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Suinocultura brasileira bate recordes e consolida ritmo histórico no 3º trimestre

Setor alcança marcas inéditas em produção, exportações, importações e oferta interna, segundo dados do Deral e do IBGE.

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Fotos: Shutterstock

A suinocultura brasileira encerrou o 3º trimestre de 2025 com desempenho histórico, alcançando novos recordes em praticamente todos os indicadores acompanhados pelo setor. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) e resultados preliminares da Pesquisa Trimestral do Abate do IBGE, entre julho e setembro o país registrou os maiores volumes já observados de produção, exportação, importação e disponibilidade interna de carne suína desde o início das séries, em 1997.

A produção atingiu 1,49 milhão de toneladas, alta de 4,7% (66,8 mil t) frente ao recorde anterior, registrado no 2º trimestre deste ano. Na comparação anual, o avanço foi ainda maior: 6,1% (85,1 mil t) em relação ao mesmo período de 2024.

Desse volume, 391,97 mil toneladas foram destinadas ao mercado externo, o equivalente a 26,3% de toda a carne suína produzida no país no trimestre. As exportações cresceram 4,7% (17,6 mil t) ante o recorde do trimestre anterior e 7,7% (28,1 mil t) na comparação anual, ritmo praticamente alinhado ao avanço da produção.

O trimestre também registrou a maior importação de carne suína já observada: 6,72 mil toneladas, volume que corresponde a apenas 0,5% da produção nacional. O número supera em 10,2% (622 t) o antigo recorde, de 2019, e fica 28,3% (1,5 mil t) acima do mesmo período do ano passado. Do total importado, 93,4% foram miudezas, 6,4% carne in natura e apenas 0,2% carne industrializada.

Com o comportamento firme da produção e das exportações, a disponibilidade interna também atingiu o maior patamar da série: 1,10 milhão de toneladas. O resultado supera em 4,2% (44,3 mil t) o recorde anterior, registrado no 3º trimestre de 2023, e é 5,6% (58,5 mil t) superior ao observado no mesmo período de 2024.

Segundo análise técnica do Deral, a expectativa é que o desempenho do 4º trimestre continue forte, mantendo a tendência observada nos últimos anos, em que o período final do ano supera o terceiro trimestre em produção e exportações. Caso o movimento se confirme, os novos avanços devem ocorrer, mas de forma moderada, dada a base já elevada dos resultados atuais.

A combinação de produção crescente, exportações firmes e oferta interna robusta reforça o papel da suinocultura como um dos segmentos mais dinâmicos do agro brasileiro em 2025.

Fonte: O Presente Rural com informações Deral

Suínos

Suinocultura brasileira destaca inovação e sustentabilidade na COP30

ABCS e Embrapa apresentam avanços em produção eficiente e ambientalmente responsável, reforçando compromisso do setor com redução de emissões, bem-estar animal e estratégias de longo prazo para o futuro do agro.

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Foto: Divulgação/ABCS

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), marcou presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), um dos eventos mais importantes e aguardados do ano, que aconteceu em Belém do Pará com a presença de líderes e cientistas de todo o mundo que vieram ao Brasil debater sustentabilidade e mudanças climáticas. A Associação esteve presente no dia 20 de novembro na programação técnica da Agrizone, voltada às cadeias de aves, suínos e pescados, espaço institucional foi organizado pelo Sistema CNA/SENAR com o apoio da Embrapa, ABCS e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Para a diretora técnica da ABCS, que esteve representando a Associação no evento, Charli Ludtke, destacou: “Sediar uma COP no Brasil foi de extrema relevância pelo país poder demonstrar o que vem fazendo, bem como liderar as discussões dentro do contexto amazônico, tema este que há anos ocupa lugar central nas discussões globais sobre preservação ambiental. Além disso, foram debatidas ações de grande relevância para o futuro dos sistemas de produção, como linhas de fomento ao desenvolvimento sustentável e a necessidade de estratégias de longo prazo para implementação de políticas públicas consistentes, pensando na expansão das fontes de energias renováveis.”

Para a programação da Agrizone, representando a suinocultura, o Dr. Everton Krabbe, chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, participou a convite da ABCS com a palestra “Sustentabilidade na prática: o papel da pesquisa e inovação na evolução da suinocultura brasileira”. Em sua apresentação, o pesquisador destacou como o avanço científico e tecnológico tem impulsionado uma produção cada vez mais eficiente, responsável e alinhada às metas globais de redução de impactos ambientais. Entre os principais temas abordados, estiveram melhorias na gestão ambiental da suinocultura, uso de tecnologias aplicadas ao bem-estar animal, redução de emissões de gases de efeito estufa, o manejo sustentável e o papel estratégico da inovação para a manutenção da competitividade do setor. A palestra reforçou que a suinocultura brasileira vem atuando nos 4 pilares da sustentabilidade, destacando que o setor combina eficiência produtiva com compromisso social, ambiental e econômico.

A presença da ABCS na COP30 reforça o compromisso da suinocultura brasileira com a sustentabilidade, a inovação e o futuro da produção de proteína animal, alinhada às demandas globais. Nas palavras da diretora técnica da ABCS, “Esse espaço trouxe a oportunidade de compartilharmos experiências sobre a suinocultura brasileira, que mostram ser possível produzir com responsabilidade ambiental, segurança e sustentabilidade. Reforçando que o setor tem compromisso com as questões climáticas e entende que preservar o meio ambiente e evoluir continuamente em práticas sustentáveis é uma responsabilidade compartilhada do campo à indústria”, concluiu.

Fonte: Assessoria ABCS
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Suínos

Santa Catarina bate recorde de abates de suínos em 2025

Apesar de outubro registrar queda na produção mensal, o estado alcançou 15,4 milhões de suínos abatidos no acumulado de janeiro a outubro, maior volume desde 2013, mantendo sua liderança nacional no setor.

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Santa Catarina atingiu 15,4 milhões de suínos abatidos entre janeiro e outubro de 2025, segundo dados da Cidasc compilados pela Epagri/Cepa. O número representa um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024 e marca o maior volume de abates já registrado desde o início da série histórica, em 2013.

Apesar do resultado positivo no acumulado do ano, a produção mensal em outubro recuou. Foram produzidos 1,49 milhão de suínos, queda de 6,4% em relação ao mês anterior e 3,4% a menos que em outubro de 2024.

O comportamento da produção ao longo dos últimos 13 meses mostra variações, com picos em janeiro de 2025 (1,58 milhão) e julho de 2025 (1,68 milhão), indicando tendências sazonais de mercado e ajustes na oferta estadual.

A análise reforça a posição de Santa Catarina como principal estado produtor de suínos do país, mantendo a capacidade de expansão mesmo diante das flutuações mensais do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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Mineral bioativo melhora saúde das porcas e eleva desempenho dos leitões na suinocultura

Suplementação reduz mortalidade, aumenta nascidos vivos e fortalece a microbiota intestinal, impulsionando os índices produtivos das granjas.

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Foto: Divulgação/Elanco

Artigo escrito por Cleison Souza, consultor Técnico Elanco

A nutrição das porcas é um fator determinante para a saúde dos leitões e a eficiência produtiva na suinocultura. O mineral bioativo é um aditivo natural rico em minerais com propriedades antimicrobianas e, estudos têm mostrado que seu uso na dieta auxilia na melhoria da saúde intestinal das porcas, redução da mortalidade, aumento do número de leitões nascidos vivos e otimizção do desempenho da progênie.

Neste artigo, abordaremos os principais benefícios do mineral bioativo na suinocultura e como ele pode contribuir para a melhoria dos índices produtivos das granjas.

Mecanismo de Ação do Mineral Bioativo

O uso de minerais bioativos resulta em dois principais efeitos: um direto e outro indireto. O efeito direto ocorre no trato gastrintestinal das porcas. Quando dissolvido em um meio aquoso ácido (como o do trato gástrico) ocorre a liberação de íons Fe², Fe³ e Al³. A hidrólise e a liberação dos íons Fe³ e Al³ ajudam a manter o ambiente levemente mais ácido.

O aumento da concentração desses íons leva à precipitação de ferro e alumínio na superfície bacteriana, causando a alteração do dobramento e oxidação das proteínas de membrana, o que resulta na instabilidade da mesma.

Como consequência da instabilidade, o ferro precipitado começa a penetrar desordenadamente na bactéria junto com o peróxido de hidrogênio. Dentro da célula, o peróxido de hidrogênio reage com o excesso de ferro, causando a oxidação das proteínas e danos ao DNA bacteriano, levando à destruição da bactéria.

Já o efeito indireto ocorre pela melhora do status oxidativo da porca. A ovulação, gestação e lactação impõem um estresse oxidativo significativo, impactando a taxa de sobrevivência do embrião, espessamento do muco uterino e a taxa de nidação dos embriões. Além disso, o estresse oxidativo também é influenciado pela exposição a metabólitos secundários produzidos pela microbiota intestinal.

O mineral bioativo favorece a modulação da microbiota intestinal, reduzindo metabólitos secundários associados ao estresse oxidativo e promovendo a expressão de enzimas antioxidantes, como a superóxido dismutase (SOD) e a glutationa peroxidase (GPX). Esse mecanismo melhora a saúde uterina, favorecendo a fertilidade e o desenvolvimento embrionário.

Impacto na mortalidade de porcas

A mortalidade de porcas em sistemas de produção suína representa um desafio significativo para a sustentabilidade e a eficiência das granjas. A morte das matrizes pode ser causada por uma combinação de fatores.

A saúde e longevidade das porcas são comprometidas por problemas reprodutivos, como prolapso uterino, infecções uterinas, doenças infecciosas crônicas, doenças osteoarticulares, cardiovasculares e distúrbios metabólicos. Ainda, o estresse térmico, manejo inadequado, nutrição deficiente e práticas reprodutivas mal conduzidas aumentam os riscos de complicações fatais.

O estresse oxidativo também desempenha um papel significativo na saúde das matrizes. O acúmulo de radicais livres pode danificar as células e tecidos, comprometendo processos metabólicos essenciais. Esse estresse crônico pode resultar em inflamação sistêmica, prejudicando a capacidade de defesa do organismo e acelerando o envelhecimento celular, o que, por sua vez, afeta diretamente a longevidade e a produtividade das fêmeas.

O mineral bioativo colabora para a redução da mortalidade de porcas por meio de diferentes mecanismos (Figura 1). Sua capacidade da modulação da microbiota intestinal ajuda a combater bactérias patogênicas, prevenindo infecções que poderiam comprometer a saúde dos animais, auxiliando a integridade intestinal. O seu uso na dieta aumenta a α-diversidade e a proporção de bactérias benéficas, como Bifidobacterium, Lactobacillus, Prevotella e Ruminococcus, favorecendo um microbiota intestinal mais diversificada e saudável.

Ao modular a microbiota intestinal, o mineral bioativo contribui para a redução do estresse oxidativo, pois influencia os metabólitos produzidos pela microbiota, especialmente a concentração de ácidos biliares secundários. Além disso, impacta a virulência dos patógenos no sistema digestivo, reduzindo a capacidade de colonização e de perturbação do ambiente intestinal, diminuindo assim a inflamação intestinal. Dessa forma, há um melhor controle das principais causas da produção de radicais livres do trato gastrointestinal, minimizando os danos celulares e fortalecendo a resistência das porcas a desafios ambientais e metabólicos.

Figura 1. Mortalidade de porcas suplementadas ou não com Mineral Bioativo

Impacto no número de leitões nascidos vivos

A fertilidade das porcas é um dos principais fatores determinantes da rentabilidade na produção suinícola. As mudanças na microbiota causadas pelo mineral bioativo melhoram o status oxidativo da porca, pois o trato gastrointestinal é um dos principais locais de produção de espécies reativas. Com isso, há uma redução do estresse oxidativo na gestação, um período naturalmente caracterizado por alta atividade metabólica da placenta.

Isso leva à redução da concentração de citocinas embriotóxicas no trato reprodutivo, minimizando a morte embrionária pré e pós-implantação. Além disso, a menor presença de radicais livres impede o espessamento excessivo da camada de muco uterino, facilitando a nidação dos embriões e aumentando a taxa de nascimentos (Figura 2).

Figura 2. Número de leitões vivos/fêmea/ano de porcas suplementadas ou não com Mineral Bioativo

Impacto no desempenho dos leitões

Para o sucesso na criação de suínos é essencial garantir um bom desempenho dos leitões nas fases iniciais de crescimento. Matrizes suplementadas com mineral bioativo apresentam uma maior produção de colostro/leite, garantindo melhor nutrição para os leitões. Isso resulta em animais mais vigorosos, com maior taxa de sobrevivência, já que a imunidade passiva transferida pela porca é fortalecida, reduzindo as taxas de mortalidade.

Além disso, a suplementação favorece o equilíbrio da microbiota intestinal desde a gestação até a lactação, minimizando a ocorrência de doenças digestivas e contribuindo para um crescimento mais saudável. Dessa forma, o uso do mineral bioativo promove o ganho de peso dos leitões de maneira eficiente, reduzindo a necessidade de intervenções veterinárias e potencializando o desempenho na fase inicial da suinocultura (Figura 3).

Figura 3. Ganho diário de peso da leitegada (kg/leitegada/dia) em cinco estudos de campo com porcas suplementadas ou não com Mineral Bioativo

Conclusão

A inclusão de um mineral bioativo na alimentação de porcas é uma estratégia eficaz para melhorar a saúde intestinal, reduzir a mortalidade, aumentar o número de leitões nascidos vivos e otimizar o desempenho produtivo, promovendo maior bem-estar animal nas granjas.

O uso de produtos que atuam na eliminação das principais fontes de desafios entéricos e na redução do estresse oxidativo pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a saúde e a longevidade das matrizes do plantel.

A combinação da ação antimicrobiana e suporte antioxidante do mineral bioativo ajuda a fortalecer o organismo das porcas, melhorando a eficiência produtiva e promovendo maior bem-estar animal dentro das granjas.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato: thais.kievitsbosch@elancoah.com

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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