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Setor produtivo conquista espaço nos debates sobre o Estatuto do Pantanal

Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas ampliam conversas sobre a elaboração do PL 5.482/2020 e recebem contribuições dos pantaneiros e de entidades que compõem o Fórum Agro MT

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Fotos: Divulgação

O pedido do Fórum Agro MT para que o setor produtivo seja incluído nos debates que cercam o Projeto de Lei 5.482/2020 que resultará no Estatuto do Pantanal foi atendido e representantes de produtores que atuam no bioma começaram a participar dos eventos realizados pelos órgãos públicos sobre o tema. A entidade entende ser indispensável a participação do povo pantaneiro, que até então não havia sido convidado a participar das discussões sobre o projeto, e que para que o PL contemple e atenda as necessidades do bioma é fundamental que os habitantes e trabalhadores, que há séculos vivem e trabalham na região, possam contribuir com a elaboração da Lei.

Nas últimas semanas a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) tem trabalhado sobre o tema e realizado audiências públicas e palestras para ouvir e debater amplamente o assunto. Em novembro, a casa legislativa sediou a conferência sobre o Estatuto do Pantanal, com foco na proteção dos recursos hídricos desta que é considerada a maior planície alagada do mundo, em que foram convidados para o debate professores e magistrados que posteriormente encaminharam documento ao gabinete do senador Wellington Fagundes, que é o propositor do Estatuto do Pantanal.

Já em dezembro a ALMT abriu espaço para os habitantes do bioma, e realizou uma audiência pública com representantes de produtores do Pantanal. Em Poconé, o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia e membro do Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), o deputado Carlos Avallone (PSDB), participou de reunião e disse que a participação efetiva dos pantaneiros nas tomadas de decisões é fundamental para a preservação da região.

“Não existe solução para os problemas do maior patrimônio ambiental de Mato Grosso sem ouvir quem melhor conhece a realidade da região. Por isso levamos a Comissão para colher sugestões e contribuições das pessoas que preservam o ambiente pantaneiro há séculos, geração após geração, e tem conhecimentos muito valiosos sobre o manejo adequado dos recursos naturais”, pontuou.

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), também voltou suas atenções para o bioma, e com a participação do o Comitê Interno de Gestão Ambiental (CIGA) do órgão realizou ações que duraram dois dias e vistoriou as mais de 100 pontes que cortam a Rodovia Transpantaneira. O encontro, que contou com a presença de representantes do Governo do Estado, Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT), Assembleia Legislativa (ALMT), prefeituras, câmaras municipais, sindicatos, associações e da sociedade civil, também recebeu contribuições para a proposta do Estatuto do Pantanal.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, é fundamental o espaço para fala do setor produtivo. “São trabalhadores que estão naquela região há séculos cuidando, trabalhando e tirando o sustento da família daquelas terras. São essas pessoas que vivem a realidade da região e conhecem na prática quais são os maiores desafios que precisam ser enfrentados”, apontou.

A Famato, ao lado do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e Embrapa Pantanal, com a parceria do Imea e Sindicatos Rurais realizam, desde 2018, o projeto Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS). Um trabalho piloto, criado para auxiliar produtores rurais do bioma Pantanal de Mato Grosso a se desenvolverem economicamente na região e de forma sustentável, que consiste em fazer diagnósticos ambientais, sociais e econômicos em 15 propriedades rurais assistidas, localizadas nos municípios de Poconé, Cáceres, Rondonópolis, Itiquira e Barão de Melgaço.

O consultor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Amado de Oliveira, também avaliou como positiva a inclusão dos pantaneiros no debate e reforçou a importância de ouvir também o setor produtivo. “Não adianta falarmos de toda a exuberância do Pantanal se o cidadão que está lá não tem condições de sobrevida e nem recebe a devida atenção. Toda legislação de controle do uso do Pantanal que almeje sucesso, precisa incluir os pantaneiros e os produtores daquela região no debate. Afinal, especialmente em relação à criação de bovinos nessas terras, não há ninguém com mais conhecimento que os pantaneiros, que lá estão há mais de dois séculos”, pondera.

A Acrimat também têm incentivado, por meio de projetos, ações de sustentabilidade na produção no Pantanal, como o Programa de Produção Sustentável de Bezerros, que vai apoiar 100 pecuaristas do bioma na transição de propriedades produtoras de bezerros de baixa tecnologia para alta performance, aumentando a renda e garantindo maior sustentabilidade na cadeia de fornecimento. Através do Programa, os criadores receberão assistência técnica para regularização fundiária e ambiental, intensificação da produção, restauração de áreas naturais e apoio para acessar investimentos e mercados.

O presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa, reforça que a entidade está sendo atuante nos debates que ajudarão na formulação do Estatuto do Pantanal. “Representamos entidades que atuam no Pantanal e têm interesse direto neste assunto. O setor produtivo, assim como ocorre no estado inteiro, é atuante na região do Pantanal e também promove ações visando a preservação ambiental e a sustentabilidade. Fazemos questão de contribuir com essa discussão”, pontua.

 

Estatuto do Pantanal

O PL 5.482/2020 dispõe sobre a conservação, proteção, restauração e exploração sustentável do bioma Pantanal. Com a proposta de se tornar o Estatuto do Pantanal, o projeto estabelece a definição do bioma, sua abrangência e diretrizes, abarcando a aplicação da legislação ambiental existente, ações voltadas para garantir sua sustentabilidade socioambiental e a proteção dos cursos hídricos e nascentes. O documento trata também de políticas públicas integradas entre os estados do Pantanal, do incentivo a atividades que conservem o ecossistema e de instrumentos de planejamento territorial, como o zoneamento ecológico-econômico.

 

O Pantanal

Trata-se de uma das maiores planícies inundáveis do planeta, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como patrimônio natural da humanidade. No Brasil, abrange os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, se estendendo até a Bolívia e o Paraguai.

A pecuária é uma atividade econômica centenária na região, tendo sido amplamente reformulada ao longo dos últimos tempos, com a aplicação de novas tecnologias, promovendo um ganho significativo de produtividade com muito mais sustentabilidade e cada vez menos impacto no ambiente.

 

Fórum Agro MT

Criado em 2014 com o objetivo de fomentar o desenvolvimento do agronegócio de Mato Grosso, buscar soluções dos problemas do setor, fortalecer as entidades que o compõe e promover o crescimento do segmento no Estado. Tem como missão harmonizar as atividades das entidades participantes com as principais demandas do momento e ainda fortalecer o poder de representação do setor e estimular políticas públicas para o desenvolvimento da agropecuária.

É formado pela Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso), Ampa (Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão), Aprosmat (Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso) e Famato (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso).

Fonte: Assessoria

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Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

São abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

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Foto: ANPC

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Principais culturas

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

Participação relativas

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.

No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada clicando aqui.

Fonte: Assessoria Mapa
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Com apoio do Estado, produtores discutem melhorias na qualidade do queijo artesanal

Evento em Itapejara d´Oeste reúne produtores de leite e queijo, com objetivo de colocar o leite paranaense e subprodutos da cadeia no mercado mundial.

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Fotos: SEAB

A busca pela excelência de qualidade do queijo paranaense, desde a produção do leite até o consumidor final, foi discutida nesta quinta-feira (21) em Itapejara d’Oeste, no Sudoeste do Estado, durante o Inova Queijo. O evento reúne produtores e queijeiros da agricultura familiar da região Sudoeste e conta com apoio do Governo do Estado.

“Nossos queijos estão entre os melhores do Brasil e até do mundo, com premiações que enchem de alegria e orgulho todos nós que estamos nesta caminhada”, disse Leunira Viganó Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento em Pato Branco.

“O Paraná é grande na produção de leite, abrigando em seu território a segunda maior bacia do País e caminhamos para ser também um dos principais produtores de queijo e derivados tanto em ambiente industrial quanto artesanal”, afirmou.

Segundo ela, o Estado tem contribuído com programas de apoio à produção leiteira e à transformação em agroindústrias, como o Banco do Agricultor Paranaense, com equalização integral de juros para financiamentos à agricultura familiar. E também ajuda na comercialização, com a regulamentação do programa Susaf, que possibilita ampliar o mercado estadual para agroindústrias familiares que demonstrarem excelência no cuidado higiênico-sanitário.

“Temos que ter em vista o mercado mundial. Ninguém vai dizer que isso é fácil. Mas todos vão concordar que é um caminho a traçar, de preferência olhando sempre em frente, que não tenha volta”, disse Leunira.

Segundo dados da Aprosud, o Sudoeste conta com 20 agroindústrias vinculadas à associação, que comercializam por mês mais de 17 toneladas do produto. Além disso, a notoriedade do Queijo Colonial do Sudoeste também está atrelada a existência de produtores em todos os 42 municípios da região.

A gerente-regional do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Rosane Dal Piva Bragato, destacou que o setor não é apenas fonte de emprego e renda para a região Sudoeste. “É também um símbolo da nossa identidade e tradição”, afirmou. “O trabalho em parceria e a troca de conhecimentos são fundamentais para fortalecer o setor e para abrir novas oportunidades de mercado”.

Além da prefeitura de Itapejara d’Oeste, que sediou o evento deste ano, e dos órgãos estaduais, o Inova Queijo tem em 2024 o apoio da Associação de Produtores de Queijos Artesanais do Sudoeste (Aprosud), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Sebrae/PR, Vinopar e Cresol.

Indicação geográfica

Em 2023, o queijo colonial do Sudoeste do Paraná teve pedido de reconhecimento para Indicação Geográfica (IG) protocolado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com tradição e notoriedade devido a produção do Queijo Colonial, a expectativa é que o Sudoeste do Paraná em breve obtenha o reconhecimento na forma de registro com Indicação de Procedência (IP)

Fonte: AEN-PR
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Topgen promove a segunda edição da Semana da Carne Suína no Paraná

Campanha simbolizou uma celebração de sabor, aprendizado e valorização local.

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Foto: Shutterstock

De 3 a 10 de novembro, os municípios de Arapoti e Jaguariaíva, no Paraná, se tornaram o centro das atenções para os amantes da carne suína. A Topgen, uma empresa de genética suína, com o apoio do Sicredi, promoveu a segunda edição da Semana da Carne Suína, uma campanha que celebrou a versatilidade e o sabor da proteína suína, mobilizando comércios locais e estimulando o consumo na região que é conhecida por sua forte suinocultura.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A programação contou com momentos inesquecíveis, como o workshop exclusivo com o Chef Daniel Furtado, realizado na Fazenda Araporanga, onde açougueiros e cozinheiros da região mergulharam nas técnicas e cortes especiais da carne suína, aprendendo a explorar sua versatilidade e criando inspirações para novos pratos. Outro destaque foi o concurso de melhor prato à base de carne suína, que movimentou 15 restaurantes locais. Os consumidores participaram ativamente, avaliando as delícias e votando no prato favorito. O grande vencedor foi a PJ Hamburgueria, com um sanduíche tão incrível que os clientes já pediram para incluí-lo no cardápio fixo!

A premiação incluiu uma cesta especial com embutidos artesanais do Sul do Brasil e a oportunidade de participar do curso com o Chef Daniel Furtado, além disso, todos participantes receberam um livro de receitas clássicas com carne suína editado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), e impresso pela Topgen com o apoio do Sicredi e também um certificado de participação.

Foto: Hb audiovisual

Segundo Beate Von Staa, diretora da Topgen, a inspiração para esta mobilização veio da campanha realizada pela empresa Mig-Plus em 2022, no início da crise da suinocultura. “Naquele ano, fizemos algo simples, mas desta vez conseguimos envolver toda a comunidade. Foi gratificante ver a mobilização e os comentários positivos da população”, destacou”, finalizou.

Além de valorizar a carne suína, a iniciativa buscou incentivar o consumo local de uma proteína saudável e saborosa, mostrando aos consumidores que ela vai muito além do trivial. Assista ao vídeo da campanha e descubra mais sobre essa experiência que uniu gastronomia, aprendizado e valorização da cultura local. A ABCS parabeniza a todos os participantes e ao público que tornou a segunda Semana da Carne Suína um sucesso absoluto!

Fonte: Assessoria ABCS
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