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Suínos / Peixes Alternativa para reduzir antibióticos

Simbiótico na suplementação animal: mecanismos de ação e efeitos

Resposta à necessidade de reduzir uso de antibióticos contribui para aumentar produtividade e garantir segurança alimentar.

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Fotos: Divulgação/Biosyn

Artigo escrito por: Carlos Kneipp, médico-veterinário e diretor técnico da BioSyn Saúde Animal

O interesse científico em torno dos aditivos probióticos começou nos anos 1950 e foi impulsionado nas últimas décadas a partir do desenvolvimento de novas biotecnologias que possibilitaram o aprimoramento genético e o encapsulamento desses microrganismos vivos. Assim, novas cepas passaram a ser propagadas com características e concentrações únicas, adquiridas a partir do meio em que são cultivadas.

Essas soluções são voltadas principalmente ao controle de patógenos identificados como de risco à saúde pública. Uma nova realidade global que levou ao corte e até mesmo proibição, em alguns países, dos antibióticos para uso terapêutico e como promotores de crescimento. No campo da nutrição, a resposta mais efetiva a essa demanda veio pelo desenvolvimento do simbiótico, uma combinação de prebióticos e probióticos proposta para modular a microbiota intestinal e assim melhorar a saúde e o bem-estar animal.

Probióticos

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), ligada à Organização Mundial de Saúde, reconhece que, se administrados em quantidades adequadas, esses microrganismos conferem benefícios à saúde do hospedeiro. O estabelecimento destas bactérias benéficas, em detrimento das potencialmente patogênicas, reforça os mecanismos naturais de defesa do hospedeiro.

Neste artigo, destacamos entre estes probióticos: Saccharomyces cerevisiae, bactérias ácido láticas e Bacillus spp.

Saccharomyces cerevisiae

Levedura viva que, além da comprovada atividade sobre o sistema imunológico, estimula os processos da fisiologia digestiva, os quais melhoram os resultados de produção. Ela flui ao longo do trato digestivo de forma ativa, sem aderir às paredes, o que a define como biorreguladora, cuja ação depende da capacidade de colonização. A presença de S. cerevisiae no sistema digestivo provoca o fenômeno conhecido como exclusão competitiva, que contribui para a ação do sistema imune.

A partir do aprimoramento genético, essas propriedades podem ser maximizadas para fins específicos.

Célula viva de levedura com microrganismos patogênicos aderidos à parede

Lactobacillus e Bifidobacterium

As bactérias ácido láticas mais utilizadas como probióticos pertencem aos gêneros dos Lactobacillus e Bifidobacterium. Os Lactobacillus têm sido reportados como um dos maiores – e mais seguros – grupos bacterianos encontrados no trato gastrointestinal. Por sua vez, a maioria das bifidobactérias presentes no trato gastrointestinal, tanto de humanos quanto de outras espécies animais, ajudam a manter o equilíbrio microbiano. Por conta dessas características, elas também estão relacionadas ao bom estado de saúde do hospedeiro.

Os Lactobacillus têm papel fundamental no combate à maioria dos patógenos que aderem ao epitélio intestinal durante o desenvolvimento das doenças entéricas. Ao ocupar os locais de ligação na mucosa e competir por nutrientes, eles reduzem o crescimento bacteriano por meio da exclusão competitiva desses patógenos.

Também provaram ser capazes de atuar como imunomoduladores, aumentando a atividade de macrófagos e os níveis de anticorpos locais.

Bacillus spp.

As bactérias pertencentes a este gênero têm como principais características a formação de esporos, produção de enzimas, Grampositivas. São aeróbias ou anaeróbias facultativas e consideradas organismos ubíquos, pois podem ser isoladas tanto no solo quanto em alimentos. Algumas espécies podem ser consideradas probióticas muito utilizadas para este fim por possuírem naturalmente alta resistência térmica e capacidade de sobreviver às barreiras gástricas.

Diversos estudos relatando o uso de Bacillus spp. na suplementação animal em que foram encontrados diversos efeitos benéficos como: melhoria em parâmetros zootécnicos, aumento da digestibilidade de nutrientes, redução na colonização de bactérias patogênicas, imunomodulação e melhoria na integridade intestinal.

A espécie Bacillus subtilis tem grande atividade surfactante e antimicrobiana. Elas são capazes de produzir lipopeptídeos com múltiplas aplicações farmacológicas, principalmente as pertencentes ao grupo das surfactinas e iturinas. As surfactinas têm maior atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas, além de capacidade de controlar respostas inflamatórias e promover ativação de macrófagos.

As iturinas, por sua vez, também têm grande ação antimicrobiana, que pode ser explicada pela capacidade de desestruturar a membrana plasmática de bactérias, formando pequenas vesículas, além da agregação de partículas intramembranares, que degradam os fosfolipídeos, liberando eletrólitos e produtos de alto peso molecular.

Prebióticos

Foram definidos como ingredientes alimentares não digeríveis que promovem a proliferação de uma ou mais bactérias benéficas no trato gastrintestinal, melhorando sua saúde, potencialmente, do hospedeiro.

Os carboidratos não digeríveis, como frutooligossacarídeos (FOS), galactooligossacarídeos (GOS), mananoligossacarídeos (MOS) e também os polímeros de carboidratos relacionados, são os principais representantes desse grupo.

Por conta da interação e sinergia entre todos estes componentes, se comparados aos probióticos tradicionais, o simbiótico tem maior capacidade de promover e manter a microbiota intestinal. Melhora a condição de defesa do organismo contra enterobactérias, promove maior absorção de nutrientes e consequente melhora dos índices zootécnicos em todas as fases da produção.

As referências bibliográficas estão com o autor. Contato via: tecnico@biosyn.com.br.

Fonte: OP Rural: Por Carlos Kneipp, médico-veterinário e diretor técnico da BioSyn Saúde Animal

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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