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Suínos / Peixes

Suínos maiores necessitam adequação das granjas

É uma série de melhorias que podem ser feitas na fase de crescimento e que são capazes de elevar o desempenho zootécnico dos suínos e maximizar os ganhos econômicos do produtor

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O aumento da competitividade na suinocultura, a crescente especialização da atividade e o maior potencial de crescimento dos animais gerado pela evolução das tecnologias de genética e nutrição têm obrigado o suinocultor a olhar com mais atenção diferentes áreas do sistema de criação mirando mais lucratividade. Uma delas, afirma Fernando Gomez, diretor do Departamento de Serviços Técnicos da PIC-USA, tem sido a fase de crescimento dos suínos. O motivo é simples. Os espaços precisam ser adequados ao “novo” suíno, mais pesado, que necessita de áreas maiores não só para circular, mas também para comer e beber. “É preciso respeitar o espaço de cada suíno”, defendeu.

Segundo o especialista, melhorias na etapa de recria e terminação, que concentra 80% dos animais de uma granja, podem gerar ganhos econômicos expressivos sem a necessidade de muitas transformações. “A crescente demanda do negócio e do mercado suinícola por gerar mais quilos por animal produzido, aliado ao fato de os suínos apresentarem hoje maior potencial de crescimento por conta dos avanços das tecnologias de seleção genética e desenvolvimento da nutrição, nos condiciona a melhorar as condições (do ambiente) de crescimento dos animais”, afirma Gomez. “Trata-se de uma área que pode gerar ganhos econômicos importantes a partir de intervenções simples e da ampliação do foco que normalmente se dá à fase de crescimento”, completa.

Fernando Gomez foi um dos palestrantes do 12º Seminário Internacional de Suinocultura Agroceres PIC. Especialista na fase de crescimento de suínos, o chileno vem obtendo excelentes resultados com seu trabalho nas granjas que acompanha nos Estados Unidos.

Foco em Que?

De acordo com Gomez, na maioria dos sistemas produtivos, o foco de trabalho que se dá à fase de crescimento, muitas vezes, se restringe a conversão alimentar dos animais. Isso acontece, explicou o especialista, por que o consumo do alimento representa entre 65 e 70% dos custos de produção nesta etapa. “Dentro da fase de crescimento, a conversão alimentar é sempre tratada como prioridade. Em alguns casos esse é o único indicador a balizar todo o trabalho. Mas, sem dúvida, podemos dar mais atenção a outros fatores que afetam a conversão alimentar e que nos permitem melhorar o ganho diário de peso dos animais, assim como orientar o negócio para a rentabilidade por instalação ou por margem por fêmea ao ano”, explica.

Segundo o especialista, promover melhorias ambientais nas instalações – como controle da temperatura e da ventilação mínima, por exemplo – são os fatores mais importantes sobre os resultados de ganho de peso diário dos animais e afetam fortemente a conversão alimentar. “A melhoria no ambiente, com a observação de temperatura e ventilação adequadas, é uma oportunidade muito valiosa e que traz impactos positivos nos índices de conversão alimentar e ganho de peso dos animais e, consequentemente, benefícios econômicos ao sistema”, afirma.

Para exemplificar os ganhos econômicos gerados pelo maior controle ambiental na fase de crescimento, Gomez apresentou os dados de um estudo feito por pesquisadores da Iowa State University, nos Estados Unidos, que analisou o impacto do sistema de ventilação natural (com cortinas automáticas e sistemas de ventilação mínima) em comparação ao sistema de ventilação tipo túnel (com controle maior das variações de temperatura) sobre uma população de 744,5 mil animais. De acordo com o estudo, os suínos criados no segundo sistema (túnel de ventilação) obtiveram uma vantagem econômica na hora da venda entre US$ 5,00 e US$ 6,00 por animal por conta do melhor desempenho na fase de engorda.

Outro cuidado que, segundo Gomez, tem que ser levado em conta para maximizar o desempenho zootécnico dos animais e a rentabilidade da operação na fase de crescimento é a garantia de acesso a uma alimentação equilibrada e de qualidade. “Os animais precisam ter acesso correto aos nutrientes, através de dietas balanceadas, consumidas de forma e no tempo correto. Para que isso ocorra é muito importante observar, além da qualidade nutricional da dieta, a escolha e disposição dos comedouros e bebedouros, analisando o tipo mais adequado dos equipamentos e sua disposição nos galpões”, explica o especialista.

Segundo ele, observar detalhes como a qualidade do piso e o tamanho das baias (e a adequada densidade animal em cada uma delas) nas instalações da fase de crescimento é também condição fundamental para um melhor desempenho zootécnico e econômico dos animais na etapa de crescimento. “Como se pode observar são todas intervenções simples, mas que permitem elevar o desempenho dos animais, ampliar as metas produtivas e maximizar o retorno econômico da atividade”, finaliza Gomez.

Menos é Mais

Segundo ele, na ânsia de obter mais lucro colocando mais animais por baia, o produtor acaba tendo prejuízo, já que perde em desempenho. De acordo com Gomez, o cálculo não deve ser apenas feito por metro quadrado, mas levando em consideração fatores como tamanho e número de bebedouros e comedouros, calor proporcionado pelos animais, entre outros fatores. “Nosso volume de produção está mudando, pois o suíno está mais pesado. Por conta das regulamentações, da pressão do mercado, queremos baixar custo fixo da instalação, por isso colocamos mais leitões nas baias. Mas densidade é mais do que apenas espaço de piso. Aumentando a densidade, aumenta a margem sobre ração e custo do espaço versus densidade. O produtor ganha mais, mas lucra menos por conta da perda de desempenho”, explicou o pesquisador.

“O leitão está ganhando mais peso, precisa mais espaço, maior boca de comedouro, produz mais calor, precisa mais espaço para transporte, mas as granjas continuam as mesmas”, disse o palestrante. Para corroborar suas palavras, apresentou um estudo sobre as mudanças que precisam ser feitas, por exemplo, para produzir leitões cinco quilos mais pesados, de 122 para 127 quilos. Nesse caso, segundo o especialista, para se obter o leitão mais pesado, a densidade aumenta 3%, o espaço de boca de comedouro deve aumentar em 1,6%, a ração e disponibilidade de água (cumulativa) deve aumentar 6,6%, enquanto espaço para transporte deve ser ampliado em 7,1%. Nesse mesmo caso, o aumento na produção de calor dos suínos chega a 1,7%.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2016 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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