Empresas
Substituição total por minerais orgânicos amplia produção de leite de forma sustentável
Pesquisa realizada pela USP em parceria com a Alltech demonstra resultados positivos para uso de minerais orgânicos, mesmo com 50% das doses dos tradicionais minerais inorgânicos

Alimentar vacas leiteiras estritamente com microminerais orgânicos resulta em uma série de benefícios. “O respaldo científico dos minerais orgânicos em forma de proteinatos da Alltech nos permite afirmar que o uso de doses reduzidas de cobre, zinco, manganês e cobalto assegura os benefícios relacionados à imunidade, produção e reprodução dos animais, mas com menor excreção ao ambiente, já que a absorção dessas formas minerais é superior à dos minerais inorgânicos”, destaca o médico veterinário PhD em Ciência Animal Thomer Durman, gerente de vendas da Alltech. A eficácia da utilização dos microminerais orgânicos na nutrição de gado de leite foi confirmada nos resultados da pesquisa conduzida pelo professor Francisco Palma Rennó, do Departamento de Nutrição e Produção Animal da USP, em parceria com pesquisadores da Alltech.
O trabalho foi publicado em abril de 2023 no Journal of Dairy Science, a revista científica mais lida pela comunidade do leite. As vacas que participaram do estudo, realizado em Pirassununga (SP), foram divididas em dois grupos: um deles foi alimentado no período de transição, antes e depois do parto, com as doses de minerais inorgânicos equivalentes ou maiores às exigências apresentadas pelo guia nutricional NRC, enquanto o outro recebeu o equivalente a 50% das doses de zinco, cobre, manganês e cobalto do outro grupo, além de substituir o selenito de sódio pela levedura enriquecida com selênio da Alltech. “A indicação da dose normal de zinco no pré-parto é de 70 mg/kg de matéria seca da dieta; o grupo suplementado com os minerais orgânicos da Alltech recebeu 35 mg/kg”, exemplifica Durman.
Dividida em blocos de semanas, a pesquisa constatou que a adoção de minerais orgânicos gerou aumento de produção em todos os períodos. Nos 56 dias da avaliação, o grupo de vacas que recebeu a dose convencional de minerais inorgânicos teve produção média de 26,3 litros (L) de leite por dia, ao passo que o dos animais suplementados com os minerais orgânicos da Alltech apresentou resultado médio de 28,3 L/dia, uma diferença de 2 L/dia. “O resultado surpreendeu, porque não só demonstramos não haver perdas produtivas ao usar metade da dose indicada para inorgânicos como tivemos um aumento bem expressivo de produção de leite”, aponta o veterinário. O que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi a performance entre a quinta e a oitava semanas, que são as mais produtivas das vacas: as alimentadas com minerais orgânicos da Alltech apresentaram média de 30,9 L/dia, um incremento de 3,2 L/dia em relação às que receberam inorgânicos (27,7 L/dia).
“Os produtores carecem de informações atualizadas sobre as diferenciações dos minerais. Alguns acham que quanto maior a quantidade apontada no rótulo, melhor, mas o mineral inorgânico pode resultar em menor eficiência e rentabilidade e maior risco de contaminação do solo, pois o animal irá eliminar boa parte do que foi consumido. Além da maior biodisponibilidade, os minerais da Alltech minimizam as interações negativas com outros componentes da dieta, como as vitaminas A e E, o que confere maior segurança para enfrentar os desafios da produção”, observa o especialista.
Agroleite
Na contramão da grande oferta de minerais inorgânicos ao mercado para atender ao crescimento da produção de leite nos últimos anos, a Alltech trabalha apenas com minerais em formas orgânicas e é pioneira na Tecnologia de Substituição Total (TRT, na sigla em inglês) da suplementação de minerais inorgânicos por orgânicos. Para os produtores de leite interessados nessa substituição total, a Alltech oferece pacotes completos com microminerais proteinatos e levedura enriquecida com selênio, como a linha Allmix, lançada em 2023, que conta com produtos para diferentes fases da criação, como Pré-Parto, Bezerra e Leite.
Essas e outras soluções do portfólio da Alltech para bovinos de leite estarão disponíveis durante a Agroleite, maior feira do segmento da América Latina, que acontece nos próximos dias 6 a 9 de agosto, no Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro (PR). Em sua casa na Agroleite, a empresa receberá clientes e visitantes interessados em esclarecer dúvidas, obter informações e compartilhar experiências sobre o uso dos produtos no campo. “Não produzimos apenas soluções nutricionais, mas temos a responsabilidade de melhorar o planeta que compartilhamos através do nosso compromisso com a ciência, com a inovação, com os animais e com o meio ambiente”, conclui o gerente de vendas.

Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
Empresas
Boehringer Ingelheim anuncia Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing de Aves e Suínos
A executiva assume a posição anteriormente ocupada por Filipe Fernando, que ascendeu ao cargo de Head de Grandes Animais da empresa

A Boehringer Ingelheim, multinacional farmacêutica referência na produção de medicamentos para humanos e animais, anuncia a chegada de Patricia Aristimunha como nova gerente sênior de marketing da unidade de negócios de Aves e Suínos, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Filipe Fernando, novo diretor de Grandes Animais da companhia.
A gerente é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também concluiu o mestrado. Além disso, possui doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No âmbito profissional, Patricia conta com mais de 18 anos de experiência em empresas nas áreas de saúde, produção e nutrição animal, com forte atuação em marketing estratégico.
“Estou muito contente e animada em iniciar esse novo capítulo profissional em uma empresa líder e referência global na área da saúde, como a Boehringer Ingelheim. Com minha sólida experiência técnica e prática no segmento de avicultura e suinocultura, estou ansiosa para colaborar com a equipe e contribuir ativamente para os resultados e inovações da empresa”, afirma Patricia Aristimunha.
A chegada da executiva, que ingressou no cargo na primeira semana de novembro, reforça o compromisso da Boehringer Ingelheim em fortalecer sua liderança e inovação no mercado de saúde animal, especialmente nos setores de aves e suínos. Com sua vasta experiência no segmento, a empresa espera que Patrícia impulsione ainda mais as estratégias de marketing da companhia, contribuindo significativamente para o sucesso contínuo de seus clientes e parceiros no agronegócio.
Empresas
Ventilação eficiente é chave na preparação do agro para a chegada do calor
Manutenção preventiva dos motores ajuda a reduzir perdas e preservar o bem-estar animal

Com a chegada da primavera e a aproximação do verão, as altas temperaturas passam a impactar diretamente a produção animal no Brasil. O calor excessivo é um dos principais fatores de estresse térmico, comprometendo o desempenho dos animais, reduzindo a produtividade e elevando riscos sanitários e econômicos para os produtores.
Segundo Drauzio Menezes, diretor da Hercules Energia em Movimento, a manutenção preventiva dos motores é fundamental nesse período. “A confiabilidade dos motores determina o bom funcionamento dos sistemas de ventilação, que são essenciais para manter as granjas em condições adequadas”, afirma.
Manutenção e ventilação: aliados da produtividade
A ventilação é um dos recursos mais eficazes para preservar o bem-estar dos animais durante os meses mais quentes. Para que os equipamentos cumpram sua função com eficiência, é essencial que os motores estejam revisados e em pleno funcionamento. Entre as ações mais importantes estão a manutenção dos motores, isolamento térmico das estruturas, controle da umidade e fornecimento constante de água fresca, além de ajustes na densidade de lotação em períodos de calor extremo. “Esses sistemas precisam operar com segurança e sem falhas para garantir conforto térmico, reduzir o estresse dos animais e evitar perdas na produção”, reforça Menezes.
Segundo ele, a Hercules Energia em Movimento oferece soluções adequadas para esse tipo de demanda, com motores monofásicos, trifásicos e customizados, todos com alta eficiência energética, conformidade com as normas NEMA e IEC, e aprovação do Inmetro. Os equipamentos são projetados para atender ambientes de produção animal, que exigem desempenho constante mesmo em condições severas.
Alta nas temperaturas exige preparação antecipada
De acordo com previsões do INMET e da Climatempo, a primavera e o verão de 2025/2026 devem registrar temperaturas acima da média histórica em várias regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste, Sudeste e partes do Sul. A previsão também aponta para chuvas mal distribuídas e períodos prolongados de tempo seco, elevando o risco de ondas de calor e agravando os desafios para a criação de aves.
Esse cenário reforça a necessidade de antecipar cuidados com a climatização das áreas de produção animal. “Ambientes bem ventilados ajudam a mitigar os efeitos do calor excessivo, preservando o desempenho zootécnico das aves e garantindo a continuidade da produção com segurança”, conclui Menezes.

