Notícias Novidade
Show Rural Digital será novidade no Show Rural Coopavel
Entre as empresas já confirmadas estão Microsoft, HP, Cisco, Totvs, Itaipu, Coca-Cola e Sebrae

Cerca de cem empresas de tecnologia e inovação vão participar do Show Rural Digital, a principal novidade da 31ª edição do Show Rural Coopavel, um dos maiores eventos de disseminação de novos conhecimentos para o campo do mundo agendado para o período de 4 a 8 de fevereiro de 2019, em Cascavel, no Paraná.
Gigantes de uma área que revoluciona o jeito como as pessoas vivem e a forma como as empresas e o agronegócio produz vão ocupar um ambiente de 2,8 mil metros quadrados em área nobre do parque que anualmente recebe o Show Rural Coopavel. Entre as empresas já confirmadas estão Microsoft, HP, Cisco, Totvs, Itaipu, Coca-Cola e Sebrae.
As empresas integradas ao Show Rural Digital vão apresentar projetos de inovação e tecnologias para uma das cadeias produtivas que mais crescem e promovem transformações no Brasil e no mundo, diz o coordenador José Rodrigues da Costa Neto. “O objetivo nesse ambiente será estimular novos negócios, disseminar experiências inovadoras e criar ideias para a agropecuária do amanhã”.
O Show Rural Digital é destinado a agropecuaristas, CEOs, profissionais de Tecnologia da Informação e Design, criadores de startups, empresários das áreas de tecnologia e inovação, engenheiros, jovens agricultores e pecuaristas, investidores, diretores de grandes empresas do agronegócio e a estudantes de cursos ligados à tecnologia e à agropecuária. “Todos terão a chance de trocar informações, fazer e prospectar negócios e fortalecer suas redes de contatos”, afirma Neto.
Programação
Além de estandes de expositores, o Show Rural Digital contará com arena hackathon, vila startup e auditório para palestras e apresentações. A Ocepar fará durante o evento o Fórum de Profissionais de TI 2019, que contará com a presença de grandes nomes e personalidades da área da inovação. Entre eles o presidente da HPE (Hewlett Packard Enterprise) Brasil, Ricardo Brognoli; o country manager da Aruba no Brasil, Eduardo Gonçalves, e o CEO e fundador da Totvs, Laércio José de Lucena Cosentino.
Um dos eventos mais aguardados é o hackathon, uma maratona de inovação que terá por desafio a solução de quatro problemas da cadeia do agronegócio. As equipes inscritas vão trabalhar durante várias horas ininterruptamente até apresentar as soluções sugeridas. Um júri especialmente formado vai escolher as melhores ideias, que receberão prêmios. À equipe vencedora será dada uma viagem internacional.
O hackathon é organizado pela mentoria da Coopavel em parceria com o Acic Labs (aceleradora de tecnologia da Acic de Cascavel), Sebrae, Fiep, Fundetec, Fiep, Senai, Iguassu Valley e Sindicato Rural. Os participantes do Show Rural Digital terão à sua disposição também uma carreta especialmente projetada para reuniões e encontros de negócios. Com ambientes confortáveis e climatizados, ela será instalada ao lado da estrutura que abrigará o evento com foco em tecnologia e inovação.
Ponto alto
O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, afirma que a participação de startups será o ponto alto do Show Rural Coopavel 2019, pois esse passa a ser um novo caminho para a solução de problemas complexos das próximas gerações e ferramenta importante para a competitividade do século 21, época em que a ruptura com o passado é um caminho sem volta.

Notícias
Tecnologia e descontos movimentam Dia de Campo da C.Vale
Colhedoras, drones e tratores chamam atenção dos visitantes em Palotina enquanto a cooperativa oferece promoções e negociações de grãos por insumos para a safra 2025/26 e futuras temporadas.

Colhedoras de forragem de alto rendimento, drones e equipamentos autopropelidos para pulverização chamaram atenção na segunda etapa do Dia de Campo da C.Vale, em Palotina, nesta quarta-feira (03). Máquinas, implementos e tecnologias agrícolas atraíram visitantes de todas as idades.
Entre os destaques, um trator Claas Xeron 5000 impressiona pelo tamanho e pela potência: com 530 cv e oito pneus, é indicado para grandes áreas e traz cabine equipada com monitores e comandos eletrônicos.
A “Black Friday” ofereceu descontos de até 70% em produtos como pequenas máquinas, pneus, peças, aeradores e geradores. Além disso, a cooperativa mantém campanha de negociação de grãos por insumos, contemplando a safra 2025/26 de soja, a safrinha 2026/26 de milho e a temporada 2026/27 de soja.
Notícias
Crianças exploram novidades e interagem com máquinas no Dia de Campo da C.Vale
Espaço Kids, atrações interativas e programas como Cooperjovem garantem diversão e aprendizado no campo experimental da cooperativa.

Nem mesmo o calor afastou as crianças do Dia de Campo da C.Vale. No campo experimental da cooperativa, o que chama atenção são as máquinas, as plantas e o colorido dos estandes. Muitos pequenos se arriscam a “pilotar” os equipamentos, posam com mascotes e chegam bem pertinho de aviões agrícolas e quadriciclos, matando a curiosidade de perto.
Entre as novidades está o Espaço Kids, com brinquedos e atividades interativas, que garante diversão para todas as idades. O Núcleo Jovem também marca presença com jogos e palestras sobre sucessão no campo, despertando o interesse dos futuros produtores.
Ao longo de 2025, cerca de 500 crianças que participaram do Cooperjovem estão aproveitando o evento acompanhadas por monitores. Outro grupo que chamou atenção veio do programa Bombeiros Mirins e circula uniformizado com roupas marrom e vermelho.
Notícias
Bioinsumos produzidos na propriedade ganham peso estratégico e ampliam autonomia do agricultor, aponta ABBINS
Prática, regulamentada desde 2009, é segura, aceita internacionalmente e estimulou a formação de novos segmentos industriais no Brasil.

A discussão sobre a produção de bioinsumos dentro das próprias fazendas, tema reacendido após a sanção da Lei nº 15.070/2024, a chamada Lei de Bioinsumos, não é novidade para o agro brasileiro. É o que afirma o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bioinsumos (ABBINS), Reginaldo Minaré, que destaca que a prática já é reconhecida legalmente há 16 anos e operada com sucesso por produtores de todo o país.
Segundo Minaré, o marco inicial ocorreu em 2009, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou o Decreto nº 6.913, autorizando agricultores a produzir bioinsumos para uso próprio sem necessidade de registro, desde que fossem produtos aprovados para a agricultura orgânica. “Temos 16 anos de experiência de sucesso. Essa prática, inclusive, liderou a ampliação do uso de bioinsumos no Brasil”, afirma.
Questionado sobre eventuais resistências técnicas ou regulatórias em 2009 por parte de órgãos como Embrapa, Anvisa, Ibama ou Ministério da Agricultura, Minaré é categórico: “Nenhum órgão se manifestou contra ou apresentou objeção”, recordando que o decreto foi assinado também pelos ministros da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente e, antes disso, passou por análise das equipes técnicas de cada pasta e da Casa Civil.

Diretor-executivo da Associação Brasileira de Bioinsumos (ABBINS), Reginaldo Minaré: “Tudo isso foi feito com muito sucesso e sem nenhum registro de problema em exportações”
Ao longo dos anos, segundo o diretor, o próprio governo federal estimulou a prática. O Ministério da Agricultura incluiu, em vários Planos Safra, linhas de financiamento para unidades de produção de bioinsumos nas propriedades rurais. O BNDES, por meio do RenovAgro, também passou a listar a produção para uso próprio como empreendimento financiável. “Tudo isso foi feito com muito sucesso e sem nenhum registro de problema em exportações”, afirma. “Produtos tratados com bioinsumos, seja produzido na fazenda, seja industrial, são amplamente aceitos pelo mercado internacional”, enfatizou.
Uso próprio fortalece e não enfraquece setor industrial
Outro ponto defendido por Minaré é que a produção na propriedade rural não reduz espaço para a indústria, como argumentam setores contrários ao modelo. Para ele, ocorreu justamente o contrário. “A produção de bioinsumos para uso próprio trouxe um estímulo enorme para a instalação de novas indústrias nacionais”, diz.
Ele afirma que, por décadas, o mercado de insumos agrícolas no Brasil permaneceu hiperconcentrado, e que o movimento puxado pelos agricultores abriu demanda para novos segmentos.
Entre os setores movimentados pela prática, Minaré cita a oferta de inóculos, meios de cultura, biorreatores e serviços técnicos especializados espalhados pelo interior. “Criou-se uma cadeia inteira que não existia”, resume.
Prática é comum em diversos países
Minaré também rejeita a tese de que o modelo brasileiro seria uma exceção mundial. Ele afirma que a produção de bioinsumos na fazenda ocorre em diferentes países. Entre os exemplos citados estão Áustria, Inglaterra, Japão, México e os estados de Missouri e Ohio, nos Estados Unidos.
Na Áustria, diz ele, há empresas que fornecem misturas microbianas de alta densidade para que agricultores multipliquem os microrganismos em suas propriedades. Nos EUA, empresas entregam tanto a cultura mãe quanto o meio de cultura e até tanques fermentadores de mil litros. O México, por sua vez, publica manuais oficiais orientando agricultores a produzirem bioinsumos, inclusive a partir de microrganismos coletados diretamente na natureza. “Em todos esses países, assim como no Brasil, a produção para uso próprio acontece de forma segura e eficiente”, reforça o diretor da ABBINS.
Prática consolidada e sem histórico de riscos
A avaliação de Minaré é que o debate atual precisa ser contextualizado pela experiência acumulada. “Não temos problemas. Temos, sim, muitos benefícios”, salienta.
Para ele, a prática já está consolidada como ferramenta que reduz custos, diversifica a oferta tecnológica e amplia a autonomia dos agricultores, além de estimular o desenvolvimento industrial e científico no setor de bioinsumos.





