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Surtos de Helicoverpa em lavouras de soja no início da safra 2022-23 coloca produtores em alerta

Embora com cenário estável e sob controle, frente às ferramentas de manejo disponíveis, a recomendação é intensificar o monitoramento das lavouras.Inseticidas à base de baculovírus transferem eficácia na proteção da cultura

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Foto: Divulgação

A forte pressão de lagartas do gênero Helicoverpa em lavouras de soja nos Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e do Maranhão chama a atenção de produtores e pesquisadores. O clima seco que tem atingido essas áreas, dizem especialistas, influencia diretamente no aumento da presença de lagartas na fase inicial da oleaginosa. Embora as infestações ainda não tragam motivo para pânico, enfatizam fontes, faz-se necessário ao produtor, neste momento, não descuidar do monitoramento das plantações.

Conforme o pesquisador Germison Tomquelski, populações significativas de Helicoverpa foram detectadas em diferentes pontos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, tais como as regiões da BR-163, do Vale do Araguaia, de Campo Verde e Rondonópolis. “A presença das lagartas é representativa e está exigindo aplicações de inseticidas no começo da safra”, resume Tomquelski, complementando: “Estamos diante de um cenário diferente este ano. É possível que seja uma tendência a ocorrência mais intensa de Helicoverpa na soja Intacta. Trata-se de um grupo de pragas polífagas, que se multiplicam no sistema de produção. Pode ser mais desafiador lidar com elas daqui para a frente”, salienta.

Segundo ele, ainda não se sabe se as populações predominantes da praga observadas no MS e no MT constituem Helicoverpa armigera, Helicoverpa zea ou híbrida.

Para Tomquelski, a aplicação de inseticidas, biológicos ou químicos, deve ocorrer preferencialmente quando as pragas estiverem no estágio inicial de desenvolvimento. “Em lagartas de 1º e 2º instar, bioinseticidas como os baculovírus mostram eficácia de controle da ordem de 90%. Nas lagartas maiores, recomendamos integrar inseticidas químicos ao manejo.”

‘Escape de lagartas’

“Consideramos fundamental o produtor se antecipar ao problema, através do monitoramento, e ter ferramentas adequadas à mão no momento certo de partir para o controle”, reforça opesquisador Guilherme Ohl. Ele recentemente percorreu o Estado e constatou pressão de Helicoverpa acima da média, para este período da safra, em lavouras “do Parecis ao Xingu”.

Ainda em relação ao controle de Helicoverpa, Ohl entende que “uma tecnologia deve defender à outra”. “Baculovírus são fundamentais dentro do manejo integrado de pragas (MIP), assim como os químicos, as ‘armadilhas’”, pondera ele, ampliando: “Ideal é iniciar o tratamento selecionado, dependendo da lavoura, quando o monitoramento apontar a presença média de uma Helicoverpa por metro, na fase vegetativa da soja e de ½ lagarta do gênero, por metro, na reprodutiva”, frisa

Segundo Ohl, nas últimas duas safras, a Helicoverpa zea escapou do milho, foi para o algodão e este ano vemos a pressão ocorrer na soja”, adverte ele, acrescentando: “Notamos ainda aumento populacional de lagartas Spodoptera frugiperda, Heliothis virescens e Rachiplusia nu. Possivelmente, há uma adaptação dessas pragas às tecnologias de soja Bt, que ocupam 86% da oleaginosa plantada no país.”

Já na região de Balsas (MA), onde atua o engenheiro agrônomo Augusto Queiroz, o início da safra de soja tem sido marcado por surtos de Helicoverpa spp. “Temos aumento da pressão de lagartas há dois anos aqui. Acreditamos que isso venha da correlação entre pragas do milho safrinha e da soja. É possível que esse cenário se agrave nos próximos anos.”

Por sua vez, o engenheiro agrônomo Marcelo Lima avalia que os surtos de Helicoverpa no início da safra, bem como a resiliência de lagartas ante às biotecnologias, geram preocupação, ainda que o cenário se mostre menos grave ante o de 2013 e 2014, quando a Helicoverpa armigera causou prejuízos em série. “Hoje contamos com ferramentas de manejo mais eficazes, de inseticidas químicos a biológicos até atrativos para mariposas.”

Fonte: Ascom

Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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