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Sustentabilidade e investimentos na Amazônia são destaque na Expomeat 2024

Painéis reunirão especialistas para discutir desafios e oportunidades no agronegócio e na pecuária brasileira.

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Foto: Shutterstock

Na quinta-feira, 26 de setembro, a Expomeat receberá dois painéis que discutirão temas cruciais para o futuro do agronegócio e da pecuária no Brasil. Organizados pelas iniciativa Radar Verde e Seja Legal com a Amazônia, os debates abordarão os desafios fundiários na Amazônia e as prioridades de investimentos que podem fortalecer a competitividade da pecuária brasileira no mercado global.

A Amazônia, que registrou uma leve queda no desmatamento em 2023, continua sendo foco de grandes discussões. Contudo, a regularização fundiária permanece como um dos principais desafios na região, complicando a implementação de políticas de proteção e de uso sustentável da terra. Apesar desses desafios, a região oferece oportunidades para investimentos sustentáveis, especialmente aqueles alinhados aos critérios ESG (ambiental, social e de governança), que ganham cada vez mais relevância nos mercados globais. A regularização das terras e o controle do desmatamento são vistos como pré-requisitos essenciais para atrair investidores interessados em contribuir para a sustentabilidade da Amazônia.

Os painéis serão moderados por Cristiane Prizibisczki, jornalista ambiental com 17 anos de experiência na cobertura de temas como pecuária, mudanças climáticas e conservação. Com sua expertise, Cristiane irá conduzir as discussões, proporcionando uma análise profunda e embasada sobre os desafios e oportunidades do setor agropecuário brasileiro, destacando soluções inovadoras para equilibrar produção e preservação ambiental.

Riscos e oportunidades no agronegócio amazônico

Ane Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), discutirá as barreiras e oportunidades de investimentos no agronegócio diante da complexidade fundiária da região. Com vasta experiência no monitoramento de desmatamento e conservação florestal, ela destacará como a regularização fundiária e a governança territorial podem alavancar investimentos sustentáveis na Amazônia. “A governança territorial eficiente, aliada à transparência nas cadeias produtivas, é essencial para que a Amazônia se torne não apenas um ativo ambiental regional e global, mas também um polo de negócios responsáveis. O futuro do agronegócio na região depende diretamente da nossa capacidade de integrar conservação ambiental e desenvolvimento econômico de maneira sustentável”, afirma Alencar.

O futuro da pecuária brasileira no mercado global

O painel sobre pecuária abordará como o Brasil pode melhorar suas práticas produtivas e de governança, especialmente em um cenário de crescente demanda por carne livre de desmatamento por parte de grandes mercados internacionais, como a União Europeia e a China.

Camila Trigueiro, analista de pesquisa do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), enfatiza a urgência de o setor agropecuário se adaptar às exigências globais, especialmente em mercados que demandam cada vez mais práticas sustentáveis e livres de desmatamento. “Não se trata apenas de atender a uma exigência do mercado internacional, mas de garantir que a produção seja eficiente, competitiva e sustentável a longo prazo. Podemos aumentar a produtividade sem desmatar, e isso exige investimentos em tecnologia, manejo adequado e certificações que assegurem a origem sustentável da carne brasileira”, destaca Trigueiro. Em seu painel, ela discutirá como essas melhorias podem posicionar o Brasil de forma estratégica em mercados globais altamente exigentes, ao mesmo tempo em que contribuem para a conservação da Amazônia.

Com moderação de Cristiane Prizibisczki, jornalista com vasta experiência em cobertura de temas como pecuária e mudanças climáticas, os painéis prometem explorar soluções práticas e inovadoras para o desenvolvimento da Amazônia.

Fonte: Assessoria Radar Verde e Seja Legal com a Amazônia

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Ministro da Agricultura reitera relevância da energia renovável

O Ministro participou de painel em conferência sobre investimentos na agricultura e reforçou que país concilia produção de alimentos com energia limpa.

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro:"O Brasil é o país da energia limpa, que vem do agro, não concorrendo com a produção de alimentos, mas complementando" - Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou na última segunda-feira (23) de uma conferência sobre investimentos em agricultura na sede da empresa global UBS, em São Paulo. Ele fez palestra no painel “Abastecendo o Futuro: o papel do agronegócio na aviação sustentável”.

Fávaro foi recepcionado pelo head de wealth management na América Latina do UBS, Marcello Chilov. O secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos, e o superintendente interino do Mapa em São Paulo, Fabio Paarmann, acompanharam o evento.

Também participaram do painel Erasmo Carlos Battistella, CEO e Presidente da Be8 e Gilberto Peralta, CEO da Airbus. Daniel Bassan foi o moderador.

Fávaro falou dos países que se reinventaram a partir da tecnologia, como Coreia do Sul e Japão, além do turismo, como o Qatar. “O Brasil é o país da energia limpa, que vem do agro, não concorrendo com a produção de alimentos, mas complementando”, disse ele. Ele destacou abertura de de 195 novos mercados em 20 meses.

Falou também das mudanças climáticas, que chegaram para ficar. “A produção agropecuária não é antagonista à sustentabilidade. Preservar a floresta é questão de sobrevivência”, disse ele.

Erasmo Batistella disse que o Brasil tende a se firmar como o país do SAF. SAF é o combustível sustentável de aviação, produzido a partir de recursos renováveis como óleos vegetais, biomassa, gordura animal, gases residuais, entre outros. Trata-se de uma alternativa mais sustentável ao querosene de aviação derivado do petróleo.

Gilberto Peralta concorda e falou que Brasil e Estados Unidos vão liderar a produção de SAF. “Brasil se tornará a Arábia Saudita do SAF”, afirmou.

Fonte: Assessoria Mapa
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Mato Grosso inclui “boi bombeiro” em lei sobre áreas de proteção

Objetivo é auxiliar no combate aos incêndios no Pantanal.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O governo de Mato Grosso sancionou a lei que inclui a figura do “boi bombeiro” em áreas de proteção permanente (APP), com o objetivo de auxiliar no combate aos incêndios no Pantanal, um dos biomas mais atingidos pelas queimadas.

Lei 12.653 de 2024, publicada no Diário Oficial do estado na última sexta-feira (24), permite o uso da “pecuária extensiva e a prática de roçada visando a redução de biomassa vegetal combustível e os riscos de incêndios florestais”.

A legislação foi resultado de uma negociação com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que pedia alterações em uma lei anterior (11.861 de 2022), alvo de ação direta de inconstitucionalidade. A pecuária extensiva em áreas de pastagens nativas já era permitida em áreas de proteção permanente na legislação aprovada em 2022. Porém, não havia referência ao uso do gado como instrumento para reduzir riscos de incêndio.

Em nota, o governo de Mato Grosso destacou que o uso da pecuária extensiva – que é quando o gado vive solto no pasto e exige maiores quantidades de terra –  em áreas de proteção permanente é permitido apenas em locais com pastagens nativas.

“Não é uma liberação irrestrita para criar gado no Pantanal, mas sim para que a atividade pecuária crie aceiros naturais, ajudando a reduzir a propagação dos incêndios”, diz a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, acrescentando que “a lei traz restrições claras, de modo que a atividade promova o desenvolvimento sustentável, econômico e social da região”.

A tese do “boi bombeiro” ganhou repercussão nacional em 2020, quando ocorreu o maior incêndio da história do bioma que consumiu cerca de 30% do Pantanal brasileiro. Na época, a então ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Bolsonaro, Tereza Cristina, defendeu a expansão da pecuária para reduzir as queimadas. Essa tese, que sofre resistência de ambientalistas, parte do princípio de que o gado, ao consumir o material combustível da vegetação, pode reduzir a intensidade dos incêndios.

Fonte: Assessoria Agência Brasil
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Editais aceleram obras do calendário de 2024 do Novo PAC Embrapa

Sede da Embrapa Cocais terá instalações para uso conjunto com o IFMA.

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Fotos: Divulgação/Embrapa

A Embrapa Cocais e a Embrapa Café já estão com os editais prontos para a contratação de empresas que irão construir suas sedes definitivas. No caso da Unidade localizada no Maranhão, o Conselho de Administração (Consad) aprovou, na última sexta-feira (20), a doação, por parte da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), de uma área com mais de 26 hectares, contíguos ao Instituto Federal de Educação do Maranhão (IFMA).

Também entra na praça nesta semana o edital para a edificação do Núcleo de Estudos Avançados do Café (Neac), que abrigará, em dois pavimentos, a Embrapa Café e o Agro-i (Centro de AgroInteligência, cuja criação foi anunciada no primeiro semestre e que contará com um núcleo central em Brasília e hubs distribuídos nas principais regiões brasileiras).

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou a importância do Agro-i por ser uma iniciativa crucial para o futuro da agrointeligência no Brasil. “Nossa expectavida é que o Agro-i funcione como um centro de excelência, integrando dados, tecnologias e inovações para transformar a agricultura nacional”, afirmou. Ela enfatizou que a plataforma contribuirá para a modernização do setor agropecuário, uma vez que o uso de inteligência artificial, big data e outras tecnologias avançadas permitirá otimizar a produção agrícola, reduzir desperdícios e aumentar a sustentabilidade.

A criação desse centro, segundo Massruhá, está alinhada com a visão estratégica da Embrapa de promover uma agricultura mais eficiente, resiliente e sustentável, utilizando o poder da inovação para superar desafios globais como mudanças climáticas, escassez de recursos e segurança alimentar. A presidente também ressaltou a importância dos recursos destinados ao PAC para a retomada de obras previstas, como da da sede definitiva da Embrapa Cocais, no Maranhão, assim como a continuidade das obras da Embrapa Alimentos e Territórios. “Igualmente será de grande importância a Embrapa Café ter sede própria, consolidando um trabalho relevante que a Unidade tem feito ao longo dos anos”, finalizou a presidente.

A diretora de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão, diz que com esses dois editais em curso e com as obras da sede da Embrapa Alimentos e Territórios ocorrendo dentro do previsto desde 2023 (quando os primeiros recursos do Novo PAC começaram a ser liberados), há um cenário positivo quanto a essas três obras de grande porte do Novo PAC Embrapa, mesmo com o contingenciamento provisório de recursos por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O que colabora com a expectativa de liberação de recursos para o andamento dessas obras e de outras atividades do programa é justamente a forma como a Empresa cumpre à risca o cronograma de execução das atividades.

Confira aqui a seguir o que diz Selma Beltrão sobre as obras do Novo PAC Embrapa, em particular as que se referem à construção das sedes da Embrapa Café, Embrapa Cocais e Embrapa Alimentos e Territórios:

Infraestrutura, prazos e premissas arquitetônica

Com as obras do Neac e Agro-i, a Embrapa passa a ocupar 25% dos 33 hectares do Parque Estação Biológica (PqEB). Segundo o gerente-geral de Infraestrutura e Sustentabilidade da Sede, Amancio Dias Chagas, a Empresa negociou com o governo do Distrito Federal a ampliação de 21% para 25% da área ocupada pelas Unidades localizadas no parque. “Está tudo dentro do cronograma e da legislação. Nos reunimos com a Diretoria e as Chefias das novas estruturas, bem como com a Chefia da Embrapa Agroenergia, para definir o melhor local”, explica Chagas. Ele destaca também a importância de, no caso da Embrapa Cocais, ter ocorrido a doação com a titularidade da área.

A arquiteta Beatriz Lorentz, supervisora de Engenharia e Arquitetura, explica que há um prazo legal de 45 dias para as empresas interessadas nos editais abertos analisarem as propostas de custos. “Nós fizemos um termo de referência e colocamos na praça. Primeiramente serão contratados os projetos complementares (de engenharia em si, estrutural, hidráulica, elétrica e o executivo, de arquitetura). A abertura das licitações para as contratações das empresas que venham atender os requisitos da Embrapa ocorrerá somente após o prazo estabelecido para a análise. “Esse prazo sendo executado, normalmente, em dez meses, e a partir daí coloca-se uma nova licitação para a contratação da obra em si, que dura em torno de dois a três anos”, resume Lorentz.

O estudo preliminar dos projetos das novas UDs seguiu um plano de necessidades, que representa tudo o que os públicos que vão trabalhar nas futuras instalações vão precisar e que apontaram como prioridades. “Por exemplo, a premissa de ter um formato de grão de café no projeto do Neac não é literal, mas está embutida. Estudamos não só em termos de planta, mas também com premissas de sustentabilidade e climatização”, comenta a arquiteta.

Na Embrapa Cocais a “inspiração”, ou o princípio do projeto, é a palmeira – planta típica da região. Ou seja, a identidade dos projetos é dada a partir dos elementos que “conversam” com a realidade das UDs.

Segundo Amancio Chagas, a economicidade é outro ponto levado em consideração. O acesso à Embrapa Café e ao Agro-i será o mesmo da Embrapa Agroenergia. Na Embrapa Cocais, será utilizada a mesma guarita do IFMA. “Isso otimiza custos na vida da Unidade”, argumenta Chagas.

Veja aqui a proposta do projeto para Embrapa Cocais

Aqui você confere a proposta para o NEAC (Embrapa Café e Agro-i)

Fonte: Assessoria Embrapa
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