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Suinocultura brasileira revela um viés de recuperação em 2014
Conforme as projeções da ABPA, o Brasil deverá produzir 3,47 milhões de toneladas de carne suína em 2014, crescendo 1,75% em relação a 3,41 milhões de toneladas em 2013. A explicação para esse pequeno crescimento remete-nos aos acontecimentos de 2012, quando a suinocultura brasileira sofreu os efeitos da escassez de milho, principal matéria-prima da ração. Os custos de produção se elevaram e, em consequência, houve redução do plantel de matrizes, que se estabilizou em 1,5 milhão de cabeças.
A boa notícia é que a suinocultura brasileira revela um viés de recuperação em 2014, graças ao aumento substancial de produtividade e à reposição de matrizes, que apressa a mudança do padrão genético.
O aumento na produtividade significa número maior de leitões por porca. Além disso, a sanidade só vem melhorando. O resultado é que a suinocultura está equilibrada. A demanda e a oferta estão ajustadas internamente, destaca Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente de suínos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O ano de 2014 foi positivo, também, pelo lado dos preços no mercado interno. Com oferta menor de carne suína, o produtor recebeu mais pelo que entregou. Na concorrência com a carne bovina, a suína levou vantagem em função de preços mais atraentes, analisa o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra.
A disponibilidade, ou a oferta interna, em 2014, é estimada em 3,01 milhões de toneladas, o que indica um consumo per capita de 14,63 Kg, abaixo do potencial de consumo, que é de 15 Kg. Como se vê, 2014 foi um ano de equilíbrio entre oferta e demanda, completa Turra.
Exportações de carne suína janeiro a novembro
Até novembro, as exportações de carne suína (97% do que é embarcado são produtos in natura carcaça, cortes, como paleta e pernil, e miúdos) somaram 455,82 mil toneladas e receita de US$ 1,48 bilhão, queda de 5,0% no volume e aumento de 17,9% no valor, na comparação com os onze primeiros meses de 2013.
Com 172,97 mil toneladas nesse período, a Rússia liderou o ranking dos importadores da carne suína brasileira em 2014, com uma participação de 37,9%. Os russos compraram, de janeiro a novembro, US$ 766,03 milhões, uma elevação de 101,5% ante igual período de 2013.
O segundo maior mercado comprador, com 22,1% de participação, foi Hong Kong, que nos primeiros onze meses de 2014 importou 100,97 mil toneladas, variação negativa de 10,2% ante janeiro-novembro de 2013. Em receita, a queda foi de 5,8% (US$ 253,44 milhões).
Angola, com participação de 10,3%, se posicionou em terceiro lugar no ranking dos importadores, no acumulado do ano até novembro. O país africano importou 46,91 mil toneladas, crescimento de 4,1% ante igual período do ano passado. O faturamento foi de US$ 84,79 milhões, aumento de 1,2%.
Singapura foi o quarto principal mercado para as vendas de carne suína de janeiro a novembro, tendo comprado 6,6% do total embarcado. Foram 29,95 mil toneladas, crescimento de 13,6% na comparação com igual período de 2013. O faturamento ficou em US$ 88,43 milhões, uma elevação de 15,2%.
O Uruguai ocupou a quinta colocação e participou com 4,1% do total vendido pelo Brasil no período. O país sul-americano importou 18,75 mil toneladas por US$ 56,58 milhões, queda de 3,6% na comparação com o mesmo intervalo de 2013.
Carne suína: Previsão de vendas externas em 2014
A ABPA prevê encerrar o ano com vendas externas totais de carne suína ao redor de 505 mil toneladas, 12 mil toneladas a menos do que em 2013 (517,33 mil toneladas). O faturamento deverá se situar em torno de US$ 1,7 bilhão, em relação a US$ 1,36 bilhão no ano passado elevação de 25%. Apesar da pequena queda em volume, a estimada receita, superior em cerca de US$ 400 milhões, deverá ser obtida com o aumento dos preços internacionais, que, no acumulado do ano até novembro, tinha sido de 24,1%. O preço médio da tonelada foi de US$ 3,25 mil no período.
A elevação dos preços se deveu à redução dos volumes de carne suína no mercado externo, em função de dois eventos sanitários: a diarreia suína epidêmica (PED) e a peste suína africana. Também contribuiu para o aumento das cotações a guinada da Rússia, que, a partir de agosto, decretou embargo à carne suína exportada pelos EUA e pela União Europeia, uma vez que esses dois parceiros se envolveram no conflito da Ucrânia e, por essa razão, têm sofrido retaliação de Moscou.
A Rússia, depois do Japão, é o segundo maior importador mundial de carne suína. O Brasil ganhou com a decisão russa, pois passou a vender mais para aquele mercado, embora os exportadores brasileiros enxerguem essa oportunidade com cautela, recomendada ainda mais pelo histórico de inconstância nas importações de carne suína brasileira por aquele país. Em vários momentos, nos últimos anos, a Rússia habilitou e desabilitou frigoríficos do Brasil.
Neste contexto, também são favoráveis as expectativas em torno da retomada dos embarques para a África do Sul, com a reabertura deste mercado, ocorrida em novembro.
Fonte: Ass. Impr. da ABPA
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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento
Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.
O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).
A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.
Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.
A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.
Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.
Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.
Fretes
Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.
O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento
Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.
As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.
Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.
No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.
Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).
A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.
Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.
A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.
Para ônibus
Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.
Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.
Evolução
Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.