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Suínos / Peixes

Suinocultura caipira é tradição familiar no Agreste de Pernambuco

Com um sistema de ciclo completo, que abrange desde as matrizes até a terminação dos suínos, produtor pernambucano gerencia um rebanho caipira de cerca de 560 animais por ciclo.

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Fotos: Arquivo Pessoal

“É o amor pela suinocultura que me faz continuar na atividade”, afirma o produtor pernambucano José Ermirio Braga Valença, que, ao longo de três décadas, desenvolve uma pequena produção de suínos caipiras em São Bento do Una, PE. A cidade com pouco mais de 49 mil habitantes, situada a 200 km da capital Recife, se destaca entre as principais regiões produtoras do Agreste Pernambucano, com um plantel total de 141.575 mil suínos e 36.620 mil matrizes, de acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

José Ermirio Braga Valença, pequeno produtor de São Bento do Una – Foto:: Jaqueline Galvão/OP Rural

Com um sistema de ciclo completo, que abrange desde as matrizes até a terminação dos suínos, Valença gerencia um rebanho caipira de cerca de 560 animais por ciclo. “Tenho 70 matrizes, que produzem entre oito e dez leitões cada”, conta o produtor, enfatizando que a produção pecuária garante o sustento da família há várias gerações. “Começou pelo meu avô, teve continuidade com meu pai, passou para mim e agora tenho meu filho Thyago Henrique junto comigo na atividade. Sempre gostei muito da criação de animais e nestes 30 anos que trabalho com a suinocultura já passamos por diferentes fases, muitas mudanças, dificuldades, mas nada me fez desistir”, diz com um largo sorriso no rosto em entrevista ao jornal O Presente Rural.

Diversificação de atividades

Além da suinocultura, a família Valença diversificou sua produção incluindo a avicultura de postura, com 20 mil aves, e a produção de leite, obtendo em torno de três mil litros por semana com suas 50 vacas leiteiras. E ainda na propriedade de 160 hectares produzem milho para fazer silagem para alimentação das vacas e possuem plantação de palma forrageira. “Atuamos de forma independente, aqui não existe o sistema de integração, que é muito forte na região Sul do país por conta das cooperativas agropecuárias, então buscamos diversificar para garantir uma renda melhor”, afirma Valença, acrescentando: “Contamos com a colaboração de sete funcionários para nos ajudar nas atividades diárias”.

O produtor recorda das dificuldades enfrentadas pela pandemia da Covid-19, mas ressalta que o impacto em sua operação foi pequeno, uma vez que comercializa grande parte da sua produção em feiras de animais. “Há alguns meses ainda vendia os suínos para o Maranhão, mas em razão do preço os compradores de lá resolveram pegar os animais em Minas Gerais e eu passei a comercializar minha produção somente em feiras de animais. Os ovos eu negocio também no comércio local e nas cidades vizinhas, enquanto a produção de leite vendo para um lacticínio em São Bento de Una”, expõe.

Os suínos são vendidos após atingirem o peso de 60 kg, com um preço médio que varia de R$ 160 a R$ 190 por animal. Esses suínos, após serem retirados da maternidade, passam por um período de engorda que dura aproximadamente 90 dias. “Há dois meses conseguimos vender a R$ 190 o suíno, mas atualmente o valor está em R$ 165, o que ainda não dá prejuízo, mas deixa os produtores com uma margem mais apertada”, ressalta Valença.

Processo manual predomina

Quanto à tecnologia, a família Valença utiliza gaiolas para a criação das aves e matrizes suínas, enquanto a ordenha das vacas é realizada de maneira automatizada. Além disso, a propriedade conta com acesso à internet. “Trabalhamos ainda de forma manual, há pouca tecnologia adotada no nosso sistema de produção e o que tem é o suficiente para garantir o conforto e o bem-estar dos animais e a nossa qualidade de vida. Estou satisfeito com a nossa forma de operar. Para mim o manejo e a disciplina com o horário para alimentar os animais são dois fatores fundamentais para garantir uma boa produtividade, mas é claro que sei que é preciso inovar, mas isso também requer investimento e nossa produção é voltada para atender o mercado interno, não é como em outros estados que têm grande parte da sua produção comercial destinada à exportação”, avalia, enfatizando: “Tem que fazer da fazenda sua empresa, quando coloca isso na cabeça vai dar lucro, independentemente do tamanho ou da tecnologia adotada, é o seu negócio, é de onde tira o seu sustento”, cita.

Dependência de insumos externos e falta d’água

A falta de água e a dependência de insumos externos, como milho e soja, são desafios que a família Valença enfrenta regularmente. “Precisamos nos desdobrar para garantir uma boa renda, por isso tudo que pudermos produzir dentro da propriedade procuramos fazer para diminuir os custos de produção. A água para os animais vem de um açude que tenho. Para as aves essa água é tratada e para os suínos e as vacas não fizemos nenhum tratamento na água”, relata Valença.

Assistência técnica

Para garantir a qualidade de sua produção, o produtor pernambucano conta com a assistência técnica de um médico-veterinário e de um técnico agrônomo. “De 15 em 15 dias recebo a visita de um veterinário na minha propriedade para fazer o acompanhamento da criação dos animais. É importante ter essa assistência, pois eles têm a teoria e nós a prática, juntamos nosso conhecimento com o deles para tirarmos proveito do que é útil para nossa atividade”, frisa Valença, ampliando: “Há dois meses, perdi 40 leitões devido a um surto de diarreia. Felizmente, conseguimos controlar a situação de maneira ágil, mas ainda estamos realizando investigações para determinar a causa desse problema”.

Feira e Simpósio Nordestino

Valença foi um dos três mil visitantes da 7ª Feira da Avicultura e Suinocultura do Nordeste e do Simpósio Nordestino de Avicultura e Suinocultura, promovidos entre os dias 19 e 21 de setembro no Complexo Automotivo Posto Cruzeiro 7, em Tacaimbó, PE. “Participo desde a primeira edição, gosto muito de escutar palestras, conversar com outros produtores, conhecer realidades diferentes da minha, trocar experiências e informações, porque a gente nunca sabe de tudo. Participar destes eventos nos atualiza sobre o que está acontecendo na nossa atividade e sempre colhemos muitos aprendizados que podemos aplicar no nosso negócio”, frisa.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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