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Simpósio Brasil Sul de Avicultura 2021 divulga temas centrais
SBSA 2021 – Conectado a uma Nova Era, trará tecnologias de ponta para reunir o maior time de especialistas nacionais e internacionais

O Simpósio Brasil Sul de Avicultura 2021que será realizado de 06 a 08 de abril de 2021, chega a sua vigésima primeira edição conectado aos novos tempos ampliando as fronteiras do conhecimento através da tecnologia. O SBSA 2021 – Conectado a uma Nova Era, trará tecnologias de ponta para reunir o maior time de especialistas nacionais e internacionais, sendo realizado no auditório do Centro de Convenções Plínio Arlindo De Nês. O modelo hibrido presencial tem o potencial de atingir um público muito maior que o formato somente presencial, mantendo o modelo de simpósio com blocos de palestras por tema de discussão e com feira para visitação, contatos profissionais, negócios e muita interação.
De acordo com o médico veterinário Luiz Carlos Giongo, presidente do Nucleovet, este novo modelo está conectado aos novos tempos e abre possibilidade de expandir ainda mais o público do SBSA que já estava chegando à capacidade física do local do evento. “Ainda, todos estão ansiosos para interagir depois de um ano de 2020 tão distante, isolados em meio a pandemia, todos se reinventando nas novas formas de se comunicar”.
Sobre a programação do SBSA 2021, Guilherme Lando – Presidente da Comissão Científica adianta os temas de ponta que serão apresentados. “Para dar mais foco nas discussões, criar sintonia entre os temas e permitir um debate interativo intenso, a programação cientifica do SBSA está subdividida em quatro módulos: Bloco Mercado, Bloco Abatedouro, Bloco Sanidade e Bloco manejo, os quais fazem parte dos principais pilares presentes na cadeia de produção de aves”.
“Falando um pouco mais especificadamente de cada um, o bloco mercado, tem como foco retratar o cenário atual do mercado e os desafios que afetam a cadeia, além dos desafios impostos aos profissionais que atuam. No bloco abatedouro uma linha paralela entre os sistemas de avaliação de condena de frigoríficos Europeus versos o Brasileiro, além de discussões de oportunidades de melhorias para uma melhor eficiência e os desafios deste processo que muitas vezes depende dos passos e decisões que foram seguidas até o momento. No bloco sanidade a oportunidade de discutir alguns dos principais desafios sanitários que atualmente trazem impacto para a cadeia. No Bloco manejo recuperar os conceitos básicos da criação do frango de corte moderno e dentro de um conceito fisiológico explicativo criar oportunidades para uma mais completa e eficaz condução de melhorias de indicadores zootécnicos e de custo da produção” finaliza Lando.
O SBSA 2021 adotará todas as regras de segurança vigentes na sua realização, reforçando os cuidados com uso de tapetes sanitários e cabine de desinfecção, álcool gel nos locais de chegada e circulação, higienização dos locais de mais circulação, uso de máscaras, além da higienização do auditório ao final de cada dia de evento
Com 95% das cotas de patrocínio já fechadas, o evento terá novidades como a granja Avi 4.0 – Tecnologia embarcada na avicultura com uma mostra de equipamentos e tecnologias para a avicultura, com a possibilidade de conhecer e entender o futuro e o que a avicultura de precisão ganha com a “Internet das coisas”, robotização, painéis de controle integrados e outras tecnologias já existentes. “Vamos reunir empresas e fornecedores de tecnologia para mostrar na nossa Avi 4.0 os avanços e ganhos que a tecnologia trouxe e pode trazer para os modelos de produção, aumentando a assertividade e precisão na produção de aves comerciais”, destacou Eliana Panty – Executiva de Vendas do SBSA 2021.

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



