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Simpósio da ACAV: Segundo dia traz palestras sobre metabolismo embrionário, automação e biosseguridade

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O segundo dia do maior evento científico da avicultura brasileira iniciou com a palestra “Fatores que interferem no desenvolvimento embrionário e impactam no metabolismo do frango”, conduzida pelo professor e especialista em extensão, Edgar O. Oviedo.  O 10º Simpósio Técnico da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) teve início na terça-feira (16), no Sibara Flat Hotel & Convenções, em Balneário Camboriú, e segue até esta quinta-feira (18), reunindo aproximadamente 450 gestores, técnicos e especialistas do setor.
Em sua apresentação, Oviedo ressaltou que vários fatores ambientais ocorridos durante a incubação podem afetar o metabolismo do embrião e induzir mudanças metabólicas na vida pós-eclosão, interferindo na viabilidade, imunidade, saúde, produtividade, comportamento dos frangos e até na qualidade física e microbiológica das carcaças. “Na prática diária da incubação, os principais problemas incluem as desuniformidades em ventilação para proporcionar as temperaturas, tensões de oxigênio, evacuação do CO2 e a umidade necessária em cada fase de desenvolvimento embrionário, entre outros”.
Entretanto, a maioria dos embriões tem a capacidade de sobreviver nas condições mais adversas, devido à plasticidade do metabolismo, podendo se adaptar aos fatores estressantes. Porém, geram respostas fenotípicas que podem diminuir o crescimento e a utilização de nutrientes, interferindo na expressão genética para obter a máxima produtividade das aves.
 A apresentação de Oviedo aprofundou principalmente os fatores da incubação que podem modular o metabolismo embrionário, os efeitos negativos da incubação, metabolismo de diferentes tecidos e possíveis efeitos positivos de algumas práticas de incubação.

“Automação com foco em redução de mão de obra"

Ainda na manhã de quarta-feira (17), o especialista mundial de avós e matrizes da Cobb, Winfridus Bakker, explanou sobre tema “Automação em Granja de Matrizes com foco em redução de mão de obra. A palestra, que contou com o patrocínio da Cobb, abordou a necessidade de automação do sistema que, além de suprir a falta de mão de obra, melhora a qualidade dos ovos férteis produzidos e incremento dos índices zootécnicos.
Segundo Bakker, nos últimos 40 anos, diferentes áreas do manejo de matrizes têm sido constantemente atualizadas, inclusive automatização. “A automatização não é barata e deve ser paga com melhoras significativas na produção por m2 para manter o preço de custo do ovo de incubação ou pintinho BB competitivo e, de preferência, mais barato”, expôs.
Dentro da automatização existem três áreas com maior desenvolvimento e que foram detalhadas na palestra: alimentação, ninhos mecânicos e ventilação. “Automatizar ou aumentar a densidade das aves de recria e produção requer que a empresa cumpra com os parâmetros de conceitos básicos. A automatização reduz substancialmente a mão de obra na granja, mas ao mesmo tempo, não queremos perder a produtividade até conhecer bem o seu manejo correto”, enfatizou Bakker.
Foram abordados, ainda, os critérios básicos antes de automatizar para reduzir mão de obra nas granjas, os tipos de automatização, compatibilidade dos equipamentos entre recria e produção, entre outros.

“Manejo da Biosseguridade"

Segurança alimentar, pontos-chaves da produção animal para o século XXI, novo modelo para a produção avícola, mudança na indústria avícola, novos conceitos de biossegurança, como as doenças podem entrar em uma granja de aves e o ressurgimento de doenças em aves. Estes assuntos foram detalhados na palestra “Manejo da Biosseguridade com Foco em Controle de Salmonelas e Micoplasmas”, conduzida pelo professor da Universidade Federal de Uberlândia, Paulo Lourenço Silva, na tarde dessa quarta-feira. A apresentação contou com o patrocínio da Bayer.
Segundo Paulo Lourenço da Silva, a indústria avícola tem crescido consideravelmente na maior parte do mundo nas últimas quatro décadas. “Nos últimos 40 anos, as salmonelas e micoplasmas aviários têm sido problemas muito sérios para a produção avícola em vários países e, com o aumento em tamanho e complexidade das operações de aves, sanitaristas avícolas têm concentrado mais esforços na prevenção de doenças”, enfatizou ao destacar a importância de discutir o tema.
Também foram palestrantes nessa quarta-feira, Bernard Green que abordou o tema “Manejo de ambiência de verão em matrizes pesadas – controlando a temperatura e a umidade do ar” (patrocínio da Aviagen) e Guillermo Zavala que falou sobre “Síndromes Virais com Interferência na Qualidade de Pintos de um dia” (patrocínio da MSD Saúde Animal).

Simpósio da ACAV

 O simpósio segue até quinta-feira (18) com palestras e eventos técnicos conduzidos pelos mais renomados especialistas da avicultura mundial.  “Nosso evento tem alto nível técnico e científico, tendo como foco a abordagem dos temas de maior relevância na atualidade para a vasta cadeia da avicultura industrial e, ao mesmo tempo, as inovações que surgiram no Brasil e no mundo”, enfatizou o coordenador geral do simpósio e vice-presidente da ACAV, Bento Zanoni.
O simpósio conta com os seguintes patrocinadores: Aviagen, Cobb, MSD Saúde Animal, Zoetis, Vencomatic Group, Hybrid, Nutron, Agroceres Multimix, Hubbard Flex, ECAT, Ceva, Zinpro, Merial, Pas Reform, Bayer, Nutriad, Biovet, Petercime, Tecnofeed, Farmabase, Des-Vet, Vansil, Plasmatte, Altech, Casp Indústria e Comércio, ICC, Vetanco, Embritec, Lubing, Safeeds, phibro e Yes. São apoiadoras a CLS Soluções Avícolas, Edege, Avícola Ninhada, Planalto, JBS, BRF, AURORA e VTC Viagens.

Fonte: Ass. Imprensa da ACAV

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Brasil abre mercado em Moçambique para exportação de material genético avícola

Acordo sanitário autoriza envio de ovos férteis e pintos de um dia, fortalece a presença do agronegócio brasileiro na África e amplia para 521 as oportunidades comerciais desde 2023.

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O governo brasileiro concluiu negociação sanitária com Moçambique, que resultou na autorização de exportações brasileiras de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia) àquele país.

Além de contribuir para a melhoria de qualidade do plantel moçambicano, esta abertura de mercado promove a diversificação das parcerias do Brasil e a expansão do agronegócio brasileiro na África, ao oferecer oportunidades futuras para os produtores nacionais, em vista do grande potencial do continente africano em termos de crescimento econômico e demográfico.

Com cerca de 33 milhões de habitantes, Moçambique importou mais de US$ 24 milhões em produtos agropecuários do Brasil entre janeiro e novembro de 2025, com destaque para proteína animal.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 521 novas oportunidades de comércio, em 81 destinos, desde o início de 2023.

Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
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Indústria avícola amplia presença na diretoria da Associação Brasileira de Reciclagem

Nova composição da ABRA reforça a integração entre cadeias produtivas e destaca o papel estratégico da reciclagem animal na sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

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A Associação Brasileira de Reciclagem (ABRA) definiu, na última sexta-feira (12), a nova composição de seu Conselho Diretivo e Fiscal, com mandato até 2028. A assembleia geral marcou a renovação parcial da liderança da entidade e sinalizou uma maior aproximação entre a indústria de reciclagem animal e setores estratégicos do agronegócio, como a avicultura.

Entre os nomes eleitos para as vice-presidências está Hugo Bongiorno, cuja chegada à diretoria amplia a participação do segmento avícola nas decisões da associação. O movimento ocorre em um momento em que a reciclagem animal ganha relevância dentro das discussões sobre economia circular, destinação adequada de subprodutos e redução de impactos ambientais ao longo das cadeias produtivas.

Dados do Anuário da ABRA de 2024 mostram a dimensão econômica do setor. O Brasil ocupa atualmente a terceira posição entre os maiores exportadores mundiais de gorduras de animais terrestres e a quarta colocação no ranking de exportações de farinhas de origem animal. Os números reforçam a importância da atividade não apenas do ponto de vista ambiental, mas também como geradora de valor, renda e divisas para o país.

A presença de representantes de diferentes cadeias produtivas na diretoria da entidade reflete a complexidade do setor e a necessidade de articulação entre indústrias de proteína animal, recicladores e órgãos reguladores. “Como único representante da avicultura brasileira e paranaense na diretoria, a proposta é levar para a ABRA a força do nosso setor. Por isso, fico feliz por contribuir para este trabalho”, afirmou Bongiorno, que atua como diretor da Unifrango e da Avenorte Guibon Foods.

A nova gestão será liderada por Pedro Daniel Bittar, reconduzido à presidência da ABRA. Também integram o Conselho Diretivo os vice-presidentes José Carlos Silva de Carvalho Júnior, Dimas Ribeiro Martins Júnior, Murilo Santana, Fabio Garcia Spironelli e Hugo Bongiorno. Já o Conselho Fiscal será composto por Rodrigo Hermes de Araújo, Wagner Fernandes Coura e Alisson Barros Navarro, com Vicenzo Fuga, Rodrigo Francisco e Roger Matias Pires como suplentes.

Com a nova configuração, a ABRA busca fortalecer o diálogo institucional, aprimorar práticas de reciclagem animal e ampliar a contribuição do setor para uma agropecuária mais eficiente e ambientalmente responsável.

Fonte: O Presente Rural com Unifrango
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Avicultura supera ano crítico e pode entrar em 2026 com bases sólidas para crescer

Após enfrentar pressões sanitárias, custos elevados e restrições comerciais em 2025, o setor mostra resiliência, retoma exportações e reforça a confiança do mercado global.

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O ano de 2025 entra para a história recente da avicultura brasileira como um dos anos mais desafiadores. O setor enfrentou pressão sanitária global, instabilidade geopolítica, custos de produção elevados e restrições comerciais temporárias em mercados-chave. Mesmo assim, a cadeia mostrou capacidade de adaptação, coordenação institucional e resiliência produtiva.

A ação conjunta do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de entidades estaduais foi decisiva para conter danos e recuperar a confiança externa. Missões técnicas, diplomacia sanitária ativa e transparência nos controles sustentaram a reabertura gradual de importantes destinos ao longo do segundo semestre, reposicionando o Brasil como fornecedor confiável de proteína animal.

Os sinais de retomada já aparecem nos números do comércio exterior. Dados preliminares indicam que as exportações de carne de frango em dezembro devem superar 500 mil toneladas, o que levará o acumulado do ano a mais de 5 milhões de toneladas. Esse avanço ocorre em paralelo a uma gestão mais cautelosa da oferta: o alojamento de 559 milhões de pintos em novembro ficou abaixo das projeções iniciais, próximas de 600 milhões. O ajuste ajudou a equilibrar oferta e demanda e a dar previsibilidade ao mercado.

Para 2026, o cenário é positivo. A agenda econômica global tende a impulsionar o consumo de proteínas, com a retomada de mercados emergentes e regiões em recuperação. Nesse contexto, o Brasil – e, em especial, o Paraná, líder nacional – está bem-posicionado para atender ao mercado interno e aos principais compradores internacionais.

Investimentos contínuos para promover o bem-estar animal, biosseguridade e sustentabilidade reforçam essa perspectiva. A modernização de sistemas produtivos, o fortalecimento de protocolos sanitários e a adoção de práticas alinhadas às exigências ESG elevam o padrão da produção e ampliam a competitividade. Mais do que reagir, a avicultura brasileira se prepara para liderar, oferecendo proteína de alta qualidade, segura e produzida de forma responsável.

Depois de um ano de provas e aprendizados, o setor está ainda mais robusto e inicia 2026 com fundamentos sólidos, confiança renovada e expectativa de crescimento sustentável, reafirmando seu papel estratégico na segurança alimentar global.

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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