Suínos De 16 a 18 de agosto
Simpósio Brasil Sul de Suinocultura reúne profissionais em Chapecó
O evento, com uma repleta programação científica voltada ao setor e exposição das principais empresas de insumos, também pode ser acessado pela internet. O Presente Rural é jornal oficial e expositor do evento.

O Jornal O Presente Rural entrevistou o presidente do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), Lucas Piroca, para saber mais sobre o 14º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), que acontece 16 a 18 de agosto, em Chapecó (SC). O evento, com uma repleta programação científica voltada ao setor e exposição das principais empresas de insumos, também pode ser acessado pela internet. O Presente Rural é jornal oficial e expositor do evento.
“Estamos ajustando os últimos detalhes para recebermos da melhor maneira possível palestrantes, patrocinadores e participantes”, destaca o presidente do Nucleovet. Confira.
O Presente Rural – O evento será híbrido. Como será a experiência para quem optar pelo modelo remoto para assistir palestras e visitar expositores?
Lucas Piroca – Para quem acompanhou o Simpósio Brasil Sul de Suinocultura em 2021 terá uma experiência semelhante, entretanto contemplando melhorias, tanto na área das palestras, quanto na parte da feira. Seguiremos com o acesso ao evento virtualmente através do site do Nucleovet (nucleovet.com.br), para realização do login. Isso permite uma navegação mais fluida e leve. Buscamos melhorar a interatividade, como também facilitar os contatos e acessos sem a necessidade de instalação de softwares ou extensões no navegador web.
O Presente Rural – Entre congressistas e expositores, quantos profissionais (e de localidades) são esperados no ambiente físico? E no virtual?
Lucas Piroca – Esperamos mais de dois mil participantes, sendo mais de 1.500 presencialmente e em torno de 500 acessos virtuais. O público dos Simpósios Brasil Sul é composto em sua quase totalidade de profissionais, vindos estes dos principais estados produtores de suínos do Brasil, de vários países da América Latina e de alguns outros países do mundo. Agora, ocorrendo o evento no formato híbrido, esperamos ter participação e acesso de mais de 30 países.
Como patrocinadores e expositores fortuitamente contamos com notáveis empresas provedoras de produtos, serviços e soluções para a cadeia produtiva de suínos, como também se fazem presentes na Pig Fair as principais mídias especializadas deste importante setor.
O Presente Rural – Quantos expositores são esperados e em que áreas de atuação?
Lucas Piroca – Contamos com aproximadamente 100 patrocinadores no Simpósio Brasil Sul de Suinocultura, sendo que destes temos na Pig Fair e Granja do Futuro mais de 50 expositores de distintas áreas de atuação, tais como aditivos, biosseguridade, diagnóstico, equipamentos, genética, nutrição, vacinas, tecnologia, entre outros.
O Presente Rural – Quais os maiores desafios em realizar o 14º SBSS e a 13ª Brasil Sul Pig Fair?
Lucas Piroca – Chapecó é conhecidamente ponto de encontro dos profissionais de avicultura, suinocultura e bovinocultura nos respectivos Simpósios Brasil Sul. Neste ano a cidade passa por grandes processos de melhoria através de reformas de diferentes estruturas, dentre elas do aeroporto e do Centro de Cultura e Eventos, tradicional local de realização de nossos eventos. O maior desafio é a adequação do evento a um novo local, buscando atender da melhor maneira o público presente e oferecer o máximo conforto e a melhor experiência possível.
O Presente Rural – O evento trará novidades? Quais?
Lucas Piroca – Teremos o espaço da Granja do Futuro aberto durante todo o evento e o Festival da Carne Suína realizado juntamente a um momento de confraternização e apresentações musicais dos profissionais presentes na primeira noite do evento.
O Presente Rural – O apoio de patrocinadores, empresas e instituições foi como vocês esperavam?
Lucas Piroca – Temos, ao nosso lado, importantes instituições que apoiam a realização de nossos Simpósios. As principais empresas do setor são as tradicionais patrocinadoras do SBSS. As mesmas viabilizam a realização do evento, permitindo o encontro, troca de informações e difusão de conhecimento atual, prático e aplicável. Ano após ano, felizmente temos mais instituições e empresas que se conectam a tais objetivos e se unem ao Nucleovet para promover memoráveis e valorosos encontros.
O Presente Rural – Qual a importância do SBSS para médicos veterinários e zootecnistas?
Lucas Piroca – No auge de meu entusiasmo exponho a opinião de que a importância do SBSS é imensurável, os benefícios incontáveis e o valor inestimável! O SBSS é realizado por médicos veterinários e zootecnistas voluntários, profissionais que se unem e doam seu tempo para fazer um evento para todos os profissionais (e futuros profissionais) da suinocultura.
Além de tempo, muito carinho, atenção e energia são aplicados para que seja criado, ano após ano, momentos de compartilhamento, de trocas e geração de valor. Que siga sendo um ciclo virtuoso e contínuo de evolução para os profissionais e para a suinocultura.
O Presente Rural – Qual a importância do SBSS para a suinocultura?
Lucas Piroca – Desde a primeira edição do SBSS a suinocultura evoluiu muito e com ela o próprio Simpósio e todas as empresas que fazem parte do mesmo. Em todas as edições dos SBSS foram realizadas atualizações técnicas como também apresentadas inovações e tendências que vieram a impulsionar a produção de suínos até chegar ao momento que estamos agora. Não será diferente nos próximos anos e edições, seguiremos buscando apresentar o que há de melhor, mais relevante, atual e inovador a fim de reunir os profissionais da suinocultura em Chapecó para seguir evoluindo juntos e consequentemente seguir desenvolvendo a suinocultura, setor que nos une.
Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.
Colunistas
Comunicação e Marketing como mola propulsora do consumo de carne suína no Brasil
Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas.

Artigo escrito por Felipe Ceolin, médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias, com especialização em Qualidade de Alimentos, em Gestão Comercial e em Marketing, e atual diretor comercial da Agência Comunica Agro.
O mercado da carne suína vive no Brasil um momento transição. A proteína, antes limitada por barreiras culturais e mitos relacionados à saúde, vem conquistando espaço na mesa do consumidor.
Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas. Estudos recentes revelam que o brasileiro passou a reconhecer características como sabor, valor nutricional e versatilidade da carne suína, demonstrando uma mudança clara no comportamento de compra e consumo. É nesse cenário que o marketing se transforma em importante aliado da cadeia produtiva.

Foto: Shutterstock
Reposicionar para crescer
Para aumentar a participação na mesa das famílias é preciso comunicar aquilo que o consumidor precisava ouvir:
— que é uma carne segura,
— rica em nutrientes,
— competitiva em preço,
— e extremamente versátil na culinária.
Campanhas educativas, conteúdos informativos e a presença mais forte nas mídias sociais têm ajudado a construir essa nova imagem. Quando o consumidor entende o produto, ele compra com mais confiança – e essa confiança só existe quando existe uma comunicação clara e alinhada as suas expectativas.
O marketing não apenas divulga, ele conecta. Ao simplificar informações técnicas, aproximar o produtor do consumidor e mostrar maneiras práticas de preparo, a comunicação se torna um instrumento de transformação cultural.
Apresentar novos cortes, propor receitas, explicar processos de qualidade, destacar certificações e reforçar a rastreabilidade são estratégias que aumentam a percepção de valor e, consequentemente, estimulam o consumo.
Digital: o novo campo do agro
As redes sociais se tornaram o “supermercado digital” do consumidor moderno. Ali ele busca receitas, tira dúvidas, avalia produtos e

Foto: Divulgação/Pexels
compartilha experiências.
Indústrias, cooperativas e associações que investem em presença digital tornam-se mais competitivas e ampliam sua capacidade de influenciar preferências.
Vídeos curtos, reels com receitas simples, influenciadores culinários e campanhas segmentadas têm desempenhado papel fundamental na aproximação com o consumidor urbano, historicamente mais distante da realidade da cadeia produtiva e do campo.
Promoções e estratégias de varejo
Além do ambiente digital, o ponto de venda continua sendo o território decisivo da conversão. Embalagens mais atrativas, materiais explicativos, promoções e ações conjuntas com o varejo aumentam a visibilidade e reduzem a insegurança de quem tomando decisão na frente da gondola.
Marketing como elo da cadeia produtiva
A cadeia de carne suína brasileira é altamente tecnificada, sustentável e reconhecida, mas essa excelência precisa ser comunicada. O marketing tem o papel de unir elos – do campo ao consumidor – e transformar conhecimento técnico em mensagens simples e que engajam.



