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Simpósio Facta sobre Salmonella avalia impactos da contaminação em frigoríficos e granjas

Evento trouxe como destaque o importante papel do correto processo de monitoria e biossegurança.

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O último dia do Simpósio Facta sobre Salmonella na quarta-feira (19) trouxe debates sobre os cuidados para a evitar a contaminação no abate, em frigoríficos, os cuidados com o manejo de camas nos aviários e o importante destaque sobre um correto processo de monitoria e biossegurança.

Fotos: Divulgação/Facta

O médico-veterinário sueco, Martin Wiruep, deu início aos trabalhos técnicos desta quarta-feira com o tema “Fábrica de Rações: medidas de prevenção, monitoria e controle”. Segundo ele, a ração contaminada com Salmonella é uma importante fonte de introdução desta na produção animal. “Os animais infectados por Salmonella são a principal fonte de infecções de origem alimentar em humanos”, alertou.

Segundo ele, a prevenção e o controle de Salmonella em fábricas de ração devem ser baseados nos princípios HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). “A razão é que em todos os países existe um risco continuamente alto de introdução de Salmonella nas fábricas de ração, especialmente a partir de ingredientes de ração contaminados. O conceito de HACCP é detectar essa contaminação o mais rápido possível para facilitar a ação corretiva para alcançar as condições do processo visando reduzir a contaminação microbiana”, afirmou.

A estratégia anterior, que ainda pode ser aplicada, é limitar o controle ao teste do feed final. Essa abordagem deve ser abandonada, segundo ele. “A detecção de Salmonella, em primeiro lugar, é tarde demais porque não há tempo para correção. Devido à grande quantidade de ração a ser testada, a probabilidade de detectar uma contaminação por Salmonella, se não muito alta, é limitada. Portanto, um teste negativo de Salmonella do alimento acabado fornece apenas uma garantia limitada de segurança contra Salmonella. Isso foi claramente demonstrado durante um surto de Salmonella na Suécia na década de 1980, antes da introdução do HACCP. Apesar dos testes intensivos da ração acabada com resultados negativos para Salmonella, lotes de frangos de 15 produtores usando a ração, durante um período de 7 meses, foram repetidamente infectados com o sorovar de Salmonella posteriormente isolado na fábrica de ração”, afirmou.

Na sequência, a médica-veterinária, Letícia Dalberto, abordou o tema “Pré-abate e carregamento seus impactos na contaminação por Salmonella no abate”. Ela detalhou que apesar do rigoroso controle durante todo processo de criação dos frangos nas últimas oito horas antes podem comprometer e aumentar consideravelmente a prevalência de Salmonella no abatedouro. “Isto, claro, caso não tenhamos cuidados básicos como tempo de retirada de ração e boa ambiência na área de espera no abatedouro”, disse.

O objetivo, segundo Letícia, é reduzir o risco ao máximo. “Temos que diminuir a carga infectante em todas as fases, no manejo pré-abate, tempo de jejum, controle de equipes, análise de equipamentos, veículos e caixas e a área de espera”, explicou. “Assim, conseguimos atender o cliente com produtos dentro das especificações de qualidade física, química e microbiológica”, apontou. “Já somos os melhores em produtividade e nossa meta é também ser o melhor em qualidade microbiológica”, afirmou.

Dando continuidade, o médico-veterinário Jaap Obdam falou sobre os pontos críticos de controle para Salmonella. Ele destacou importantes fatores, como os motivos principais para eliminar, reduzir e controlar a Salmonella na avicultura, pontos críticos de controle de Salmonella no abatedouro, higiene e biossegurança, amostragem por lote, carregamento e transporte, escaldagem, depenagem, módulos do departamento de evisceração e resfriamento. “Fazem parte deste processo também a seleção dos pesos, os processos de cortes e a desossa, assim como a limpeza e desinfecção e a definição dos requisitos do laboratório para amostragens”, detalhou.

Logo após, foi a vez da médica-veterinária da Food Safety Solutions, Simone Machado, levantar o questionamento “A positividade do campo reflete no abatedouro?”. Segundo ela, depende. “Cabe sempre repetir que a Salmonella não surge no abatedouro por geração espontânea, tendo sido carreada para o abatedouro albergadas junto as aves em algum momento. Desta forma, o monitoramento de carcaças no abatedouro irá refletir sempre o efeito acumulativo das diferentes fontes de contaminação e de possíveis pontos de contaminação cruzada, assim como o efeito das medidas de mitigação de risco aplicadas ao longo da cadeia produtiva e durante o processamento”, apontou.

Tendo-se em consideração que estamos falando sobre efeito acumulativo, é necessário considerar, de acordo com ela, que o nível de contaminação, particularmente no ceco das aves e nas carcaças, seja o grande referencial para o impacto na positividade das carcaças.

“Relevante citar ainda, a importância da representatividade e confiabilidade dos resultados do monitoramento pré-abate e o real status dos lotes ao chegarem na plataforma, principalmente quando temos lotes com baixos níveis de contaminação que podem determinar resultados falso negativos, assim como intercorrências após o monitoramento das aves que possam positivar os lotes”, afirmou.

Por fim e não menos importante, ela destacou que alguns sorovares de Salmonella sabidamente possuem uma maior capacidade de persistirem nos ambientes, principalmente na forma de biofilmes. “Onde esses sorovares se tornam dominantes, a correlação entre os resultados de campo e abatedouro normalmente se apresentam de forma mais evidente, diante da disseminação, resistência e persistência no ambiente”, destacou. “O sucesso de qualquer programa de prevenção e controle de Salmonella depende de uma gestão integrada, onde todos os elos da cadeia produtiva se interrelacionam como uma engrenagem e buscam um resultado em comum”, finalizou.

Manejo de cama

Dando sequência, foi a vez da pesquisadora da Embrapa, Clarissa Vaz, questionar “O manejo de cama que realizamos realmente funciona?” De acordo com ela, pelo contato estreito com os frangos desde o alojamento dos pintinhos até o carregamento do lote para o abate, a cama acumula diversos tipos de resíduos da produção, como penas, restos de ração, insetos, excretas e secreções respiratórias. Isso contribui para estabelecer o diversificado microbioma da cama, que é influenciado pelo reuso entre lotes e pode atuar positivamente ou negativamente na saúde das aves, rendimento dos lotes e segurança da carne de frango.

“Tipicamente, a cama nova contém maiores níveis de bactérias ambientais, enquanto a cama usada apresenta níveis maiores de bactérias intestinais provenientes da deposição das excretas dos frangos”, explicou.

De modo geral, segundo ela, há menor carga de enterobactérias no alojamento dos pintinhos em cama reutilizada quando comparado ao momento do carregamento, resultado do acúmulo durante o período de criação. “Notadamente, a média de enterobactérias na cama reduz linearmente ao longo do reuso entre lotes sucessivos de frangos criados sobre a cama reutilizada”, disse.

Fatores de risco

Clarissa Vaz trouxe para sua apresentação um estudo em granjas de frangos nos Estados Unidos sobre fatores de risco relacionados à probabilidade de detectar Salmonella em cama reutilizada que, após o intervalo entre lotes, identificou maior número de variáveis significativas dentro das seguintes categorias: entorno da granja,  tipo de galpão e suas condições gerais no momento do alojamento do lote e biosseguridade. “Com destaque, a probabilidade de detectar Salmonella na cama foi associada à reposição parcial nos pinteiros ou troca total por cama nova”, afirmou.

Nesse sentido, conforme ela destacou, a experiência de extensionistas e veterinários sanitaristas brasileiros reporta redução do número de amostras de cama de frango positivas para salmonelas ao longo do reuso entre lotes e cujas camas passaram por algum tipo de intervenção para reduzir ou até inativar patógenos residuais no período de vazio sanitário.

“A avaliação de estabelecimentos de frangos de corte regularmente monitorados para salmonelas no estado de Santa Catarina permitiu associar a capacidade de alojamento acima de 50 mil aves, galpões com mais de 10 anos, e mais do que três pessoas trabalhando na granja como fatores de risco para a detecção dessa bactéria”, detalhou. “Esses fatores parecem predispor a maior chance de falhas nos procedimentos de biosseguridade, ressaltando sua importância na prevenção das salmoneloses”, ressaltou Clarissa.

Concluindo, segundo ela, é preciso encontrar um balanço entre o número de lotes criados na cama reutilizada e o menor risco para a saúde avícola. “O reuso da cama tem sido praticado por mais de dois anos, considerando que reduz a detecção de salmonelas ao longo do tempo”, exemplificou.

Falhas em biossegurança

Continuando, o professor aposentado da Universidade Federal de Uberlândia, Paulo Lourenço da Silva, apresentou as principais falhas nas medidas de biossegurança na avicultura.  Ele destacou que o setor precisa melhorar sempre. “O segmento acerta muito também, porém os ajustes são sempre necessários”, disse.

A avicultura precisa estar atenta às principais áreas de risco dentro do sistema de produção, como ele destacou. “O perigo é o setor cair na ‘zona de conforto’, que ‘ronda’ vários países. Temos a responsabilidade de ser exemplo, pela importância econômica da avicultura brasileira”, afirmou.

Paulo Lourenço ressaltou ainda a importância da educação continuada e do treinamento para os trabalhadores do segmento. “É preciso preparar as pessoas para os problemas existentes e também para os que estão por vir e que podem comprometer o sistema de produção avícola”, avaliou. “É importante detectar onde estão os elos mais fracos do sistema pois, afinal, as doenças se instalam por falhas em biossegurança”, disse.

O início do trabalho, segundo ele, é estabelecer, por escrito um programa de biossegurança. “Seus princípios básicos são dizer o que é feito, fazer o que se diz e comprovar o que é feito”, detalhou. “Aponto como potencial significativo de disseminação de doenças a movimentação de pessoas, transporte de aves e ovos, ração, esterco, caixas, animais selvagens e domésticos, pragas, entre outros riscos”, afirmou.

PNSA

Na sequência, a médica-veterinária do Ministério da Agricultura, Daniela Baptista, apresentou os dados de controle oficial de Salmonella no Plano Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).

Ela iniciou dando detalhes sobre o PNSA. “Os principais objetivos são prevenir e controlar as enfermidades de interesses em avicultura e saúde pública, favorecer a elaboração de produtos avícolas saudáveis para o mercado interno e externo e definir ações que possibilitem a certificação sanitária do plantel avícola nacional”, detalhou. “A sanidade é o que mantém nosso comércio ativo. É preciso fazer, garantir e comprovar a sanidade do plantel”, ressaltou.

As salmonellas, segundo ela, de controle oficial, representam uma pequena parte dos sorovares isolados. “É importante o mapeamento dos sorovares circulantes dentro do conceito de saúde única, com o direcionamento dos programas de controle. Lembro que a notificação é o que gera a credibilidade, pois há uma responsabilidade compartilhada na manutenção de mercados”, disse.

Uso prudente de antimicrobianos

Finalizando o programa técnico do Simpósio, a médica-veterinária do Ministério da Agricultura, Suzana Bresslau, trouxe o tema “Políticas públicas para a prevenção da resistência aos antimicrobianos (AMR) – monitoramentos de isolados de Salmonella spp. do Brasil”.

Ela abordou a importância da AMR, as recomendações dos organismos de referência, os compromissos assumidos, os resultados de AMR na avicultura de corte de isolados do Brasil, os desafios e oportunidades. “Este é um problema de saúde única, uma abordagem integrada e unificada que visa equilibrar e otimizar de forma sustentável a saúde de pessoas, animais e ecossistemas”, ressaltou. “O uso inadequado e excessivo de medicamentos por humanos e animais deve ser repensado.  É preciso reduzir a necessidade de uso de antimicrobianos”, disse.

Segundo Suzana, o uso prudente, responsável e racional deste tipo de medicamento está dentro de um conceito amplo e faz parte das boas práticas veterinárias e agropecuárias. “Por isso é tão importante a implementação de medidas práticas e recomendações para melhorar a saúde e bem-estar dos animais. O objetivo é prevenir e reduzir a seleção, o desenvolvimento e a disseminação de bactérias resistentes em animais e humanos”, afirmou.

Avaliação do evento

No encerramento do evento, o presidente da Facta, Ariel Mendes, destacou o alto nível dos debates. “Realizamos periodicamente eventos sobre Salmonella e vemos que sempre temos o que aprender. Destaco aqui a participação das duas médicas-veterinárias do MAPA, o que fortalece a importância do tema no que se refere à prevenção e notificação com o objetivo de ampliar as ações oficiais para proteger e garantir o status sanitário da avicultura brasileira”, disse. “Aproveito aqui para convidar a todos para o próximo evento da FACTA, o Simpósio Nordestino de Atualização em Produção, Processamento e Comercialização de Ovos, entre os dias 23 e 25 de novembro”, disse.

A Facta é reconhecida como a principal instituição de referência brasileira na divulgação de conhecimentos nas áreas de ciência e tecnologia avícolas. Representa no Brasil a WPSA – World’s Poultry Science Association, sempre presando em ser um fórum para apresentação, discussão e promoção do conhecimento técnico científico na avicultura brasileira.

Fonte: Ascom Facta

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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