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Subsídios dos EUA são os mais prejudiciais ao agronegócio brasileiro

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O estudo “Política Agrícola dos Estados Unidos e da União Europeia: Impacto no Agronegócio Brasileiro”, encomenado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e apresentado nesta quarta, dia 26, pela senadora Kátia Abreu, mostra que o desempenho do país no comércio externo de produtos agropecuários nos últimos anos está mais ameaçado pela nova Lei Agrícola dos Estados Unidos (Farm Bill) do que pelas recentes mudanças da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia. Segundo a pesquisa, soja, milho, algodão, trigo estão entre os produtos brasileiros mais prejudicados pelos subsídios norte-americanos.
No caso do bloco europeu, o que mais preocupa os produtores rurais do Brasil é a subvenção ao açúcar e aos lácteos.
– Com a tecnologia, a qualidade e os preços dos nossos produtos agropecuários, nosso país é competitivo em todos os mercados. Só não podemos disputar com os subsídios que tornam a concorrência desleal – afirma a presidente da CNA, Kátia Abreu. 
Conforme a pesquisa, nos últimos cinco anos, a influência das políticas de subsídios no comércio internacional foi menor porque os preços dos produtos agropecuários estavam em patamares elevados. A tendência, no entanto, é de que as cotações internacionais recuem em função do aumento da produção, especialmente nos Estados Unidos, e também porque vários países acumularam grandes estoques.
A CNA destaque que, desta forma, ampliam-se as chances de os mecanismos de sustentação de preços e rendas serem ativados pelo governo norte-americano, ampliando as distorções de mercado. Na safra 2014/2015, os preços do milho e do trigo tendem a recuar quase 15%, enquanto as cotações da soja devem cair 30%, segundo previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A análise dos efeitos da PAC e da nova Lei Agrícola dos EUA mostra que a política norte-americana é a mais prejudicial ao principal setor da economia brasileira. Aprovada em fevereiro, a lei norte-americana prevê gastos entre US$ 12,8 bilhões e US$ 19,8 bilhões anuais entre 2014 e 2018, com programas direcionados a produtos específicos e à garantia de preços e de renda aos produtores locais. São esses programas que irão sustentar a produção agrícola norte-americana nos volumes atuais ou até maiores, provocando queda nos preços internacionais e, com isto, distorcendo mercados.
Contencioso do algodão
A CNA alerta, ainda, para o fato de os Estados Unidos não resolverem as pendências do contencioso do algodão, mantendo as distorções já condenadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Em 2002, o Brasil apresentou queixa ao organismo multilateral de comércio questionando os subsídios dos Estados Unidos aos produtores de algodão. O estudo da CNA mostra que o governo norte-americano gastou US$ 4,6 bilhões com as políticas de apoio ao algodão em 2004, quando o valor representou 49% da renda total dos cotonicultores do país.
Sem retaliação
Dez anos mais tarde, o pagamento total de subsídios foi reduzido, mas continua alto, na faixa de 17% da renda dos cotonicultores, a despeito da condenação da OMC. A nova Farm Bill prevê parcela de renda dos produtores ainda maior: entre 19% e 21%, no período de 2014 a 2018 (entre US$ 1,3 bilhão a US$ 1,4 bilhão).
O ministro da Agricultura, Neri Geller, afirmou que terá uma reunião nesta quarta, dia 26, com a subsecretária de Serviços Agrícolas Exteriores dos Estados Unidos, Darci Vetter, para buscar uma saída para a disputa envolvendo o algodão. Segundo ele, o governo não descarta acionar a OMC. 
União Europeia
A política agrícola europeia de 2013 eliminou subsídios à exportação e transformou a maior parte das políticas de apoio em pagamentos diretos aos produtores, sem considerar os níveis de produção e o tipo de produto. Apesar de as mudanças na PAC terem representado um avanço, a CNA ainda teme seus efeitos para os setores de açúcar e lácteos. Nestes casos, as atenções do Brasil estarão voltadas para a necessidade de continuidade das reformas das políticas específicas, a fim de constatar se as mudanças resultarão em distorções no mercado internacional.
A nova PAC tem orçamento anual de 60 bilhões de euros, distribuído entre os 28 países-membros, quantia responsável por 14% da renda total do produtor rural europeu. Mesmo em se tratando de um valor quatro vezes maior do que o total de subsídios norte-americanos, o efeito da nova política da União Europeia aos produtos exportados pelo Brasil. O que ameniza os efeitos é a divisão entre países e seus produtores, sem se concentrar em produtos específicos.
(Confira aqui o estudo completo) 

Fonte: CNA

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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