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Setor produtivo diz que sistema de monitoramento do leite é divisor de águas
Nova plataforma desenvolvida pela Embrapa será pedra fundamental para o setor, diz Kátia Abreu
O Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite, plataforma que reúne, pela primeira vez, dados consolidados sobre a qualidade da produção de leite no Brasil, representa um “divisor de águas” para o setor leiteiro. A avaliação é do diretor-executivo da Viva Lácteos, Marcelo Costa Martins, que participou nesta terça-feira (3) do lançamento da plataforma, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O sistema, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), atende a uma demanda de mais de 15 anos do setor leiteiro. A partir de agora, os resultados das análises laboratoriais serão atualizados semanalmente e vão permitir acompanhamento preciso e atualizado da qualidade do produto entregue aos laticínios.
A cerimônia de lançamento, comandada pela ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pelo presidente da Embrapa, Maurício Lopes, teve participação do setor privado e de representantes dos produtores.
“Temos um ponto importante, que com certeza será um divisor de águas no setor, que são essas ações voltadas à melhoria da qualidade do leite. Era impossível imaginarmos uma estratégia em relação à qualidade do leite se não tivermos esse monitoramento”, afirmou o Marcelo Martins.
O diretor-executivo da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), Wilson Massote, disse que, com o sistema, o setor “entra para a história”. “Até este momento, o setor viveu a pré-história. Não havia dados concretos. Agora vamos ter informações objetivas e a subjetividade perde espaço”, acrescentou. “A senhora entra para a história conosco e nós entramos juntos”, afirmou à ministra.
Marcelo Martins destacou ainda que o Programa Leite Saudável permitiu grandes transformações para o setor, que agora conta com uma “voz única e organizada”, destacando também o avanço nas exportações de produtos lácteos após abertura de diversos mercados ao longo de 2015.
O setor elogiou ainda a prorrogação da consulta pública para alterações da Instrução Normativa (IN) 62, que apresenta os critérios de qualidade do leite. “Era preciso termos esse diagnóstico para que no futuro consigamos avançar de forma planejada”, destacou o diretor da viva Lácteos.
A ministra Kátia Abreu afirmou que o sistema é a “pedra fundamental para o monitoramento do leite”. “Essas mudanças foram feitas para transformar a vida dos produtores, sua capacidade produtiva e garantir mais renda”, ressaltou.
Fonte: Mapa
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ABCZ participa da TecnoAgro e destaca sustentabilidade no agro
Tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) marca presença na TecnoAgro 2024, evento realizado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). Com o tema “Agro Inteligente”, a iniciativa promovida pelo Grupo Integração e tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento do agronegócio e explorar o potencial econômico das cidades da região.
A abertura do evento aconteceu na manhã da última quinta-feira (21), reunindo autoridades e representantes dos setores ligados ao agro. A ABCZ esteve em destaque logo após a solenidade, quando o Superintendente Técnico, Luiz Antonio Josahkian, participou do painel “O Futuro da Pecuária”. O debate, mediado pela jornalista Adriana Sales, também contou com a presença da Prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e do Professor da ESALQ/USP, Sérgio de Zen.
A discussão abordou a responsabilidade do Brasil diante da crescente demanda global por proteína. “Temos o potencial para liderar o aumento da demanda por proteína animal. Contamos com terras disponíveis, mão de obra qualificada e políticas públicas que fortalecem continuamente o setor. O Brasil se destaca como um dos poucos países que ainda investe em qualificação profissional através de políticas públicas, com o apoio de órgãos como as Secretarias de Estado, o Senar e as extensões rurais Além disso, temos uma vocação natural para a produção de alimentos, com recursos essenciais, como a água, que é um insumo cada vez mais valorizado e disputado globalmente”, destacou Josahkian.
Complementando o debate, Sérgio de Zen enfatizou a necessidade de modelos produtivos mais sustentáveis. “É perfeitamente possível aumentar a demanda na redistribuição de renda e atender ao crescimento populacional sem recorrer ao desmatamento. Isso pode ser alcançado por meio do uso mais eficiente das tecnologias e dos sistemas de produção já disponíveis”, afirmou.
O evento, que segue até amanhã (22), reúne mais de 50 palestras voltadas para a sustentabilidade no agronegócio. Entre os destaques da programação técnica desta sexta-feira, o Zootecnista e Gerente do Departamento Internacional da ABCZ, Juan Lebron, participará da palestra “Recuperação de Pastagem, Genética, Nutrição e Saúde: Pilares da Sustentabilidade na Pecuária”, ao lado de especialistas como Guilherme Ferraudo e Thiago Parente.
Além das contribuições técnicas, a ABCZ participa com um estande apresentando produtos e serviços da maior entidade de pecuária zebuína do mundo.
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Altas no preço do boi seguem firmes, com escalas ainda menores que em outubro
Frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
O movimento de alta nos preços da pecuária segue intenso. Segundo pesquisadores do Cepea, semana após semana, frigoríficos renovam o fôlego para conceder novos reajustes positivos aos animais para abate e o mesmo acontece entre os pecuaristas nas negociações de reposição.
No final da cadeia produtiva, o consumidor também se mostra resiliente diante dos valores da carne nos maiores patamares dos últimos 3,5 anos.
No mesmo sentido, a demanda de importadores mundo afora tem se mantido firme.
Pesquisadores do Cepea observam ainda que as escalas de abate dos principais estados produtores, em novembro, estão ainda menores que em outubro.
No mercado financeiro (B3), também cresceu forte a liquidez dos contratos de boi para liquidação neste ano, pelo Indicador do boi elaborado pelo Cepea, o CEPEA/B3.
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Competitividade da carne frango em relação à carne suína alcança o maior nível desde novembro de 2020
Frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Levantamentos do Cepea mostram que a competividade da carne de frango frente à suína está no maior patamar dos últimos quatro anos – desde novembro de 2020.
Na parcial de novembro (até o dia 19), o frango inteiro é negociado, em média, 6,68 Reais/kg mais barato que a carcaça especial suína, sendo que esta diferença está 14,4% acima da de outubro.
Pesquisadores do Cepea explicam que isso acontece pelo fato das valorizações da proteína suína estarem mais intensas que as da de frango.
O mesmo cenário é observado frente à carne bovina, cujos preços também vêm subindo com mais força que os da proteína avícola ao longo de novembro.