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Sucesso da lavoura também depende do planejamento

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A maioria dos agricultores ainda nem colheu o milho safrinha, mas já está de olho na próxima safra de verão. Diante do alto investimento que representa e dos desafios que sempre existem, eles precisam pensar no que vão plantar, qual a melhor semente, medidas de prevenção a pragas e ervas daninhas, insumos, maquinários, entre tantos outros detalhes. Conforme o engenheiro agrônomo da Cooperativa Copagril, de Marechal Cândido Rondon, Edmar Oswald, nesta época, os agricultores já reservam em torno de 70% das sementes e insumos que vai precisar e parte dos defensivos, como medida para garantir que vai ter o material escolhido na época do plantio.  Conforme ele, os agricultores estão apostando mais em soja, que deve predominar nas áreas da região. A intenção é plantar mais cedo a soja, para colher mais cedo e investir na safrinha com maior segurança. “Os agricultores estão mais atentos a questões como o zoneamento. A safrinha tem oferecido bons resultados ao longo dos anos, mas para isso precisa ser plantada no tempo certo. Isto reflete no comportamento de plantio da safra de verão”, justifica Oswald.
Quanto ao milho, o agrônomo da Copagril percebe uma redução na procura dessa semente para o próximo ciclo, acreditando, inclusive, numa sensível redução de área, se comparado a anos anteriores. Porém, os tradicionais produtores de milho, que investem em alta tecnologia na cultura, devem manter suas áreas, bem como os pecuaristas, que também utilizam o grão e a planta para produzirem silagem.

Cuidados
Alguns aspectos nesta época de planejamento são primordiais, explica Enoir Pellizzaro, supervisor do Departamento Agronômico da C.Vale, de Palotina. “Antes de efetuar qualquer compra, decidir por culturas ou qualquer outra decisão, o agricultor deve sentar com um técnico da sua confiança para discutir sobre a safra de verão”, aconselha. Algo que deve ser analisado com muita seriedade, diz Pellizzaro, são as oportunidades de negócio, abrangendo desde qual a área que vai dedicar para qual cultura, como está o mercado, previsão futura de mercado e demais pontos que refletem nos resultados econômicos. “A decisão sábia só pode ser compartilhada com um profissional e empresa da confiança do agricultor. Nesta época surgem muitas propostas e identificar se ela realmente é a melhor para o agricultor vai depender da análise de todo um conjunto”, alerta, citando que menor preço não pode ser o único critério de decisão. “É preciso trabalhar com economia inteligente, analisando o custo-benefício, resultados efetivos que vai ter em cada Real investido na lavoura”, acrescenta.

ProdutosJá na definição sobre qual variedade, híbrido ou insumos, o agrônomo sugere que o agricultor leve em conta alguns aspectos como: local da área a ser cultivada, tamanho da propriedade, condições de máquinas e implementos e período de plantio previsto. Por exemplo, o agricultor que escolhe por variedades de sementes muito precoces, precisa lembrar que está assumindo mais riscos, tendo em vistas que esse tipo tem menos tempo para recuperar-se em caso de eventual problema climático. Segundo ele, o agricultor precisa entender que a condição de clima da região é bastante instável. Para o técnico, vale mais a pena apostar em escalonamento de plantio e em cultivares diferentes. “Não pode jogar todos os ‘ovos’ em uma única cesta porque o risco será grande”, alerta.
Pellizzaro explica o porquê do alto risco, ao lembrar que desde o Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, há algumas décadas eram desertos e, por isso, há grande interferência no clima, devido à formação histórica da geografia. Assim, o agricultor não pode apostar seus investimentos em resultados de uma única cultivar ou de um plantio feito num mesmo período. “Já está comprovado que o escalonamento é o melhor a fazer. Tudo pode dar certo, mas também podem haver imprevistos climáticos, que às vezes tornam as sementes precoces mais eficientes e outras a sementes mais tardias”, ressalta.

Tratamento de sementes
Apesar da comodidade que o tratamento industrial de sementes oferece, ainda existe muito agricultor que prefere fazê-lo na propriedade. Na opinião de Enoir Pellizzaro, o tratamento industrial é sempre melhor porque a tecnologia utilizada é mais eficiente e com resultados mais satisfatórios. Ao fazer em casa, cita, o volume de um ou outro produto pode ficar acima ou abaixo do necessário para o tratamento, bem como há uma exposição do manipulador aos produtos químicos.  “O tratamento industrial é mais preciso”, resume.
O período de entressafra pode ser utilizado, ainda, para fazer as análises de solo e adubação da terra, lembrando que temos o vazio sanitário da soja, que no Paraná inicia neste sábado (15) e encerra somente em setembro.

Insumos
O supervisor da C.Vale observa que já é tempo não apenas do agricultor pensar em insumos para a lavoura, mas também de ações preventivas a desafios nas culturas. Assim, o ideal, orienta o técnico, é que logo após a colheita da safrinha o produtor faça a intervenção para manejar as ervas presentes ou as que tendem a germinar em seguida, como o capim-amargoso, buva, entre outras plantas invasoras. Segundo o agrônomo, o manejo das ervas pequenas é mais eficiente e vai facilitar bastante o controle depois. As plantas em tamanhos maiores têm mais facilidade de rebrota e demandam investimentos mais altos com herbicidas, elevando o custo de produção. Esse também seria o momento de fazer a prevenção às pragas, caso das lagartas, atualmente muito tolerantes aos inseticidas que estão no mercado.

Máquinas
Enquanto o solo é preparado para o plantio, o produtor também deve providenciar toda a manutenção de máquinas e implementos, regulagem de plantadeiras, logística de sementes e demais aspectos que refletem no trabalho prático de plantio. “O produtor, principalmente aquele que não trabalha com irrigação, precisa estar preparado para o dia do plantio”, ressalta.
Na manutenção das máquinas e equipamentos, é preciso ficar em dia com os elementos de corte e de deposição de adubo, engrenagens e correntes de transmissão, discos duplos de corte do carrinho de sementes, limitadores de profundidade, compactadores, condutores de adubo e sementes etc. “São vários detalhes que, mesmo o agricultor já estando acostumado a essa rotina, precisa trocar idéias com o seu técnico e os níveis de acerto são aumentados”, conclui Pellizzaro.

Fonte: O Presente Rural

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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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Produção de leite no Brasil se mantém estável e polos regionais se destacam

Produção nacional alcançou 35,74 bilhões de litros em 2024, com liderança do Sudeste, crescimento expressivo do Nordeste e destaque do Oeste Catarinense e municípios do Paraná entre os maiores produtores.

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Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

A produção de leite no Brasil manteve estabilidade em 2024 e evidenciou a força regional da atividade, conforme dados atualizados do IBGE. O levantamento mostra que o país produziu 35,74 bilhões de litros no ano passado, ligeiro avanço frente aos 35,25 bilhões registrados em 2023.

O destaque ficou com a Região Sudeste, que liderou a oferta nacional com 12,03 bilhões de litros, o equivalente a 34% de toda a produção do país. Em seguida aparecem as Regiões Sul, com 11,95 bilhões de litros (33%), e Nordeste, responsável por 6,43 bilhões (18%). O desempenho nordestino chamou atenção: a região registrou o maior crescimento entre as cinco grandes regiões, com alta de 5% na comparação anual. O Sudeste cresceu 3% e o Sul, 1%.

Na direção oposta, Centro-Oeste e Norte tiveram retrações de 3% e 5%, respectivamente, somando 3,66 bilhões e 1,67 bilhão de litros em 2024.

Oeste Catarinense segue entre os maiores polos leiteiros do país

Foto: Arnaldo Alves/AEN

A análise por mesorregiões reforça a importância do Sul na atividade. O Oeste Catarinense ocupou a segunda posição entre as dez maiores regiões produtoras, com 2,54 bilhões de litros. O volume fica atrás apenas do Noroeste Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul, que liderou com 2,73 bilhões de litros.

Juntas, as duas mesorregiões responderam por 15% de toda a produção nacional. Outras regiões de destaque foram o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (2,41 bilhões) e o Sul/Sudoeste de Minas (1,67 bilhão).

Municípios do Paraná e de Minas Gerais dominam o ranking nacional

Entre os dez maiores municípios produtores do Brasil, aparecem cidades dos estados do Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Sergipe. Essas localidades somaram 1,94 bilhão de litros em 2024, representando 5% da produção nacional.

Castro (PR) manteve a liderança com 480 milhões de litros, seguido de Carambeí (PR), que produziu 290 milhões. Minas Gerais também marcou forte presença no ranking, com Patos de Minas (230 milhões), Patrocínio (160 milhões), Coromandel (140 milhões) e Lagoa Formosa (140 milhões).

A lista inclui ainda Itaíba (PE), Arapoti (PR), Orizona (GO) e Poço Redondo (SE), todos com produção entre 120 e 130 milhões de litros.

Os números reforçam a pulverização da atividade leiteira no país e a importância de polos regionais consolidados, que seguem impulsionando a produção mesmo em um cenário de crescimento moderado.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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Chuva eleva pressão de parasitas e exige reforço sanitário na pecuária

Alta umidade favorece verminoses e doenças como clostridioses e tristeza parasitária, aumentando riscos produtivos e a necessidade de vacinação e controle estratégico.

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Fotos: Shutterstock

O período das chuvas, que normalmente se estende do fim da primavera ao início do outono, representa uma fase de alta umidade e temperaturas elevadas nas principais regiões pecuárias do Brasil. Essas condições, embora benéficas para o crescimento das pastagens, favorecem a multiplicação de parasitas gastrointestinais e vetores de doenças, tornando indispensável a intensificação dos cuidados com vacinação e vermifugação do gado.

De acordo com Rodrigo Costa, que atua na área nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, essa combinação de fatores pode gerar prejuízos significativos. “A umidade favorece a sobrevivência de ovos e larvas de vermes no pasto, além de criar condições ideais para a disseminação de agentes infecciosos, como bactérias e vírus. Estes fatores elevam o risco de contaminações e comprometem o desempenho produtivo dos animais. Se não houver um bom controle sanitário, o produtor pode enfrentar queda na produção de leite e carne e aumento dos custos com tratamentos corretivos”, alerta.

Entre as doenças com maior incidência nessa época do ano estão as clostridioses, como o carbúnculo sintomático (manqueira) e as enterotoxemias, que tendem a se agravar com a ingestão de pastagens muito ricas, favoráveis ao desenvolvimento das bactérias clostridiais e à produção de toxinas.

Também merecem atenção a leptospirose, que se espalha em áreas úmidas através da urina de roedores e afeta a reprodução do rebanho, e as hemoparasitoses, como a anaplasmose (tristeza parasitária bovina) e a babesiose, transmitidas por carrapatos. Além delas, há o risco de verminoses gastrointestinais (principalmente Haemonchus contortus e Trichostrongylus spp.), que causam anemia, diarreia e perda de peso, e o aumento de moscas como a mosca-dos-chifres.

Segundo Costa, o calendário de vacinação é uma das principais ferramentas para preservar a saúde do rebanho e evitar prejuízos econômicos. “Manter o protocolo vacinal em dia é essencial para prevenir surtos de doenças que podem comprometer a rentabilidade da fazenda. Em regiões onde a vacinação é obrigatória, como no caso da febre aftosa, o não cumprimento pode gerar penalidades legais e restrições comerciais”, menciona.

O profissional reforça ainda que o controle parasitário deve ser feito conforme o perfil do rebanho e o histórico da propriedade. Bezerros e animais jovens, por exemplo, são mais vulneráveis e devem ser vermifugados a cada 60 a 90 dias. Já os adultos podem ter intervalos maiores, desde que o nível de infestação esteja sob controle. “O ideal é realizar exames de fezes (OPG – ovos por grama) para identificar o grau de contaminação e definir o vermífugo mais indicado. Também é importante alternar os princípios ativos, evitando o desenvolvimento de resistência dos parasitas aos medicamentos”, orienta.

Entre os sinais de alerta para possíveis infestações estão diarreia crônica, emagrecimento, mucosas pálidas e pelos arrepiados. Em casos de falhas na imunização, podem surgir doenças em animais já vacinados, situação que pode indicar uso de vacinas malconservadas, vencidas ou aplicadas de forma incorreta. “Ao identificar qualquer anormalidade, o produtor deve buscar o suporte de um veterinário ou técnico para confirmar o diagnóstico por exame clínico e laboratorial, além de revisar os protocolos de vacinação e vermifugação”, ressalta Costa.

A escolha e aplicação corretas dos produtos também são determinantes para a eficácia dos tratamentos. É fundamental optar por vacinas e vermífugos registrados no Ministério da Agricultura, observar o armazenamento adequado (geralmente entre 2 e 8°C) e garantir que a aplicação seja feita com equipamentos limpos e calibrados. “Esses cuidados simples fazem toda a diferença. Aplicações malfeitas ou produtos malconservados podem comprometer a imunidade do rebanho e gerar desperdícios”, salienta.

Costa ainda destaca o papel da assistência técnica no planejamento sanitário das propriedades. “O apoio de profissionais capacitados ajuda o produtor a montar um cronograma eficiente de vacinação e controle parasitário, de acordo com a realidade de cada fazenda. Além disso, o acompanhamento especializado permite avaliar continuamente os resultados, ajustar as estratégias e auxiliar na seleção de produtos de melhor custo-efetividade para garantir a saúde e a produtividade do rebanho”, evidencia.

Fonte: Assessoria Axia Agro
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