Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Suíno vivo fecha semana com novas altas

Publicado em

em

Os preços para o suíno vivo continuaram reagindo, desta vez em Santa Catarina. A bolsa de suínos do estado fechou a semana um novo valor de referência, que passou de R$ 3,70/kg para R$ 4,00/kg, uma alta de 8,11%. 
O aumento já era esperado para a região, visto que foram registrados negócios acima destes valores na última semana, segundo informações do presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio de Lorenzi.
Na semana passada, todas as praças pesquisadas apresentaram altas significativas nas cotações, incluindo preços para suinocultores integrados. As altas são atribuídas a um movimento de recuperação de preços que vem acontecendo desde meados de agosto, pois estavam estagnados e trabalhavam com margens bem menores do que as registradas no mesmo período do ano passado. 
Segundo o analista de mercado de suínos, Fabiano Coser, a melhora nos números de exportações e também na demanda interna – sustentada pelos altos preços da arroba bovina -, proporcionaram correção nos valores pagos pelo quilo do vivo.
Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, Mato Grosso foi a região com maior valorização da semana, com negócios a R$ 3,30/kg e variação de 15,38%. Santa Catarina também apresentou alta significativa, seguido por Rio Grande do Sul (7,45%) e Paraná (6,25%). 
Em São Paulo, a arroba suína teve reajuste positivo de 4,92%, com negócios entre R$ 84 e R$ 86/@, equivalente a 4,48/kg e 4,59/kg do vivo. Na última semana, a referência estava em R$ 79 e R$ 80/@. Para o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, apesar das diversas altas o momento ainda é de preocupação para o setor e o mercado passa por um momento de realinhamento de preços. 
“Se utilizarmos o preço de hoje contra o preço no início do ano, a perda nominal é de 5,98% e se acrescentarmos a taxa de juros do período de 8,10%, chegamos a uma perda de 14,08%. Se acrescentarmos no preço de hoje 14,08%, chegamos ao valor do suíno em R$ 5,20/Kg que representa R$ 97,53/@”, explica o presidente.
Além disso, a praça paulista registrou diversos negócios acima da referência e sinaliza que na próxima novas altas devem ser observadas. Em Holambra (SP), foram comercializados 1,2 mil animais a R$ 88/@, enquanto em Jambeiro (SP) a venda foi de 200 suínos, também a R$ 88/@. Já em Monte Alegre do Sul (SP) foram 120 animais, ao valor de R$ 87/@.
IBGE
Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou números que demonstram a melhora na demanda pela carne suína no mercado interno. O levantamento de abates teve destaque para a carne suína, que registrou recorde desde 1997 com 9,70 milhões de cabeças. 
Os dados representam aumento de 5,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015 e 5,7% frente ao segundo trimestre de 2014. A região Sul respondeu por 66,3% do abate nacional, seguida por Sudeste (19,3%), Centro-Oeste (13,2%), Nordeste (1,1%) e Norte (0,1%).
Exportações
No início da semana, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números de exportações de carne suína in natura, referente a segunda quinzena do mês de setembro.
Em oito dias úteis foram embarcados 24,2 mil toneladas, com média diária de 3,0 mil toneladas. A média representa aumento de 50,7% em relação a agosto deste ano e 85,0%, em comparação com setembro de 2014. Em receita, as exportações somaram US$ 65,1 milhões. 

Fonte: Notícias Agrícolas/VS Comunicação

Continue Lendo

Suínos / Peixes

Preços do suíno vivo encerram abril com movimentos distintos

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores. Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Publicado em

em

Foto: Ari Dias

Os preços do suíno vivo no mercado independente encerraram abril com movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores deste Centro, em Minas Gerais, compradores estiveram mais ativos na aquisição de novos lotes de animais, levando suinocultores daquele estado a reajustarem positivamente os valores.

Já em outras praças, as cotações seguiram em queda, pressionadas pela demanda enfraquecida.

Para a carne, apesar da desvalorização das carcaças, agentes consultados pelo Cepea relataram melhora das vendas no final de abril.

Quanto às exportações, o volume de carne suína embarcado nos 20 primeiros dias úteis de abril já supera o escoado no mês anterior, interrompendo o movimento de queda observado desde fevereiro.

Segundo dados da Secex, são 86,8 mil toneladas do produto in natura enviadas ao exterior na parcial de abril, e, caso esse ritmo se mantenha, o total pode chegar a 95,4 mil toneladas, maior volume até então para este ano.

 

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Embaixador da Coreia do Sul visita indústrias da C.Vale

Iniciativa pode resultar em novos negócios no segmento carnes da cooperativa

Publicado em

em

Visitantes conheceram frigorífico de peixes - Fotos: Assessoria

A C.Vale recebeu, no dia 25 de abril, o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo, e o especialista de negócios da embaixada sul-coreana, Rafael Eojin Kim. Eles conheceram os processos de industrialização de carne de frango, de peixes e da esmagadora de soja, além da disposição dos produtos nos pontos de venda do hipermercado da cooperativa, em Palotina.

O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, recepcionou os visitantes e está confiante no incremento das vendas da cooperativa para a Coréia do Sul. “É muito importante receber uma visita dessa envergadura porque amplia os laços comerciais entre os dois países”, pontuou. Também participaram do encontro o CEO da cooperativa, Edio Schreiner, os gerentes Reni Girardi (Divisão Industrial), Fernando Aguiar (Departamento de Comercialização do Complexo Agroindustrial) e gerências de departamentos e indústrias.

O embaixador Lim Ki-Mo disse ter ficado admirado com o tamanho das plantas industriais e a tecnologia do processo de agroindustrialização da cooperativa. “Eu sabia que a C.Vale era grande, mas visitando pessoalmente fiquei impressionado. É incrível”, enfatizou o embaixador, que finalizou a visita cantando em forma de agradecimento pelo acolhimento da direção e funcionários da C.Vale.

 

Fonte: Assessoria CVale
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Doença do edema em suínos: uma análise detalhada

Diagnóstico da doença pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras enfermidades.

Publicado em

em

Foto e texto: Assessoria

A doença do edema (DE) é um importante desafio sanitário em nível global na suinocultura. Com alta prevalência a patologia ocasiona perdas econômicas ao setor associadas, principalmente, com a morte súbita de leitões nas fases de creche e recria.

A doença foi descrita pela primeira vez na literatura por Shanks em 1938, na Irlanda do Norte, ao mesmo tempo que Hudson (1938) registrava sua ocorrência na Inglaterra.

Ao pensarmos no controle da enfermidade, a adoção de medidas de manejo adequadas desempenha um papel fundamental na prevenção da disseminação do Escherichia coli, o agente causador da DE.  Desta forma, é essencial reforçar práticas, como o respeito ao período de vazio sanitário durante a troca de lotes, a limpeza e desinfecção regular de todos os equipamentos e baias ocupadas com produtos adequados, e a garantia de que as baias estejam limpas e secas antes da introdução dos animais. Embora possam parecer simples, a aplicação rigorosa dessas ações é indispensável para o sucesso do manejo sanitário.

A toxinfecção característica pela DE é causada pela colonização do intestino delgado dos leitões por cepas da bactéria Escherichia coli produtoras da toxina Shiga2 (Vt2e) e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais, sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade em suínos, resultando em perdas econômicas significativas e impactos negativos na indústria suinícola.

Durante a multiplicação da bactéria (E.coli) no trato gastrointestinal dos suínos, a toxina Shiga 2 (Vt2e) é produzida e absorvida pela circulação sistêmica, onde induz a inativação da síntese proteica em células do endotélio vascular do intestino delgado, em tecidos subcutâneos e no encéfalo. A destruição das células endoteliais leva ao aparecimento do edema e de sinais neurotóxicos característicos da doença (HENTON; HUNTER, 1994).

Como resultado, ocorre extravasamento de fluido para os tecidos circundantes, resultando em edema, hemorragia e necrose, especialmente no intestino delgado. Além disso, a toxina pode desencadear uma resposta inflamatória sistêmica, exacerbando ainda mais os danos aos tecidos e órgãos afetados.

Os sinais clínicos da doença do edema em suínos variam em gravidade, mas frequentemente incluem, incoordenação motora com andar cambaleante que evolui para a paralisia de membros, edema de face, com inchaço bem característico das pálpebras, edema abdominal e subcutâneo, fezes sanguinolentas e dificuldade respiratória. O edema abdominal é uma característica marcante da doença, muitas vezes resultando em distensão abdominal pronunciada. Além disso, os suínos afetados podem apresentar sinais neurológicos, como tremores e convulsões, em casos graves.  Em toxinfecções de evolução mais aguda, os animais podem ir a óbito sem apresentar os sinais clínicos da doença, sendo considerado morte súbita.

O diagnóstico da doença do edema em suínos pode ser desafiador devido à rápida progressão da condição e à sobreposição de sintomas com outras doenças. No entanto, exames laboratoriais, como cultura bacteriana do conteúdo intestinal ou de swabs retais podem ajudar a identificar a presença. Quando há alto índices de mortalidade na propriedade, pode se recorrer a técnicas de necropsia, bem como a histopatologia das amostras de tecidos intestinais, sobretudo a identificação do gene da Vt2e via PCR, para o diagnóstico definitivo da doença

O tratamento geralmente envolve a administração de antibióticos, como penicilina ou ampicilina, para combater a infecção bacteriana, juntamente com terapias de suporte, como fluidoterapia e controle da dor.

Embora tenhamos métodos diagnósticos eficientes, o tratamento da doença do edema ainda é um desafio recorrente nas granjas. Sendo assim, prevenir a entrada da doença do edema no rebanho ainda é a melhor opção. Uma dieta rica em fibras, boas práticas de manejo sanitário, evitar situações de estresse logo após o desmame e a prática de vacinação são estratégias eficazes quando se diz respeito à prevenção (Rocha, 2016). Borowski et al. (2002) demonstraram, por exemplo, que duas doses de uma vacina composta por uma bactéria autógena contra E. coli, aplicadas em porcas e em leitões, foram suficientes para obter uma redução da sintomatologia e mortalidade dos animais acometidos.

A doença do edema em suínos representa um desafio significativo para a indústria suinícola, com sérias implicações econômicas e de bem-estar animal. Uma compreensão aprofundada dos mecanismos subjacentes à patogênese da doença, juntamente com a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes, é essencial para minimizar sua incidência e impacto. Ao adotar uma abordagem integrada os produtores podem proteger a saúde e o bem-estar dos animais, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade e a rentabilidade da indústria suína.

Referências bibliográficas podem ser solicitadas pelo e-mail gisele@assiscomunicacoes.com.br.

Fonte: Por Pedro Filsner, médico-veterinário gerente nacional de Serviços Veterinários de Suínos da Ceva Saúde Animal.
Continue Lendo
IMEVE BOVINOS EXCLUSIVO

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.