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Notícias Custos de produção

Suinocultura discute custos de produção e medidas para combater a crise no setor

Produtores integrados estão reivindicando revisão no percentual aplicado aos itens que compõem planilhas de custos, principalmente no que diz respeito aos encargos trabalhistas

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Fotos: OP Rural e Divulgação

A expressiva elevação nos custos de produção, especialmente em razão das constantes altas nas cotações de soja e milho, principais componentes da ração animal, e de outros insumos consumidos diariamente nas granjas, que chegaram a dobrar de preço no último período, bem como o aumento das despesas com mão-de-obra, são fatores que têm agravado o novo quadro de crise que se instalou na suinocultura comercial brasileira.

Enquanto isso, o preço pago pelo suíno vivo para produtores do mercado independente também está bem abaixo dos custos da produção dessa proteína animal, mesmo que as exportações de carne suína brasileira sigam aquecidas, com forte participação da China como a principal compradora da produção brasileira. No varejo, o preço dos cortes de carne suína se mantém no mesmo patamar, sem redução, e o mercado interno não tem absorvido essa alta dos custos nas granjas e mantém o preço do suíno vivo bem aquém do necessário a ser pago ao produtor, que hoje amarga um prejuízo em torno de R$ 280,00 por animal comercializado.

A crise que novamente atinge a suinocultura não se resume apenas ao sistema independente de suínos, mas também preocupa o produtor integrado, que hoje representa quase 90% da produção de suínos no caso do Paraná, que é o segundo maior produtor nacional.

Integração

Os produtores integrados, ligados às grandes agroindústrias que processam a produção de aves e suínos pelo sistema de integração, estão reivindicando uma revisão urgente no percentual aplicado aos itens que compõem suas planilhas de custos, principalmente no que diz respeito aos encargos trabalhistas. Segundo eles, há divergências entre a planilha dos produtores e a planilha adotada pela integradora, o que levou membros das chamadas Cadecs a se reunirem em Toledo, no Oeste do Paraná, nesta quinta-feira, 12, com representes da indústria, para uma análise mais detalhada dessas planilhas, e que se estude a possibilidade de se adotar uma planilha única pela empresa e produtores, que evite prejuízos ao integrado como vem ocorrendo nos últimos tempos, e que se agravou agora com a crise atual.

Mercado independente

Já no mercado spot, se tornou evidente a necessidade de uma melhor organização da classe dos produtores que atuam de forma independente, e isso é reconhecido pelas lideranças do setor, que também estiveram reunidas esta semana, em Toledo, onde debateram a crise da atividade. Um dos pontos analisados e apontado como uma das principais medidas para aliviar um pouco o quadro, além da tentativa de controlar a oferta de carne ao mercado, é a imediata redução da pauta de ICMS para vendas interestaduais de suínos do Paraná, que atualmente é de 12%.

Na reunião dos produtores independentes, realizada na manhã da última quarta-feira, 11, ficou decidida a criação de uma comissão que irá tratar da redução do ICMS, no Paraná, junto ao Governo do Estado, além da adoção de medidas que busquem elevar o consumo per capta, ainda muito baixo no Brasil, se comparado a outros países. Nesse sentido, sugeriu-se a realização de uma campanha de incentivo ao consumo, e a inclusão da carne suína no cardápio das escolas estaduais e do sistema carcerário no Paraná, que segundo dados recentes, tem uma população acima de 28 mil detentos.

Encaminhamentos

As reuniões de produtores de suínos, independentes e integrados, realizadas esta semana, em Toledo, foram organizadas pela Associação Paranaense de Suinocultores (APS), e no caso das questões relacionados ao sistema de integração, contaram com o suporte técnico da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) e de consultores dos sistemas suinícolas estadual e nacional, que procuraram dar encaminhamento às questões na busca por medidas saneadoras, com ações mediatas e imediatas, para serem empregadas a curto, médio e longo prazo, sendo que no caso dos integrados, a indústria integradora pediu um prazo até o dia 1º de setembro para confrontar as planilhas da empresa com a dos produtores, afim de se eliminar divergências relacionadas ao conceito da matriz de custos com mão-de-obra. Decorrido esse prazo, ficou acertado que membros da Cadec das unidades produtoras de leitões, as chamadas SPLs e SPDs, voltarão a se sentar com representantes da empresa, na tentativa de se chegar a um acordo sobre o percentual que deve ser observado como despesas com pessoal nas granjas integradas, além de outros pontos que preocupam o produtor.

Fonte: Assessoria/APS

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Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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ABRASS repudia ocupação ilegal de propriedades rurais e apoia medidas de punição a invasores

Aguardamos uma posição rápida dos poderes, pois é fundamental que o Estado atue de forma eficaz para garantir o cumprimento da lei e proteger os direitos dos proprietários

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Foto O Presente Rural e texto: Assessoria

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS) repudia as invasões de propriedades privadas realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e expressa sua solidarização aos produtores rurais das 28 áreas, em 16 estados e no Distrito Federal, que tiveram suas propriedades ilegalmente ocupadas durante o mês de abril.

Reafirmamos o entendimento que se trata de um ato criminoso, um desacato ao Estado Democrático de Direito e ao Direito de Propriedade. A entidade manifesta apoio às autoridades constituídas a combatê-los em todo país e a punição dos responsáveis.

Neste cenário, a associação reforça concordância com a aprovação da Câmara dos Deputados na terça-feira (16), quanto ao requerimento de urgência para apreciação do Projeto de Lei 895/2023, que dispõe sobre sanções administrativas e restrições aplicadas aos ocupantes e invasores de propriedades rurais e urbanas em todo o território nacional. De autoria do deputado federal Zucco (PL-RS), a proposta faz parte do pacote anti-invasão apresentado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Aguardamos uma posição rápida dos poderes, pois é fundamental que o Estado atue de forma eficaz para garantir o cumprimento da lei e proteger os direitos dos proprietários. Cremos que a justiça social só é cumprida dentro da democracia de forma legal e com diálogo.

 

 

Fonte: ABRASS
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Inaugurada nova unidade industrial da Aurora Coop

Cooperativa investiu R$ 587 milhões em avançada unidade de processamento de carnes para os mercados interno e externo

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Inauguração da avançada unidade de processamento de carnes ocorreu na terça-feira, em Chapecó. (Fotos: MB Comunicação).

A Aurora Coop – terceiro maior grupo agroindustrial brasileiro da proteína animal – inaugurou na última terça-feira (16), em Chapecó, uma das maiores e mais avançadas indústrias de processamento de carnes do Brasil. Designado de IACH II (Indústria Aurora Coop Chapecó II), o empreendimento amplia a presença da cooperativa no segmento de industrializados.

O presidente Neivor Canton destacou a relevância da instauração de mais uma planta industrial para o cooperativismo catarinense e brasileiro. “A inauguração dessa moderna e avançada indústria de processamento de carne é um eloquente testemunho do triunfo do cooperativismo como ideologia associativista e do modelo de negócio fundado na ética e na sustentabilidade”.

O governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, declarou que a Aurora Coop, sua capacidade técnica e sua numerosa geração de empregos são um orgulho para Santa Catarina e para todo o país.

Canton enfatizou que a diversificação do portfólio busca fortalecer a posição da Aurora Coop no mercado brasileiro e, também, como player global. “É fundamental investir na produção e no lançamento de linhas de produtos inovadores, gerando valor para os nossos produtores rurais cooperados, colaboradores, clientes e consumidores, sem esquecer da gestão sustentável da cadeia produtiva”.

“Há 55 anos, o cooperativismo é o grande protagonista dessa história que é contada por mais de 100 mil famílias no campo e na cidade. O resultado todos nós já conhecemos: alimentos de excelência na mesa de milhares de consumidores do brasil e do mundo”, observou o presidente da Aurora Coop.

Ato de entrega do termo de licença ambiental de operação ocorreu durante a solenidade.

Presente na cerimônia de inauguração, o governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello declarou que a Aurora Coop, sua capacidade técnica e sua numerosa geração de empregos são um orgulho para o estado catarinense e para todo o país. “Não tenho dúvida que todos nós temos orgulho do que a Aurora Coop fez nesses 55 anos. É uma honra quando vemos em supermercados produtos dessa cooperativa, levando o nome de nosso estado para o mundo.” O governador apontou ainda a potência do sistema cooperativista catarinense ao afirmar que se tornou um grande protagonista mundial.

A entrega do termo de licença ambiental de operação e o descerramento da placa inaugural da Indústria Aurora Coop Chapecó II marcaram o encerramento da cerimônia.

 

IMPONENTE

IACH II (Indústria Aurora Coop Chapecó II), uma das maiores e mais avançadas indústrias de processamento de carnes do Brasil. (Foto: Divulgação/Aurora Coop).

O novo complexo industrial impressiona pela sua amplitude. Ocupa uma área territorial de aproximadamente 15 hectares inseridos dentro uma gleba com 241 hectares, no bairro Efapi. O conjunto é formado por 37 edificações (industriais, administração, suporte e tratamento de efluentes), totalizando área construída de 31.402 metros quadrados.

Os produtos se destinam para os mercados interno e externo, com previsão de exportação para o Reino Unido, Emirados Árabes Unidos (EAU) e União Europeia (UE). O faturamento da nova indústria está projetado em R$ 86,2 milhões/mês, o que incrementará a receita operacional bruta da Aurora Coop para 2024 em 4,2%.

Placa inaugural da Indústria Aurora Coop Chapecó II foi descerrada pelas autoridades presentes.

A nova indústria da Aurora Coop possui um elevado grau de automação, presente em todas as etapas do processo produtivo, em diferentes níveis, atingindo a robotização ao final das linhas. O setor embalagens, em destaque na automação, conta com robôs, empacotadoras, controles rigorosos de pesagem e geração de etiquetas.

A fábrica foi projetada e construída de forma a garantir a qualidade do processo e evitar o contrafluxo. Entre os diferenciais tecnológicos destacam-se a linha de formação com alta precisão de peso e formato; o congelamento por leito fluidizado; a equalização de temperatura com uso de nitrogênio; o sistema de grelhamento dos produtos; e os fornos de cozimento que garantem maior sabor e qualidade dos produtos cozidos.

Diferenciais de sustentabilidade estão presentes na nova planta industrial, com a utilização de cavaco como fonte de biomassa. Proveniente de florestas próprias de eucalipto, plantadas no entorno da fábrica, essa alternativa reduz o consumo de lenha e aumenta a eficiência na geração de calor e vapor. Embalagens, por outro lado, são do tipo monocamada, facilitando o processo de reciclagem.

A capacidade instalada para produção diária é de 176 toneladas de empanados, 88 toneladas de cozidos, 14,3 toneladas de desfiados, totalizando um volume de 278,3 toneladas/dia com operação em três turnos (22 horas trabalhadas). Com uma média de 25 dias trabalhados, a produção mensal atingirá 4.400 toneladas de empanados, 2.200 toneladas de cozidos e 357,5 toneladas de desfiados, totalizando 6.957,5 toneladas/mês. A nova indústria atingirá plena capacidade de produção em até sete anos.

Foram gerados de imediato 354 empregos diretos para iniciar as diversas linhas de produção. Porém, o quadro funcional chegará a 700 trabalhadores – quando atingir a plenitude produtiva – com a indústria operando de segunda-feira a sábado, em três turnos.

Quatro linhas de produção já estão ativas: frango desfiado, peito de frango cozido (íntegro, cubos e tiras), empanados grandes formados e empanados pequenos formados e cortes íntegros. A fábrica foi projetada prevendo a futura instalação de uma quinta linha, que poderá ser complementar às linhas existentes ou possibilitar a industrialização de novos produtos do mix da empresa.

Fonte: Assessoria
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