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Suínos

Suinocultores de Mato Grosso começam 2023 no vermelho, mas esperam recuperação ao longo do ano

Diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, destaca que uma das soluções que o produtor pode encontrar é reduzir os custos de operação das propriedades rurais.

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Foto: Shutterstock

Os suinocultores de Mato Grosso começaram 2023 no vermelho, pagando cerca de R$ 40 para terminar um suíno, por conta dos altos custos de produção. Depois de uma pequena melhora no fim de 2022, as margens voltaram a ser negativas. No entanto, lideranças do estado esperam uma recuperação dos preços e um cenário mais favorável ao longo do ano.

“Depois de um momento bom no final do ano, como tradicionalmente acontece por conta das festas e do aumento do consumo da carne suína, os produtores em Mato Grosso já começaram a trabalhar no vermelho novamente. Agora, já no início de janeiro, os custos de produção já estão mais altos que os valores pagos ao produtor. Nas últimas semanas o prejuízo por animal abatido está na casa de R$ 30 a R$ 40”, destacou o diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues, em entrevista a O Presente Rural em 30 de janeiro.

Diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues – Foto: Arquivo Pessoal

A expectativa, no entanto, é para um ano melhor. “Apesar do momento difícil, o suinocultor como sempre está otimista. Esperamos que 2023 seja um ano de recuperação e que com o aumento no consumo e aumento nas exportações o preço pago ao produtor melhore”, destaca o presidente da Acrismat.

Mesmo em Mato Grosso, maior produtor de grãos disparado do país, são os custos de produção, envolvidos nos preços do farelo e do milho, que mais preocupam as lideranças do setor. “Os custos de produção na suinocultura estão ligados principalmente aos valores do milho e do farelo de soja, e sabemos que essas commodities valorizaram muito nos últimos anos, o que aumentou e muito os custos na atividade. E pelo que estamos observando esses dois produtos não devem ficar mais baratos em 2023, visto que o custo para a produção deles também tem aumentado. Estão a expectativa é que os preços continuem elevados”, menciona Rodrigues.

Ele destaca que uma das soluções que o produtor pode encontrar é reduzir os custos de operação das propriedades rurais como forma de não ter tantos custos. “A Acrismat tem buscado entidades parceiras para ajudar a melhorar a gestão e o desempenho dentro das granjas como forma de reduzir o custo de produção e dar mais fôlego ao produtor. Sabemos que aproximadamente 80% dos custos de produção na atividade estão relacionados a alimentação, mas sabemos que é possível diminuir os custos com energia elétrica, por exemplo, e manutenção para diminuir o impacto dos custos nos negócios. Precisamos dar ferramentas para que os produtores consigam melhoras sua gestão e fechar a conta no azul”, sustenta.

O diretor executivo da entidade mato-grossense destaca que reduzir a quantidade de oferta de carne suína no mercado é fundamental para melhorar os preços pagos ao produtor e voltar a viabilizar economicamente a atividade. “A Acrismat espera que o mercado, que no momento está com muita oferta de carne, se regularize e que o produtor possa voltar a trabalhar com resultados positivos”, pontua Rodrigues.

Desafios

A suinocultura, na opinião do presidente da Acrismat, deve estar atenta aos passos do novo governo federal, que deve propor ações que possam contribuir com o setor. “Temos um cenário que apresenta melhorias para a atividade neste ano, mas não podemos esquecer que estamos entrando com um novo governo federal, com políticas novas e temos que aguardar para saber qual o enfoque que o novo governo dará ao agronegócio. Temos que trabalhar com bastante cuidado para dar sustentação, principalmente aos pequenos produtores, que são os mais afetados em qualquer situação de crise”, menciona.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola acesse gratuitamente a edição digital de Suínos. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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