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StoneX Brasil analisa mercado de fertilizantes e aponta perspectivas para 2023

Demanda por fertilizantes no Brasil e na Índia, aumento do custo de produção e estoques elevados marcam mercado global nos primeiros meses do ano.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

No  primeiro semestre de 2023, a principal característica do segmento de fertilizantes foi a fraqueza dos fundamentos de mercado para os nitrogenados, fosfatados e potássicos. O ímpeto comprador esteve enfraquecido em diversos países, e a demanda não foi capaz de absorver o volume de mercadorias disponíveis aos compradores. Os vendedores, disputando os poucos mercados que oferecem possibilidades de negócios, adotaram uma postura agressiva nas ofertas, resultando nas cotações mais baixas para os fertilizantes desde 2021.

Dessa maneira, o baixo volume negociado globalmente tem levado a uma desvalorização dos fertilizantes. A queda de preço observada para o complexo NPK, desde meados de 2022, alimentou a cautela dos compradores, que postergam aquisições e almejam cotações ainda mais baixas. Os agricultores evitam se comprometer com grandes pedidos, preferindo aquisições pontuais, voltadas às necessidades imediatas. O acompanhamento da comercialização de fertilizantes da StoneX mostra que, em maio/23, o consumo de adubos no Brasil estava atrasado em relação ao patamar negociado até o mesmo período de 2022.

Pelo lado da oferta, há uma ampla disponibilidade no mercado. Produtores de potássio que pretendiam ocupar o market-share de fornecedores russos e bielorrussos aumentaram a sua produção. Porém, ao longo da Guerra russo-ucraniana, os principais players sancionados, ou envolvidos no conflito, seguiram exportando suas mercadorias, e o resultado foi o aumento do potássio disponível.

Na China, a fraqueza da demanda doméstica tem levado produtores locais a exportar suas mercadorias. Consequentemente, autoridades chinesas diminuíram as restrições à exportação de fosfatados, e o aumento da oferta do país é mais um fator baixista. A Índia anunciou, recentemente, pretensões de adquirir 800 mil toneladas de ureia, porém, fornecedores se dispuseram a enviar 2,5 milhões de toneladas do produto ao país, revelando uma abundância de nitrogenados sem um destino certo. Poucas empresas ofereceram suas mercadorias pelos preços mais baixos entre as propostas, mas sabe-se que a disponibilidade de ureia é grande. Sem direcionamentos claros na Índia para balizar o mercado, os nitrogenados seguem num caminho indefinido.

A diminuição dos preços do GNL, recentemente, trouxe uma queda no custo de produção da amônia, e as plantas europeias têm gradualmente retomado a sua produção. Contudo, a incerteza quanto ao fornecimento de gás na Europa é uma ameaça aos preços, que tendem a aumentar no 2º semestre, com a aproximação do inverno no continente.

Fundamentos fracos no mercado de fertilizantes em 2023 criaram uma situação diferente daquela observada em 2022, quando compradores se depararam com inúmeras adversidades. Incerteza política, fretes elevados, temor relacionado ao fornecimento de adubo e o aumento no custo de produção, que impulsionaram as cotações. O crescimento dos preços em 2022, vale lembrar, resultou numa destruição da demanda em âmbito global. No Brasil, 41 milhões de toneladas de fertilizantes foram consumidas em 2022 – uma retração de 10,4% em relação ao consumo de 2021. A elevação de preços levou o produtor brasileiro a optar pela diminuição das aplicações.

Segundo a ANDA, até março/23, o volume de fertilizantes entregues aos agricultores estava 1,2% menor do que no mesmo período de 2022, indicando que o volume negociado estava abaixo do esperado. Os próximos anos podem marcar uma recuperação do consumo de fertilizantes. Porém, 2023 poderá ser um ano de transição até que o Brasil retome os patamares de consumo do passado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Este cenário desfavorável para os vendedores de fertilizantes em 2023 contrasta com o momento oportuno que tem sido observado para os consumidores. A diminuição de preço dos adubos melhorou o poder de compra dos agricultores, que, neste momento, possuem uma das melhores relações de troca dos últimos 5 anos. É o caso da soja em Paranaguá e os preços CFR do KCl nos portos brasileiros.

O segundo semestre no Brasil marca um período de aumento da demanda por adubos: as importações crescem e as entregas aumentam. Um possível avanço dos preços estará condicionado à oferta de mercadorias, e, atualmente, a ampla disponibilidade de produtos é uma característica do setor.

De qualquer forma, o aumento da demanda em 2023 ocorrerá em meio a estoques elevados e grande oferta de mercadorias, o que poderá limitar a extensão da tendência altista que costuma ser observada até o final do ano.

Fatores altistas

  • Demanda por fertilizantes no Brasil e na Índia ao longo do segundo semestre;
  • Possível aumento de preço do gás natural durante o inverno europeu, elevando o custo de produção de nitrogenados;
  • Índia solicita 800 mil tons de ureia, mas apenas 560 mil serão fornecidas aos preços desejados no país.

Fatores baixistas

  • China diminui restrições à venda de fertilizantes ao mercado internacional;
  • Fornecimento de potássio entre a Canpotex e compradores chineses por US$ 307/ton;
  • Término da janela de aplicação de fertilizantes nos Estados Unidos; Estoques elevados de fosfatados na Índia e no Brasil.

Fonte: StoneX Brasil

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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