Empresas
Sicredi reúne cooperativas filiadas à Central Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro para Seminário de Desenvolvimento e Supervisão
Evento abordou diversos temas relevantes para a instituição financeira cooperativa e reconheceu o trabalho das cooperativas
Mais de 500 pessoas, entre presidentes, dirigentes e colaboradores das cooperativas de crédito e executivos do setor, estiveram reunidas no Royal Palm Plaza Hotel, em Campinas (SP), para debater a importância da inovação e da criatividade na atuação das instituições financeiras cooperativas junto aos associados.
O 13º Seminário de Supervisão e Desenvolvimento da Central Sicredi PR/SP/RJ abordou ainda outros temas, como o lançamento do Plano Safra 2018/2019, um panorama do FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito – equivalente ao Fundo Garantidor de Crédito do sistema financeiro tradicional) e a palestra do chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não Bancárias (DESUC) do Banco Central do Brasil, Harold Paquete Espínola Filho. Durante o evento ainda foi realizado o lançamento do livro que celebra os 10 anos da principal iniciativa de responsabilidade social do Sicredi, o Programa A União Faz a Vida. Os colaboradores da instituição também foram reconhecidos e premiados por campanhas internas desenvolvidas pelo Sicredi.
Na abertura do encontro o presidente nacional do Sistema Sicredi e da Central Sicredi PR/SP/RJ, Manfred Dasenbrock, falou sobre os resultados atingidos no primeiro semestre de 2018. "Tivemos muitas realizações, como a abertura de novas agências, as assembleias de prestação de contas, as ações sociais e os eventos promovidos pelos Comitês Jovem e pelos Comitês Mulher. Tudo isso foi muito significativo, o que torna nosso Seminário de Supervisão um grande 'clássico', ou seja, um exemplo para todo o nosso Sistema Sicredi", destacou.
De acordo com ele, o Sicredi está desbravando novos mercados: "Temos grandes desafios, entre eles o de demonstrar para mais e mais pessoas a força do cooperativismo de crédito, que vive um momento muito especial, de crescimento e descoberta de outras soluções financeiras, como o recém lançado Woop, nossa conta 100% digital. Ao contrário dos bancos, abrimos mais agências pois a cada dia, estamos comprovando a importância do relacionamento e do atendimento próximo que oferecemos aos associados e às cidades", argumentou Dasenbrock.
Esse movimento positivo também foi abordado por Harold Paquete Espínola Filho, chefe do Desuc do Banco Central do Brasil, que falou sobre a importância da Supervisão e da Gestão nas instituições financeiras cooperativas. "E o cooperativismo de crédito vai muito além da cidadania e da inclusão financeira, contribuindo para outros pilares do mercado financeiro. É um exemplo de boa gestão e eficiência", declarou.
Ele lembrou ainda que, juntas, as instituições financeiras cooperativas têm uma força gigantesca. "Se contarmos todos os sistemas e as cooperativas de crédito singulares o movimento se constitui na sexta maior instituição financeira do País, no segundo provedor de crédito rural, atrás apenas do Banco do Brasil, e detentores da maior rede de agências do País", disse Harold.
Todos esses fatores foram reforçados por Lúcio César de Faria, diretor executivo do FGCoop. Criado em 2012, o Fundo, que oferece as mesmas garantias que o Fundo Garantidor dos bancos tradicionais, foi um grande marco para o setor. "Temos ajudado a melhorar a gestão e a governança de todas as cooperativas do País e o exemplo do Sicredi é muito utilizado como inspiração", revelou.
"A família, as escolas e as empresas têm inibido o pensamento criativo"
A inovação foi o tema abordado por Jean Siegel, da Escola de Criatividade, durante o Seminário. Segundo ele, não é necessário ter ideias mirabolantes para ser inovador. "Muitas vezes, a mudança surge a partir de coisas simples, que resultam em soluções inéditas. Por isso, as pessoas não podem ter medo de errar, mas serem ousadas (na medida certa) e curiosos", destacou.
Ele lembrou ainda que para ser criativo é necessário esquecer os cargos e as posições. "Temos que desconstruir o que a gente tem (nossos bens materiais) para sermos o que a gente é, de verdade. Ou seja, temos que falar com as pessoas reais, como elas são de verdade", destacou.
Para Jean, "na essência, todos nós nascemos criativos e inovadores. O problema é que a família, as escolas e as empresas têm inibido o pensamento criativo. Tem mais a ver com bloqueios mentais que com falta de criatividade". Na infância todas as pessoas sonham em ser muita coisa e, com o tempo, vão abandonando esses sonhos para se enquadrarem nos padrões da sociedade, segundo ele.
Os grandes desafios corporativos, divulgados no último Fórum Econômico Mundial, passam pela criatividade e pela inovação. As principais características desejadas pelas empresas atualmente são: capacidade dos profissionais de resolverem problemas complexos, terem pensamento crítico, saberem se relacionar bem com outras pessoas, terem flexibilidade cognitiva, consciência coletiva e poder de negociação.
Siegel lembrou durante a palestra que essas mudanças são inevitáveis. "Precisamos perceber essas alterações do mundo, que estão afetando relacionamentos e nossa forma de comunicar. Por isso, precisamos pensar em novas soluções e novas maneiras de agir. Ou aceitamos a mudança ou o mundo muda sem a gente", finalizou.
Fortalecendo o Campo
O evento contou ainda com o lançamento do Plano Safra 2018/2019, no qual o superintendente de Crédito Rural do Banco Cooperativo Sicredi, Sidinei Senger, e o gerente de Desenvolvimento de Crédito da Central Sicredi PR/SP/RJ, Gilson Farias, falaram sobre as novidades à respeito do tema. Mais uma vez, o Sicredi será o maior distribuidor de recursos do Pronaf, além de aumentar em torno de 15% o montante de recursos disponibilizados, em relação ao ano passado (de R$ 14,3 bilhões no Plano Safra 2017/2018 para R$ 16,1 bilhões no exercício 2018/2019). Apenas para os estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro estão reservados mais de R$ 5 bilhões.
"Uma das grandes diferenças do Plano Safra deste ano foi a criação da TCR (Taxas de Crédito Rural) que podem ser pré ou pós fixadas. Ela foi criada para evitar grandes variações de juros nos contratos", enfatizou Senger. Outro ponto positivo apontado por ele foi a redução nas taxas de financiamento, que deve alavancar ainda mais o agronegócio no País – área de forte atuação das cooperativas do Sicredi.
Reconhecimento e Premiação
Outra ação que movimentou o Seminário foi a premiação dos Samurais do Crédito, que reconheceu os resultados alcançados pelas cooperativas filiadas na recuperação de crédito. Também foram conhecidas as agências e as cooperativas destaque na premiação trimestral de início de ano, realizada há 9 anos, que visa premiar os melhores desempenhos entre as mais de 550 agências Sicredi da central regional. A entrega dos prêmios aos colaboradores das cooperativas vencedoras foi feita por Manfred Dasenbrock, presidente nacional do Sicredi e da Central PR/SP/RJ, por Maroan Tohmé, Adilson Sá e Reginaldo Pedrão, diretores executivos da Central Sicredi PR/SP/RJ.
Pelo Social
O evento foi encerrado com o lançamento do livro "Por Uma Escola sem Muros – O legado dos 10 anos do Programa A União Faz a Vida", que retrata as histórias colhidas durante a Expedição que passou pelas primeiras cidades a implantar a principal iniciativa de responsabilidade social da instituição financeira cooperativa. O gerente de programas sociais da Central Sicredi PR/SP/RJ, André Alves de Assis, e o consultor de marketing Eloi Zanetti, autor do livro, falaram sobre a importância das ações desenvolvidas pelos alunos das escolas participantes e mostraram resultados do programa que beneficia diretamente escolas, alunos, educadores e famílias. Apenas no Paraná e São Paulo são mais de 126 municípios, 471 escolas e mais de 65 mil alunos impactados pela metodologia inovadora.
Fonte: Ass. de Imprensa

Empresas Discussões sanitárias
American Nutrients reforça a cadeia exportadora da carne suína ao aderir ao programa livre de ractopamina
A empresa oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade

A ractopamina, um agonista β-adrenérgico amplamente utilizado para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar em suínos, permanece no centro das discussões sanitárias internacionais. Embora seu uso seja regulamentado no Brasil, diversos mercados estratégicos — como União Europeia, China e Rússia — possuem tolerância zero para resíduos desta substância em produtos de origem suína.
O ponto crítico está na cadeia de alimentação: a inclusão de ractopamina na ração de suínos pode resultar na sua detecção na carne, mesmo quando utilizada dentro das doses permitidas. Essa presença residual é suficiente para inviabilizar exportações e comprometer toda a cadeia produtiva voltada a mercados que adotam exigências mais restritivas.
Com o objetivo de assegurar conformidade sanitária, rastreabilidade e segurança na exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária instituiu o Programa de Produção Livre de Ractopamina. A certificação reconhece empresas que mantêm protocolos rigorosos de controle para garantir ausência parcial ou total da molécula em qualquer etapa da produção de rações para suínos.
A American Nutrients oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade e alinhamento às demandas globais. Ao assegurar que suas soluções nutricionais estão completamente isentas de ractopamina, a empresa fortalece a confiança de frigoríficos, integradoras e produtores que dependem de dietas certificadas para acessar mercados premium.
Esta iniciativa reforça o compromisso da American Nutrients com a qualidade, a transparência e a sustentabilidade da cadeia suinícola. Em um cenário de crescente rigor sanitário internacional, a nutrição animal livre de ractopamina é um elemento-chave para manter e expandir a participação brasileira nos mercados mais exigentes do mundo.
Empresas
Inteligência Artificial conta 140 mil ovos por dia com 99,9% de precisão e transforma avicultura
Entre outros indicadores, tecnologia da ALLTIS monitora temperatura, água e volume de grãos nos silos, reduz perdas e aumenta produtividade da Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP)

A Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP), alcança um novo patamar de produtividade após a implementação do sistema de inteligência artificial da empresa de tecnologia ALLTIS. Com produção diária de 140 mil ovos, o equivalente a 4,7 milhões por mês, a granja – dona da marca Naturegg – estima ganhos operacionais de até 90% após a integração de um pacote de sensores controlado por IA, que permite controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos com mais segurança, precisão e eficiência. A ALLTIS resolve problemas crônicos da avicultura, transformando as granjas em propriedades 4.0 e contribuindo para o aumento da produtividade e a redução de custos. Recentemente, a ALLTIS firmou sociedade com a MCassab Nutrição e Saúde Animal, empresa do Grupo MCassab, especialista em nutrição e saúde animal há mais de meio século.
Fundada em 1983 pela família Teixeira, a São Marcos deixou de ser fornecedora de frangos vivos para ser uma produtora de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos, comercializados sob a marca Naturegg. Hoje, tem 170 mil aves em postura e distribuição para seis estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.
A necessidade de incluir a tecnologia e digitalizar os processos em uma atividade historicamente tradicional, decorre do volume de informações exigidas tanto para gestão do negócio quanto pelos órgãos certificadores. Diariamente, a equipe da São Marcos passou a registrar pela IA, entre outros, dados de temperatura, umidade, consumo de água e ração, taxas de mortalidade e indicadores de bem-estar animal.
“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.
A parceria com a ALLTIS foi importante para os planos da São Marcos. A granja utiliza quatro frentes tecnológicas da startup: monitoramento ambiental (Sense), controle do consumo de água (Aqua), gestão automática dos silos (Domo) e contagem de ovos por inteligência artificial (EggTag) com precisão de 99,9%. “Cito um exemplo: antes de ter o monitoramento das informações por IA, nossos funcionários precisavam subir em 21 silos para verificar o estoque de ração, enfrentando risco de acidentes e imprecisão nos cálculos. Agora, todo o controle é feito pelo celular, com previsões de consumo e alertas programados”, explica Tailisom Silva, gerente da granja.
“Ter dados confiáveis em tempo real é essencial para obter resultados melhores e maior precisão na gestão. O mercado exige rastreabilidade e sustentabilidade, e a tomada de decisão precisa ser rápida e embasada. Nosso papel é transformar dados em informações úteis para o dia a dia e entregar tecnologias que se adaptam às necessidades e realidade do produtor”, afirma André Aquino, sócio e COO da ALLTIS.
“O exemplo da São Marcos mostra o quanto a tecnologia é importante para potencializar a produtividade das granjas de postura. Mas não apenas isso. É essencial monitorar todas as áreas do negócio e, assim, reduzir os gargalos, que são vários. A tecnologia da ALLTIS está disponível para contribuir para vencer esse desafio”, ressalta Mauricio Graziani, diretor executivo da MCassab Nutrição e Saúde Animal, acionista da ALLTIS.
Outros avanços devem vir nos próximos meses, como a automatização da contagem de ovos com identificação por tamanho e coloração. A expectativa é reduzir ainda mais o índice de erros humanos e dispor de dados detalhados para ajustar o manejo à tecnologia e otimizar o rendimento da produção de ovos.
Para Matheus, a digitalização dos processos é um caminho indiscutível. “O maior erro é achar que a tecnologia é algo distante ou complicado. É o contrário. Ela simplifica, reduz perdas e dá clareza para agir. Quem não se permitir evoluir vai ficar para trás”, ressalta o diretor comercial da Naturegg.
Empresas Ameaça silenciosa
Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves
Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.
A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.
Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.
“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.
Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.
“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.
A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.
Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.
