Conectado com

Notícias Em Cascavel (PR)

Sistema Faep leva grande número de caravanas no Show Rural

Mobilização histórica leva mais de 8,6 mil produtores em 184 grupos à maior feira agropecuária do Paraná, reforçando o papel da entidade na inovação do setor.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/Sistema Faep

O Sistema Faep marcou presença na 37ª edição do Show Rural Coopavel, em Cascavel, com uma participação histórica. A mobilização promovida por 160 sindicatos rurais do Paraná resultou em um recorde de 184 caravanas, levando mais de 8,6 mil produtores rurais e lideranças do setor ao evento, realizado entre 10 e 14 de fevereiro. As caravanas foram recepcionadas no estande do Sistema Faep e do Sindicato Rural de Cascavel.

Esse engajamento reforça o compromisso do Sistema Faep e dos sindicatos rurais em conectar os agricultores e pecuaristas às inovações, proporcionando acesso a novas tecnologias, capacitações e oportunidades para fortalecer a produção agropecuária no Paraná. Afinal, o Show Rural se consolidou como um dos maiores eventos do setor no Brasil, funcionando como uma vitrine de tecnologias para o campo.

De acordo com Paulo Orso, presidente do Sindicato Rural de Cascavel, o estande da entidade, em parceria com o Sistema Faep, é um espaço para que os produtores rurais conheçam mais sobre o trabalho da Federação e do sistema sindical, além de se atualizarem sobre as novas tendências e práticas agrícolas.

“A feira é uma oportunidade de mostrar o que o Sistema Faep e os sindicatos estão fazendo pelos produtores rurais. Além disso, o Show Rural é uma universidade a céu aberto que oferece
oportunidades de conhecimento em todas as cadeias produtivas. O produtor encontra soluções ambientalmente corretas, agregando valor e melhores resultados”, destaca.

O superintendente do Senar-PR, Pedro Carmona, destaca a importância do acesso às novas tecnologias como um incentivo à permanência dos jovens no campo. “A participação dos produtores rurais e alunos dos colégios agrícolas permite que percebam que a tecnologia está cada vez mais presente no agro e que o setor oferece diversas oportunidades. Isso é essencial para garantir a continuidade e o futuro do agronegócio”, ressalta.

Integração e tecnologia

O Sindicato Rural de Ampére, na região Sudoeste, marca presença no Show Rural desde as primeiras edições da feira. “O evento é uma oportunidade para aprender novas tecnologias e interagir com outros produtores. Essa troca é importante para a nossa atuação dentro do sindicato. Esses encontros tornam todos mais unidos e participativos”, afirma o presidente da entidade, Gelson Horn.

O presidente do Sindicato Rural de Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná, Valdemar Melato, também destacou o evento como uma vitrine de inovações, oferecendo aos produtores rurais acesso às mais avançadas tecnologias disponíveis no Brasil e no mundo. O dirigente ressaltou, ainda, que a participação dos agricultores fortalece a união da categoria e evidencia a força do setor agropecuário paranaense.

“Sempre incentivamos os produtores a participar, pois é uma oportunidade única de acompanhar de perto a evolução que está acontecendo no campo” diz. “A troca de experiências e o encontro
com outros sindicatos do Paraná fortalecem a união dos produtores e mostram a pujança do nosso setor. Afinal, temos qualidade, produtividade e inovação no campo”, complementa Melato.

O Show Rural também atraiu visitantes do setor de tecnologia que buscam aplicar seus conhecimentos no agronegócio. Anderson Fernando Carvalho, filho de produtores rurais e profissional da área de Tecnologia da Informação (TI), chegou à feira com uma caravana promovida pelo Sistema Faep para explorar as inovações tecnológicas que podem ser aplicadas na propriedade rural de sua família, em Mamborê, no Noroeste do Estado.

“Na propriedade, implantei um sistema de câmeras que analisam os grãos durante a colheita. Ainda é experimental, mas dá para mapear as áreas de produção e fazer as correções necessárias”, relata. “Os conhecimentos adquiridos na feira permitem aprimorar esse trabalho. Agora, meu foco é a área de pulverização. Quero desenvolver um sistema de monitoramento mais preciso, utilizando câmeras com infravermelho para otimizar o processo na propriedade”, acrescenta.

Presença feminina

A mobilização feminina também ficou evidente no Show Rural, com a participação de diversas comissões de mulheres. Karen Kato, coordenadora da comissão de Goioerê, no Noroeste, participou do evento pela primeira vez, vinda com uma caravana do Sistema FAEP e como representante do grupo feminino.

“Nossa presença fortalece o sindicato, que representa nossa voz quando precisamos lutar por algo que não está funcionando. Também buscamos incentivar mais produtores a participarem, pois muitos acabam presos à rotina da propriedade e não aproveitam essas oportunidades”, aponta.

Na avaliação da mobilizadora do Sindicato Rural de Juranda, também na região no Noroeste, Margareth Borgo, o incentivo à participação promovido pelo Sistema FAEP é fundamental para ampliar os horizontes dos produtores em relação ao futuro do agronegócio, cada vez mais tecnológico. Ela também destacou que a participação no evento serve como estímulo para novos associados. “Depois do Show Rural, novos produtores procuram o sindicato para se associar. Ficamos muito felizes com esse resultado, com essa parceria entre os produtores, e com todo o apoio que sempre recebemos do Sistema Faep”, conclui.

A feira

O Show Rural Coopavel é uma das principais feiras agropecuárias do Brasil. Idealizado e organizado pela Coopavel desde 1989, o evento leva inovação, conhecimento e soluções para o
agronegócio, conectando produtores, pesquisadores e empresas do setor. A 37ª edição recebeu cerca de 360 mil visitantes, com 600 expositores nacionais e internacionais e mais de 5,5 mil experimentos agrícolas. O tema deste ano, “Nossa Natureza Fala Mais Alto”, reforça o compromisso do agronegócio com a sustentabilidade e a responsabilidade social.

Fonte: Assessoria Sistema Faep

Notícias

O agro virou digital e os hackers descobriram um novo campo fértil

Com ataques milionários e infraestrutura vulnerável, o setor corre para fortalecer a segurança antes que falhas paralisem cadeias inteiras.

Publicado em

em

tecnologia
Foto: Shutterstock

O setor agropecuário já deixou de ser “analógico” faz tempo, e a sua digitalização trouxe ganhos enormes em eficiência e produtividade com tratores conectados, sensores em lavouras, sistemas de irrigação automatizados, armazenamento inteligente e logística integrada. Porém, esse progresso também aumenta a exposição das fazendas, agroindústrias e cooperativas a ataques cibernéticos, que estão cada vez mais sofisticados.

Segundo dados da Kaspersky, entre junho de 2023 e julho de 2024 foram bloqueados mais de 725 milhões de ataques de malware no Brasil, o equivalente a 1,9 milhão por dia e cerca de 2 mil por minuto. O setor de agricultura/florestal é o terceiro mais visado (16,93%), atrás somente de indústria (20,11%) e governo (18,06%).

Outros dados do relatório “Food & Ag Sector Cyber Threat” do Food & Ag-ISAC mostram um aumento expressivo em incidentes envolvendo ransomware, comprometimento de e-mails corporativos e invasões que afetam operações industriais do agro. Como resultado desses ataques, há perdas diretas nas safras, atrasos na cadeia de suprimentos e danos reputacionais de alto impacto.

É importante entender que boa parte desse risco decorre da infraestrutura operacional comumente encontrada no segmento. Os equipamentos, em sua maioria, operam com firmware desatualizado ou com protocolos não seguros, que ficam diretamente ligados a redes que às vezes também carregam tráfego de TI menos seguro. Esse cenário torna esse setor particularmente vulnerável, visto que em áreas como financeiro ou saúde há em geral mais maturidade no isolamento dos dados, políticas regulatórias mais fortes e padrões técnicos consolidados.

Isso ocorre principalmente porque no agronegócio pequenas propriedades ou cooperativas em regiões remotas sofrem com escassez de recursos, menor monitoramento regulatório e ausência de políticas formais de segurança. Além disso, a estrutura fragmentada, que envolve fornecedores de implementos, integradores de softwares agrícolas, transportadoras refrigeradas, armazéns, cooperativas e produtores, aumenta sua vulnerabilidade. Há ainda contratos que não exigem cláusulas mínimas de segurança, falta de visibilidade sobre todos os ativos (especialmente dispositivos IoT e sensores) e ausência de inventário de firmware ou versões de software. E, sem saber exatamente o que há em campo, é praticamente impossível remediar vulnerabilidades e reagir rapidamente quando algo dá errado.

Portanto, os fundamentos básicos de cibersegurança devem ser tratados como algo inegociável. Para isso, o setor precisa investir em práticas que diminuam os riscos mais comuns, como atualizações constantes de software e firmware, patches regulares, autenticação multifator para todas as contas administrativas, uso de senhas fortes e gerenciamento de acesso. Mas não basta prevenir, visto que a preparação e capacidade de resposta determinam quão danoso será um incidente.

Foto: Ilutrativa/Shutterstock

Ou seja, é importante ter um plano de resposta a incidentes específico para cenários agrícolas, como falha de refrigeração de silos, perda de leitura de sensores de umidade ou interrupção no transporte refrigerado. Outras estratégias que ajudam a detectar pontos cegos e estabelecer protocolos de contingência são realizar treinamentos práticos e simular ataques envolvendo todos os elos da cadeia (produtores, transportadores, cooperativas). Ainda que muitas empresas que sofrem ataques prefiram se manter em silêncio, também é fundamental compartilhar informação sobre ameaças, pois essa troca das táticas, técnicas e procedimentos entre membros do ecossistema acelera a detecção de ataques que estão sendo planejados e reduz danos.

Vale lembrar que o setor não cresce e muito menos se fortalece isoladamente, e a vulnerabilidade de um pequeno fornecedor pode comprometer toda a cadeia produtiva. É preciso que as instituições públicas, associações de produtores e cooperativas, seguradoras e empresas de tecnologia atuem juntas para incentivar normas, oferecer capacitação e promover modelos de cooperação que elevem a segurança para todos.

Fonte: Artigo escrito por Paulo Lima, CEO da Skynova.
Continue Lendo

Notícias

C.Vale recebe adidos agrícolas de 38 países em Palotina

Visita destacou produção de tilápia e aves da cooperativa, em meio ao impacto do tarifaço dos EUA nas exportações brasileiras.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/C.Vale

A C.Vale recebeu, no dia 30 de novembro, em Palotina (PR), adidos agrícolas do Brasil em 38 países. Eles são servidores públicos federais que atuam para ajudar a abrir ou ampliar mercados para produtos brasileiros no exterior. O grupo foi recebido pela liderança do conselho de administração e diretores da C.Vale e conheceu as instalações da esmagadora de soja e dos abatedouros de frangos e de peixes. O presidente do Conselho de Administração da C.Vale, Alfredo Lang, recebeu os adidos e agradeceu pelos esforços em ajudar a promover as carnes produzidas pela cooperativa.

Os adidos estavam bastante focados na produção de tilápia devido aos efeitos do tarifaço dos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras para os norte-americanos. A C.Vale apresentou os processos produtivos do peixe, as certificações internacionais de qualidade e conduziu o grupo em visita à sala de cortes do abatedouro onde são processadas 230 mil tilápias/dia. Eles também conheceram a estrutura que abate 640 mil frangos/dia.

Acompanharam os adidos agrícolas o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, e o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua. Também estiveram presentes o secretário da Fazenda do Paraná, Norberto Ortigara, e o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná, José Roberto Ricken.

Fonte: Assessoria C.Vale
Continue Lendo

Notícias

Nova política de carbono da UE deve alterar preços de fertilizantes e impactar compradores europeus em 2026

Com o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras, em vigor a partir do ano que vem, importadores terão despesas adicionais e já ampliam estoques para evitar aumento futuro dos preços.

Publicado em

em

Foto: Freepik

União Europeia avança na implementação do Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras (CBAM) e a medida já começa a provocar preocupação no mercado global de fertilizantes. A partir de janeiro de 2026, o bloco passará a taxar as emissões de carbono embutidas em uma lista de produtos importados, entre eles os fertilizantes nitrogenados, insumo indispensável para a agricultura europeia.

A StoneX, em seu relatório semanal de fertilizantes, avalia que o novo regime climático deve pressionar ainda mais os custos de produção no campo europeu, que já opera sob margens apertadas e enfrenta um ambiente de competitividade reduzida.

Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado da StoneX – Foto: Divulgação

Segundo o analista de Inteligência de Mercado da consultoria, Tomás Pernías, o CBAM tende a aprofundar essa tendência ao impor uma espécie de tarifa ambiental sobre produtos fabricados em países com regras menos rígidas de emissões. “Essa nova taxação tende a elevar os custos de produção dos agricultores europeus, que já enfrentam um ambiente desafiador devido ao encarecimento da produção interna no bloco”, afirma.

O relatório sugere que o impacto pode ser relevante, especialmente em um contexto de volatilidade de preços e dependência europeia de fornecedores externos. A expectativa agora é acompanhar como o mercado irá reagir à medida que a transição regulatória se aproxima. “As indústrias europeias têm arcado com custos crescentes para cumprir as metas de redução de emissões, e esse encarecimento da produção muitas vezes incentiva os compradores a buscarem produtos estrangeiros, que não estão sujeitos às mesmas regulações europeias. O CBAM surge justamente para equalizar a competitividade entre produtores domésticos e estrangeiros”, explica.

O mecanismo se aplica inicialmente a importações de cimento, eletricidade, fertilizantes, alumínio, ferro e alguns produtos químicos. A medida busca evitar o chamado vazamento de carbono, fenômeno em que empresas transferem sua produção para países com regulações ambientais menos rígidas, o que esvazia os esforços do bloco para reduzir emissões.

Com o CBAM, importadores de produtos intensivos em carbono precisarão comprar certificados de carbono para compensar as emissões associadas à produção desses bens fora da UE. Na prática, isso representa uma nova despesa para toda a cadeia, o que tende a pressionar os preços finais, incluindo os fertilizantes utilizados pelos agricultores.

Diante desse cenário, compradores europeus têm intensificado a renovação e o aumento de seus estoques antes que o novo mecanismo entre em vigor. “Ainda não há total clareza sobre a metodologia de cálculo do CBAM, o que tem levado os importadores a antecipar compras como forma de mitigar riscos de custos mais altos no futuro”, destaca Pernías.

Fonte: Assessoria StoneX
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.