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Setor do trigo debate expectativas e prevê dificuldades para 2021
Congresso virtual apresentou o cenário do grão no Brasil e mundo, além dos gargalos da cadeia
Em um formato inédito, a Abitrigo promoveu, na quarta-feira (25), a 27ª edição do Congresso Internacional da Indústria do Trigo, que neste ano, por conta da pandemia, foi online e gratuita.
“Pela primeira vez, a Abitrigo promove seu congresso de maneira virtual, uma experiência nova, em um ano que foi totalmente atípico. A pandemia afetou a vida de todos: empresas e consumidores. Nós nos reunimos hoje para fazer um balanço sobre a situação dos mercados internacional e nacional e debater as expectativas para 2021”, declarou o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa, durante a cerimônia de abertura.
“Estamos passando por um período de grande transformação, saindo do mundo analógico e acessando o mundo digital. Nossos mercados enfrentam grandes mudanças e trazer para o debate as estruturas industriais e comerciais do trigo, neste momento, é de extrema importância para todo o setor”, ressaltou o Deputado Federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira.
Com o tema central “Mudanças Recentes e o Futuro”, o evento debateu questões relevantes para toda a cadeia do trigo no Brasil e no mundo, por meio da participação de importantes players do setor.
Convidada para fazer a palestra inaugural do evento, a economista, pesquisadora do Peterson Institute for International Economics e professora da SAIS/John Hopkins University Washington, Monica de Bolle apresentou um panorama do atual cenário geopolítico mundial, abordando as perspectivas econômicas e sociais, com destaque para os impactos no Brasil.
“O ano de 2020 foi um período muito difícil, mas chega ao fim de uma forma mais auspiciosa do que esperávamos, com a sinalização de vacinas com resultados promissores. Entretanto, estamos vivenciando, em alguns países, sinais claros de uma segunda onda, que também chegará ao Brasil”, destacou. “Neste momento, o melhor é trabalhar com um cenário de melhora, mas com cautela. A vacina vai chegar, mas ainda teremos pela frente um processo longo e lento, pois o Brasil é um país muito grande e com diferentes desafios em cada uma de suas regiões”, acrescentou.
Sobre as relações internacionais, Monica reforça a importância da atenção com os Estados Unidos, principalmente com a eleição do novo presidente Joe Biden, que tem o meio ambiente como um dos pilares mais importantes do seu governo.
“O agro brasileiro precisará assumir um papel mais protagonista neste momento, demostrando todo o trabalho realizado pelo setor na área de sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Sabemos que temos muitos produtores preocupados com essas questões e caberá ao setor privado brasileiro fazer a trabalho com os EUA para evitar um possível estremecimento entre os dois países”, enfatizou a pesquisadora.
A dinâmica do mercado do trigo
O primeiro painel do evento reuniu representantes da cadeia do trigo para debater a dinâmica do mercado, destacando os desafios do setor. Trazendo uma visão do cenário internacional do grão, o presidente honorário da European Flour Millers, Bernard Valluis, afirmou que a demanda mundial do trigo será atendida, pelo volume estimado de produção, até o ano de 2029.
“A pandemia da Covid-19 não teve um grande efeito a curto prazo no mercado do trigo. Nossa projeção é que teremos uma produção suficiente, mesmo com a previsão de crescimento da população mundial. A Ásia seguirá como o motor da demanda mundial do trigo, com destaque para países como China e Índia, onde o grão concorre diretamente com o arroz, caracterizando-se como um produto de primeira necessidade para a alimentação humana”, analisou Valluis. “Na escala de produção e exportação, os países que assumirão o topo do ranking serão Rússia, União Europeia, Estados Unidos e Ucrânia”, acrescentou.
O diretor comercial da Coamo Agroindustrial Cooperativa, Rogério Trannin de Mello, destacou as particularidades do trigo nacional, ressaltando a competitividade, principalmente pela boa qualidade do cereal. “Temos um trigo de excelente qualidade no Brasil, mas o maior desafio no aumento do volume de produção é a concorrência com o milho da segunda safra, que ainda rende maior lucratividade ao produtor. Aumentar as áreas de trigo ainda é uma escolha do agricultor, que acaba por optar pela cultura que lhe é mais atraente financeiramente”, explicou.
Trazendo a visão da indústria moageira, o executivo do Negócio Trigo da Bunge, Edson Csipai ressaltou que o preço de venda do trigo é um dos principais pontos de atenção do setor neste ano, que tendem a se manter na próxima safra, tendo em vista os cenário econômico mundial e o movimento de retenção dos estoques por parte dos produtores. “Enfrentamos um desafio muito grande na indústria moageira brasileira, que viu seus custos aumentarem 60%, mas que ainda não foram repassados ao mercado consumidor. Outro tema sensível é a questão do trigo transgênico, que enfrenta uma alta rejeição por parte do consumidor, o que leva os moinhos a não comprar esse produto”.
Ainda no debate sobre o mercado, o presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Carga – ANUT, Luiz Henrique Baldez contribuiu com informações sobre a logística no Brasil. “Quando verificamos que na média o custo brasileiro representa cerca de 26% do produto e nos países da OCDE apenas 9%, podemos afirmar que temos uma diferença competitiva ainda muito grande.”, destacou referindo-se aos países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. “A solução desse problema será a longo prazo com políticas estaduais e estáveis”.
A gestão na indústria do trigo
O segundo painel do evento tratou da gestão da indústria do trigo, com a apresentação de estratégias para que as empresas do setor atinjam seus objetivos e resultados, com uma visão eficiente dos processos do momento em que o cereal chega aos moinhos até o consumidor final.
Em um depoimento gravado exclusivamente para o evento, o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, elencou os principais pontos de atenção para o sucesso de uma empresa, destacando as pessoas como um dos ativos mais importantes do negócio. “As pessoas são a parte mais importante de qualquer estratégia. Todos os colaboradores assinam um contrato de trabalho quando entram na empresa, mas o mais importante é o ‘contrato emocional’, pois ele é voluntário e individual. É esse ‘contrato’ que fornece a energia que movimenta a empresa, que faz as pessoas se comprometerem com o objetivo da companhia, buscando inovar e se dedicar para atingir as metas”.
O Global Principal Application Scientist, Enzymes DuPont Health & Bioscience, Eduardo Pimentel Junior enfatizou que um plano de gestão eficiente é aquele que coloca as pessoas como um ponto de grande importância, possibilitando que elas se qualifiquem e se atualizem, preparando-as para inovar. “A indústria moageira é um setor que carrega os selos de artesanal e tradicional, mas é necessário sair da zona de conforto do tradicional e abrir espaço para a inovação. Esse processo deve ser marcado por um começo, mas a companhia precisa entender que inovar deve ser um movimento contínuo”, salientou.
Focado no cenário moageiro nacional, o presidente da J. Macedo, José Honório Tofoli, destacou a grande diferença entre os moinhos, no campo financeiro, que se reflete diretamente no mercado de farinha de trigo no país. “Temos que mudar paradigmas no setor e aceitar que o nosso problema está na gestão. O mercado está para todos, mas é preciso focar na gestão dos nossos negócios, traçando metas e objetivos a serem alcançados e parar de continuar aceitando que temos que vender barato”.
Finalizando as apresentações do painel, a diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria – CNI, Mônica Messenberg analisou os impactos das ações dos governos na atividade empresarial. “Temos observado que o Brasil está entre os três níveis piores de competitividade, ou seja, aspectos como financiamento, tributação, logística e ambiente de negócios têm contribuído para que tenhamos uma dificuldade maior para que nossas empresas sejam competitivas, dentro e fora do Brasil. É necessário reduzir a burocracia e a tributação para que possamos nos tornar mais competitivos”.
O evento foi encerrado pelo presidente do conselho deliberativo da Abitrigo, João Carlos Veríssimo, que exaltou os conteúdos apresentados ao longo da manhã. “Focamos, ao longo das discussões deste Congresso, em apresentar informações suficientes para tornar as empresas do setor cada vez mais sólidas e rentáveis. Somente empresas rentáveis e com boa geração de caixa podem fazer com que o mercado mude e que possamos implantar todas as inovações que os nossos clientes exigem”, declarou Veríssimo.
O conteúdo completo do 27º Congresso Internacional da Indústria do Trigo está disponível no canal da Abitrigo no YouTube.
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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo
Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024
No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.
Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.
“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.
Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.
“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.
Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.
As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.
Mudanças estabelecidas
Prazos
Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.
O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.
Desburocratização da declaração
A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.
A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado
Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.
Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.
A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.
Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.
A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.
Ameaças sanitárias e os impactos para a economia
No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.
A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul
Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.
O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.
A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.
Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.
Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.
“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.
O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.
Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.
Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.
Veja aqui o vídeo do presidente.