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Silagem de baixa qualidade: Quais os pontos de atenção para o ajuste da dieta?
O processo de ensilagem apesar de parecer simples, é extremamente importante para que a qualidade da massa que foi trazida da lavoura permaneça dentro do silo

A silagem de milho se apresenta como uma das melhores opções de volumoso utilizados na alimentação de ruminantes, por apresentar uma adequada produção de matéria seca por hectare, concentração de nutrientes adequadas para um bom processo fermentativo, boa aceitação principalmente por vacas leiteiras e, além de ser uma excelente fonte energética para os animais.
No entanto, a silagem de milho pode apresentar variações consideráveis na sua composição em função da época do ano (safra ou safrinha), clima (falta de chuvas regulares), fertilidade do solo, e até mesmo em função do ataque de pragas. Dependendo do grau de variação em sua composição, o ajuste da dieta pode não ser algo tão simples de ser feito, sendo necessário uma maior adição de outros ingredientes para minimizar os impactos na produção animal.

Eliana Vera Geremia, Assistente técnico comercial da Cargill Nutrição Animal
O processo de ensilagem apesar de parecer simples, é extremamente importante para que a qualidade da massa que foi trazida da lavoura permaneça dentro do silo. As principais recomendações para uma silagem de qualidade incluem: 1) colheita com um teor de umidade adequado; 2) bom processamento da planta (tamanho de partícula e processamento dos grãos); 3) compactação adequada da massa; 4) enchimento rápido do silo (mesmo após ser colhida, a planta continua respirando e consumindo carboidratos) e 5) adequada vedação para evitar perdas e garantir um processo fermentativo eficiente. Quando essas recomendações são devidamente seguidas pelos produtores, a massa ensilada será fermentada, e estabilizará, de forma a manter seus nutrientes conservados.
As recomendações citadas acima são a base para obtermos silagens de boa qualidade. No entanto, é inegável que o clima e atividade agropecuária “andam de mãos dadas”. Ou seja, o efeito das mudanças climáticas e surgimento de pragas nas lavouras tem um impacto muito significativo no material que será colhido, conservado e destinado a alimentação dos animais de produção.
A falta de chuva, por exemplo, compromete o desenvolvimento da planta e a formação dos grãos de milho. Podemos dizer então, que existem os “dois lados da moeda”, quando não conseguimos colher a silagem no seu ponto ideal (MS – Matéria Seca 33 – 35%), e que ambas as situações levam a alteração nos níveis nutricionais e na digestibilidade da MS.
No caso da colheita antecipada, impedimos que a planta acumule todo o amido. Nesses casos, além de apresentar MS abaixo do ideal, esses dois fatores em conjunto (MS e amido baixo) irão comprometer o processo fermentativo pelo desenvolvimento de bactérias indesejáveis devido à maior presença de água na massa ensilada, possibilitando que ocorra maior lixiviação de nutrientes e aumentando ainda mais as perdas em qualidade nutritiva.
O amido presente nos grãos de milho é um carboidrato não-fibroso que além de ser um bom substrato para a fermentação, possui uma alta taxa de degradação no rúmen e define a concentração energética do alimento. Ou seja, silagens colhidas mais úmidas apresentarão menor proporção de nutrientes digestíveis totais (NDT). Nesses casos, o nutricionista precisará corrigir a dieta adicionando ingredientes energéticos, como por exemplo, milho moído, polpa cítrica ou qualquer outro ingrediente disponível na região que seja capaz de suprir a necessidade nutricional da categoria animal em questão.
Além disso, outro fator que devemos considerar quando antecipamos a colheita do milho é a redução na produção total de matéria seca por hectare, sendo necessário pensar em outra fonte de volumoso para suprir a demanda de alimento ao longo do ano, como por exemplo, silagem de gramíneas, feno e/ou pré-secado.
Já a colheita tardia do milho (acima de 35% de MS), tende a apresentar maior produção por hectare, maior porcentagem de amido, porém irá exigir equipamentos com maior potência e muito bem ajustados para manter o tamanho de partícula adequada e garantir a quebra eficiente dos grãos, evitando dessa forma a passagem direta pelo trato digestivo dos ruminantes, o que reduz o seu aproveitamento. Além disso, por se tratar de um material mais seco, existe certa dificuldade durante o processo de compactação da massa e expulsão do ar, o que também poderá comprometer a qualidade da fermentação e consequentemente a qualidade bromatológica do volumoso.
Silagens mais secas tendem a reduzir o consumo total de matéria seca pelos animais, nesse caso, além de ajustar muito bem os níveis de nutrientes da dieta, o nutricionista deverá prestar atenção no teor de matéria seca da dieta total e, se necessário, adicionar água no vagão misturador. Dessa forma, a dieta se torna mais atrativa ao consumo e evita seleção a nível de cocho.
Além dos pontos levantados no decorrer desse texto, o produtor deve tomar muito cuidado com a regulagem das máquinas para garantir um adequado tamanho de partícula da silagem em qualquer situação. A silagem de milho quando muito processada (partículas muito pequenas), não fornecem o nível de fibra efetiva adequado, e podem levar a quadros de acidose, reduzindo significativamente a produção animal. Caso isso ocorra, se faz necessário o uso de fontes de fibra mais efetivas para manutenção da saúde ruminal. Por outro lado, tamanho de partículas maiores, que ocorre normalmente em silagens mais secas, pode haver maior seleção a nível de cocho por parte dos animais, o que também compromete a saúde ruminal, ingestão de alimento e causar desbalanço da dieta.
Vale lembrar que os ruminantes têm seu requerimento nutricional estabelecido em demandas metabólicas para mantença, ganho de peso, gestação e produção (dependendo da categoria e da fase da vida do animal). Portanto, é necessário fornecermos a esses animais nutrientes que sejam capazes de suprir tais demandas e os ajustes devem ser feitos de acordo com a qualidade física e química de cada ingrediente, sendo que um deverá complementar o outro. Além disso, o produtor precisa ter em mente que a ensilagem é o processo de conservação do milho, ou seja, a qualidade da massa ensilada tende a piorar se o processo básico de colheita, compactação e vedação não for bem feito.

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Aurora Coop inaugura indústria de frango griller em Tapejara
Unidade recebeu investimentos totais de R$ 210 milhões e vai destinar 85% da produção para exportação.

Foi oficialmente inaugurada na terça-feira (18) a ampliação e modernização do Frigorífico Aurora Coop Tapejara I (FATA I), localizado na Linha São Silvestre, município de Tapejara (RS). A unidade recebeu investimentos totais de R$ 210 milhões e vai destinar 85% da produção para exportação.
A modernização do FATA I representa um marco para a economia regional. A reforma ampliou a área construída para 18,5 mil metros quadrados e revitalizou 74% da estrutura, o frigorífico retorna praticamente como uma nova indústria. A capacidade de abate aumenta em 80%, chegando a 10 mil aves/hora, abastecidas por produtores rurais integrados da região, fortalecendo a cadeia produtiva local. A diversificação do mix, que prioriza frango Griller e cortes temperados, amplia oportunidades de mercado e valor agregado. Com certificação SIF e Halal, a unidade passa a exportar para o Oriente Médio e outros mercados, projetando faturamento anual de R$ 238 milhões.

A indústria recebeu investimentos totais da ordem de R$ 210 milhões e vai destinar 85% da produção para exportação – Fotos: Sara Bellaver/MB Comunicação
O impacto social é expressivo: a unidade inicia com 520 empregos diretos, podendo chegar a 980 com o segundo turno. Considerando os indiretos, serão mais de 1.500 novos postos de trabalho, todos com recrutamento regional. Os municípios do entorno também serão beneficiados com R$ 2,95 milhões anuais em ICMS, impulsionando serviços, comércio e renda.
Aurora Coop em crescimento
Em seu pronunciamento, o presidente Neivor Canton realçou que a Aurora Coop está presente no Rio Grande do Sul desde 2001, mantendo uma base produtiva, no campo, formada por 9.585 produtores rurais. Em relação a Tapejara declarou que “a Aurora Coop, cumprindo com o seu dever, após ter feito a aquisição das unidades industriais da empresa Agro Danielli, de imediato cuidou de fazer uma ampliação, recuperando em muito a capacidade produtiva da unidade de São Silvestre. Esta unidade passa a produzir o frango griller voltado mais especificamente para o mercado árabe de consumo, aos países do Oriente Médio, para o qual estamos completando o nosso portfólio de produto de preferência daquele consumidor”.
O diretor industrial Christian Klauck apresentou todas as informações sobre os investimentos realizados na unidade, destacou a aplicação

Em seu pronunciamento, o presidente Neivor Canton realçou que a Cooperativa Central está presente no Rio Grande do Sul desde 2001, mantendo uma base produtiva, no campo, formada por 9.585 produtores rurais
de R$ 60 milhões em sistemas ambientais que garante operação sustentável, com tecnologia avançada, eficiência energética e tratamento moderno de efluentes. A gerente do Frigorífico Aurora Tapejara I (FATA I) Keli Delazeri discorreu sobre o início da operação, a geração de empregos e as características do funcionamento da unidade.
Participaram da cerimônia a diretoria da Aurora Coop e os dirigentes das cooperativas filiadas. Também prestigiaram o ato o representante do governador Eduardo Leite, secretário do de trabalho e desenvolvimento profissional do Rio Grande do Sul, Gilmar Sossella; o senador Luis Carlos Heinze, o prefeito de Tapejara, Evanir Wolff e o vice-prefeito Rodinei Bruel, o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Eduardo de Oliveira, a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura Juliana Satie, o secretário de Turismo Ronaldo Santini e o Secretário de Agricultura Eduardo Bortolotto, entre outras autoridades.
O novo FATA I consolida Tapejara e o noroeste gaúcho como polos estratégicos da produção avícola, combinando desenvolvimento econômico, inovação industrial e responsabilidade ambiental.
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Aniversário de 36 anos da Credicoamo é marcado por lançamentos
Dia de celebrar uma história de cooperação, solidez e compromisso com o desenvolvimento financeiro dos associados.

Na manhã desta segunda-feira (17), as comemorações pelos 36 anos da Credicoamo movimentaram a Administração Central e as agências no Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Dia de celebrar uma história de cooperação, solidez e compromisso com o desenvolvimento financeiro dos associados. A Credicoamo nasceu do propósito de oferecer mais do que crédito, nasceu para formar uma cultura de prosperidade e gestão eficiente de recursos.
Gestão eficiente de recursos, inclusive, foi o tema abordado na palestra deste ano, que contou com o professor Reinaldo Domingos, referência nacional em educação financeira. “Esse ecossistema entre empresa do agronegócio e empresa-família precisa ter conexões suficientes para poder gerir recursos com sustentabilidade, resultados positivos e sonhos realizados”.
Antes da palestra, o presidente Executivo da Credicoamo, Alcir José Goldoni, deixou sua mensagem, evidenciando o dia de gratidão e emoção. Convidou os presentes a acompanharem um vídeo, que fez o público voltar ao ano de 1989, em que, o Diretor Administrativo-Financeiro da Coamo, Antonio Sérgio Gabriel, fazia a leitura da criação da Credicoamo. Goldoni aproveitou o momento festivo para reconhecer e homenagear o diretor pelo empenho e seriedade na constituição da cooperativa.
O idealizador e presidente do Conselho de Administração da Coamo e da Credicoamo, José Aroldo Gallassini, relembrou momentos da fundação da cooperativa de crédito, contando que ela surgiu para propiciar uma vida financeira segura e próspera aos associados.
Estiveram presentes no aniversário, em Campo Mourão (PR), associados, conselheiros, diretores e convidados.
Atos que constituíram o aniversário

Educação Financeira: Após a palestra, o diretor Financeiro e Riscos, Elton Alexandre Scramocin, lançou o Programa de Educação Financeira da Credicoamo, reforçando o propósito de formar uma cultura financeira sólida, consciente e sustentável entre os associados e suas famílias. O assunto já faz parte do dia a dia da cooperativa de crédito e agora ganha o reforço de uma plataforma (acesse aqui). “Contamos com o apoio e utilização da plataforma para desenvolvermos uma vida financeira sustentável”, destacou o diretor.
Divulgação da 3ª edição do Aniversário Automotivo: Feita pelo diretor de Negócios Dilmar Antônio Peri, o qual reforçou as condições especiais de financiamento de veículos, prazos ampliados e taxas diferenciadas, sendo uma oportunidade exclusiva aos associados.
Lançamento do consórcio: Dilmar falou do novo produto, que representa uma forma inteligente de conquistar patrimônio, sem custo financeiro adicional, fortalecendo o planejamento e o uso eficiente dos recursos. “Nós queremos realizar os sonhos dos associados, com condições muito especiais”, afirmou Dilmar.
Lançamento do programa de relacionamento Bônus de Seguro: Na renovação do seguro contratado em 2025, será conferido um bônus que será concedido no mês seguinte ao pagamento, como forma de valorização da parceria e confiança depositada na Credicoamo Seguros, explicou o presidente Executivo Alcir José Goldoni. “As boas notícias apresentadas nesta manhã cooperam por um mundo próspero, sendo gratificante poder divulgar produtos e serviços benéficos ao associado”, finalizou o presidente.
No canal do Youtube da Coamo, confira a palestra e mais detalhes do aniversário:
https://www.youtube.com/watch?v=HZo4slCC39M
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Vetanco Brasil anuncia a contratação de Ana Luiza Lora como Coordenadora Técnica de Biológicos
Com trajetória iniciada no setor de avicultura, ela assumiu a função em agosto e traz experiência adquirida em uma empresa do Paraná, reconhecida pela forte atuação na exportação de proteína de frango e por sua cadeia de produção integrada e controlada, do campo ao varejo.

A médica-veterinária Ana Luiza Lora é a nova Coordenadora Técnica de Biológicos da Vetanco do Brasil. Com trajetória iniciada no setor de avicultura, ela assumiu a função em agosto e traz experiência adquirida em uma empresa do Paraná, reconhecida pela forte atuação na exportação de proteína de frango e por sua cadeia de produção integrada e controlada, do campo ao varejo.
Ao longo de sua carreira, acumulou sólidos conhecimentos atuando como extensionista e sanitarista de frango de corte. Na Vetanco, seu foco será a plataforma Biotech Vac, uma das grandes inovações da companhia. Entre seus avanços mais recentes, destaca-se a Biotech Vac Salmonella, considerada a vacina mais inovadora do mercado no controle das salmonelas paratíficas.
Ana Lora é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e possui pós-graduação em Sanidade Avícola pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), formação que complementa sua experiência prática e reforça sua qualificação para atuar na linha de biológicos da empresa.
Com sua chegada, a Vetanco reafirma o compromisso de seguir inovando no desenvolvimento de soluções para a saúde animal, fortalecendo sua equipe técnica e ampliando sua atuação junto ao setor avícola brasileiro.



