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Sistema de rastreabilidade agroindustrial brasileiro ganha conexão global

A arquitetura do Sibraar foi desenhada pela equipe da Embrapa sob liderança do pesquisador Alexandre de Castro.

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Arte: Gerd Altmann/Pixabay

O Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), desenvolvido por equipe da Embrapa Agricultura Digital, com tecnologia blockchain, para rastrear produtos agroindustriais, está adaptado à comunicação junto ao mercado internacional. O avanço é resultado de acordo de cooperação técnica assinado, em agosto, com a Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), desenvolvedora de padrões globais de identificação que atua em 150 países.

A partir de QR Code, o Sibraar já permitia o acesso a informações seguras e auditáveis sobre a qualidade e procedência dos produtos, desde a propriedade rural, às etapas de processamento, distribuição e comercialização. Agora, o sistema tem interoperabilidade internacional, ampliando benefícios àqueles que o adotem. O Sibraar também está apto a agregar empresas e tecnologias de rastreabilidade que já operam no mercado.

A iniciativa tem o reconhecimento de Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), participante do debate sobre as novas regras de importação da União Europeia. Segundo ela, o Mapa entende que permitir a auditabilidade dos dados sobre produtos agropecuários é uma medida de proteção para o produtor e um diferencial frente aos competidores mundiais.

“A partir do Sibraar, teremos mecanismos para comprovar a origem e a alta qualidade dos produtos agropecuários brasileiros”, avalia a secretária. Ela adianta que a pasta estuda iniciativas de incentivo à adesão do setor produtivo a processos de rastreabilidade que viabilizem o gerenciamento simplificado de documentos. “Parabenizo a Embrapa por trazer a solução certa na hora certa”, comemora Miranda.

Stanley Oliveira, chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital, acredita que a transparência sobre a procedência dos alimentos se tornou um diferencial de mercado. Para ele, a validação técnica do Sibraar junto a uma organização como a GS1 vai aumentar a credibilidade da ferramenta. “A adoção da tecnologia vai abrir novas fronteiras aos produtores com ampliação do sistema em escala comercial, já que o Sibraar estabelece uma referência tecnológica para interoperabilidade entre as opções de mercado”, argumenta o gestor.

Investimento

“A rastreabilidade agroindustrial deve ser vista como investimento”, destaca Virginia Vaamonde, CEO da Associação Brasileira de Automação – GS1 Brasil. Para ela, a parceria com a Embrapa expande e consolida a presença da organização junto ao segmento, ao ressaltar o papel da agroindústria no abastecimento interno e no desempenho exportador do País.

A CEO observa que o setor de alimentos tem passado por profundas transformações para atender às demandas regulatórias e do consumidor, relacionadas à sustentabilidade, garantia de origem, saúde e qualidade de vida. “O Sistema GS1 agrega nessa parceria a identificação e a comunicação na cadeia de suprimentos, viabilizando o processo de rastreabilidade e programas de segurança de alimentos, trazendo ao mercado brasileiro uma padronização de estrutura de URL, como o GS1 Digital Link”, destaca Vaamonde.

A tecnologia

A arquitetura do Sibraar foi desenhada pela equipe da Embrapa sob liderança do pesquisador Alexandre de Castro. O armazenamento e o processamento das assinaturas digitais dos dados ocorrem nos servidores da Empresa seguindo protocolos de segurança.

O uso da tecnologia blockchain já garante segurança e integridade das informações por meio do encadeamento automático das assinaturas digitais de lotes de fabricação, com informações disponibilizadas em códigos bidimensionais QR.

Ferramentas criptográficas gravam as informações em uma cadeia de blocos (blockchain), criando uma trilha para a auditabilidade dos dados, sem risco de alterações, explica Castro. No entanto, faltava adotar uma “linguagem” global que integrasse o Sibraar aos sistemas internacionalmente aceitos, possibilitando a comunicação em âmbito externo.

Foi o que motivou a parceria com a GS1 Brasil, responsável por trazer ao mercado brasileiro uma padronização de estrutura de URL e com expertise técnica para adaptar o QR Code do Sibraar ao padrão internacional, aponta Anderson Alves, supervisor de negócios da Embrapa Agricultura Digital.

“A Embrapa busca se posicionar no mercado de rastreabilidade de produtos agrícolas como um agente de padronização de processos, tendo o Sibraar como seu principal instrumento e, por isso, adotar o novo padrão global de códigos da GS1, o GS1 Digital Link, irá permitir a entrada do sistema em todas as cadeias do agro”, prevê Alves.

A cadeia de suprimentos de alimentos representa 30% da base de associados da GS1, com aplicações em alimentos processados, produtos frescos – como frutas, legumes e verduras –, além de carnes e ao setor de foodservice, que são também áreas de possível inserção do Sibraar.

Mercado internacional

A União Europeia (UE) é o segundo principal destino das exportações brasileiras (17%), atrás apenas da China (33%). Em junho último, o bloco aprovou a chamada “lei antidesmatamento”, que afeta inicialmente 356 produtos provenientes de sete cadeias produtivas: cacau, borracha, café, carne bovina e couro, madeira e papel, óleo de palma, e soja.

Para a secretária Renata Miranda, o Sibraar, com padrão internacional, será uma tecnologia essencial para responder a mercados mais exigentes. “O sistema tem flexibilidade de aplicação nas mais diversas cadeias produtivas, atendendo às demandas do pequeno ao grande produtor, garantindo as informações de origem e de fluxo logístico”, diz.

Na avaliação da secretária, “é o Brasil se destacando na inovação agrodigital e valorizando a exportação do agronegócio. O Sibraar resolve uma de nossas maiores preocupações, impedindo que a nova lei europeia aumente a desigualdade entre os maiores e menores produtores, que não possuem meios de responder e competir em mercados tão complexos”, completa.

Vantagens da rastreabilidade dos alimentos

Imagine chegar ao supermercado e, em vez de sair à procura de um leitor de código de barras, ser possível usar o celular para escanear o QR Code do produto para obter o preço da mercadoria, dados sobre a presença de alergênicos e, ainda, receber alerta sobre a validade do produto.

A facilidade está mais perto de virar rotina no dia a dia das famílias, que querem informações sobre procedência, composição dos alimentos, boas práticas de produção e atendimento à legislação vigente. Uma demanda que faz crescer o mercado global de rastreabilidade de alimentos. Estudo recente feito pela Emergen Reserch indica que o segmento vai movimentar 9,75 bilhões de dólares em 2028.

A atenção do setor produtivo relacionada a perdas por inconsistências no cadastro de produtos também concorre para tal crescimento. Pesquisa realizada pela GS1 em abril deste ano mapeou os principais problemas que se revertem em perdas, as quais poderiam ser reduzidas ou eliminadas com a adoção da rastreabilidade.

Entre as ocorrências mais vivenciados estão: as compras e carregamentos emergenciais (37%) e atrasos na entrega para o distribuidor/varejo (30%) até a recusa de recebimento de produto por erro de informações (15%) e o cancelamento de pedidos por varejistas devido a erros de cadastro (14%).

Veja no quadro as soluções que a rastreabilidade pode oferecer

Sibraar começou com açúcar mascavo

O primeiro açúcar mascavo rastreado com a tecnologia blockchain do Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade da Embrapa e produzido pela Usina Granelli já sinalizavac para o ao mercado internacional após a boa aceitação obtida em pouco mais de um ano do lançamento do produto, ocorrido em 2022.

“O Sibraar, com a chancela da Embrapa, ajudou a fechar com chave de ouro o nosso açúcar mascavo. Vendemos 100% da produção, 10 mil quilos no primeiro lote de fabricação, e abrimos mais de 300 clientes para a empresa”, conta a diretora Mariana Granelli.

A usina também adotou o sistema da Embrapa para o açúcar demerara e planeja utilizá-lo para o xarope de cana-de-açúcar para produção de cachaça, em desenvolvimento. Entusiasta da rastreabilidade como forma de diferencial de mercado, ela comemora a iniciativa de integração do Sibraar a padrões globais de comunicação em parceria com a GS1, uma instituição dotada de expertise internacional.

Entre as vantagens da rastreabilidade, a diretora aponta a construção de reputação junto aos mercados e ao consumidor final pela transparência e visibilidade da gestão da empresa, dotada de boas práticas nas etapas de produção. Além disso, relata a melhoria da relação com fornecedores de matéria-prima, mediante a rapidez na identificação de problemas relativos à conformidade dos produtos, em especial.

O desenvolvimento do projeto piloto do Sibraar com o açúcar mascavo da Granelli contou com o apoio da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana).

Fonte: Embrapa Agricultura Digital

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Importância da agricultura de precisão na produção global

Monitoramento de culturas baseado em satélite desempenha um papel crucial na dinâmica global da área de cultivo e produção, e soluções avançadas como o EOSDA Crop Monitoring contribuem para melhorar a eficiência e a sustentabilidade na agricultura moderna.

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Até 2050, espera-se que a população global se aproxime de 10 bilhões, colocando uma imensa pressão sobre a agricultura para aumentar a produção. Inovações tecnológicas, especialmente na agricultura de precisão baseada em satélites, estão transformando as práticas agrícolas para atender a essas demandas.

O monitoramento de culturas baseado em satélite desempenha um papel crucial na dinâmica global da área de cultivo e produção, e soluções avançadas como o EOSDA Crop Monitoring contribuem para melhorar a eficiência e a sustentabilidade na agricultura moderna. O monitoramento via satélite torna-se essencial nesse contexto.

Produção agrícola global: principais tendências

Até 2032, espera-se que melhorias nos rendimentos das culturas representem quase 80% do crescimento total da produção. No entanto, expandir as áreas agrícolas nem sempre é viável. É aqui que o monitoramento de safras via satélite e o monitoramento de cultivo agrícola entram em ação, fornecendo aos agricultores dados acionáveis sobre a saúde do solo, condições das culturas e variabilidade do campo.

Os cereais são uma parte importante dessa demanda crescente, com 41% da produção consumida diretamente por humanos e 37% usada para alimentação animal. Mas o aumento da produção muitas vezes traz desafios ambientais e relacionados aos recursos, destacando a importância do monitoramento de fazenda via satélite e do monitoramento de fazenda na otimização da saúde das culturas e minimização de desperdícios. O monitoramento agrícola e o monitoramento agropecuário são fundamentais para enfrentar esses desafios.

Perdas de culturas: uma preocupação global crescente

Apesar dos avanços na tecnologia, a produção de safras é altamente vulnerável a pragas, doenças e riscos ambientais. Estima-se que entre 20% e 40% dos rendimentos globais de safras são perdidos a cada ano devido a esses fatores, custando ao setor agrícola bilhões.

Por exemplo, o trigo é frequentemente afetado por doenças como a ferrugem da folha, levando a perdas anuais de rendimento de até 3%. O milho sofre de podridão do colmo, que pode reduzir os rendimentos em 5%, enquanto as culturas de soja são impactadas por nematoides de cisto, resultando em perdas de produção de 4,5%.  

O monitoramento de safras via satélite fornece uma solução, oferecendo detecção precoce de problemas e permitindo que os agricultores tomem ações preventivas. Em regiões propensas a riscos agrícolas, essas tecnologias permitem analisar remotamente a safra, o que pode ser particularmente benéfico na redução de perdas e garantia da sustentabilidade das safras.

Inovações tecnológicas na agricultura

A agricultura está se tornando cada vez mais dependente de dados para otimizar a produção e o uso de recursos. A agricultura de precisão baseada em satélites está liderando essa revolução, permitindo que os agricultores possam fazer um monitoramento de cultivo agrícola e ajustem as práticas de acordo.

Na EOSDA, nossa plataforma de monitoramento via satélite combina dados de satélite com algoritmos avançados para fornecer aos agricultores insights sobre a saúde das culturas, classificação de campos e previsão de rendimentos. Por exemplo, nossa plataforma EOSDA Crop Monitoring oferece até 90% de precisão na classificação de culturas, permitindo que os agricultores monitorem campos de até três hectares. O monitoramento de culturas baseado em satélite e o monitoramento de safra são ferramentas indispensáveis para alcançar esses objetivos.

Dinâmica da área e produção de culturas

Até 2023/24, projeta-se que a área para oleaginosas cresça para quase 270 milhões de hectares, enquanto trigo e milho cobrirão 223 milhões e 204 milhões de hectares, respectivamente. O milho, em particular, continua sendo uma cultura líder, com a produção prevista para exceder 1,2 bilhão de toneladas.

No entanto, simplesmente expandir a área não é suficiente para atender às necessidades futuras. O monitoramento de culturas baseado em satélite permite que os agricultores aumentem a produtividade nas terras agrícolas existentes, fornecendo insights baseados em dados que otimizam estratégias de plantio, irrigação e colheita. O monitoramento agropecuário e o monitoramento agrícola são essenciais para maximizar a eficiência produtiva.

Milho
O milho permanece como uma das culturas mais amplamente cultivadas, com Estados Unidos, China e Brasil liderando a produção global. O milho é essencial para alimentos, ração animal e biocombustíveis como o etanol. O monitoramento de satélite desempenha um papel crucial na produção de milho.

Trigo

O trigo é um alimento básico para mais de 2,5 bilhões de pessoas, com regiões de produção importantes incluindo China, Índia e Rússia. Também é uma commodity altamente comercializada, tornando o monitoramento de fazenda via satélite crítico para manter níveis de produção constantes.

Oleaginosas

A produção de oleaginosas, particularmente soja, sementes de girassol e colza, é impulsionada pela demanda dos setores alimentício e industrial. A região Ásia-Pacífico e a Europa Ocidental lideram a produção de oleaginosas, e o monitoramento agrícola garante o acompanhamento preciso do desenvolvimento e saúde das culturas.

Arroz
Como alimento básico para quase metade da população global, o arroz é cultivado principalmente na Ásia. O monitoramento agropecuário via satélites permite analisar remotamente a safra e ajustar a irrigação em tempo real, otimizando o uso da água.

Soja
Estados Unidos, Brasil e Argentina dominam o cultivo de soja, e com a crescente demanda global, o monitoramento de fazenda via satélite assegura que os agricultores possam

atingir metas de produção eficientemente. Essa tecnologia ajuda a monitorar a saúde da soja e otimizar as práticas agrícolas para atender à crescente demanda por proteínas de origem vegetal.

Aproveitando a tecnologia de satélite para a produção sustentável de culturas
A agricultura de precisão baseada em satélites fornece as ferramentas para enfrentar esses problemas, oferecendo aos agricultores a capacidade de analisar remotamente a safra, prever rendimentos e responder a potenciais ameaças.

Com plataformas como o EOSDA Crop Monitoring, os agricultores podem otimizar a produção enquanto minimizam o impacto ambiental, ajudando a garantir um futuro sustentável para a agricultura global.

O monitoramento via satélite, o monitoramento de fazenda e o monitoramento de safras via satélite são essenciais para alcançar esses objetivos.

Fonte: Por Vasyl Cherlinka, doutor em Ciências Biológicas, especializado em Pedologia (Ciência do Solo), com 30 anos de experiência na área.
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Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,2 trilhão em agosto

Os principais produtos que puxaram o resultado do VBP foram soja, milho, cana-de-açúcar, bovinos e frango.

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Foto: Shutterstock

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária em agosto deste ano alcançou R$ 1,2 trilhão, segundo dados da da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Desse total, R$ 391,6 bilhões referem-se à produção pecuária (32,6%) e R$ 809,1 bilhões à produção das lavouras (67,4%).

Entre os principais produtos agrícolas, destacam-se a soja (23,5%), o milho (10,1%), a cana-de-açúcar (9,9%) e o café (5,9%). No setor pecuário, os bovinos (12%), frango (8,3%), leite (5,3%) e suínos (4,9%) tiveram maior destaque.

O valor registrado em agosto presenta estabilidade em relação ao ano anterior, com uma leve variação positiva de 0,1%. No recorte específico, o VBP das lavouras apresentou uma queda de 3,2%, puxada pela redução no VBP do milho (-16,6%) e da soja (-17,4%), ambos impactados por quebras de safra e queda nos preços. Em contrapartida, o VBP da pecuária cresceu 7,7% em relação a 2023, impulsionado principalmente pelo aumento de 68,9% no setor de suínos.

A região Centro-Oeste ocupa a primeira posição em participação no VBP, com 28,6%, seguida pela região Sudeste, com 28,4%. Entre os estados, Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, lidera com 13,9%, seguido por São Paulo (13,3%), com participação significativa da cana-de-açúcar, Minas Gerais (11,4%), destaque na produção de café, e Paraná (11,3%), o segundo maior produtor de grãos do Brasil.

O estudo traz dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/Esalq/USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Valor Bruto da Produção detalha o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais e leva em consideração os volumes de produção agrícola e pecuária e, a média dos preços recebidos pelos produtores.

Acesse os dados completos do Valor Bruto da Produção (VBP).

Fonte: Assessoria Mapa
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Óleo de soja mostra recuperação em setembro enquanto farelo continua em queda

Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis (MT).

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O óleo de soja iniciou setembro com leve reação em Chicago, após ter caído fortemente em agosto. Já o farelo, segue em trajetória de baixa desde junho. O preço interno do óleo de soja fechou agosto com valorização e segue em alta no início de setembro, mês que pode marcar a sexta alta seguida para o derivado.

No Brasil, as exportações de óleo de soja atingiram 114 mil toneladas em agosto, volume 43,6% inferior ao mesmo mês do ano passado. Mesmo com pequena valorização observada para o preço da soja, a alta do óleo favoreceu a elevação do spread de esmagamento.

Preços do farelo na CBOT e em Rondonópolis. Fonte: CBOT, IMEA.

O óleo de soja subiu 0,5% na parcial dos dez primeiros dias de setembro, para USDc/lb 41,50, enquanto o farelo apresentou desvalorização de 1,8% no mesmo período, para US$ 317/t. O esmagamento americano de soja segue aquecido, registrando em julho 5,3 milhões de toneladas, 4,3% acima que no mesmo mês do ano passado, como resposta à produção de biocombustíveis do país e ao aumento da capacidade de produção de diesel renovável.

Nos primeiros 10 dias de setembro, a valorização é de 3% no Mato Grosso, para R$ 5,3 mil/t. A demanda interna de óleo para a produção de biodiesel continua aquecida, dando sustentação para os preços.

No acumulado de janeiro a agosto, os embarques de óleo de soja alcançaram 965,3 mil toneladas, 49% abaixo do registrado nos primeiros oito meses de 2023, com a maior parte do óleo ficando no mercado interno para abastecer o aumento de 2 p.p. na mistura obrigatória do biodiesel.

Em agosto, o spread de esmagamento (calculado utilizando os preços da soja, farelo e óleo em Rondonópolis), apresentou alta, diante da ligeira queda no preço da soja e alta do óleo. Na parcial de setembro, mesmo com a alta observada no grão até o momento, a elevação dos derivados serve como contraponto e mantém o spread de esmagamento em 16% em Rondonópolis.

Esmagamento mensal acumulado, EUA. Fonte: NOPA.

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA
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