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Suínos / Peixes Setor independente

“Situação caótica”, lamenta presidente da Associação Paranaense de Suinocultores

Cerca de 20% das matrizes no Estado são de produtores autônomos. Para Jacir Dariva, o problema começou a se agravar no ano passado com a elevação do custo operacional na maioria das granjas que precisaram contrair empréstimos, confiantes que o mercado seria retomado ao longo do ano.

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Fotos: Arquivo/OP Rural

Diante da grave crise que atinge a suinocultura independente em boa parte do Brasil, o Jornal O Presente Rural ouviu o presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Jacir José Dariva, para saber qual a real situação dos produtores paranaenses e quais medidas estão sendo tomadas. Segundo Dariva, muitos produtores têm estoque de milho para poucos dias e não possuem crédito para adquirir o cereal. “A maior parte dos suinocultores independentes do Paraná está numa situação caótica”, avalia.

Dariva revela que suinocultores estão com parte da produção com peso de abate, porém, não conseguem vender os animais para os frigoríficos. “A indústria não está querendo assumir o risco de ficar com carne estocada e está deixando o problema na mão do produtor”, expõe.

Segundo ele, há casos de prolongamento do tempo dos animais na creche para tentar diminuir os prejuízos. “É algo que nunca aconteceu antes na história da suinocultura brasileira”, ressalta Dariva.

Motivos

Para o presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, o problema começou a se agravar no ano passado com a elevação do custo operacional na maioria das granjas que precisaram contrair empréstimos, confiantes que o mercado seria retomado ao longo do ano. No entanto, segundo Dariva, o cenário piorou ainda mais em 2021, em virtude, inclusive, da queda do consumo interno, desencadeando na dramática condição que o setor se encontra atualmente. “Grande parte dos suinocultores pegaram dinheiro com instituições financeiras, mas nunca ninguém imaginou que venderíamos a R$ 4 o quilo do suíno vivo”, destaca Dariva.

De acordo com o presidente, não ouve nos últimos anos um aumento significante de novas matrizes no Paraná, entretanto, a maior parte das granjas investiu em materiais genéticos para aumentar a produtividade. A consequência disso foi o aumento de leitões/porca/ano, o que impactou bastante no volume ofertado. “Produzimos bem mais do que a capacidade de absorção dessa carne pelo mercado”, avalia Dariva.

Consequências

Dariva entende que a crise está fazendo muitos suinocultores paranaenses avaliarem a viabilidade da atividade e alguns pensam em desistir da suinocultura. “Boa parte dos suinocultores independentes do Paraná não tem alternativa. Eles só não abandonaram ainda porque não têm destinação para os animais”, expõe.

Segundo Dariva, caso aconteça a diminuição do número de produtores independentes, deve diminuir a médio e longo prazo a oferta de carne “in natura’ e impactar diretamente os consumidores. “Com menos oferta para os frigoríficos quem pagará é o consumidor”, menciona.

Dariva alerta sobre um possível problema sanitário causado pela morte de animais devido à falta de alimento em algumas granjas. “Não por vontade do produtor, mas porque ele não tem mais crédito para comprar milho”, salienta.

Saídas

A gravidade da situação mobiliza produtores rurais e lideranças do setor na busca por medidas em conjunto aos governos estadual e federal para tentar amenizar o drama vivido pelos suinocultores.

De acordo com Dariva, o governo estadual pode auxiliar com subsídios no transporte de milho de outras regiões, algo que não aliviaria muito a vida dos produtores.

A expectativa dos suinocultores é que a ajuda principal venha do governo federal em relação a retenção de matrizes, prorrogação de dívidas, incentivo de consumo e abertura de linhas de crédito emergencial. “Esperamos que o governo seja rápido nessas questões e libere algum dinheiro para o produtor comprar milho e farelo de soja”, salienta.

Para tentar dar vazão aos lotes que estão nas granjas, uma das alternativas é convencer as grandes redes de supermercados a oferecer a carne suína a preços baixos para abrir espaço para novas remessas. “Se a carne estiver em promoção, o consumidor em vez de comprar um quilo ele comprará três ou quatro. Isso faria a roda voltar a girar”, sugere.

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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