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Sistema Faep realiza levantamento de custos de aves e suínos

Entidade promove painéis de forma remota junto às Cadecs, para verificar os gastos para produzir as duas proteínas animais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Paraná é o maior produtor de aves e o segundo maior produtor de suínos do Brasil. Ambas as cadeias, de suma importância para a economia estadual, precisam de equilíbrio nas contas para seguir gerando empregos e riquezas ao Estado. Por isso, entre o fim de setembro e começo de outubro, o Sistema Faep vai promover uma série de painéis remotos para o levantamento dos valores gastos por produtores rurais das respectivas cadeias produtivas.

O levantamento ocorre em nível estadual, com os encontros realizados nas Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs). A metodologia utilizada é aplicada há décadas pelo Sistema Faep, elaborada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A última pesquisa envolvendo as duas cadeias produtivas nesse modelo ocorreu no final de 2023.

Foto: Ari Dias

O objetivo do trabalho é fornecer embasamento para as negociações com as agroindústrias, de modo a garantir uma remuneração justa. Os dois setores contabilizam inúmeros exemplos de melhorias ao setor produtivo, tendo como base o que de fato ocorre no dia a dia das propriedades.

Na cadeia de aves, o levantamento de 2024 vai abranger nove Cadecs, nas principais regiões produtoras. O técnico Fábio Mezzadri, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep, enfatiza a importância do engajamento dos produtores nos painéis. “As planilhas são enviadas com antecedência. É importante que os produtores preencham os dados para levar os números às reuniões”, pontua.

No caso dos suínos, a rodada dos painéis de levantamento de custos de produção também ocorre por Cadecs. A pesquisa deve reunir produtores rurais integrantes dessas comissões, profissionais das integradoras e outros elos da cadeia produtiva. “Contamos com o engajamento dos suinocultores, como sempre ocorre, para promover um levantamento de custos condizente com a realidade”, enfatiza Nicolle Wilsek, técnica do DTE do Sistema Faep.

Orientações

A orientação é que o produtor rural compareça ao sindicato rural para participar da reunião. Assim, se houver qualquer dúvida, os colaboradores do sindicato podem ajudar no repasse correto dos dados referentes ao levantamento. Os sindicatos rurais contam com estrutura de transmissão de áudio e vídeo para a realizar as reuniões. Tanto para avicultura como para suinocultura, é importante que os produtores guardem notas de insumos, benfeitorias ou construções, recibos de mão de obra, gastos com madeira, combustível e energia elétrica, além de outros itens relacionados à produção. “Todas essas variáveis podem ter mudanças e impactar nos custos”, aponta Mezzadri.

Fonte: Assessoria Sistema Faep

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Ministério da Agricultura tem crédito extraordinário de R$ 60 milhões para apoiar o Rio Grande do Sul

Recursos serão disponibilizados para apoiar na produção e divulgação de informações meteorológicas e climatológicas, além de reforçar a defesa agropecuária do estado gaúcho.

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Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou a Medida Provisória nº 1.260, que autoriza a abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 1,659 bilhão em favor dos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), de Portos e Aeroportos (MPOR) e para Operações Oficiais de Crédito.

A MP foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (30). Para o Mapa, serão destinados R$ 60,643 milhões, que serão aplicados nas áreas de meteorologia, climatologia e defesa agropecuária. Esses recursos são destinados para apoiar o estado do Rio Grande do Sul.

Com foco na agropecuária sustentável, foram aprovados R$ 25,143 milhões para a produção e divulgação de informações meteorológicas e climatológicas.

Para o fortalecimento da defesa agropecuária, foram alocados R$ 35,500 milhões, que serão utilizados no reforço do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

O crédito extraordinário, autorizado em função do estado de calamidade, será distribuído por diversos setores no Rio Grande do Sul. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) receberá R$ 998,121 milhões para a formação de estoques públicos. Já para os pequenos produtores rurais gaúchos, serão disponibilizados R$ 6,554 milhões para assistência técnica e extensão rural.

Saiba mais sobre a Medida Provisória aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Como será o clima no Brasil em outubro?

Previsão indica chuvas concentradas no Centro-Sul do País.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de outubro indica chuvas acima da média em grande parte da Região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais (tons em azul no mapa da Figura 1a), com chances do retorno gradual das chuvas para a parte central do País, durante a segunda quinzena de outubro.

No Sudoeste do Amazonas e do Pará, bem como no norte de Rondônia, a precipitação também será ligeiramente acima da média. Já em grande parte do Nordeste, Norte de Minas Gerais e de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará, são previstas chuvas próximas e abaixo da média climatológica (tons em cinza e amarelo no mapa da Figura 1a).

Considerando o prognóstico climático do Inmet para outubro de 2024 e seus possíveis impactos nas principais culturas, a previsão de pouca chuva para o Centro-Norte aponta para uma redução dos níveis de umidade no solo, principalmente no Matopiba (região que abrange os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Já no Norte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, este cenário poderá beneficiar a finalização da colheita do algodão e do feijão terceira safra. Já as culturas de verão, podem ser beneficiadas em áreas do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Sul de Minas Gerais, onde prevê-se o retorno gradual das chuvas. Em grande parte da Região Sul, a previsão de chuvas acima da média pode ser favorável para o início do plantio e desenvolvimento da safra 2024/2025.

Temperatura

Quanto às temperaturas, a previsão indica que deverão ser acima da média em grande parte do país (tons em laranja no mapa da Figura 1b), devido à redução das chuvas, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de calor em excesso, principalmente em áreas do Mato Grosso, oeste da Bahia, Piauí, Maranhão, onde as temperaturas médias poderão ultrapassar os 28ºC.

Em algumas localidades do Leste de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sudeste do Amazonas, Sudoeste de São Paulo, Sudeste do Paraná e Centro de Santa Catarina, são previstas temperaturas próximas à média (tons em cinza no mapa da Figura 1b).

Já no Rio Grande do Sul e áreas pontuais de Santa Catarina e Paraná, são previstos valores abaixo da média (tons em azul no mapa da Figura 1b). Em áreas de maior altitude das regiões Sul e Sudeste, são previstas temperaturas inferiores à 17ºC.

Figura 1: Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de outubro de 2024.
Figura 1: Previsão de anomalias de (a) precipitação e (b) temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de outubro de 2024.

O Inmet é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

Fonte: Assessoria Mapa
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Desafios climáticos e escassez de crédito marcam o início da safra 2024/2025, mas oportunidades tecnológicas se destacam

Com exigências mais rígidas, tanto ambientais quanto regulatórias, muitos agricultores têm encontrado dificuldades para acessar o crédito rural vindo do plano safra, o que é mais um desafio a poucos dias do início de suas operações. O cenário exige garantias maiores e processos mais criteriosos, o que torna o financiamento mais limitado.

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Foto: Jonathan Campos

O início da safra 2024/2025 já aponta para um cenário de grandes desafios para os agricultores brasileiros. Após o término do vazio sanitário da soja na segunda quinzena de setembro, os produtores rurais já se deparam com complicações climáticas inesperadas, com atrasos no plantio de soja e milho especialmente nas regiões do Cerrado brasileiro, em especial nas regiões Norte e Centro-Oeste. O clima mais quente e as chuvas irregulares, principalmente, no Sul adicionam incertezas, tornando essa uma das safras mais difíceis dos últimos anos.

Além do clima, a escassez do crédito rural é outro obstáculo. Com exigências mais rígidas, tanto ambientais quanto regulatórias, muitos agricultores têm encontrado dificuldades para acessar o crédito rural vindo do plano safra, o que é mais um desafio a poucos dias do início de suas operações. O cenário exige garantias maiores e processos mais criteriosos, o que torna o financiamento mais limitado.

Entretanto, as oportunidades não foram completamente ofuscadas. O aumento do crédito digital e online traz uma alternativa promissora para os produtores. Plataformas que comercializam insumos agrícolas e oferecem também a possibilidade de resgate de serviços agronômicos, como análises de solo têm ganhado espaço e se mostram fundamentais em um ano onde a redução de despesas é crucial.

Uso racional de insumos e tecnologias inovadoras

Com os custos crescentes e o crédito mais escasso, o uso eficiente de fertilizantes, defensivos e outros insumos se torna ainda mais relevante. A adoção de tecnologias digitais, como a aplicação aérea de defensivos por meio de drones e também o uso de biológicos, tem avançado entre os agricultores brasileiros. As biofábricas, que permitem a produção de insumos biológicos nas próprias propriedades, são uma tendência em crescimento, proporcionando uma alternativa sustentável e econômica.

Essa inovação está ajudando os produtores a maximizar a eficiência de suas operações e a reduzir custos neste momento. Além disso, a conectividade nas áreas rurais, com acesso à internet 24 horas por dia, tem impulsionado o uso de soluções digitais para plantios mais precisos, algo que vem ganhando força e otimizando a gestão no campo.

Comercialização da safra e o cenário global

No mercado internacional, a concorrência com os Estados Unidos, que colhe uma safra recorde, adiciona mais um desafio à comercialização de soja e milho. Isso pode impactar os preços das commodities e forçar os agricultores brasileiros a repensarem suas estratégias de venda.

Embora culturas como arroz, feijão e café estejam entregando boas perspectivas de remuneração, a soja e o milho continuam sendo os focos das maiores dificuldades, tanto na produção quanto na comercialização. Mesmo assim, a inovação tecnológica e a adaptação rápida dos agricultores têm sido fatores determinantes para enfrentar um cenário mais adverso.

Em resumo mais simples, podemos dizer que a safra 2024/2025 começa com grandes desafios, diante do clima instável, do crédito escasso e da forte concorrência global. Mas, ao mesmo tempo, surgem oportunidades importantes por meio de soluções tecnológicas e inovação no manejo agrícola, que oferecem alternativas para que os produtores superem as dificuldades e possam avançar de forma resiliente.

Fonte: Por Robson Rizzon, chief commercial officer da Orbia e produtor rural.
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