Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Sorgo na alimentação e na sanidade de peixes reduz custos de produção

Estudos feitos no âmbito da Embrapa Amazônia Ocidental concluíram que a inclusão de 40% de cereal de baixo tanino na dieta reduziu o custo da nutrição de juvenis de tambaqui em 27,4%

Publicado em

em

Sorgo granífero é eficiente para controle de parasitas e bom para o bolso do produtor - Foto: Ariosto Mesquita

A recente divulgação de resultados de pesquisas da Embrapa, que revela o sorgo como eficiente agente controlador de parasitas e redutor do custo de produção de peixes, pode provocar um avanço considerável na utilização do cereal no contexto do agronegócio brasileiro. Esta é a avaliação de Willian Sawa, diretor executivo da Latina Seeds, que considera “fato inovador” a inclusão do sorgo na ração de tambaqui (Colossoma macropomum) com a tamanha carga de benefícios apresentada.

Os estudos feitos no âmbito da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus, AM) foram divulgados em novembro deste ano e concluíram que a inclusão de 40% de cereal de baixo tanino na dieta reduziu o custo da nutrição de juvenis de tambaqui em 27,4%. Também comprovaram que rações com sorgo de alto tanino, controlaram significativamente a incidência de parasitas, com reduções da ordem de 44% de acantocéfalos (internos, que se fixam na parede intestinal) e de 83% dos monogeneas (parasitas externos, que podem prejudicar a respiração de peixes).

“Isso comprova a versatilidade do sorgo e abre enorme mercado para o seu cultivo e uso, que já está em alta dentro do Brasil”, avalia Sawa.

Projeção oficial da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), feita em setembro deste ano, indicava que a produção do cereal na última safra 2021/2022 seria 35% maior em relação à safra anterior, superando o patamar de 2,8 milhões de toneladas.

O executivo lembrou ainda que estas revelações científicas da Embrapa de certa forma quebram um paradigma em relação ao tanino: “Algo que costumeiramente era visto como prejudicial para alimentação animal começa a ter a sua imagem revertida”. Sawa se refere ao conceito de que altas concentrações de tanino podem diminuir a digestibilidade e provocar a queda de desempenho dos animais.

A pesquisa comprovou, porém, que o sorgo de alto tanino pode ser utilizado em dietas para tambaquis em até 45% de inclusão na formulação em um período de até 45 dias sem nenhum efeito adverso ao desempenho animal.

Os estudos da Embrapa foram coordenados pela pesquisadora Cheila de Lima Boijink, através do projeto “Avaliação de taninos em dietas para juvenis de tambaqui no controle de helmintos e desempenho zootécnico”.

De acordo com informações de conteúdo divulgado pela Embrapa, o projeto de pesquisa foi realizado de 2019 a 2021 com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Fonte: Ascom Latina Seeds

Notícias Atenção produtores rurais

Prazo para entrega da Declaração do Imposto de Renda vai até 31 de maio

Estão obrigados a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2024 a pessoas físicas do meio rural que, no ano-calendário de 2023, obtiveram receita bruta superior a R$ 153.199,50.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta aos produtores sobre o prazo e as novas regras de Declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) de 2024, referente ao ano-base 2023. Desde o dia 15 de março está liberado o acesso aos programas IRPF 2024 e para download. Também está disponível a declaração pré-preenchida. A data limite para a entrega é o dia 31 de maio.

De acordo com o órgão, este ano marcará um avanço significativo na forma como os contribuintes prestarão contas ao Fisco, com a expectativa de recebimento de aproximadamente 43 milhões de declarações.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Zeferino Pedrozo, pede a atenção dos produtores para que fiquem atentos ao cronograma de restituições e às mudanças ocorridas neste ano. O dirigente também alerta para observar sobre a obrigatoriedade do que consta na Instrução Normativa relativamente à atividade rural.

“De acordo com a norma estão obrigados a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2024 a pessoas físicas do meio rural que, no ano-calendário de 2023, obtiveram receita bruta superior a R$ 153.199,50. Também fazem parte desse grupo os produtores rurais que pretendam compensar, no ano-calendário de 2023 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário do ano passado”, explica Pedrozo.

A obrigatoriedade da apresentação da Declaração do Imposto de Renda também vale aos produtores rurais que tiveram, em 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800.000,00. “Esses são apenas alguns dos itens importantes, mas é fundamental observar com atenção todos os aspectos da Normativa relacionados à obrigatoriedade. Sugerimos, ainda, aos que tiverem alguma dúvida para que procurem um contador de confiança”, enfatiza o presidente da Faesc.

Confira o que consta na instrução normativa

Relativamente à atividade rural:

a) Obteve receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 (cento e cinquenta e três mil, cento e noventa e nove reais e cinquenta centavos); ou

b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2023 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2023;

VI – teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais);

VII – passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro;

VIII – optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, caso o produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005;

IX – optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física, nos termos do Regime de Transparência Fiscal de Entidade Controlada estabelecido no art. 8º da Lei nº 14.754, de 12 de dezembro de 2023;

X – teve, em 31 de dezembro, a titularidade de trust e demais contratos regidos por lei estrangeira com características similares a este, nos termos dos arts. 10 a 13 da Lei nº 14.754, de 2023; ou

XI – optou pela atualização a valor de mercado de bens e direitos no exterior, nos termos do art. 14 da Lei nº 14.754, de 2023.

Novidades 2024

Dentre as principais novidades, está a atualização dos limites de obrigatoriedade para entrega da declaração. O limite para rendimentos tributáveis subiu de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90. “A Lei 14.663/2023 (sobre o salário mínimo) mudou a tabela e alguns limites que estavam atrelados a ela foram alterados. Um deles é o limite de rendimentos tributáveis, que não era atualizado desde 2015. São rendimentos tributáveis o salário, a aposentadoria, o aluguel, entre outros. Ou seja, se a pessoa recebeu mais que o limite na soma de todo o ano ela está obrigada a apresentar o imposto de renda”, frisa o auditor -fiscal responsável pelo IRPF 2024, José Carlos Fonseca.

O teto para rendimentos isentos e não tributáveis também mudou. Este ano, ele passou de R$ 40 mil para R$ 200 mil. Com isso, muitos contribuintes com determinados tipos de ganhos de capital, como a venda de imóveis, lucros e dividendos recebidos, indenizações por rescisão de contrato de trabalho e outros tipos de receitas, até o limite estabelecido, não precisarão pagar imposto.

De acordo com o supervisor do programa do IRPF, houve ainda a atualização do limite de obrigatoriedade para bens. “Quem tinha até o final do ano-calendário posse ou propriedade de bens até R$ 300 mil estava obrigado a declarar o imposto. Este ano esse limite aumentou para R$ 800 mil. Este valor foi a correção simples da tabela pela inflação do período”, explica Fonseca.

Declaração pré-preenchida

Também faz parte das novidades para 2024 é a ampliação da disponibilidade da declaração pré-preenchida, agora acessível para 75% dos declarantes. Esse recurso, que reduz significativamente as chances de erros e o risco de cair na malha fina, promete agilizar o processo de declaração para milhões de brasileiros. A segurança na entrega da declaração do Imposto de Renda foi reforçada pela Receita Federal, que agora requer contas GOV.BR de níveis ouro ou prata para o acesso aos serviços online.

Outra alteração está relacionada ao aumento do limite das doações que foram efetuadas em 2023. Agora, os contribuintes podem deduzir até 7% para doações a projetos desportivos e para desportivos, enquanto as contribuições ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e ao Programa de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas) contam com um limite de 1%. Também é possível deduzir, até 6%, doações feitas ano passado em projetos que estimulem a cadeia produtiva de reciclagem.

Rendimentos no exterior

A nova abordagem em relação aos investimentos no exterior também está entre as alterações importantes para o Imposto de Renda de Pessoa Física em 2024. Essa mudança decorre da implementação da Lei 14.754/2023, que abrange uma série de especificidades sobre a tributação de investimentos e aplicações fora do Brasil.

A legislação permite aos contribuintes a opção de declarar os bens de entidades controladas no exterior como se fossem de sua posse direta, visando a uma maior transparência e controle sobre esses ativos. Além disso, agora há uma exigência clara para o detalhamento dos trusts, com o objetivo de individualizar e identificar precisamente essas estruturas em declarações fiscais.

Mais um ponto é a possibilidade de atualizar o valor de bens e direitos situados fora do país, permitindo a apuração e antecipação de ganhos de capital com uma alíquota fixa de 8%, cujo recolhimento deve ser efetuado até o dia 31 de maio. Esta medida representa uma oportunidade para os contribuintes regularizarem seus ativos no exterior, potencialmente reduzindo futuras complicações fiscais.

Além disso, a lei estende a tributação periódica a fundos fechados, alinhando-os às regras já aplicadas aos fundos abertos, e estabelece a uniformização da tributação desses investimentos para os meses de maio e novembro (come-cotas).

Cronograma de restituições

O calendário de restituições começa em 31 de maio e se estende até 30 de setembro, distribuído em cinco lotes, beneficiando inicialmente os idosos, deficientes, portadores de moléstias graves, professores, e aqueles que optarem pela declaração pré-preenchida ou pela restituição via PIX.

A Receita Federal estabelece que a ordem de prioridade para o recebimento das restituições se baseia na idade, condição de saúde, profissão e a modalidade de declaração, com um sistema de desempate pela data de entrega das declarações. Esse esquema não apenas garante a agilidade no processo de restituição, mas também reforça o compromisso da Receita em proporcionar uma experiência eficiente e justa para todos os contribuintes.

Fonte: Faesc com informações do Ministério da Fazenda 
Continue Lendo

Notícias

Queda na oferta de soja do Rio Grande do Sul preocupa

Antes dessa tragédia, agentes de mercado consultados pelo Cepea acreditavam que a maior produção de oleaginosa do Rio Grande do Sul poderia compensar, ainda que em partes, a redução na colheita em regiões do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil, atingidas por estiagem na safra 2023/24. Segundo pesquisadores do Cepea, essas incertezas têm estimulado a comercialização envolvendo a soja no spot nacional.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com muitas lavouras do Rio Grande do Sul prejudicadas pelas enchentes, a produção e a exportação de soja do estado devem cair, limitando a disponibilidade nacional.

Antes dessa tragédia, agentes de mercado consultados pelo Cepea acreditavam que a maior produção de oleaginosa do Rio Grande do Sul poderia compensar, ainda que em partes, a redução na colheita em regiões do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil, atingidas por estiagem na safra 2023/24.

Segundo pesquisadores do Cepea, essas incertezas têm estimulado a comercialização envolvendo a soja no spot nacional.

Compradores domésticos mostram interesse em garantir seus estoques, e, como a procura externa por soja e derivados está aquecida, o Cepea verifica certa disputa entre demandantes brasileiros e estrangeiros.

Como resultado, os preços subiram para os maiores patamares desde a primeira dezena de janeiro deste ano.

Quanto aos embarques, na parcial de 2024 (de janeiro a abril), o Brasil exportou 36,79 milhões de toneladas de soja, um recorde para o período e 10% superior ao volume escoado no mesmo comparativo do ano passado, de acordo com a Secex.

 

 

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Notícias

Problemas logísticos impactam distribuição de ovos no Rio Grande do Sul

Com estradas e pontes bastante afetadas pelas chuvas, a rota para chegar até Porto Alegre (RS) dobrou de quilometragem, e mesmo assim, só foi possível realizar entregas do produto em determinadas regiões da Grande Porto Alegre.

Publicado em

em

Foto: Lauri Alves/Secom-RS

As recentes chuvas e inundações no Rio Grande do Sul têm impactado o escoamento da produção de ovos em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea no estado.

A aquisição de insumos essenciais para a atividade, como rações, caixas e embalagens, também vem sendo comprometida.

Colaboradores do Cepea relatam que enfrentam problemas de logística, sendo necessário desviar rotas devido aos alagamentos, o que acaba aumentando o prazo de entrega da proteína e do recebimento dos insumos.

Ainda de acordo com agentes consultados pelo Cepea, com estradas e pontes bastante afetadas pelas chuvas, a rota para chegar até Porto Alegre (RS) dobrou de quilometragem, e mesmo assim, só foi possível realizar entregas do produto em determinadas regiões da Grande Porto Alegre.

Em 2023, o Rio Grande do Sul foi responsável pela produção de 197,7 milhões de dúzias de ovos para consumo, de acordo com dados do IBGE, alcançando o sétimo lugar no ranking dos maiores estados produtores da proteína no Brasil.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.