Suínos
Suinocultura já conta com representação na Assembléia Legislativa de Minas Gerais
Na última quinta-feira (22/05) suinocultores, deputados estaduais e federais, representantes de entidades de classe e do governo de Minas estiveram reunidos na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para a instauração de uma importante força de trabalho para a classe suinícola: a Frente Parlamentar de Suinocultura Mineira. A iniciativa foi da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da ALMG,a requerimento dos deputados Glaycon Franco (PRTB) e Gustavo Valadares (PSD).A criação da Frente Parlamentar em defesa da Suinocultura Mineira ampliará a repercussão dos temas de interesse dos empreendedores da atividade e promoverá ações voltadas para benefício dessa importante ramificação da pecuária mineira, direcionadas a ampliar suas condições de desenvolvimento e crescimento. Isso é importante para a economia mineira, para a geração de emprego e renda e para a valorização do trabalho no campo, pois não beneficiará apenas os grandes produtores, mas a cadeia como um todo e consequentemente toda a população explicou o deputado Glaycon Franco, presidente da Frente que durante a reunião anunciou a criação do Dia Estadual em Defesa da Carne Suína, em 30 de abril.
Minas é hoje o 4º maior Estado produtor de carne suína. Somos um estado que se diferencia dos demais chegando ao consumo de 22 kg per capita frente a 15,5 kg/ hab/ano que representa a média nacional de consumo, favorecido sobretudo pela nossa cultura gastronômica. Mesmo sendo o Estado onde mais se consome carne suína no país, registramos ainda números extremamente tímidos frente ao consumo de países europeus, como Dinamarca, Rússia, entre outros, que consomem cerca de 60 kg por habitante/ano. É com muita alegria que celebrarmos a instalação da Frente Parlamentar da Suinocultura Mineira. Somos um Estado onde o agronegócio é fatia importante do PIB chegando a representar 15% de todo o agronegócio nacional. Contamos com 1200 produtores e cerca de 270 mil matrizes, que correspondem a um rebanho efetivo de mais de 5 milhões de animais, o que representa 12,8% do plantel suinícola nacional e necessitávamos com urgência de representação políticacontou o presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Dr. Antônio Ferraz.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, a instalação da frente é uma conquista que com certeza será disseminada em outros Estados Minas Gerais sai na frente com a implementação desta Frente, tenho certeza que será uma frente ativa e bastante produtiva e servirá de exemplo para os demais estados produtores de nosso país, não conheço no Brasil um projeto feito por suinocultor que não andou. Precisamos de leis, de frente parlamentar, para abrir o canal de comunicação com todos os Poderesdisse Marcelo.
Convidado para a audiência, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista de Suinocultura, Vilson Covatti (PP-RS), disse que Minas Gerais é o equilíbrio da cadeia produtiva da suinocultura do País, e que não será apenas o Estado pioneiro na instalação das Frentes, mas vai contribuir com a criação dessa instância em outros Estados. De hoje em diante, o maior estímulo para criar novas frentes é esta iniciativa mineira, afirmou.
A importância da criação da frente foi destacada pelos deputados, entre eles Fabiano Tolentino (PSD) e Romel Anizio (PP). Para Gustavo Valadares, vice-presidente da Frente são criadas várias frentes parlamentares, mas muitas não produzem o suficiente. Esta será uma frente singular e pró-ativa, levando reivindicações de seu setor. Me coloco como um soldado para juntos enfrentarmos todos os embates que vierem a surgir em favor da suinocultura mineira. Já Antônio Carlos Arantes (PSC), presidente da comissão, comentou que a suinocultura é muito mais importante para o País do que muitos brasileiros pensam. Acabou o preconceito com a carne, mas ainda há preconceito com o produtor, disse.
O grande gargalo da produção é o problema ambiental, criticou o deputado Deiró Marra (PR). De acordo com ele, o custo do meio ambiente é o que trava a produção. Deiró também elogiou a produção do Alto Paranaíba, que agora desponta com a suinocultura.
Seguindo a mesma linha, Inácio Franco (PV) afirmou que o suinocultor está sendo visto por órgãos do Estado até como bandido, e às vezes. é perseguido injustamente. E completou: Ambientalistas falam de preservação sem saber do que estão falando. O produtor rural não quer prejudicar o meio ambiente. Se comete erros, é por ignorância.
Para o presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suíno, Valdomiro Ferreira, a suinocultura não é problema para o meio ambiente, é solução. Geramos energia para esse País, enfatizou.
Após a reunião realizada na ALMG os presentes seguiram para a sede da Asemg onde realizaram a Bolsa de Suínos de Minas Gerais se confraternizaram e degustaram uma feijoada oferecida pelo frigorífico Imperatriz.
Confira as fotos do evento através do link: www.asemg.com.br/fotos/
Fonte: ABC Comunicação

Suínos
Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre
Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.
No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.
Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.
Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.
Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.
Suínos
Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro
Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.
Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.
Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton
De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.
A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.
Impacto social e ambiental
Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.
A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.
O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.
Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.
O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.
Futuro sustentável
Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”
Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”
O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.
Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.
Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
