Suínos
Sistema ABCS e FNDS destacam ações estratégicas para o fortalecimento da suinocultura em 2024
Com ações que trabalham o reposicionamento da carne suína no Brasil, cadeia de suínos celebra entregas realizada ao longo do ano.

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) apresenta um balanço das iniciativas realizadas em 2024, reforçando o compromisso com o crescimento sustentável e a modernização do setor suinícola brasileiro. Com mais de 26 ações em âmbito nacional, abrangendo as áreas técnica, política, marketing e mercado, a entidade impulsiona a cadeia produtiva e celebra avanços significativos.
Entre os destaques do ano, a erradicação da Peste Suína Clássica (PSC) foi prioridade. A ABCS intensificou esforços com campanhas de vacinação que alcançaram 640 mil imunizações e visitas técnicas nos estados do Piauí, Ceará e Maranhão, em parceria com o Ministério da Agricultura (MAPA). Esses esforços integram o Plano Estratégico Brasil Livre de PSC, visando proteger o rebanho nacional e fortalecer a saúde animal.

Dados sobre a campanha de vacinação contra PSC em Alagoas
No campo político, a ABCS acompanhou 27 projetos de lei que impactam a suinocultura, como a reforma tributária e o controle de espécies invasoras, incluindo javalis. Além disso, lançou a edição 2024 do Retrato da Suinocultura Brasileira, ferramenta estratégica para diálogo com parlamentares sobre políticas públicas.

Retrato da Suinocultura Brasileira
O marketing também foi foco de ações inovadoras. A Semana Nacional da Carne Suína (SNCS) impulsionou em 37% as vendas da proteína, alcançando 135 milhões de consumidores. Outra iniciativa foi a websérie “Porco a Porco“, que somou mais de 2,2 milhões de visualizações e ajudou a desmistificar o consumo de carne suína, abordando temas como sustentabilidade e bem-estar animal.

Dados sobre a última edição da SNCS
Em termos de capacitação, a Escola de Gestores treinou lideranças do setor com cursos voltados para comunicação e inovação, destacando o uso de ferramentas como inteligência artificial e copywriting. Paralelamente, o evento FNDS Collab reuniu representantes de toda a cadeia para fomentar parcerias estratégicas. Por fim, a campanha “Carne de Porco: Bom de preço, bom de prato“ levou cortes prontos para consumo ao mercado, reforçando a presença da carne suína no dia a dia dos brasileiros, especialmente no Nordeste.
Veja o relatório completo, clicando aqui.
Sistema ABCS unido celebra 2024
A ABCS também celebra todos esses resultados do ano ao lado de suas afiliadas que compõem o Sistema ABCS, que estiveram presentes ao longo deste ano na realização de duas Assembleias, apoiando eventos e datas de grande importância para os produtores de todo o Brasil.
Para Marcelo Lopes, presidente da ABCS, o ano foi marcado por conquistas expressivas, fruto da colaboração entre produtores, frigoríficos, empresas e varejistas. As iniciativas não apenas consolidaram o setor no mercado interno como também projetaram novas oportunidades internacionais. A ABCS agradece a todos pela parceria e dedicação, nos vemos em 2025!

Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.
Colunistas
Comunicação e Marketing como mola propulsora do consumo de carne suína no Brasil
Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas.

Artigo escrito por Felipe Ceolin, médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias, com especialização em Qualidade de Alimentos, em Gestão Comercial e em Marketing, e atual diretor comercial da Agência Comunica Agro.
O mercado da carne suína vive no Brasil um momento transição. A proteína, antes limitada por barreiras culturais e mitos relacionados à saúde, vem conquistando espaço na mesa do consumidor.
Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas. Estudos recentes revelam que o brasileiro passou a reconhecer características como sabor, valor nutricional e versatilidade da carne suína, demonstrando uma mudança clara no comportamento de compra e consumo. É nesse cenário que o marketing se transforma em importante aliado da cadeia produtiva.

Foto: Shutterstock
Reposicionar para crescer
Para aumentar a participação na mesa das famílias é preciso comunicar aquilo que o consumidor precisava ouvir:
— que é uma carne segura,
— rica em nutrientes,
— competitiva em preço,
— e extremamente versátil na culinária.
Campanhas educativas, conteúdos informativos e a presença mais forte nas mídias sociais têm ajudado a construir essa nova imagem. Quando o consumidor entende o produto, ele compra com mais confiança – e essa confiança só existe quando existe uma comunicação clara e alinhada as suas expectativas.
O marketing não apenas divulga, ele conecta. Ao simplificar informações técnicas, aproximar o produtor do consumidor e mostrar maneiras práticas de preparo, a comunicação se torna um instrumento de transformação cultural.
Apresentar novos cortes, propor receitas, explicar processos de qualidade, destacar certificações e reforçar a rastreabilidade são estratégias que aumentam a percepção de valor e, consequentemente, estimulam o consumo.
Digital: o novo campo do agro
As redes sociais se tornaram o “supermercado digital” do consumidor moderno. Ali ele busca receitas, tira dúvidas, avalia produtos e

Foto: Divulgação/Pexels
compartilha experiências.
Indústrias, cooperativas e associações que investem em presença digital tornam-se mais competitivas e ampliam sua capacidade de influenciar preferências.
Vídeos curtos, reels com receitas simples, influenciadores culinários e campanhas segmentadas têm desempenhado papel fundamental na aproximação com o consumidor urbano, historicamente mais distante da realidade da cadeia produtiva e do campo.
Promoções e estratégias de varejo
Além do ambiente digital, o ponto de venda continua sendo o território decisivo da conversão. Embalagens mais atrativas, materiais explicativos, promoções e ações conjuntas com o varejo aumentam a visibilidade e reduzem a insegurança de quem tomando decisão na frente da gondola.
Marketing como elo da cadeia produtiva
A cadeia de carne suína brasileira é altamente tecnificada, sustentável e reconhecida, mas essa excelência precisa ser comunicada. O marketing tem o papel de unir elos – do campo ao consumidor – e transformar conhecimento técnico em mensagens simples e que engajam.



