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Simpósio Brasil Sul de Suinocultura é um dos principais fóruns do setor na América Latina

Evento acontece entre os dias 13, 14 e 15 de agosto entro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), e reúne médicos-veterinários, zootecnistas, consultores, pesquisadores, profissionais da agroindústria e produtores rurais.

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A cidade catarinense de Chapecó sedia entre os dias 13, 14 e 15 de agosto a 16ª edição do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), considerado um dos principais fóruns de discussão do setor na América Latina. O evento, promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), ocorre no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes e reúne médicos-veterinários, zootecnistas, consultores, pesquisadores, profissionais da agroindústria e produtores rurais.

O Simpósio se destaca como um evento de natureza científica, com grande capacidade para indicar tendências e atualizar os profissionais latino-americanos envolvidos na cadeia produtiva.

Presidente do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), Tiago José Mores: “O SBSS é o local ideal para discutir assuntos relevantes e atuais, reunindo produtores, profissionais de empresas privadas, de cooperativas e de órgãos públicos” – Fotos: Divulgação/MB Comunicação

Nesta entrevista, o presidente do Nucleovet, Tiago José Mores, apresenta o Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), onde sublinha sua vital importância para o avanço do setor suinícola.

Qual é a importância do 16º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura para os profissionais da cadeia suinícola, e como ele contribui para o desenvolvimento do setor?

Há 16 anos, o Nucleovet difunde conhecimento para os profissionais do setor da suinocultura. Nosso objetivo sempre foi buscar os temas científicos e complexos, traduzindo-os para uma linguagem menos complexa e que seja possível de aplicar no dia-a-dia. Além disso, o SBSS é o local ideal para discutir assuntos relevantes e atuais, reunindo produtores, profissionais de empresas privadas, de cooperativas e de órgãos públicos. Com a participação de todos os elos da cadeia, podemos ser cada vez mais eficientes na produção de proteína animal e nos consolidarmos como referência na produção sustentável de suínos.

O Brasil é o quarto maior produtor e exportador de carne suína no mundo. Quais são os desafios e as oportunidades para o crescimento contínuo do setor, tanto no mercado interno quanto no externo?

Para que o Brasil continue se destacando na produção de carne suína é necessário manter o status sanitário. Para isso, precisamos continuar com todos os esforços não somente dos órgãos oficiais, mas também das empresas privadas para prevenir a ocorrência de doenças exóticas. Além disso, promover os benefícios da carne suína para os consumidores brasileiros é extremamente fundamental, pois ainda temos muita desinformação para combater. A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) vem fazendo um trabalho espetacular nesse aspecto.

Como a 15ª Brasil Sul Pig Fair e a Granja do Futuro complementam o evento?

A Pig Fair proporciona um local de muita troca de conhecimento entre os participantes e entre as mais de 70 empresas presentes na feira. É uma oportunidade ímpar para conhecer novos produtos/serviços das empresas expositoras. A Granja do Futuro tem como propósito reunir empresas que possuem equipamentos e acessórios modernos para que o produtor seja capaz de construir uma granja com o padrão mais elevado de tecnologia.

O que faz o SBSS ser reconhecido como um evento de destaque na suinocultura?

Em primeiro lugar, gostaria de destacar os temas selecionados pela comissão científica. São mais de 30 profissionais que se reúnem com frequência para trazer temas de relevância para o setor. Esses profissionais atuam nos diversos setores da cadeia como: agroindústrias, cooperativas, frigoríficos, órgãos de defesa sanitária e universidades. A vasta diversidade de profissionais gera uma qualidade altíssima de temas abordados no evento. Além deste ponto, a participação de mais de 1700 pessoas nas últimas edições, faz com que o SBSS seja um evento obrigatório na agenda de muitos profissionais da suinocultura.

Quais são as tendências para o futuro da suinocultura?

Vejo que a suinocultura avançou consideravelmente nos últimos anos, principalmente após os surtos de Peste Suína Africana (PSA) na China que dizimou milhões de cabeças. Com isso, tornou-se necessária a evolução dos sistemas de criação, passando de modelos antigos para os supermodernos. Além de instalações mais tecnológicas, a biosseguridade do rebanho também foi reforçada. No Brasil, os sistemas de produção estão concentrando cada vez mais o rebanho. Reduzir o número de granjas e ter instalações de alta tecnologia não é mais uma tendência e sim, uma realidade. A redução do número de granjas melhora, consideravelmente, o status sanitário do sistema, diminuindo gastos com uso de medicamentos. Já o uso de instalações tecnológicas, melhoram as condições de criação dos animais, promovendo bem-estar e possibilitando o monitoramento constante através de sensores.

Qual será o papel da Inteligência Artificial (IA) na cadeia produtiva?

A IA proporcionará agilidade e escala para muitos serviços na suinocultura. Ainda que em passos lentos no setor do agronegócio, como toda tecnologia, teremos significativos avanços no monitoramento zootécnico e sanitário dos animais. Cada vez mais estamos utilizando sensores nas granjas, mas analisando cada um de forma individual. A IA será capaz de reunir todas as informações geradas pelos sensores e traçar tendências para que os animais sejam mais produtivos ou para que o sistema de produção seja economicamente mais eficiente.

Fonte: Assessoria Nucleovet

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Sucessão familiar no agro: como atrair os jovens para o campo?

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A sucessão familiar no agronegócio tem se tornado um dos grandes desafios para o setor rural, especialmente em um contexto em que os jovens estão cada vez mais imersos em tecnologia e afastados das práticas tradicionais da agricultura. Esse distanciamento ameaça a continuidade das atividades no campo, principalmente em regiões onde o trabalho artesanal, como a delicada colheita de grãos de café, ainda desempenha um papel fundamental para a economia local e a preservação da cultura agrícola.

O grande desafio está em demonstrar que o trabalho rural pode ser sinônimo de oportunidades, crescimento pessoal e profissional, desde que haja um equilíbrio entre inovação tecnológica e respeito aos métodos tradicionais.

Para garantir a continuidade das propriedades rurais e a manutenção da produção, é essencial adotar estratégias que tornem o campo mais atraente para as novas gerações. Investir em tecnologia e inovação é um dos principais caminhos, pois permite modernizar as atividades agrícolas, tornando-as mais eficientes e rentáveis. Além disso, a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.

Outro fator crucial é a educação e capacitação voltadas para o agronegócio. Oferecer programas de treinamento e especialização em áreas como agroecologia, gestão rural e empreendedorismo pode preparar melhor os jovens para assumir a liderança das propriedades familiares. Incentivos governamentais, como acesso a crédito e políticas de apoio à agricultura familiar, também são fundamentais para facilitar essa transição. Criar um ambiente onde os jovens se sintam valorizados e capazes de inovar é essencial para garantir a sucessão familiar e a sustentabilidade do setor agrícola a longo prazo.

É fundamental que os jovens vejam o campo como um espaço onde tradição e inovação se complementam e coexistem de forma harmoniosa. Integrar tecnologias modernas às práticas agrícolas tradicionais pode não apenas preservar o legado familiar, mas também abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentável no setor rural.

Fonte: Por Bruno Sampaio, gestor do Bmg Agro e do Guima Café
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A importância da pesquisa agropecuária

A pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

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Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Vanir Zanatta - Foto: Divulgação/MB Comunicação

O acelerado desenvolvimento do setor primário da economia, nas últimas décadas, resultou dos avanços da pesquisa científica na esfera da Embrapa, das Universidades, dos centos de pesquisa privados e dos grandes grupos da indústria da alimentação. De um lado, a pesquisa para gerar conhecimento que fundamenta as novas tecnologias; de outro, a aquisição dessas tecnologias para aplicação na produção.

Apesar disso, ainda é necessário fomentar a pesquisa agropecuária brasileira para turbinar os níveis de investimento público em patamares equivalentes aos dos principais concorrentes do Brasil no mercado mundial. O caminho natural é a Embrapa, capitaneando uma cadeia de pesquisa, que envolve as Universidades e outros centros de pesquisa. A ideia é fortalecer as ferramentas de gestão de órgãos públicos e estimular as parcerias público-privadas, inclusive com cooperativas agropecuárias, com o fomento de estudos que efetivamente contribuam para o maior desenvolvimento, sustentabilidade e competitividade do setor agropecuário. Essa integração pode facilitar a captação de investimentos na geração de inovações de alto impacto para o enfrentamento dos desafios do agro brasileiro.

Em Santa Catarina, por exemplo, que se destaca no incremento da produção de leite, esse reforço na pesquisa poderia começar com a instalação de um núcleo de pesquisas voltadas ao gado leiteiro, com ênfase para forrageiras. Nas pequenas unidades de produção a atividade proporciona importante fonte de renda para as famílias rurais. A atividade exibe notável desenvolvimento técnico da produção, especialmente da genética e sanidade.

Quinto produtor nacional, o setor tem sofrido uma intensa concentração da produção. Para a pecuária leiteira tornar-se mais competitiva, há a necessidade da pesquisa de forrageiras para identificar variedades mais adaptadas à região. A melhoria da qualidade da alimentação do rebanho proporcionará um salto notável na elevação da produção e da renda dos produtores.

A proposta consiste na instalação de uma unidade da Embrapa no Estado de Santa Catarina para a pesquisa de forrageiras e outras tecnologias voltadas à produção de leite e, também, gado de corte. Os pastos hoje utilizados, via de regra, são de espécies provenientes de regiões distantes e de baixa adaptação ao microclima, resultando em limitado desenvolvimento e baixa eficiência nutricional.

A empresa mantém em Concórdia a Embrapa Suínos e Aves, com pesquisas em suínos e aves e tecnologias correlatas, especialmente de proteção ao meio ambiente. O novo núcleo de pesquisa poderia ser criado junto a Embrapa de Concórdia (SC). O foco seria a produção e manejo de forragem, o que geraria conhecimentos para a melhoria da alimentação animal, além da possibilidade de agregar valor ao leite pelo sistema de produção a pasto.

Atualmente, a Embrapa desenvolve pesquisas voltadas à pecuária de leite em três unidades: a de gado de leite, voltada às soluções para o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite em Juiz de Fora (MG); a unidade  Pecuária Sudeste, com ênfase na eficiência e sustentabilidade da produção em São Carlos (SP) e a unidade Pecuária Sul que desenvolve pesquisas em bovinocultura de corte e leite, ovinocultura e forrageiras nos campos sulbrasileiros, compreendidos pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Bagé (RS).

As cooperativas agropecuárias são atores estratégicos no apoio aos programas de  pesquisa científica, como testemunham inúmeras ações em passado recente.

Fonte: Por Vanir Zanatta, Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)
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Notícias Atenção produtor rural

Prazo para declaração do ITR encerra em 30 de setembro, alerta Faesc

Documento deve ser enviado por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal.

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Foto: José Fernando Ogura

O prazo para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício de 2024, vai até 30 de setembro. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) alerta para que o produtor rural fique atento ao prazo para evitar multas.

De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 2.206/2024 é obrigatório apresentar a declaração de pessoa física ou jurídica, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos condôminos ou um dos compossuidores.

A declaração deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, que está disponível no site da Receita Federal. Além disso, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

O imposto é obrigatório para todo o imóvel rural, exceto para os casos de isenção e imunidade previstos em lei, portanto o produtor deve ficar atento aos prazos de envio do documento para não pagar multas e juros. E caso o contribuinte verifique algum erro após o envio da declaração, ele deve fazer a retificação por meio do Programa ITR 2024.

A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (DIAC) e pelo Documento de Informação e Apuração do ITR (DIAT).

O contribuinte, cujo imóvel rural já esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR), deve informar o respectivo número do recibo de inscrição. O pagamento do imposto poderá ser feito através do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), ou via QR Code (Pix).

No dia 24 de julho, o Governo Federal publicou a Lei n° 14.932/2024 que retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para a redução do valor devido do ITR. Entretanto, a Receita Federal, por meio da Instrução Normativa (IN) 2.206/2024, ainda obriga o produtor rural a apresentar a ADA neste ano.

A CNA e a Faesc trabalham para que a Receita faça a revisão da normativa o mais breve possível. Mesmo com a lei em vigor, recomendam manter o preenchimento do ADA via Ibama, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural e inserção do número do recibo na DITR 2024.

O contribuinte pode conferir o Valor de Terra Nua (VTN) 2024 publicado no site da Receita Federal pelas Prefeituras conveniadas. A FAESC lembra que, caso os valores não estejam de acordo com os requisitos determinados pela Instrução Normativa RFB n° 1.877/2019, deve ser feita denúncia por meio do Sindicato Rural junto à Delegacia Regional da Receita.

Fonte: Assessoria Faesc
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ABMRA 2024

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