Suínos
Suinocultores do Vale do Piranga celebram mais de R$ 8 milhões em vendas de carne suína, com campanha “Bom de Preço, Bom de Prato”
Em 60 dias a Assuvap/Coosuiponte impulsionou a venda de 400 toneladas de carne suína em 10 cidades mineiras com campanha criada em parceria com a ABCS

A Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap) encerrou mais uma edição da campanha “Carne de Porco: Bom de Preço, Bom de Prato”, atingindo a impressionante marca de mais de 8 milhões de reais em vendas de carne suína. Durante o período de 60 dias, entre outubro e dezembro de 2023, a iniciativa se estendeu por 34 estabelecimentos distribuídos em 10 cidades mineiras: Dom Silvério, Estevão de Araújo, Jequeri, Mariana, Oratórios, Piedade de Ponte Nova, Ponte Nova, Rio Doce, Rio Pomba, Urucânia e Viçosa.
A campanha, criada em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e apoiada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), almeja impulsionar as vendas no pequeno e médio varejo. A estratégia de marketing adotada pela Assuvap foi abrangente, incluindo comunicações em outdoor, divulgações em rádio e televisão local, bem como o uso de mídia e backbus em carros de aplicativos e nos próprios pontos de venda participantes. A presença marcante da campanha nas diferentes mídias contribuiu significativamente para a conscientização dos consumidores sobre a qualidade e o preço acessível da carne suína.
Uma iniciativa inovadora para incentivar as vendas foi a distribuição de uma churrasqueira elétrica em cada ponto de venda participante. Esse prêmio foi sorteado ao final da campanha, promovendo um engajamento adicional e criando uma experiência positiva para os consumidores. E o resultado não poderia ser mais satisfatório, com mais de 400 toneladas de carne suína comercializadas nesse curto período. A valorização dos atributos da carne suína, aliada à estratégia de preço competitivo e uma comunicação acertada, provou ser uma combinação poderosa para estimular o consumo e apoiar os suinocultores da região.
A gerente de marketing da Assuvap/Coosuiponte, Lorena Fonseca, explica que: “A campanha é traçada e idealizada pela ABCS, e entregue para nós. Com isso conseguimos personalizá-la e criar estratégias direcionadas para a nossa região. Essas campanhas que a ABCS cria são muito importantes para que tenhamos assertividade”, finaliza.
A diretora de marketing e projetos da ABCS, Lívia Machado, explica que a realização da campanha Bom de Preço Bom de Prato na região de Ponte Nova mostra com efetividade os resultados de uma estratégia adaptada para atender os desejos e as dúvidas dos consumidores, os colocando no centro e trabalhando para que a estratégia realmente se comunique com eles. “Os números da campanha e a forma de conexão criada com os açougues locais reforçam a oportunidade que existe para a carne suína, principalmente para a comunicação com esse público. Para nós da ABCS, é um case e um exemplo claro de marketing ético, que é aquilo que reforça o nosso propósito de trabalhar a competitividade para a suinocultura brasileira e ao mesmo tempo atender uma demanda da sociedade”, conclui.
A campanha
A campanha “Carne de Porco: Bom de Preço, Bom de Prato”, é uma iniciativa da ABCS, com aporte do FNDS, criada em 2021 com foco no custo-benefício da carne suína para fomentar as vendas da proteína entre o pequeno e médio varejo, através de uma comunicação assertiva, cores chamativas, bom-humor, dicas de preparo, cortes e saúde, além de informações que ressaltam as qualidades da carne suína. A campanha é entregue aos contribuintes do FNDS já com peças criadas para canais digitais e físicos, para que possa ser desenvolvida em cada estado, promovendo assim o consumo da proteína suína no Brasil.

Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



