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Suinocultores em alerta com subida nos gastos das granjas

Disparada dos gastos com insumos alimentares, mão de obra, manutenção e transporte são os principais responsáveis pelo custo de produção elevado

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Arquivo/OP Rural

Se por um lado os altos preços dos grãos animam os agricultores, por outro, trazem preocupação aos pecuaristas. Em 2021, a suinocultura paranaense exigiu um desembolso maior para cobrir os gastos com insumos alimentares. Mesmo com reajustes nos preços recebidos pelo animal, isso não foi suficiente para compensar o elevado custo de produção, aponta o levantamento realizado pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, em maio deste ano.

“Os preços do milho e do farelo de soja estavam mais favoráveis em 2020, que foi um ano espetacular para a suinocultura. Quando analisamos 2021, vemos que houve reajuste no preço recebido pelo suíno em alguns modelos de produção e regiões. Mas os preços do milho e do farelo de soja não compensaram, pois tiveram um aumento de mais de 50%”, destaca Deborah Gerda de Geus, presidente da Comissão Técnica (CT) de Suinocultura da FAEP.

Esses insumos impactaram diretamente no custo de produção da atividade, conforme apontam os dados do levantamento. Na composição dos custos variáveis, a alimentação é o principal investimento da atividade. No Sudoeste do Paraná, por exemplo, os gastos com insumos alimentares representam mais de 60% na maioria das modalidades analisadas (com exceção do Crechário em sistema de comodato, com 49%).

Vale lembrar que os suinocultores trabalham de duas formas: sob regime de integração (comodato), em que o produtor tem contrato firmado com uma agroindústria que arca com os custos de alimentação e medicamentos e garante a compra da produção por um preço determinado; e independente, caso em que os recursos são próprios e a produção é comercializada diretamente no mercado.

Segundo Eduardo Dykstra, suinocultor independente de Carambeí, na região dos Campos Gerais, os produtores independentes vêm enfrentando dificuldades diante dos elevados preços dos grãos – situação inversa do que ocorreu em 2020, quando conseguiram aumentar a receita. “O milho está sendo o maior desafio no meu custo, subiu muito em 12 meses. Além disso, falta uma política maior para aumentar o consumo interno de carne suína. As exportações estão batendo recorde, mas o mercado doméstico não anda, que é o principal acesso da maioria dos suinocultores independentes”, afirma Dykstra.

Na avaliação da presidente da CT de Suinocultura, o poder de consumo do brasileiro não acompanhou o aumento dos preços da carne. Dados da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) apontam que, de 2015 para 2020, o consumo per capita anual da proteína suína cresceu apenas 2,4 quilos, de 14,4 para 16,8.

“É um número baixo, principalmente porque a atividade ainda depende muito do consumo interno. Quando comparamos a evolução dos preços do suíno com o salário mínimo, vemos um descompasso. Então acaba tendo uma retração do mercado interno porque o limite é o bolso do consumidor”, analisa Deborah.

Para os produtores integrados, apesar do aumento do preço recebido nas modalidades UPD, UPL e UPT, as margens ficaram mais estreitas devido à alta desproporcional do custo de produção. Houve expressivo aumento dos gastos com mão de obra, manutenção, despesas administrativas, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e transporte. Nas UPLs do Sudoeste, por exemplo, o saldo sobre o custo variável caiu pela metade em relação ao levantamento de novembro de 2020.

Mesmo que a suinocultura apresente uma sucessão de resultados negativos – como é o caso deste primeiro semestre de 2021 – os produtores se mantêm na atividade, muitas vezes, devido a compromissos financeiros firmados anteriormente com instituições financeiras. Essa situação é frequente entre os integrados, que contratam financiamentos e se comprometem a quitá-los com o rendimento proveniente da produção.

Em Toledo, no Oeste, a produtora Geni Bamberg, integrada à BRF, possui 1,7 mil animais na modalidade UPT. Para ela, que recebe os insumos alimentares da empresa integradora, o maior custo tem sido a mão de obra, seguido de gastos com transporte. “Nós tivemos melhorias na remuneração e perspectivas de ampliações das granjas, mas o momento é de cuidado redobrado. Além do aumento dos custos de materiais de construção, a escassez no setor está causando muita demora na entrega, que pode levar até 160 dias. Isso causa muitas incertezas sobre quando o barracão estará pronto para iniciar a produção e assim poder honrar o pagamento das parcelas do financiamento no prazo previamente definido”, relata.

Neste cenário de produtores integrados, a região Oeste ficou na contramão com as modalidades UPD e Crechário – casos sob regime de integração que apresentaram queda no preço pago ao produtor, de R$ 39 para R$ 34,25 por animal na UPD, e de R$ 7 para R$ 6,07 no Crechário.

“Com margens estreitas e negativas, a tendência é a deterioração da atividade a longo prazo, devido à falta de recursos para renovação da infraestrutura. Outra particularidade que pesa para os integrados é a falta de mão de obra especializada e questões trabalhistas onerosas”, esclarece Nicolle Wilsek, técnica do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Apesar dos resultados apertados, a cadeia mantém expectativas otimistas em relação aos próximos anos, principalmente devido ao recente reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação e de Peste Suína Clássica (PSC) pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Os novos status prometem abrir mais mercados para o Estado, principalmente aqueles que pagam mais pela carne. As importações aquecidas da China também entram nessa conta.

“O Brasil consegue ser um país altamente competitivo, mesmo com um custo de produção elevado. Nós precisamos agregar valor à nossa matéria- -prima e, para isso, acredito que o grande desafio é a união dos produtores. As Cadecs estão cada vez mais fortalecidas, mas precisamos de mais participação. Os produtores independentes também têm a agregar com sua experiência”, destaca a presidente da CT de Suinocultura da FAEP. “A pandemia nesse momento veio para quebrar o paradigma que a internet afasta as pessoas. O que eu vejo é uma oportunidade de levar mais informações para mais produtores e assim fomentar junto aos órgãos competentes o que podemos melhorar na cadeia como um todo”, conclui.

Levantamento

O levantamento de custos da produção da suinocultura foi realizado nas principais regiões produtoras do Paraná: Campos Gerais, Sudoeste e Oeste. Foram consultados produtores, revendedores de equipamentos e insumos, representantes de indústrias e de cooperativas de Arapoti, Pato Branco e Toledo.

Assim como no último levantamento, em novembro de 2020, os encontros aconteceram de forma online, devido à pandemia do novo coronavírus. A metodologia utilizada foi elaborada pelo mestre em economia rural Ademir Francisco Girotto, com base em um procedimento utilizado pela Embrapa.

Cadecs dão suporte às negociações

Os números do levantamento de custos promovido pelo Sistema FAEP/SENAR-PR são fundamentais para traçar um panorama da atividade produtiva no Paraná. Com os dados em mãos, os produtores conseguem ter uma visão mais abrangente dos negócios e, assim, tomar decisões acertadas e mais próximas da realidade.

Além disso, o levantamento tornou-se uma ferramenta de negociação para os suinocultores que atuam em regime de integração. Com a criação das Comissões de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs), os produtores também ganharam suporte para estabelecer um diálogo mais transparente e equilibrado com as agroindústrias.

O suinocultor e coordenador da Cadec junto à BRF de Toledo, Agostinho Ceolato, afirma que a Lei da Integração tem ajudado muito os produtores da região. “A nossa situação deu uma guinada de 180 graus com a criação da Cadec. Ela abriu portas para que passássemos a ter um diálogo justo com a agroindústria. Somos vistos com outros olhos, eles ouvem o que falamos, dão respostas e tentam melhorar com as nossas opiniões”, observa. O produtor lembra que, com a implantação da Cadec, o preço recebido pelos produtores praticamente dobrou em um prazo de 35 dias.

As Cadecs foram criadas com o objetivo de serem um espaço de discussão entre produtores e agroindústrias, a partir da Lei da Integração, sancionada em 2016 com apoio da FAEP. O levantamento de custos confere embasamento técnico para as demandas dos produtores integrados em negociações de preços com as empresas, e visualização de mercado para produtores independentes e cooperados.

“O custo de produção deve ser levado na ponta do lápis pois as margens estão cada vez menores. O produtor também tem que olhar para a sua moeda, que é o suíno, e tentar identificar oportunidades para agregar mais valor, seja na gestão financeira, de pessoas ou ambiental. Para melhorar, precisamos saber como estamos em relação aos demais produtores”, finaliza Deborah Gerda de Geus, presidente da CT de Suinocultura da FAEP.

Formação dos custos

Custos variáveis – são aqueles que variam de acordo com o nível de produção da atividade. São considerados os desembolsos diretos do produtor e representam os itens de maior impacto na formação dos custos.

Custos fixos – ocorrem independentemente da produção. Para a suinocultura, são considerados os custos com a depreciação de máquinas, equipamentos e edificações e, ainda, a remuneração do capital investido na atividade.

Custo operacional – é a soma dos custos variáveis e fixos.

Custo total – além dos custos variáveis e fixos, considera-se a depreciação e remuneração dos fatores de produção.

Modelos de produção

Ciclo completo: unidade que executa todas as fases da criação, desde a produção de leitões até a terminação de suínos para o abate.

Unidade Produtora de Leitões Desmamados (UPD): produção de leitões até o desmame

Crechário: unidade que recebe os leitões da UPD e os entrega para a terminação (UPT).

Unidade Produtora de Leitões (UPL): produção de leitões até a fase de creche.

Unidade Produtora de Terminados (UPT): unidade que recebe os leitões de uma UPL ou Crechário, e executa as fases de crescimento e terminação de suínos para o abate.

Fonte: Sistema FAEP

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Combate a agrotóxicos ilegais se multiplica com ações integradas

Evento em Campinas discutiu ações de empresas e do poder público para reduzir ocorrências; destinação de produtos apreendidos foi debatida.

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Atuar na descapitalização de organizações criminosas que atuam no contrabando ou falsificação de agrotóxicos químicos e biológicos tem sido uma estratégia adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no combate às fraudes e crimes envolvendo o produto. O assunto foi debatido nesta terça (23), no Workshop sobre Agrotóxicos Ilegais realizado em Campinas (SP). O evento foi promovido por uma associação de empresas de pesquisa, desenvolvimento e inovação que atuam nas áreas de sementes, biotecnologia, defesa vegetal e agricultura digital, a Croplife-BR. 

O Mapa participou do evento na abertura e com uma palestra técnica. O superintendente do ministério no Estado de São Paulo, Guilherme Campos, lembrou que o setor produtivo cobra, com muita justiça, ações de combate à ilegalidade das autoridades competentes. “Vamos fazer a nossa parte para que o mercado de agrotóxicos ilegais seja erradicado da atividade produtiva no campo”, disse. 

Fotos: Divulgação/Mapa

O auditor fiscal federal agropecuário, Julio Cesar Lima, chefe da Divisão de Fiscalização de Agrotóxicos e Afins, lembrou em sua palestra que as ações tomadas por diferentes atores, como polícia militar nos Estados, Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Mapa, Receita Federal, Polícia Civil, Ministério Público, Polícia Federal, entre outras, acabam multiplicando o combate aos produtos ilegais. 

Segundo ele, a recente inclusão do Mapa no Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), em 2019, incrementou a fiscalização sobre contrabando e adulteração de agrotóxicos. A divisão que Julio chefia já realizou nesses quatro anos 37 operações e 26 treinamentos teórico e em serviço para instituições parceiras. 

“Eventos como este de Campinas, onde explicamos desde o conceito de agrotóxicos até as rotas de contrabando, acabam estimulando ainda mais as ações de repressão”, afirmou. Segundo o auditor do Mapa, no passado esses produtos entravam no Brasil pelos países vizinhos, mas agora já são descobertos produtos ilegais chegando em portos e aeroportos brasileiros. 

Com a ação integrada entre várias instituições, há troca de informações e documentos oficiais que permitem ampliar as punições. Por exemplo, mesmo que o Mapa não tenha participado de uma determinada operação, os boletins de ocorrência ou autos de infração lavrados por outra instituição podem embasar o processo administrativo na instância do ministério. Desta forma, as penalidades previstas em diferentes legislações vão se acumulando. 

Outro assunto tratado no workshop foi a dificuldade de encontrar espaços disponíveis para armazenar os produtos ilegais apreendidos. Uma alternativa apresentada por Julio foi utilizar a estrutura de empresas de pesquisa que descartam corretamente seus componentes químicos. Esses resíduos são despejados em tanques, onde o líquido evapora e resta apenas a parte sólida, menos volumosa. Essa borra pode ser destinada à incineração, em uma condição mais favorável. O servidor sugeriu parcerias público-privadas para viabilizar essa medida.  

Dados apresentados no workshop indicam que cerca de 25% dos agrotóxicos utilizados no Brasil são ilegais. Legislação recente do Mapa alterou o valor da multa aplicada, passando do teto de R$ 40 mil para R$ 150 mil para casos considerados gravíssimos, como o contrabando. 

Empresas produtoras de agrotóxicos legais que participaram do evento apresentaram aplicativos e medidas investigativas que estão adotando para ajudar a identificar produtos suspeitos e conter o avanço de organizações criminosas. Uma delas afirmou que investe em processos punitivos até o final, por meio de ações judiciais. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Economia Verde do Paraná alcança R$ 140 bilhões e já representa 32,9% do PIB

Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

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Foto: Alex Adam/SEPL

O Governo do Paraná lançou nesta quarta-feira (24) dois importantes estudos desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com foco na construção de indicadores econômicos: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

O primeiro traz dados que enfatizam a representatividade econômica desse estrato produtivo para além da sua importância em termos de sustentabilidade. Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, somando R$ 140,1 bilhões. Os dados são de 2020. Entre as áreas que mais contribuíram para compor esse valor estão a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida do setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e da Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

A condição favorável do setor primário (agricultura) se deve à inexistência de atividades reconhecidamente danosas na estrutura produtiva, como a extração de madeira em florestas nativas, caça de animais, retirada de vegetação natural para a produção de carvão e coleta de palmito não plantado, entre outras. Em relação aos Serviços, o estudo aponta aderência à Economia Verde nas subatividades de transporte, armazenagem e correio, além da administração pública. O desafio é maior na Indústria por causa dos pesos do refino de petróleo e da fabricação de automóveis.

Outro aspecto positivo da matriz paranaense é que os chamados Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs), que abrangem a geração de energia elétrica e o saneamento, entre outros, estão integralmente incorporados à Economia Verde, refletindo a utilização de fontes renováveis e os benefícios gerados em âmbito social, incluindo as questões de saúde da população.

A Economia Verde é entendida como um modelo econômico que tem o objetivo de melhorar o bem-estar da população, ao mesmo tempo em que procura reduzir os riscos ambientais e promover o uso racional dos recursos naturais. Além disso, as ações propostas envolvem a mitigação dos danos ambientais e a aplicação de medidas para a amenização dos impactos das mudanças climáticas.

A discussão sobre esse setor é tendência mundial e abrange sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeias, áreas em que o Paraná ocupa excelente posição em relação a outros estados e países e caminha para avançar ainda mais. “O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para que as empresas possam se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Segundo ele, com esse recorte do PIB da Economia Verde, vai ser possível alavancar novos negócios e trazer as empresas e entidades para esse debate. “Isso é importante para que a gente possa ter um olhar a longo prazo, em que o Paraná possa gerar emprego, aumentar sua renda e, sobretudo, aproveitar essa tendência verde para o qual o mundo tem dado cada vez mais atenção”, complementou.

Os dados estão baseados em informações detalhadas do cálculo do PIB do Estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ipardes, e a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), amparada em diversas pesquisas de entidades internacionais.

“Com esse novo índice, é possível observar a parcela da produção estadual de bens e serviços que está comprometida com a sustentabilidade, não somente ambiental como social, podendo subsidiar a elaboração de políticas públicas que buscam conciliar o desenvolvimento com a redução dos riscos ambientais e o uso racional dos recursos naturais”, afirmou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Matriz insumo-produto

Já a Matriz de Insumo-Produto do Paraná construída pelo Ipardes com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda mede os impactos de intervenções públicas ou privadas na economia local (produção, emprego e renda) das atividades econômicas, de projetos governamentais e do setor privado de determinada região. O ano base do relatório é 2018.

A mensuração dos efeitos socioeconômicos das obras de infraestrutura ou da instalação de grandes empreendimentos produtivos é um dos exemplos do uso da MIP, que também pode subsidiar o desenho de políticas de desenvolvimento. A análise setorial por meio da MIP permite identificar quais os setores preponderantes sob diversas óticas, tais como geração de renda e emprego, inter-relação setorial, multiplicadores de valor adicionado e de impostos, entre outras.

A MIP paranaense foi construída com base na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Estado, que, por sua vez, traz informações obtidas por meio de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) fornecidas pela Secretaria da Fazenda.

“O PIB da Economia Verde do Estado e a Matriz Insumo-Produto do Paraná são documentos técnicos que têm a função de embasar não só políticas públicas, mas iniciativas dos demais setores produtivos e realizar o diagnóstico e o monitoramento do impacto social, econômico e ambiental dessas atividades”, complementou Callado.

Presenças

Participaram do lançamento dos estudos os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o ex-governador e secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti, e representantes de entidades de setores produtivos.

Fonte: AEN-PR
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Subsecretaria de Tecnologia da Informação trabalha para modernizar Ministério da Agricultura

Objetivo é deixar o órgão mais contemporâneo, focado no desenvolvimento de inovações tecnológicas para o serviço público e para a sociedade.

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Foto: Divulgação/Mapa

Uma das áreas de atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é o de sistemas com informações voltadas para o agronegócio. Para isso, a Subsecretária de Tecnologia da Informação (STI) trabalha no desenvolvimento de inovações tecnológicas para os servidores e para a sociedade.

Um exemplo foi o lançamento, no início do mês de abril, da versão eletrônica da emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) para o trânsito de produtos de origem animal no território brasileiro. A iniciativa visa dar mais eficiência e rapidez neste processo, trazendo benefícios tanto para o serviço público quanto para as empresas que as utilizam, além de melhor rastreabilidade e maior segurança.

Já foram mais de mil requerimentos e cerca de 500 pedidos analisados. A ferramenta foi desenvolvida dentro do Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), em um trabalho conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). “O trabalho realizado hoje aqui no Mapa é para deixar um legado de um Ministério contemporâneo, mais moderno, mais eficiente, mais rápido, com menos gargalos, para que tudo isso funcione mais rápido”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o subsecretário Camillo Mussi, o próximo passo será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores. A medida deve beneficiar as exortações dos produtos brasileiros.

Além disso, também está em fase final de desenvolvimento a certificação sanitária eletrônica internacional de produtos de origem vegetal, chamada de E-Phyto. “Isso vai trazer uma rapidez nas exportações brasileira de produtos vegetais, além da diminuição de custos para o Brasil e a diminuição do tempo de armazenamento de cagas no porto”, afirma Mussi.

Cada Secretaria do Mapa conta com profissionais de desenvolvedores e gerentes de projetos da STI para a criação de novos programas, modernização de sistemas e manutenção. Além disso, a Portaria Mapa nº 614/2023 apresenta as diretrizes para as contratações de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ministério.

Outro ponto de trabalho é a garantia de segurança de sistemas. Atualmente a Subsecretaria é responsável pela gestão dos servidores do Mapa, das Superintendências Federais de Agricultura (SFAs); do Instituto do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); e do Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).

Só no Mapa são mais de 10 mil usuários, além de mais de 176 pontos espalhados entre os estados, desde as SFAs e laboratórios. É a segunda maior estrutura de gestão tecnológica entre os Ministérios.

A STI realiza campanhas de conscientização de segurança da informação e links de transmissão com segurança de proteção na ponta de dados. Foram 83 instalações de aquisição de soluções de segurança, distribuídos entre os órgãos.

Entre as novidades que estão por vir, Mussi revelou que a partir do mês de maio, as Superintendências, os Laboratórios e as demais estruturas, contarão com rede de Wi-Fi sem fio com mais segurança e proteção.

Há também a elaboração de painéis de acompanhamento, chamado de dashboards, sendo uma realização em parceria com as Secretarias e os outros órgãos, como Sistema PesqBrasil e o lançamento que irá ocorrer em maio do Cadastro de Agricultor Familiar 3.0.

Foram lançados ainda a Política de Segurança da Informação o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (Pdtic) 2023-2025. Além disso, o Comitê Segurança da Informação (CSI/Mapa) realiza reuniões ordinárias e extraordinárias, conforme a legislação.

Além disso, foi trabalhado pela STI a automatização dos controles das demandas recebidas pelo Mapa na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, conhecida como Fala.BR. A medida gerou evolução no atendimento, com melhor monitoramento e controle das demandas, cuja resposta dentro do prazo foi facilitada. O próximo passo, em elaboração, será o Plano de Dados Abertos, parceria entre a STI e a Ouvidoria.

Para todos estes trabalhos, ações e execuções, a Subsecretaria de Tecnologia teve o investimento de 71 milhões em 2023. Para este ano, a previsão de investimento é de 80 milhões.

Fonte: Assessoria Mapa
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