Bovinos / Grãos / Máquinas Universo do leite reunido
Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite inicia nesta terça-feira
Evento acontece até quinta-feira (07) no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes em Chapecó (SC).
Referência em disseminação de conhecimento, aperfeiçoamento da classe, desenvolvimento de novas tecnologias e troca de experiências, o Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite (SBSBL) inicia nesta terça-feira (05), às 08 horas, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). A solenidade de abertura reunirá lideranças do setor e está programada para às 17h30, seguida da palestra de abertura com a “agroinfluencer” Camila Telles, às 18h30. A programação técnico-científica engloba os painéis indústria, qualidade da forragem e saúde, manejo e ambiente. Nesta edição, ainda acontecem a 8ª Brasil Sul Milk Fair e o 3º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte.
O presidente do Nucleovet, Tiago Mores, ressalta que o evento é organizado para oportunizar discussões atuais, com apresentação de novas soluções e geração de conexão entre empresas e profissionais. “Recebemos médicos veterinários, zootecnistas, técnicos, profissionais de agroindústrias, produtores rurais e estudantes de todo o Brasil e da América-Latina, nossa missão é entregar um evento completo que demonstre e reforce a pujança da bovinocultura brasileira”.
Na visão de Mores, o sucesso do evento também tem sido baseado em uma abordagem pragmática de assuntos do cotidiano e que possam agregar informação técnica e aplicação prática.
O presidente da comissão científica, Claiton André Zotti, explica que a programação é elaborada por uma comissão responsável por avaliar os temas de maior relevância para o setor na atualidade. “Com uma equipe formada por profissionais de diversos segmentos da cadeia produtiva, conseguimos construir uma programação riquíssima e que engloba importantes debates”, destaca.
Zotti reforça que as discussões são levantadas por renomados pesquisadores do setor, qualificando ainda mais a grade técnico-científica do evento. “Tratamos de um ramo complexo e desafiador, temos novas práticas e técnicas sendo desenvolvidas a todo momento. É crucial que profissionais da bovinocultura de leite e de corte mantenham-se atualizados acerca dos avanços do setor”.
Programação
13º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite
8ª Brasil Sul Milk Fair
3º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte
Terça-feira (05)
3° Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte
08h15: Abertura do 3º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte
08h30: Novilho precoce catarinense
Palestrante: Diego Cucco e Flavia Klein
09h20: Consorciações forrageiras para alimentação de bovino de corte
Palestrante: Renato Serena Fontaneli
10h10: Milk break
10h55: Gestão nutricional para maior eficiência produtiva de vacas de corte
Palestrante: Mateus Pies Gionbelli
11h35: Mesa Redonda
Terça-feira (05)
13h45: Abertura do 13º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite
Painel Indústria
14h: CCS no Brasil – por que é tão difícil reduzir?
Palestrante: José Pantoja
15h: Competitividade do queijo na indústria
Palestrante: Michael Mitsuo Saito
16h: Milk Break
16h30: Soro de leite – inovações e oportunidades
Palestrante: Peterson Vasconcellos Zequi
17h30: Abertura oficial
18h30: Palestra de abertura: Empreendedor – a criatividade que o agro precisa
Palestrante: Camila Telles
19h45: Coquetel de abertura na 8ª Brasil Sul Milk Fair
Quarta-feira (06)
Painel: Saúde, manejo e ambiente
08h: Tuberculose e Brucelose – a experiência de Santa Catarina
Palestrante: Fabricio Bernardi
09h: Manejo eficiente da nutrição e alimentação em sistemas de ordenha robotizada
Palestrante: Odriom Escobar Molina
10h: Milk Break
10h40: Como otimizar o manejo de dejetos?
Palestrante: Alexandre Toloi
11h40: Mesa-redonda
12h20: Almoço
14h: Traduzindo vacas
Palestrante: Marcelo Cecim
15h: Inter-relações entre a saúde e a performance produtiva de vacas leiteiras
Palestrante: Ronaldo Luis Aoki Cerri
16h: Milk Break
16h40: Perdas gestacionais – principais causas e como evitá-las
Palestrante: Ronaldo Luis Aoki Cerri
19h: Happy Hour na 8ª Brasil Sul Milk Fair
Quinta-feira (07)
Painel: Qualidade da Forragem
08h: Uso da suplementação como estratégia para alta produção de leite em pastagens
Palestrante: Eduardo Bohrer Azevedo
09h: Como a qualidade da forragem altera o desempenho e o comportamento alimentar?
Palestrante: Luiz Ferraretto
10h: Milk Break
10h40: Práticas para maximizar a utilização do amido em silagem de milho e grão úmido.
Palestrante: Luiz Ferraretto
11h40: Mesa-redonda
12h20: Encerramento e sorteio de brindes
Bovinos / Grãos / Máquinas
Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran
Bovinos / Grãos / Máquinas
Cotações do trigo se estabilizam no Brasil
Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos do trigo variaram menos na última semana, enquanto os internacionais caíram com força.
Pesquisadores do Cepea explicam que a colheita do cereal caminha para a reta final no Brasil, mas estimativas oficiais apontam estabilidade na oferta nacional.
Segundo dados da Conab, a área com trigo no País correspondeu a 3,07 milhões de hectares, 11,6% menor que em 2023.
Apesar da queda de quase 20% na produtividade do Paraná, o rendimento nacional deve crescer 13,3%, compensando a redução de área e mantendo a oferta em 8,1 milhões de toneladas, 0,1% acima da do ano passado.
Bovinos / Grãos / Máquinas
ICAP reflete reaquecimento do mercado de pecuária de corte, impulsionado pela alta demanda de proteína animal
Com o mercado aquecido e a arroba valorizada, a gestão eficiente dos custos de confinamento, especialmente frente ao aumento do custo de nutrição, é essencial para garantir rentabilidade e aproveitar as oportunidades do setor.
O Índice de Custo Alimentar Ponta (ICAP) registrou, em outubro, R$ 14,90 na região Centro-Oeste e R$ 11,89 no Sudeste. Comparado a setembro de 2024, o ICAP do Centro-Oeste teve um aumento expressivo de 10,13%, enquanto o Sudeste manteve-se praticamente estável, com uma leve alta de 0,25%.
Esse cenário reflete o reaquecimento do mercado de pecuária de corte, impulsionado pela alta demanda de proteína animal, especialmente no mercado internacional, e pelo aumento do preço da arroba.
Esse ambiente favorece investimentos na engorda de animais, o que, por sua vez, eleva a demanda por insumos e o custo de nutrição. O índice é da Ponta, empresa de tecnologia focada na gestão da informação e da precisão na pecuária, responsável pelo gerenciamento de informações de mais de 7 milhões de cabeças por ano em todos os sistemas produtivos.
Centro-Oeste
O aumento no ICAP no Centro-Oeste foi puxado pelo aumento no custo de todas as dietas do confinamento: adaptação, crescimento e terminação. O custo da tonelada de matéria seca da dieta de terminação foi de R$ 1.114,78, um aumento de 9,62% em comparação ao mês anterior.
Dentre os insumos mais utilizados, o milho grão seco, ureia, núcleos minerais e casca de soja tiveram as maiores altas: +7,82%, +4,98%, +2,30% e +2,14%, respectivamente.
Sudeste
No Sudeste, apesar do ICAP ter permanecido praticamente no mesmo valor nos últimos dois meses, o custo da tonelada de matéria seca da dieta de terminação atingiu R$ 1.120,82, um aumento de 6,38% em relação ao mês anterior.
Em contrapartida, o custo da diária de confinamento das dietas de adaptação e crescimento caíram no último mês, respectivamente 0,21% e 4,96%, o que conteve o crescimento do ICAP geral na região. Entre os insumos mais utilizados, os núcleos minerais (+31,30%), milho grão seco (+8,86%) e caroço de algodão (+8,46%) foram os que apresentaram maiores aumentos.
Porteira pra Fora x Porteira pra Dentro
Ao comparar os índices de outubro de 2024 aos de outubro de 2023, o custo de engorda apresentou um aumento de 5,67% para a região Centro-Oeste e uma redução de -2,67% para a região Sudeste. Diferentemente do ano de 2023, o mercado está se beneficiando de um cenário favorável para a pecuária de corte, mas também apresenta desafios, como o aumento dos custos de insumos, que pressiona as margens dos produtores.
Com uma demanda firme, tanto no Brasil quanto no exterior, é provável que o preço da arroba siga valorizado no curto prazo e que devido à alta demanda por insumos para a engorda dos animais, também ocorra um aumento no custo de nutrição. Outro fator que tem impactado o aumento no custo de alguns insumos no Brasil é a alta do dólar. O aumento da cotação da moeda americana mexe com o mercado de exportação de insumos, em especial o milho e a soja, e isso impacta ainda mais a oferta interna de alimentos para nutrição animal.
Apesar dos aumentos nos custos de produção, a forte recuperação no preço da arroba do boi gordo tem sido um alívio para os pecuaristas. Mas confinadores devem permanecer atentos aos indicadores de gestão da produção, porque no médio prazo, o efeito especulativo tende a aumentar os custos. Desta forma, a lucratividade continuará sendo garantida da porteira para dentro.
Utilizando o ICAP do último mês, é possível estimar o custo da arroba produzida e prever a lucratividade do pecuarista. A estimativa desse custo toma como base os valores médios observados nos clientes da Ponta Agro de cada região no ano de 2023: dias de cocho, total de arrobas produzidas e o percentual do custo de nutrição frente ao custo total.
Os custos estimados são de R$ 218,66 e R$ 188,74 por arroba produzida para Centro-Oeste e Sudeste, respectivamente. Trata-se de um patamar de custos que permite um lucro superior a R$ 980,00 por cabeça* na região Sudeste e superior a R$ 660,00 por cabeça para a região Centro-Oeste, considerando apenas o preço de venda balcão.
Para maximizar as margens, além de ser eficiente na produção, o pecuarista deve buscar agregar valor ao seu produto por meio de bonificações junto aos frigoríficos. Atualmente, o diferencial de preço do Boi China para a cotação balcão varia entre R$ 5,00 e R$ 7,50, dependendo da região produtora.