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Sistema de Classificação de Terras para Irrigação ganha versão nacional

A metodologia do SiBCTI permite definir a potencialidade de um ambiente para desenvolver culturas agrícolas sob determinada tecnologia de irrigação, classificando a aptidão e o potencial das terras para essa finalidade.

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Fotos: Silvio Tavares

A Embrapa Solos (RJ) desenvolveu um sistema de classificação de terras para irrigação adaptado às condições brasileiras que foi expandido recentemente para todo o território nacional. Criado inicialmente para a região do Semiárido, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o Sistema Brasileiro de Classificação de Terras para Irrigação (SiBCTI) é fundamental para subsidiar a seleção de áreas agrícolas irrigáveis, a fim de maximizar o retorno econômico, mas sem perder de vista a exploração sustentável dos recursos naturais.

Metodologia permite escolher terras aptas a receber irrigação e evitar investimentos em áreas sem aptidão

A metodologia do SiBCTI permite definir a potencialidade de um ambiente para desenvolver culturas agrícolas sob determinada tecnologia de irrigação, classificando a aptidão e o potencial das terras para essa finalidade. A partir dessa metodologia, foi desenvolvido um software que está habilitado a fornecer informações, em todos os biomas brasileiros, para as culturas de acerola, goiaba, banana, manga, cana-de-açúcar, melancia, cebola, melão, coco, milho, feijão, uva, capim-elefante e café arábica. As culturas da soja e do arroz devem ser acrescentadas ao sistema em breve.

O pesquisador da Embrapa Solos (RJ) Fernando Cézar do Amaral, idealizador do projeto do SiBCTI, explica que o sistema está estruturado em planos de informação. Um deles inclui as variáveis relacionadas às características de várias plantas. Outro grupo reúne dados sobre qualidade e custo de captação da água de irrigação e considera os principais sistemas de irrigação utilizados. “A classificação é feita analisando as limitações do ambiente, especificamente a cada cultura vegetal e a cada sistema de irrigação. A metodologia conta ainda com uma classificação generalizada, que se aplica bem aos estudos de pré-viabilidade e a levantamentos de solo, de menor escala ou mais generalizados”, detalha o cientista.

Acompanha o SiBCTI um programa de computador desenvolvido em linguagem Java, com interface web, acessível a partir de qualquer plataforma, que facilita a obtenção da classificação do ambiente pelo usuário. Destinado principalmente a gestores e técnicos da área agrícola, professores e consultores, o software ajuda a planejar, revisar ou adequar projetos de irrigação a serem desenvolvidos ou já implantados, no intuito de otimizar a escolha das áreas agrícolas. Um curso on-line gratuito, oferecido de forma contínua pela Embrapa Solos, ensina a operacionalizar o programa.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Silvio Tavares, com o adequado uso do sistema, é possível evitar que terras que não possuam aptidão para irrigação sejam incluídas no processo produtivo, minimizando o impacto ambiental e a perda de recursos financeiros. Por outro lado, a partir do embasamento em uma avaliação afinada com as características do ambiente, o SiBCTI permite que áreas antes consideradas “não irrigáveis” possam ser classificadas como “aptas à irrigação”.

“O sistema também possibilita o uso racional da água nos processos de irrigação, além de prevenir a salinização dos solos manejados, um grave problema ambiental e econômico, especialmente no Semiárido”, acrescenta.

Curso gratuito ensina a operar software do SiBCTI
Desde dezembro de 2021, está disponível o curso a distância que ensina a utilizar o software do SiBCTI, oferecido pela plataforma e-Campo do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Embrapa. As inscrições são gratuitas e as aulas podem ser assistidas a qualquer momento, seja no computador, tablet ou celular (acesse aqui).

Com carga horária de 40 horas, o curso é autoinstrucional, permitindo que o usuário siga seu próprio ritmo, oferecendo flexibilidade nos estudos.

É destinado principalmente a profissionais e estudantes das diversas áreas da engenharia, técnicos agrícolas, agentes de transferência de tecnologia e de assistência técnica, projetistas de irrigação, tomadores de decisões dos setores público e privado, consultores técnicos e planejadores agrícolas.

Como funciona o SiBCTI?
O SiBCTI é um sistema especialista de tomada de decisão, cujo elemento principal é a informação. Seu objetivo é armazenar e tratar os dados fornecidos pelo próprio usuário do sistema para entregar a classificação automática da terra para fins de irrigação.

De acordo com Amaral, com apenas alguns cliques de escolha de campos e alguns dados de entrada, o usuário final insere as informações solicitadas pelo sistema em algumas telas. Estando sem pendências e sem valores anormais, o programa cruza todos os dados relacionados aos diferentes planos de informação (solo x cultura vegetal x qualidade e custo da água x sistema de irrigação) e apresenta a classificação final indicada para aquela situação apresentada pelo usuário.

O pesquisador explica que as informações solicitadas são 18 parâmetros relacionados ao solo, como profundidade,

quantidade de cálcio e magnésio, pH do solo medido em água, capacidade de água disponível, condutividade elétrica, mineralogia da argila, posição na paisagem, topografia, condutividade hidráulica, velocidade de infiltração básica, pedregosidade e rochosidade; além de sete parâmetros relacionados à qualidade e ao custo de captação da água para irrigação, como condutividade elétrica, relação ou razão de adsorção de sódio, distância de captação d’água e presença de boro, ferro e cloreto.

A operação do sistema exige conhecimentos técnicos, e para facilitar a vida do usuário a equipe da Embrapa Solos elaborou um manual de métodos dos parâmetros exigidos pelo sistema e um documento que detalha os valores e intervalos de todos os parâmetros solicitados pelo software por cultura agrícola e método de irrigação.

História do SiBCTI
A primeira versão do SiBCTI foi lançada em 2005 e era específica para o Semiárido. Foi resultado da cooperação entre a Embrapa e a Codevasf, com o apoio de diversas instituições e profissionais atuantes nas áreas de pedologia e irrigação.

A segunda versão, entregue à sociedade em 2012 e ainda voltada ao Semiárido, trazia atualizações e ampliações no banco de dados e novas funcionalidades relacionadas a potencial e limitações dos elementos solo, água e cultura vegetal. Houve também avanços na estrutura de tecnologia da informação, o que permitiu o acesso às informações em ambiente web.

A partir de 2016, contando com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), um grupo de trabalho liderado pela Embrapa Solos deu início à formulação da versão nacional, para abarcar todos os biomas brasileiros. A nova edição foi oficialmente entregue no fim de 2020.

Desde a primeira versão do SiBCTI, vários treinamentos presenciais foram oferecidos e realizados pelos pesquisadores e técnicos da Embrapa Solos a diversas instituições de pesquisa, ensino e extensão rural, bem como para asso­ciações e cooperativas de produtores e empresas e instituições que trabalham diretamente na área de irrigação no país.

Irrigar para aumentar a produção de alimentos
Para Silvio Tavares, a irrigação será cada vez mais importante na elaboração de qualquer planejamento estratégico visando à segurança alimentar. Isso porque, segundo estudo de 2015 da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 80% da produção adicional de alimentos necessária para atender às demandas mundiais serão provenientes de áreas irrigadas.

Foto: Saulo Coelho Nunes

“Um dos maiores desafios da humanidade neste século é garantir a produção de alimentos para todas as pessoas do planeta, independentemente das diferenças sociais, econômicas e ambientais e dos lugares onde elas vivem”, alerta o pesquisador. Ele acrescenta que o mesmo estudo da FAO revelou que, para conseguir atender a toda essa demanda, seria necessário um aumento real de 60% na produção mundial de alimentos até o ano de 2050.

A irrigação, ainda de acordo com Tavares, é um dos mais poderosos meios de superar o desafio de aumentar a produção de alimentos para o patamar necessário. Isso porque a atividade possui vários fatores limitantes: a redução das fronteiras agrícolas; a assimetria entre crescimento populacional, da produção de alimentos e da oferta hídrica; o aumento da demanda por alimentos variados e de melhor qualidade; o aumento crescente da demanda por fibras e agroenergia e o aumento das exigências ambientais em todo o planeta.

A agricultura irrigada é a atividade humana que mais consome água. O percentual de área irrigada no mundo corresponde a menos de 20% de toda a área agrícola cultivada, produzindo mais de 40% de toda a produção do planeta. O Brasil possui 75,9 milhões de hectares de área plantada, mas apenas 9% dela (6,95 milhões de hectares) são irrigadas. Por sua vez, a área irrigada potencial no País gira em torno de 29 milhões a 75 milhões de hectares.

“O Brasil já é um grande player mundial no suprimento de alimentos e será chamado cada vez mais para atender essas crescentes demandas mundiais, em quantidade e qualidade. Por esse motivo, será preciso otimizar o aproveitamento das áreas irrigadas”, prevê Tavares, frisando que essa otimização só será possível com o uso integrado de inúmeras tecnologias, como o desenvolvimento genético de plantas que demandem menos água no seu ciclo de vida; a adoção de sistemas de irrigação de precisão; aproveitamento agrícola de águas de qualidade inferior; uso de fontes alternativas de energia para irrigação e de instrumentos e sistemas para o manejo eficiente da água.

“É importante ressaltar que todos esses esforços serão em vão se, na concepção dos projetos de irrigação, forem escolhidas áreas com baixa ou nenhuma aptidão para expressar um potencial das terras que justifique os investimentos físicos e de recursos financeiros para tornar as áreas irrigadas viáveis e sustentáveis dos pontos de vista ambiental e econômico”, pondera o cientista.

Fonte: Embrapa Solos

Notícias Relações internacionais

Ministro da Agricultura apresenta propostas de cooperação a embaixadores da Liga Árabe

Representantes de 16 países discutiram parcerias agrícolas com o Brasil

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com embaixadores da Liga dos Estados Árabes para tratar de propostas de cooperação técnica e agrícola entre os países. O encontro foi realizado na Embaixada da Palestina, em Brasília, na quarta-feira (08) e contou com representantes de 16 países do grupo (Arábia Saudita, Argélia, Egito, Iraque, Mauritânia, Tunísia, Líbia, Sudão, Jordânia, Kuwait, Qatar, Bahrein, Omã, Síria e Palestina).

Durante a reunião, o ministro destacou a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estreitamento das relações diplomáticas com os países árabes e a aproximação, cada vez maior, do Brasil com o Sul Global tendo sempre como foco principal o combate à fome a segurança alimentar. Neste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já realizou missões oficiais em três países da Liga Árabe: Emirados Árabes Unidos, Omã e Marrocos.

Fotos: Divulgação/Mapa

Anfitrião do evento, o embaixador da Palestina no Brasil, ponderou que este primeiro encontro é de suma importância para os países presentes. “Sob o comando do presidente Lula, sentimos que Brasil e os países árabes trabalham como uma família unida e essa reunião é um indício de que esse trabalho de estreitamento está sendo feito”, destacou o embaixador da Jordânia, Maen Moh’d Sodii Salem Masadeh.

Fundada em 1945 com o objetivo de fomentar as relações culturais, econômicas, sociais e políticas entre seus membros, a Liga Árabe é uma organização internacional que reúne 22 estados-membro e, atualmente, representa uma importante parceira para o Brasil em termos diplomáticos e econômicos. Em 2023, os países integrantes do grupo importaram cerca de U$ 13,5 bilhões em produtos da agropecuária brasileira. “O Brasil é maior produtor e exportador de proteína halal do mundo. Temos muito orgulho desse título e queremos fortalecer ainda mais esta relação pois o Brasil tem um grande potencial de ampliar sua produção de forma sustentável”, destacou Fávaro.

Para isso, uma das maiores ações que o Mapa vem desenvolvendo é o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que visa aumentar a área de produção de alimentos no país sem avançar sobre áreas preservadas e com a recuperação dos solos, contribuindo para a segurança alimentar e climática do planeta. “Em momento de mudanças climáticas evidentes, que o mundo pensa de forma sustentável, o Brasil tem obrigação de manter políticas públicas de preservação da Amazônia”, ressaltou o ministro. “A Amazônia é um grande patrimônio brasileiro, mas também mundial com relação ao sequestro de carbono. Mas a preservação da Amazônia não significa que o Brasil ainda não pode expandir sua produção de alimentos”, completou.

Isso porque a expertise do país, especialmente após a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), faz com que o Brasil seja a principal potência para fornecimento de suprimento alimentar com preços acessíveis e estabilidade.

Além do anfitrião, o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, participaram da reunião os embaixadores da Arábia Saudita, Faisal Ghulam; do Bahrein, Bader Abbas Hasan Salem Al Zarim Alhelaibi; do Qatar, Ahmad Mohammed Al-Shebanin; do Egito, Mai Taha Khalil; da Jordânia, Maen Moh’d Sodii Salem Masadeh; do Kuwait, Talal Al Mansour; do Líbano, Carla Jazzar; da Líbia, Osama Ibrahim Ayad Sawan; da Mauritânia, Abdoulaye Idrissa Wagne; do Omã, Talal Sulaiman Alrahbi; da Síria, Rania Alhaj Ali e da Tunísia, Nabil Lakhal, e os encarregados de negócios do Iraque, Dr. Firas Hasan Hashim Al-Hamadany; da ⁠Argélia, Emira Assia Dali; do Sudão, Ahmed Etigani Mohamed Swar. Integraram a delegação do Mapa, o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart; o secretário-executivo adjunto, Cleber Soares; o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Júlio Ramos, o assessor especial do ministro, Carlos Ernesto Augustin e o diretor de Promoção e Comercial e Investimentos, Marcel Moreira.

Transferência tecnológica 
Diante da experiência exitosa do Brasil na produção de alimentos, especialmente na fruticultura em clima árido, o ministro colocou à disposição dos países da Liga Árabe a possibilidade de acordos de transferência tecnológica por meio da Embrapa.

Parcerias entre a empresa pública e a Organização Educacional, Cultural e Científica da Liga Árabe (Alecso) e instalação de centros de pesquisa da Embrapa nos países foram um dos principais temas debatidos durante o encontro.

O encarregado de negócios do Iraque, Firas Al-Hamadany, informou que seu país já trabalha numa proposta de acordo na transferência tecnológica do setor agrícola e ampliação das relações comerciais.

Já o embaixador do Qatar, Ahmad Al-Shebanin, informou que uma delegação da Hassan Food, braço de investimento agrícola e de alimentos da Autoridade de Investimentos do Qatar (QIA), visitará o Brasil ainda nesta semana com objetivo de cooperar e investir no país.

Uma parceria entre Sudão, Arábia Saudita e Brasil para a produção de alimentos e cooperações no setor de biocombustíveis também foram destacadas pelo encarregado de negócios do Sudão, Ahmed Swar.

Um dos principais fornecedores de fertilizantes para o Brasil, o Omã também terá uma delegação de investidores prospectando investimentos no país na próxima semana e, segundo o embaixador do Omã, Talal Alrahbi, está em estudo a possibilidade de realização de um projeto conjunto nessa área.

Solidariedade
No encontro, os embaixadores fizeram questão de manifestar, em nome de seus países, solidariedade às famílias do Rio Grande do Sul que estão sofrendo com os efeitos das chuvas excessivas no estado, inclusive, oferecendo apoio e parcerias para mitigar os impactos.

Fonte: Assessoria Mapa
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Notícias Exportações brasileiras

Cinco países abrem mercado para suínos vivos do Brasil

Trata-se da segunda grande abertura comercial na UEEA para produtos agrícolas brasileiros em menos de 10 meses.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os cinco países que compõem a União Econômica Eurasiática (UEEA) – Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão – abriram seus mercados para a exportação brasileira de suínos vivos. Esta decisão marca a segunda grande abertura comercial para produtos agrícolas do Brasil na UEEA em menos de 10 meses.

A autorização para exportar suínos vivos segue uma série de iniciativas bem-sucedidas, incluindo a permissão concedida em setembro de 2023 para exportar bovinos vivos para os países membros da União. Essas conquistas resultam de esforços coordenados entre representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o apoio da Embaixada do Brasil na Rússia, fortalecendo os laços comerciais entre o Brasil e os países da UEEA.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, em 2023, o Brasil exportou mais de US$ 1,2 bilhão em produtos do agronegócio para a UEEA, incluindo produtos soja em grãos, carne bovina, café verde e açúcar bruto. Esses números refletem a importância crescente das exportações agrícolas brasileiras para a região e a confiança dos países da UEEA na qualidade e competitividade dos produtos brasileiros.

Com essa nova conquista, o agronegócio brasileiro alcança sua 39ª abertura de mercado em 24 países somente neste ano, totalizando 117 aberturas em 50 países desde 2023.

Fonte: Com informações do Mapa
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Notícias Ações de conscientização

Mês da Saúde Animal tem como enfoque ações do Serviço Veterinário Oficial e saúde única

Ao longo do mês serão realizadas ações entre o Mapa e organizações públicas e privadas em saúde animal com apresentações de informações relevantes para a sociedade e pecuaristas sobre produção animal segura, sustentável e para a segurança dos alimentos.   

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Durante o mês de maio é realizada a Campanha Nacional do Mês da Saúde Animal com o intuito de promover e fomentar ações de conscientização, engajamento e prevenção de doenças voltadas para a produção animal brasileira. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou o mês de maio como o Mês da Saúde Animal em 2023 por meio da portaria nº 583. A primeira campanha é realizada neste ano com a temática “Saúde Animal – É Saúde para Todos”.  

Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro destaca que rebanhos saudáveis são fundamentais para a garantia de produção de alimentos de qualidade para o mercado interno e externo, além de geração de emprego e renda. “Não se pode separar a saúde humana, o meio ambiente e a saúde animal. Integrando as ações em uma só saúde, todos são beneficiados”, disse.   

Ao longo do mês serão realizadas ações entre o Mapa e organizações públicas e privadas em saúde animal com apresentações de informações relevantes para a sociedade e pecuaristas sobre produção animal segura, sustentável e para a segurança dos alimentos.   

A ação é promovida pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). Para o secretário Carlos Goulart, trata-se de uma medida de grande importância para aproximar cada vez mais a população e o Serviço Veterinário Oficial (SVO), informando sobre o seu papel como promotor de rebanhos saudáveis, permitindo, desta forma, a geração de alimentos seguros e o acesso dos produtos brasileiros aos mercados interno e externo.  

Neste ano, a campanha tem como foco o Papel dos SVOs na garantia da saúde animal e ações em saúde única, que considera a saúde humana, animal e vegetal como interdependentes e vinculadas à saúde dos ecossistemas em que existem.   

A Campanha tem quatros estratégias principais: conscientizar e incentivar os pecuaristas na atualização anual de cadastros de seus rebanhos, pois contribui para a prevenção de doenças; Promoção sobre o papel dos SVOs sobre boas práticas sanitárias na produção animal, conscientização para identificação e notificação a suspeitas de enfermidades; e o trabalho realizado pelos governos federal e estadual na garantia da saúde dos rebanhos.   

Os SVOs trabalham na garantia da qualidade sanitária, monitoramento, controle e erradicação de doenças dos animais de produção, terrestres e aquáticos e, da ambiência dos campos brasileiros, criada pela parceria com os produtores rurais. Essa ambiência abre portas para o consumo interno seguro e, para as exportações de animais e produtos de origem animal. Regulamentam e controlam o trânsito nacional e internacional de animais e produtos de origem animal, sobre o uso de prudente de antimicrobianos na medicina veterinária. Além de regulamentar, acompanhar e certificar a condição sanitária de propriedades e áreas livres de doenças animais, facilitando assim a abertura de mercados para exportação dos produtos pecuários nacionais.

Em ação e no mês que se comemora o cuidado com a saúde animal, o ministro Fávaro anunciou na última quinta-feira (2) que os todos os estados brasileiros estão livres de febre aftosa sem vacinação. No mês de abril foram intensificadas as ações para a vacinação dos rebanhos bovinos que faz parte do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA).   

Produção animal

Para o ano de 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que a expectativa é de aumento na produção de carne bovina, suína e frango com 30,88 milhões de toneladas neste ano. Destes, 21,12 milhões de toneladas serão destinados ao mercado interno e 9,85 milhões de toneladas devem ser exportadas.    

De acordo com dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) em 2023 o Brasil exportou oito milhões de toneladas de carnes somando mais de US$ 23,51 bilhões.     

Desde 2023 foram abertos novos mercados de carne bovina e suína para o México e República Dominicana, além de carne bovina enlatada para o Japão e carne bovina processada para Singapura. Aves na Argélia, Butão, Israel, El Salvador, Polinésia Francesa e Vanuatu.  

Fonte: Assessoria Mapa
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