Conectado com
VOZ DO COOP

Bovinos / Grãos / Máquinas

Software de avaliação genética de bovinos tem nova versão

A atualização conta com dois novos módulos, IntergenIOD e IntergenACC, que expandem a base de dados e garantem maior flexibilidade na estimação do mérito genético dos animais. As novas funcionalidades incorporam informações genômicas, além da capacidade computacional ao estimar o mérito genético para um número ilimitado de animais.

Publicado em

em

Foto: Leonardo Hostin

Os novos módulos – IntergenIOD e IntergenACC – introduzem três novas funcionalidades, fundamentais para os programas de melhoramento genético na atualidade: a possibilidade de inserção de informação genômica, a capacidade de estimar o mérito genético para um número ilimitado de animais e a estimativa aproximada da acurácia desse mérito genético.

Vinícius Junqueira, pesquisador que realizou seus estudos de mestrado e doutorado no Laboratório de Bioinformática e Estatística Genômica (Labegen) da Embrapa Pecuária Sul (RS), conta que os programas de avaliação genética já utilizam informações genômicas para estimar o mérito dos animais, o que tem proporcionado avanços na taxa de ganho genético das populações avaliadas, mas também desafios computacionais no processamento dessas informações. “Os módulos IntergenIOD e IntergenACC foram projetados especificamente para superar esses desafios computacionais. O IntergenIOD foca na estimação do mérito genético dos animais com uso mínimo de memória RAM, enquanto o IntergenACC proporciona uma estimativa aproximada da acurácia do mérito genético estimado pelo IntergenIOD”, explica Junqueira.

Atualização do Intergen introduz três novas funcionalidades, fundamentais para os programas de melhoramento genético na atualidade – Foto: Felipe Rosa

Segundo Henry Carvalho, analista do Labegen, a atualização otimiza o trabalho de avaliação genética, a partir da possibilidade de processamento de diversas análises de dados ao mesmo tempo. “O IntergenIOD ocupa muito menos memória. O mesmo ocorre com o IntergenACC, que também ocupa pouca memória e chega aos resultados de acurácia aproximada em poucos minutos, podendo inclusive rodar em paralelo com o IntergenIOD, pois não depende dos resultados do IntergenIOD para calcular as acurácias aproximadas”, relata.

O objetivo é trazer mais precisão, rapidez e eficiência ao processo de resolução das equações de valor genético dos animais e melhorar a acurácia dos valores genéticos calculados, que é a diferença esperada na progênie (DEP). Essas informações processadas são cruciais para o avanço do melhoramento de características de interesse através das gerações. “Estamos migrando todos os nossos sistemas de avaliação para essa nova versão do Intergen, de forma a fornecer informações cada vez mais acuradas, usando todos os dados que temos disponíveis, auxiliando o produtor na tomada de decisão. Apesar da mudança no processo, estamos realizando essa transição com muita confiança de que os programas de melhoramento genético irão continuar rodando com a mesma qualidade de sempre”, destaca o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso.

Novo Intergen: evolução para a avaliação genética nacional
O lançamento do novo Intergen representa uma evolução para a avaliação genética nacional e o equipara ao que existe de mais atual nos principais programas de melhoramento genético do mundo, trazendo inúmeros benefícios, como maior autonomia sobre os métodos estatísticos utilizados nas avaliações genéticas, custo mais acessível para uso comercial e potencial de desenvolvimento acadêmico e profissional.

Para os pesquisadores que atuam na área, os novos módulos irão proporcionar maior eficiência e produtividade do trabalho de pesquisa em melhoramento genético. De acordo com Marcos Yokoo, pesquisador de melhoramento genético animal da Embrapa, a atualização vai ajudar a calcular a acurácia do Brangus +, PampaPlus e Promebo, programas de melhoramento genético que a Embrapa gere com os parceiros Associação Brasileira de Brangus, ABHB e ANC, respectivamente. “Com esses módulos, vamos poder incluir um número maior de animais genotipados na avaliação genética e calcular a acurácia, porque fazer a avaliação genética de um grande número de animais é algo demorado e, por vezes, os softwares disponíveis não conseguem realizar essa operação. Com os novos módulos, poderemos fazer essas avaliações de um grande número de animais e de maneira rápida”, destaca.

Benefícios do Intergen
O Intergen é um software projetado para o estudo genético de populações animais e vegetais em diversos sistemas produtivos. Nos programas de melhoramento genético de bovinos, o Intergen avalia o mérito genético dos indivíduos participantes, permitindo que os produtores aprimorem suas estratégias de seleção e acasalamento.

Criado para apoiar a pesquisa científica, o Intergen tem sido oferecido gratuitamente por vários anos. “Essa nova versão é aplicada tanto nas avaliações genéticas que incorporam informações genômicas quanto nas avaliações convencionais. Qualquer alteração nas práticas de avaliação genética deve seguir uma série de etapas cuidadosamente planejadas para assegurar a qualidade e a confiabilidade das informações fornecidas aos produtores. A introdução de um novo software exige o mesmo rigor. Portanto, além de todas as validações científicas necessárias durante o desenvolvimento do programa, é essencial também validar os resultados gerados pelo novo sistema em comparação aos obtidos com o anterior. Com essa atualização, o Intergen será usado para a avaliação genética de diversas raças e características importantes nos sistemas produtivos”, expõe Junqueira.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sul

Bovinos / Grãos / Máquinas Menos produtores e mais produção

O papel da tecnologia na atividade leiteira

A adoção de tecnologias, como sistemas automatizados de ordenha e software de gestão, têm sido fundamentais para melhorar a eficiência operacional e a produtividade das fazendas remanescentes.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Tecnificação e gestão eficiente estão entre os principais investimentos que os produtores têm feito para conseguir aumentar a produção de leite, ampliar a sua qualidade, além de reduzir os custos de produção em tempos de mão de obra escassa. “Neste negócio é preciso cuidar de muitos fatores. A fazenda não vai para frente sem qualidade na recria, na gestão financeira, na reprodutiva, na qualidade do leite e em tantos outros aspectos. Na época dos nossos pais, eles trabalhavam de maneira braçal e, grande parte das vezes, o gerenciamento e a gestão acabavam ficando de lado, reduzindo a rentabilidade da propriedade”, compara o produtor João Vitor Secco.

A constatação do jovem que sucede os pais e tios na gestão da Cabanha DS, em Vila Lângaro (RS), se reforça em números. No estado, a quantidade de produtores diminuiu 60,78% desde 2015, com mais de 51 mil deixando a atividade, de acordo com dados de 2023 da Emater-RS. A produtividade de litros/vaca/dia, no entanto, seguiu em curva contrária, crescendo quase 40%. Essa tendência destaca a importância de investir em novas tecnologias e práticas de gestão para manter a viabilidade econômica das propriedades leiteiras.

A adoção de tecnologias, como sistemas automatizados de ordenha e software de gestão, têm sido fundamentais para melhorar a eficiência operacional e a produtividade das fazendas remanescentes. Os detalhes da proposta de João Vitor Secco serão expostos no maior evento de gestão voltada ao setor lácteo, o 11ª Interleite Sul, que acontece nos dias 18 e 19 de setembro, em Chapecó (SC). “Vamos trazer exemplos de produtores para inspirar e gerar insights ajudando a preparar, do ponto de vista estratégico, os técnicos, os produtores e as empresas atuantes no setor lácteo, sobre mudanças como a redução no número de propriedades e a profissionalização, falando ainda sobre como tornar a atividade atrativa para os trabalhadores, aumentando a produtividade da mão-de-obra”, explica Marcelo Pereira de Carvalho, coordenador geral da Interleite Sul.

Durante o evento, também serão discutidos temas como a aplicação de inteligência artificial na gestão das fazendas leiteiras, o impacto das mudanças climáticas na produção de leite e as oportunidades oferecidas pela produção sustentável e com baixo impacto ambiental. O objetivo é proporcionar uma visão abrangente e atualizada das tendências e desafios enfrentados pelo setor, promovendo a troca de experiências e conhecimentos entre os participantes.

Com a expectativa de reunir mais de mil profissionais do setor leiteiro em 23 palestras e encontros para networking, o Interleite Sul promete ser um ponto de encontro crucial para aqueles que buscam se atualizar e aprimorar suas práticas de gestão e produção.

A fazenda não vai para frente sem qualidade na recria, na gestão financeira, na reprodutiva, na qualidade do leite e em tantos outros aspectos.

Na época dos nossos pais, eles trabalhavam de maneira braçal e, grande parte das vezes, o gerenciamento e a gestão acabavam ficando de lado, reduzindo a rentabilidade da propriedade.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas No Paraná

Campanha de atualização de rebanhos encerra com 85,5% das explorações regularizadas

Com a finalização deste prazo, os produtores que não atualizaram seus rebanhos estão sujeitos a penalidades previstas na legislação, inclusive multas. Além disso, ficam impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que possibilita a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos.

Publicado em

em

Com a finalização da campanha de atualização de rebanhos de 2024, na última segunda-feira (1º), os produtores que não cumpriram este prazo estão sujeitos a penalidades previstas na legislação, inclusive multas. Além disso, ficam impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que possibilita a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos.

Fotos: Arnaldo Alves/AEN

Segundo o relatório divulgado na terça-feira (02) pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), 85,5% das explorações pecuárias foram atualizadas. Quarenta e seis municípios do Estado terminaram a campanha com 100% de suas explorações regulamentadas. Com valores acima de 80%, são 293 municípios em todo o Estado.

Abaixo de 60% foram contabilizados no relatório 22 municípios. Os índices menores foram registrados nos municípios de Jaguariaíva – 45,4%; Curitiba – 44,1%; Quatro Barras – 43,3%; Mandirituba – 40,9% e Pinhais – 39,2%.

Os proprietários que ainda não fizeram a atualização ainda podem realizar de forma espontânea nas unidades físicas da Adapar, mas o órgão também passará a fazer busca ativa de rebanho com cadastro não atualizado podendo gerar multa. A atualização precisa ser feita para todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho-da-seda).

Responsabilidade

Segundo o Departamento de Saúde Animal, existem 155 mil propriedades no Paraná e pouco mais de 191 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam aproximadamente 8,6 milhões de bovinos, 7 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais. Os dados do último relatório apontam que ainda estão pendentes 27.893 explorações, configurando um percentual de 14,6%.

De acordo com o chefe do Departamento de Saúde Animal (DESA), Rafael Gonçalves Dias, manter os cadastros atualizados junto à Adapar é uma responsabilidade crucial para todos os produtores rurais. “Essa prática não só beneficia os próprios produtores, mas também fortalece a agricultura e a pecuária do nosso estado como um todo”, salientou.

“A atualização dos cadastros permite um monitoramento mais eficaz da saúde dos rebanhos. Isso ajuda a identificar e controlar surtos de doenças de forma rápida e eficiente, prevenindo perdas e garantindo a qualidade dos produtos agropecuários, planejamento e políticas públicas, rastreabilidade e segurança alimentar”, afirmou Dias.

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo

Bovinos / Grãos / Máquinas

Fatores econômicos e climáticos elevam cotações da arroba no segundo semestre, animando confinadores

Os ajustes indicam valores 6,5% maiores que os atuais para outubro de 2024 e cerca de 10% acima para novembro e dezembro deste ano.

Publicado em

em

Foto: Tony Oliveira

A diminuição na oferta de animais prontos para o abate, a baixa disponibilidade de pastagem neste período do ano e o dólar valorizado têm sustentado as cotações da arroba neste começo de segundo semestre.

Foto: Divulgação/Arquivo

De acordo com pesquisadores do Cepea, a alta do animal somada ao atual cenário de preços de importantes insumos, como boi magro e milho, podem animar confinadores a produzir um pouco mais do que no ano passado.

A intenção em aumentar ou não o número de animais para engorda tem bastante influência também dos preços futuros do boi gordo (receita) na B3.

Os ajustes indicam valores 6,5% maiores que os atuais para outubro de 2024 e cerca de 10% acima para novembro e dezembro deste ano.

Quanto ao boi magro, levantamento do Cepea aponta tendência de queda desde fevereiro de 2021, perdendo, desde então, 41,1% do seu valor em termos reais.

Para o milho, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) esteve em R$ 57,02/sc de 60 kg em junho, recuo de 13,5% sobre o de janeiro, também em termos reais. No mesmo comparativo, o boi (Indicador Cepea/B3) se desvalorizou 12,4%, com a média indo para R$ 220,70.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.