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Silagem produzida com feijão guandu pode reduzir em até 30% custos com ração

Produtor rural atendido pelo Mais Inovação do Senar/MS produziu na primeira colheita, 2,3 mil toneladas de alimento

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A utilização do feijão guandu, na produção de silagem utilizada em confinamento de bovinos de corte, foi uma das recomendações realizadas pela equipe técnica do programa Mais Inovação do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, com objetivo de proporcionar economia e ganho de peso dos animais, em uma propriedade localizada no município de Camapuã. A técnica indicada totalizou já na primeira colheita, 2,3 mil toneladas de silagem produzida em conjunto com sorgo e forragem, o que pode significar uma economia de até 30% nos custos com compra de ração.

Uma pesquisa publicada pela Embrapa Cerrados – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária revela que a colheita da cultura pode render até 15 toneladas por hectare em matéria seca ou duas toneladas/hectare no caso de grãos. Em mato Grosso do Sul, o pesquisador da unidade Gado de Corte, Alexandre Giova, reforça o duplo benefício de utilizar o feijão guandu na dieta do rebanho. “A silagem é uma tendência estabelecida e utilizada por 90% dos sistemas de confinamento, para terminação de animais destinados a engorda. Tenho pesquisado a utilização desta leguminosa há algum tempo e já verifiquei o potencial de rentabilidade na produção de silagem. Outro fator importante é que este cultivar transfere nitrogênio para o solo, proporcionando uma dupla função: oferecer nutrição de qualidade e realização de um manejo eficiente do solo, que na região possui característica predominantemente arenosa”, explica.

Empreendedorismo e tecnologia – Há quase 30 anos, o produtor rural, Gilvan Santana Lopes, trocou a vida agitada na capital de São Paulo pelo município de Camapuã, localizado na região norte de Mato Grosso do Sul e junto com o pai, elegeu a pecuária de corte, como fonte de renda e negócio da família. “Sempre gostei de estudar sobre melhoramento de raças bovinas e uma das vantagens foi descobrir ainda na década de 1990, a precocidade e eficiência da raça Angus. Hoje, nossa atividade principal é a produção de touros com genética Brangus (cruzamento de Angus e Nelore) utilizando sistema de confinamento”, relata.

Uma das principais preocupações de Lopes foi produzir alimentação compatível com a resposta fisiológica da espécie, uma das mais apreciadas no mercado nacional e internacional, em razão do alto teor de marmoreamento de gordura existente na carne. “Nossa maior preocupação sempre foi aplicar as boas práticas agropecuárias para o rebanho. E isso só é possível oferecendo bem-estar animal no manejo, água e alimentação farta”, detalha.

Atendido há cerca de um ano pelo programa Mais Inovação, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem, o sócio proprietário da ‘Sanlopes Agropecuária’ observa as melhorias nas recomendações feitas pelo técnico de campo Leandro Silveira e cita qual chamou mais a atenção. “Eu já praticava sistema de ILP – Integração Lavoura Pecuária, alternando plantio de milho e soja com forrageiras. Mas, resolvi investir na produção de silagem formada com sorgo e feijão guandu e não me arrependo, pois, já na primeira experiência obtivemos 25 toneladas por hectare, resultantes do trituramento da forrageira e a leguminosa, juntas”, explica.

Quem explica com detalhes os ganhos produtivos da São Lopes é o agrônomo Leandro Silveira, técnico de campo do programa. “Quando terminei de explicar quais as etapas do planejamento de trabalho o senhor Gilvan me disse com muita sinceridade que o objetivo principal dele era produzir alimentos de qualidade para os animais. Considerando que ele faz o acabamento de um rebanho com alta performance em confinamento, resolvemos iniciar uma experiência com vários tipos de silagem, que vão do milheto até o feijão guandu, para identificar quais podem auxiliar mais no ganho de peso”, observa o agrônomo.

Silveira reforça que além dos ganhos obtidos na alimentação, a produção diversificada de pastos refletiu no aumento da taxa de lotação da propriedade. “O monitoramento realizado junto ao produtor, comprovou que no período de um ano, a taxa de lotação aumentou de 0,7 para 3 animais por hectare. Na prática, isso significa que as áreas possuem mais pasto e diminuição nos índices de degradação, visto que é comprovada a capacidade de fixação de nitrogênio oferecida pelas raízes do guandú”, acrescenta. 

Mais inovação

Implantado em 2012 pelo Senar/MS, em parceria com o Sebrae/MS – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o programa é uma das vertentes da metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial e atua com um modelo que apresenta ao produtor rural novas tecnologias de manejo, além de incentivar práticas de produção sustentáveis e aumento da produtividade e renda das propriedades assistidas.

Segundo o superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, um dos pontos mais importantes do trabalho desenvolvido pelo Mais Inovação é incorporar tecnologias que possibilitam a melhoria de renda e lucro na atividade agropecuária. “As ações realizadas pela equipe técnica têm impactado na recuperação de áreas de pastagens, aumento de lotação animal por hectare e a melhoria da performance produtiva decorrente do atendimento gerencial da atividade”, argumenta. 

Fonte: Assessoria

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Pesquisa para atualização dos números da safra brasileira de grãos inicia nesta semana

Pesquisa será realizada em todos os estados produtores, com saídas de campo em Mato Grosso, Pará, Bahia, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí e Maranhão.

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Foto:: Fernando Dias

Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão em campo nesta semana para coletar as informações que deverão compor o 9º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024. A pesquisa será realizada em todos os estados produtores, com saídas de campo em Mato Grosso, Pará, Bahia, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí e Maranhão.

O levantamento também é feito remotamente, junto a agentes colaboradores ligados ao setor em cada estado, como produtores, cooperativas, entidades de assistência técnica, públicas e privadas, empresas de venda de insumos, comercialização, entre outros. Além das pesquisas subjetivas, a Conab utiliza o georreferenciamento das lavouras para auxiliar nas análises de produtividade e dimensionar a área.

Neste levantamento, monitora-se as principais culturas, pois as lavouras de primeira safra estão quase todas colhidas, mas a Conab observa os resultados finais desses grãos. As lavouras de segunda safra iniciam a fase final do ciclo, com algumas entrando em colheita. Por fim, as culturas de terceira safra e inverno estão com a semeadura e definição de áreas sendo estabelecidas neste momento.

No caso do Rio Grande do Sul, a Conab está monitorando as condições das lavouras no estado de forma remota, contatando agentes colaboradores e também com o auxílio do georreferenciamento para estimar a safra na região. Os números atualizados do 9º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024, com o resultado da produção em todo o país, serão divulgados no dia 13 de junho.

Fonte: Assessoria Conab
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Notícias Plano estratégico

Ministério da Agricultura e Pecuária institui grupo de trabalho para avançar na rastreabilidade de bovinos e bubalinos

Rastreabilidade é um sistema que permite acompanhar o histórico, a localização ou a trajetória de um item por meio de identificações registradas.

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Foto: Tony Oliveira

ASecretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) avança em medidas para controlar a rastreabilidade de bovinos e bubalinos. Por meio da Portaria nº 1.113, publicada no Diário Oficial da União (DOU), foi instituído Grupo de Trabalho para elaboração do plano estratégico para implementar política pública de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos. A rastreabilidade é um sistema que permite acompanhar o histórico, a localização ou a trajetória de um item por meio de identificações registradas.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, reforça a importância do tema. “É uma questão que está sendo cobrada do Brasil há muito tempo por parte dos países compradores. A rastreabilidade melhora nossa capacidade de controle nos programas de saúde animal, melhora nosso enfrentamento de questões de surtos episódicos e o nosso perfil de compromisso com os requisitos de países importadores”, detalhou Goulart.

O GT será formado por representantes dos setores público e privado e tem prazo de 60 dias para debater, colher subsídios e elaborar o plano estratégico para a implementação da política publica de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos.

Segundo Goulart, o debate sobre rastreabilidade é antigo, envolve muitas partes, e embora alguns consensos venham se formando ainda falta resolver questões fundamentais. Dentre elas, em que momento da vida do animal ele passará a ser rastreado; se o rastreamento será compulsório ou voluntário, para todos os criadores ou apenas para parte deles; como que será feita a rastreabilidade; e quais serão os mecanismos de rastreabilidade.

Grupo de trabalho

Os representantes do grupo serão indicados pelos titulares das entidades representadas e designados pelo secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. Após a publicação da portaria, as empresas terão até o dia 21 de maio para designar seus representantes titulares e suplentes.

O Grupo será composto por representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária; do Departamento de Saúde Animal da SDA; do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária; da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil; da Associação Brasileira das Empresas de Certificação por Auditoria e Rastreabilidade; da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes; de Frigoríficos; de Lacticínios; de Reciclagem Animal; dos Exportadores de Gado; de Animais Vivos; do Centro das Indústrias de Couro do Brasil e da Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável.

O representante da Secretaria de Defesa Agropecuária será o coordenador do trabalho, podendo convidar representantes de outros órgãos, entidades da administração pública federal e privadas e especialistas para participarem das reuniões. Em um primeiro momento terá um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), como convidado.

A participação no Grupo será considerada um serviço público relevante e não será remunerada. As reuniões serão presenciais e virtuais, em periodicidade definida por seus membros. Os trabalhos deverão ser finalizados em 60 dias, contados a partir do início da execução podendo ser prorrogado por igual período.

Fonte: Assessoria Mapa
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Preços dos ovos se mantêm estáveis na maioria das regiões

Estabilidade é reflexo do equilíbrio entre oferta e procura.

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Foto: Rodrigo Felix Leal

Levantamento do Cepea mostra que as cotações dos ovos comerciais seguem estáveis na maioria das praças acompanhadas, nos mesmos patamares praticados no final de abril.

De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, a estabilidade é reflexo do equilíbrio entre oferta e procura.

Vale ressaltar que a demanda para o Dia das Mães não foi suficiente para impulsionar os valores da proteína, diferente do observado em outros anos, também conforme apontam pesquisas do Cepea.

Fonte: Assessoria Cepea
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CBNA – Cong. Tec.

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