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Simpósio do Leite de Erechim apresenta propostas para melhorar produção e qualidade no setor

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Produtores, técnicos e estudantes vindos de vários estados brasileiros participaram entre a terça e quarta-feira da 11ª edição do Simpósio do Leite de Erechim. O evento que agregou ainda discussões no Fórum Nacional de Lácteos além da Mostra de Trabalhos Científicos, terminou de forma bastante positiva, de acordo com o coordenador e presidente da Associação dos Médicos Veterinários do Alto Uruguai, Walmor Vanz.
De acordo com ele o público presente e a qualidade das palestras e discussões feitas, já eram esperadas. “Foram palestras bastante valiosas, levaram conhecimento aos presentes, um grande público que transforma nosso evento em sucesso”, salientou Vanz. “O retorno que tivemos durante o próprio evento já se mostrou positivo, as pessoas gostaram muitos dos temas tratados e debatidos. Tivemos uma grata satisfação referente a Mostra de Trabalhos, com ampliação significativa de pesquisas participantes o que mostra a importância que nosso evento está tendo no setor”, acrescentou Vanz.
E de acordo com ele, os trabalhos para a 12ª edição do Simpósio reiniciam em pouco tempo. “Nos próximos 30 dias já estaremos iniciando os trabalhos para o evento do próximo ano. Vamos trabalhar para manter o mesmo formato e a qualidade4 dos debatedores e palestrantes, que tem sido uma marca em nosso evento”, frisou.
O Simpósio do Leite de 2015 já tem data definida. Vai ser realizado entre os dias 23 de 24 de junho, novamente no Pólo de Cultura, junto ao Parque da Accie em Erechim. Vanz agradeceu ainda os patrocinadores e parceiros envolvidos no Simpósio deste ano. “Os próprios patrocinadores e importantes cooperativas fizeram questão de trazer seus técnicos e produtores para participar do evento. Isso é muito significante para nós organizadores”, completou Vanz.
Fizeram parte do evento deste ano discussões sobre irrigação de pastagens e a sucessão na propriedade familiar, dentro do Fórum Nacional de Lácteos, na última terça-feira. Nesta quarta, segundo e último dia do evento, também foram premiados os vencedores da Mostra de Trabalhos Científicos, além da realização de cinco importantes palestras técnicas, todas ligadas a produção e qualidade do leite brasileiro.
Camas de compostagem
A qualidade do leite em sistema de cama de compostagem foi tema de palestra proferida pelo professor, epidemiologista, especialista em qualidade do leite, José Pantoja, da Faculdade de Medicina da Unesp, SP. De acordo com ele, o alojamento de vacas livres em camas manejadas pelo sistema de compostagem (“compostbedded pack”) tem crescido rapidamente ao redor do mundo. “Pesquisas realizadas na América do Norte indicaram que as principais razões para a adoção do sistema foram o conforto dos animais, aumento da longevidade (diminuição de problemas de casco e lesões em geral), facilidade em completar tarefas diárias de manejo e menor custo de implantação quando comparado aos freestalls tradicionais. Uma das principais motivações para a implantação seria também a redução drástica na quantidade de dejetos animais eliminados no meio ambiente, o que poderia contribuir substancialmente para a sustentabilidade da pecuária leiteira”, destacou o professor.
Segundo ele, o sistema de compostagem é iniciado com uma camada de cerca de 40 cm de uma base orgânica como serragem ou maravalha espalhada em um galpão coberto. Uma vez que as vacas comecem a defecar e urinar sobre a cama, a atividade das bactérias composta o material e produz calor, o que provoca um aquecimento da camada profunda (temperaturas entre 40 e 60 graus centígrados são observadas a 20 cm de profundidade). “A cama deve ser aerada com subsoladores e/ou enxadas rotativas duas a três vezes ao dia (durante o intervalo entre ordenhas) para que ocorra incorporação dos dejetos animais e descompactação do material. A presença de ar é fundamental para a eficiência do processo. Cama nova é normalmente adicionada em intervalos regulares para controle da umidade e adição de substrato para os microrganismos. Após um período de seis meses a um ano a cama pode ser substituída e usada ou vendida como fertilizante”, frisou Pantoja. 
De acordo com o palestrante, é importante notar que, em geral, a cama em compostagem não deve ser considerada como uma ferramenta para a melhoria da qualidade do leite. “A cama é apenas um fator entre vários que influenciam a ocorrência de mastite, como o manejo dos animais, higiene de ordenha, equipamento de ordenha, e muitos outros. A cama em compostagem é de natureza orgânica e portanto um bom substrato para o crescimento de bactérias causadoras de mastite. Entretanto, quando a cama é bem manejada, há pouca aderência do material à pele das vacas, as quais permanecem em ótimas condições de higiene e conforto. Dessa forma, o impacto da cama na qualidade do leite é relativo. Em comparação a sistemas de semi-confinamento, nos quais as vacas são geralmente alojadas em péssimas condições de higiene, o confinamento no sistema de compostagem poder ser uma alternativa extremamente beneficial. Por outro lado, camas bem manejadas de areia contém uma concentração muito menor de bactérias causadores de mastite. A decisão de mudança de sistema dever ponderar vários fatores como custo, impacto ambiental, manejo e objetivos de qualidade do leite e saúde animal”, acrescentou.
Índices Zootécnicos 
Os índices zootécnicos, numa leitura que de acordo com o palestrante, doutor Rodrigo de Almeida, da Universidade Federal do Paraná, o produtor deveria saber, foi o tema de uma das palestras do Simpósio do Leite nesta quarta-feira, em Erechim. O professor e doutor destaca que os Índices Zootécnicos são parâmetros técnicos que produtores e profissionais podem e devem usar no seu dia a dia em busca de um incremento da atividade. “Embora existam centenas de índices zootécnicos, nesta palestra vou me restringir aos 10 que considero mais relevantes. Estes índices são parâmetros que toda fazenda leiteira, independente do seu tamanho e do seu grau de tecnificação, deveriam seguir ou pelo menos se preocupar em busca da viabilidade do seu negócio”, salienta Rodrigo.
Para ele, a principal razão na utilização destes índices é que a grande maioria dos rebanhos leiteiros não fazem controle leiteiro oficial. “Embora existam programas estaduais de gerenciamento de rebanhos leiteiros nos principais estados produtores, infelizmente não há uma cultura entre os produtores brasileiros de gerir o seu negócio profissionalmente. Se a adesão do produtor de leite a um programa de controle leiteiro oficial não é uma possibilidade (por razões econômicas, por exemplo), temos que ao menos estimular o produtor a gerar ele próprio estes índices, dentro da sua fazenda”, acrescenta o professor e palestrante do Simpósio do Leite. 
“Cada um destes índices tem as suas metas ou valores ideais. Quando um produtor calcula o seu índice zootécnico, ele pode comparar o índice obtido no seu rebanho com este valor ideal. Ele também pode comparar seus índices com os rebanhos da sua região, permitindo uma competição salutar entre os produtores de uma determinada bacia leiteira. Após fazer esta comparação, e ao constatar que algo deve ser melhorado, ele pode buscar auxílio de um técnico em busca dos valores desejáveis”, enfatiza Rodrigo, que atua no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Paraná. 
Silagem com grão úmido
O uso da silagem de grão úmido na produção de leite foi tema da palestra proferida pelo médico veterinário, consultor em nutrição animal e doutor Luiz Zampar. A intenção de Zampar foi conseguir levar ao produtor e técnicos ligados ao setor, as vantagens desta técnica, os conceitos, a forma de uso e manejo além das vantagens que ela leva a propriedade. “Basicamente passei ao produtor as vantagens em utilizar a silagem de grão úmido em substituição ao milho seco nas dietas para gado de leite, destacando principalmente o aumento da digestibilidade. Outro aspecto a ser abordado, foi como obtemos uma silagem de grão úmido de alta qualidade, destacando os passos essenciais para sua confecção, maquinários necessários e manejo ideal para seu uso”, explica o consultor e palestrante do Simpósio.
Para ele, o produtor pode ter ganhos significativos ao usar este tipo de silagem. “A maior rentabilidade é verificada pelo menor custo do milho ensilado na propriedade, em detrimento se ele compra o milho seco no mercado ou colhe e armazena em silos de terceiros.Consequentemente, as dietas ficam mais baratas.Também ganhamos com o aumento da produção de leite”, acrescenta Zampar.
Ele cita ainda as principais vantagens que o produtor pode ter ao usar a silagem de grão úmido. “As principais vantagens são econômica (exemplo: não paga taxas e fretes), desocupa a área antes, o que favorece o estabelecimento de uma nova cultura, maior digestibilidade, menor ou nenhum ataque de roedores além do aumento da produção de leite”, pontua o palestrante.
Neste sentido ainda há desafios e avanços a ser buscados. “Os desafios para os produtores são inúmeros, principalmente se ele começar a gastar mais tempo para pensar a sua atividade, identificar, por exemplo, que é na nutrição do rebanho, um fator direto e de maior impacto nos custos de produção. O produtor tem que entender, que o mais importante, não é o preço recebido pelo leite, e sim o modo de como toca o seu negócio. Aqui, buscamos o máximo de eficiência”, completa Luiz Zampar.
Afecções de casco de gado leiteiro
Afecções de casco em gado de leite, pelo doutor Emerson Alvarenga, foi tema de outra palestra técnica durante o Simpósio do Leite de Erechim, nesta quarta-feira.  De acordo com Alvarenga, as perdas de produtividade, relacionadas aos problemas de casco, são representadas por baixa produção leiteira, diminuição do peso corporal, baixo desempenho reprodutivo, tratamento dos animais doentes e descarte. “Cada vez mais, animais estão sendo descartados mais cedo por problemas de casco. Antes dessa decisão, as perdas e custos já se fizeram presentes de maneira impactante”, destaca Alvarenga.
O estresse causado pela dor leva a diminuição da produção de leite. “Um menor consumo de alimentos, que de maneira geral ocorre em casos de doenças, é exacerbada nos problemas de cascos, já que o animal evita se locomover. Tudo isso, acarreta em perda de condição corporal, que prejudica ainda mais a produção. Animais com afecções de casco não realizam a monta, o que prejudica a identificação do cio. A concepção em animais mancos é menor além do que os animais passam mais tempo deitados, muitas vezes em locais inadequados”, pontua o médico veterinário e palestrante.
Ele explica ainda que o tratamento exige alto custo com medicamentos, descarte de leite com resíduos, necessidade de mão de obra especializada, aumento da mão de obra na rotina. Ele também abordou maneiras de combater as afecções podais de bovinos. “A cada dia esta pergunta gera mais inquietudes entre funcionários de fazendas, gerentes, produtores e técnicos. Os problemas dos cascos em bovinos é uma das mais prevalentes e dispendiosas doenças. Depois das mastites e dos problemas reprodutivos, as afecções podais são consideradas como uma das condições mais importantes, que afetam a produção e a produtividade dos rebanhos bovinos. A atuação em afecções podais deve ter como base a gestão de um programa de saúde. Envolver, primeiramente, o conceito de gestão, ou seja, a organização de pessoas com atitude em busca de um objetivo comum. Segundo, atuar com um programa de saúde efetivo, que trabalhe a prevenção e o tratamento das lesões que impactam a viabilidade do sistema de produção”, enfatiza o médico veterinário.
Desempenho da vaca leiteira no periparto
O professor Cassio Brauner apresentou aos presentes no Simpósio do Leite de Erechim, o desempenho da vaca leiteira no periparto, os desafios e alternativas para o aumento de produtividade. De acordo com ele este é um período situado próximo a três semanas antes do parto e três semanas após o parto.
Segundo cassio, este é um período importante que implica na quantidade de leite que a vaca vai produzir, na qualidade, na saúde do animal e também na eficiência reprodutiva. Cassio explica que o produtor tem que ficar atento a este período. “É um momento em que podem surgir várias doenças e isso vir a prejudicar a produção do leite, a qualidade e também o animal. Por isso é importante estar atento as movimentações e alerta quanto a necessidade de tratamentos e cuidados, fazendo com que a vaca passe por este período da melhor maneira possível”, completou o professor.

Fonte: Ass. Imprensa do Simp. do Leite de Erechim

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Novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável busca impulsionar produção de leite no Noroeste de Minas Gerais

Assistência técnica, pesquisa aplicada e melhorias genéticas a 150 propriedades familiares, com foco em produtividade, sustentabilidade e fortalecimento da cadeia leiteira no Noroeste mineiro até 2028.

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Foto: Carlos Eduardo Santos

O fortalecimento e a ampliação da produção de leite de produtores de Paracatu (MG), de forma sustentável, eficiente e de qualidade, ganharam impulso com o início do novo ciclo do projeto Mais Leite Saudável, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Cerrados e a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap).

O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa Mais Leite Saudável (PMLS) do MAPA desde 2020. O Programa Mais Leite Saudável é um incentivo fiscal que permite a laticínios e cooperativas obter até 50% de desconto (crédito presumido) no valor de PIS/Pasep e COFINS relativo à comercialização do leite cru utilizado como insumo, desde que desenvolvam projetos que fortaleçam e qualifiquem a cadeia produtiva por meio de ações diretas junto aos produtores.

O treinamento dos técnicos recém-selecionados foi realizado no fim de outubro, e as primeiras visitas às propriedades ocorreram no início de novembro. Essa é a terceira fase do projeto, que conta com o acompanhamento do pesquisador José Humberto Xavier e do analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Carlos Eduardo Santos.

O projeto articula as dimensões de assistência técnica e pesquisa e atuará nessa etapa com uma rede de 150 propriedades rurais familiares, que receberão acompanhamento de três veterinários e dois agrônomos, seguindo o modelo implantado em 2020. A equipe da Embrapa atua na capacitação técnica e metodológica dos técnicos e na condução de testes de validação participativa de tecnologias promissoras junto aos agricultores da rede.

A nova etapa, prevista para ser concluída em 2028, busca desenvolver alternativas para novos sistemas de cultivo com foco na agricultura de conservação, oferecer apoio técnico ao melhoramento genético dos animais de reposição com o uso de inseminação artificial e ampliar o alcance dos resultados já obtidos, beneficiando mais agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento regional.

Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, José Humberto Xavier, os sistemas de cultivo desenvolvidos até agora melhoraram o desempenho das lavouras destinadas à alimentação do rebanho, mas ainda são necessários ajustes para reduzir a perda de qualidade do solo causada pelo preparo convencional e pela elevada extração de nutrientes advinda da colheita da silagem, além de evitar problemas de compactação quando o solo está úmido. Ele destaca também os desafios de aumentar a produtividade e reduzir a penosidade do trabalho com mecanização adequada.

O analista Carlos Eduardo Santos ressaltou a importância de melhorar o padrão genético do rebanho. “A reposição das matrizes é, tradicionalmente, feita pela compra de animais de outros rebanhos. Isso gera riscos produtivos e sanitários, além de custos elevados. Por isso, a Coopervap pretende implementar um programa próprio de reposição, formulado com base nas experiências dos técnicos e produtores ao longo da parceria”, afirmou.

Fonte: Assessoria Embrapa Cerrados
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Curso gratuito da Embrapa ensina manejo correto de resíduos na pecuária leiteira

Capacitação on-line orienta produtores a adequar propriedades à legislação ambiental e transformar dejetos em insumo seguro e sustentável.

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Foto: Julio Palhares

Como fazer corretamente o manejo dos dejetos da propriedade leiteira e adequá-la à legislação e à segurança dos humanos, animais e meio ambiente? Agora, técnicos e produtores têm à disposição um curso on-line, disponível pela plataforma de capacitações a distância da Embrapa, o E-Campo, para aprender como realizar essa gestão. A capacitação “Manejo de resíduos na propriedade leiteira” é gratuita e deve ocupar uma carga horária de aproximadamente 24 horas do participante.

O treinamento fecha o ciclo de uma série de outros cursos relacionados ao manejo ambiental da atividade leiteira: conceitos básicos em manejo ambiental da propriedade leiteira e manejo hídrico da propriedade leiteira, também disponíveis na plataforma E-Campo.

De acordo com o pesquisador responsável, Julio Palhares, identificou-se uma carência de conhecimento sobre como manejar os resíduos da atividade leiteira para adequar a propriedade frente às determinações das agências ambientais. “O correto manejo é importante para dar qualidade de vida aos que vivem na propriedade e no seu entorno, bem como para garantir a qualidade ambiental da atividade e o uso dos resíduos como fertilizante”, explica Palhares.

A promoção do curso ainda contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como as metas 2 e 12. A 2 refere-se à promoção da agricultura sustentável de produção de alimentos e prevê práticas agropecuárias resilientes, manutenção dos ecossistemas, fortalecimento da capacidade de adaptação às mudanças climáticas, etc. O ODS 12 diz respeito ao consumo e produção responsáveis, principalmente no que diz respeito à gestão sustentável.

O treinamento tem oferta contínua, ou seja, o inscrito terá acesso por tempo indeterminado.

Fonte: Assessoria Embrapa Pecuária Sudeste
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Produção de leite no Brasil se mantém estável e polos regionais se destacam

Produção nacional alcançou 35,74 bilhões de litros em 2024, com liderança do Sudeste, crescimento expressivo do Nordeste e destaque do Oeste Catarinense e municípios do Paraná entre os maiores produtores.

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Foto: Divulgação/Arquivo OP Rural

A produção de leite no Brasil manteve estabilidade em 2024 e evidenciou a força regional da atividade, conforme dados atualizados do IBGE. O levantamento mostra que o país produziu 35,74 bilhões de litros no ano passado, ligeiro avanço frente aos 35,25 bilhões registrados em 2023.

O destaque ficou com a Região Sudeste, que liderou a oferta nacional com 12,03 bilhões de litros, o equivalente a 34% de toda a produção do país. Em seguida aparecem as Regiões Sul, com 11,95 bilhões de litros (33%), e Nordeste, responsável por 6,43 bilhões (18%). O desempenho nordestino chamou atenção: a região registrou o maior crescimento entre as cinco grandes regiões, com alta de 5% na comparação anual. O Sudeste cresceu 3% e o Sul, 1%.

Na direção oposta, Centro-Oeste e Norte tiveram retrações de 3% e 5%, respectivamente, somando 3,66 bilhões e 1,67 bilhão de litros em 2024.

Oeste Catarinense segue entre os maiores polos leiteiros do país

Foto: Arnaldo Alves/AEN

A análise por mesorregiões reforça a importância do Sul na atividade. O Oeste Catarinense ocupou a segunda posição entre as dez maiores regiões produtoras, com 2,54 bilhões de litros. O volume fica atrás apenas do Noroeste Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul, que liderou com 2,73 bilhões de litros.

Juntas, as duas mesorregiões responderam por 15% de toda a produção nacional. Outras regiões de destaque foram o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (2,41 bilhões) e o Sul/Sudoeste de Minas (1,67 bilhão).

Municípios do Paraná e de Minas Gerais dominam o ranking nacional

Entre os dez maiores municípios produtores do Brasil, aparecem cidades dos estados do Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Sergipe. Essas localidades somaram 1,94 bilhão de litros em 2024, representando 5% da produção nacional.

Castro (PR) manteve a liderança com 480 milhões de litros, seguido de Carambeí (PR), que produziu 290 milhões. Minas Gerais também marcou forte presença no ranking, com Patos de Minas (230 milhões), Patrocínio (160 milhões), Coromandel (140 milhões) e Lagoa Formosa (140 milhões).

A lista inclui ainda Itaíba (PE), Arapoti (PR), Orizona (GO) e Poço Redondo (SE), todos com produção entre 120 e 130 milhões de litros.

Os números reforçam a pulverização da atividade leiteira no país e a importância de polos regionais consolidados, que seguem impulsionando a produção mesmo em um cenário de crescimento moderado.

Fonte: O Presente Rural com informações Epagri/Cepa
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