementos químicos purificados.

Para Zanella, atuar nessas frentes vai garantir uma suinocultura brasileira cada vez mais efetiva e viável. “A sustentabilidade significa competitividade”, define.

Mais informações você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de novembro/dezembro de 2016 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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