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Soluções tecnológicas do Tecpar contribuem para uso racional do solo
Entre elas, estão os ensaios que analisam a presença e a quantidade de substâncias contaminantes que possam prejudicar a capacidade produtiva do solo. O Instituto conta com equipamentos de ponta e técnicos especializados que seguem métodos reconhecidos internacionalmente.
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) tem um papel importante na preservação e correta utilização do solo, com foco na sustentabilidade. Entre as soluções tecnológicas desenvolvidas com esta finalidade, estão os ensaios que analisam a presença e a quantidade de substâncias contaminantes que possam prejudicar a capacidade produtiva do solo a curto e longo prazo.
O Tecpar também analisa a presença de resíduos de agrotóxicos em solos e sedimentos, atendendo as principais legislações vigentes. São mais de 350 tipos de agrotóxicos avaliados e diversos metais pesados. O serviço é solicitado por cooperativas, agropecuárias, agricultores e produtores rurais de pequeno, médio ou grande porte.
Para a realização das análises, o Tecpar conta com equipamentos de ponta e técnicos especializados que seguem métodos reconhecidos internacionalmente, a fim de garantir o atendimento da legislação e normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
“Os ensaios realizados pelo Tecpar contribuem para o monitoramento e a manutenção da capacidade produtiva do solo paranaense. Isso é fundamental para assegurar a sustentabilidade ambiental, além de impactar diretamente nos resultados do agronegócio do Paraná, um setor com grande geração de empregos no Estado”, afirma o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado.
Prevenção
A conservação do solo é uma combinação de métodos de manejo e de uso do solo, com a finalidade de protegê-lo contra as deteriorações causadas pela ação humana ou por fatores naturais. Uma das causas da degradação da qualidade é o uso de produtos agrícolas que não estão de acordo com as legislações.
“O uso de agrotóxicos não permitidos ou em quantidade acima do limite estabelecido pela legislação traz riscos para a produção agrícola, além de possíveis efeitos nocivos para a saúde humana e danos ao meio ambiente”, alerta Daniele Adão, gerente do Centro de Tecnologia em Saúde e Meio Ambiente do Tecpar.
Para evitar esta prática nociva, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) fiscaliza todos os agroquímicos (pesticidas), fertilizantes, corretivos agrícolas e inoculantes comercializados no Estado. O Tecpar é parceiro da Adapar neste trabalho verificando, por meio de ensaios químicos e biológicos, se esses produtos estão em conformidade com as formulações declaradas pelos fabricantes e se atendem a legislação e normas vigentes.
Fertilizantes
Em outra frente, o Tecpar também faz análises da composição química de fertilizantes orgânicos e minerais, biofertilizantes e demais insumos utilizados para a adubação do solo. Os fertilizantes são importantes componentes na agricultura, essenciais no processo de nutrição e crescimento de plantas e vegetais. No entanto, é preciso cuidar com a qualidade e composição dos produtos aplicados no solo, para que os níveis de exigência nutricional das plantas sejam atendidos.
Análise de Solo
O Tecpar ainda analisa a presença e a quantidade de substâncias químicas no solo previstas na Resolução Conama 420/2009, incluindo inorgânicos e pesticidas organoclorados. “Esse serviço é fundamental para avaliar a contaminação do solo e das águas subterrâneas por atividades industriais e agrícola e, deste modo, auxiliar no desenvolvimento de ações para a proteção da população”, diz Daniele.
A proteção do solo deve ser feita de maneira preventiva, com o objetivo de garantir a manutenção da sua funcionalidade ou, de maneira corretiva, visando restaurar sua qualidade ou recuperá-la de forma compatível com os usos previstos.
Notícias
IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano
Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).
O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.
No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.
No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.
No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.
Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.
A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.
Notícias
ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.