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Notícias Edição 2021

Simpósio da FACTA reúne todos os elos da avicultura industrial

O evento trouxe em sua grade especialistas do tema que, mesmo sendo muito conhecido no setor avícola, ainda traz grandes desafios para sua contenção. Dividido entre debates e painéis temáticos, o Simpósio on-line reuniu cerca de 225 participantes, de 17 países.

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Arquivo/OP Rural

A edição 2021 do “Simpósio Internacional de Coccidiose FACTA”, organizado pela Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas, trouxe em sua grade especialistas do tema que, mesmo sendo muito conhecido no setor avícola, ainda traz grandes desafios para sua contenção. Dividido entre debates e painéis temáticos, o evento on-line, traduzido simultaneamente em duas línguas, reuniu cerca de 225 participantes, de 17 países.

Na parte da manhã, a palestra “Coccidiose aviária – recalculando o custo da coccidiose em aves”, ministrada pelo PhD com foco em genética bacteriana pela University of Aberdeen, Damer P. Blake, trouxe informações sobre o impacto da enfermidade nos lucros da produção. De acordo com o especialista, “o custo da morbidez em 2019 foi o maior, incluindo perdas advindas do ganho de peso reduzido dos frangos, maior taxa de conversão alimentar (TCA) e produção de ovos reduzida entre aves poedeiras e matrizes, custando US$ 1.048 milhão no Brasil naquele ano”.

Blake afirma que “uma estimativa atualizada do custo da coccidiose na produção avícola pode ser útil para substanciar boas práticas de manejo, influenciando decisões da indústria quanto ao preço de medicamentos e vacinas e dos produtores quanto ao seu uso”, pontua.

A palestra do mestre em sanidade avícola da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e gerente de agropecuária da Carrer Alimentos, Cássio da Rosa, abordou o “Manejo da coccidiose – ambiente”, onde Rosa apontou que as técnicas utilizadas para o controle da doença na criação das aves estão fundamentadas principalmente na utilização dos antimicrobianos via ração, e que este modelo pode estar contribuindo para a resistência dos microrganismos na cadeia avícola. “Frente aos desafios e as demandas globais quanto a redução do uso dos antimicrobianos, se faz necessário a busca por novos modelos e estratégias de controle e prevenção da doença”, explica.

Em sua plenária, Rosa apresentou seu estudo que defende que uma das alternativas é o aperfeiçoamento do método lona na superfície de camas aviárias. “Com injeção de amônia no controle de Eimeria spp em camas aviárias reaproveitadas, pode-se contribuir para a redução do uso de anticoccidianos oferecendo aos consumidores um alimento mais seguro, livre de resíduos e microrganismos resistentes aos antimicrobianos”, afirma.

A palestra do diretor administrativo-financeiro da FACTA, Silvio Hungaro, trouxe para conhecimento do público as “Tecnologias para controle da coccidiose”. De acordo com Hungaro, “o uso responsável o planejamento e a escolha do programa de controle a ser utilizado com anticoccidianos ou com vacinas e até a combinações de ambos são as melhores opções para se reduzirem as perdas ocasionadas pela coccidiose”, salientou o médico-veterinário que reforçou que “O controle da coccidiose deve abranger a ave, a nutrição e o ambiente. ”

Aves de ciclo longo
No painel dedicado a aves de ciclo longo, a gerente de qualidade da Ovos Mantiqueira, Cristiane Cantelli, deu foco para as “Poedeiras Comerciais”, trazendo um panorama geral sobre as vantagens e dificuldades do controle da coccidiose no sistema vertical em gaiola, na criação livres de gaiola – cage free e no sistema alternativo natura – cage free.

Para Cantelli, o monitoramento das aves, independente das instalações, deve ser rigoroso. “Desde a chegada do lote é necessário observar a uniformidade de coloração da vacina (penugem, olho e narina) que deverá estar presente em no mínimo 95% das aves, conforme indicação dos fornecedores. Durante toda a recria, deverá ser observado qualquer alteração de qualidade e coloração de fezes, onde muitas vezes pode até ser pouco perceptível, mas que poderá deixar o lote susceptível a outras infecções.”

Sanidade
A sanidade dos planteis de frango de corte também teve um painel especial, onde a “Realidade Brasileira” foi abordada na palestra do coordenador de sanidade da Coasul Cooperativa Agroindustrial, Márcio Reolon, que afirmou que “infelizmente não conseguimos eliminar totalmente as Eimérias do meio ambiente, mas sim controlá-las, buscando um equilíbrio na relação hospedeiro/parasita e uma redução da carga parasitária na cama do aviário, através de medidas relacionadas ao manejo, um bom controle sanitário de doenças que afetam as aves, principalmente as imunossupressoras, além do uso preventivo de anticoccidianos na ração ou utilização de vacinas”, ressalta Realon.

União do setor
Segundo o diretor de marketing da FACTA, Marcelo Zuanaze, o Simpósio mostrou a importância da união da avicultura industrial frente às dificuldades que possam surgir. “Reunimos neste evento um time com know-how ímpar, representando todos os elos da produção avícola. Isto significa que estamos trabalhando incansavelmente para alcançar o nível máximo de excelência do setor e para isso precisamos estar sempre juntos, buscando as melhores alternativas para o controle sanitário dos nossos plantéis”, finaliza.

Fonte: Assessoria FACTA

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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