Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias Segundo Sindirações

Setor de Alimentação Animal projeta encerrar 2020 com 5% de crescimento

Após surpreendente resultado de 5,2% de crescimento no primeiro semestre, a cadeia produtiva de rações reduziu ligeiramente o ritmo no saldo ao término do Q3, resultado que pode se manter até o encerramento do ano

Publicado em

em

Divulgação

De acordo com estimativas do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações, o resultado apurado pela cadeia produtiva de rações, contabilizado até setembro, registrou um crescimento de 4,7% comparado ao mesmo período do ano anterior. Mesmo com menor ritmo, após totalizar 5,2% ao final do primeiro semestre, o resultado ainda é surpreendente, com projeção de  encerrar o ano mantendo crescimento de quase 5% e uma produção total de 81,1 milhões de toneladas de rações. O resultado é comemorado pela indústria de alimentação animal, levando em consideração o ano atípico e repleto de desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus e que impactaram na economia global com a queda do PIB na maioria das grandes economias mundiais.

A  cadeia produtiva resistiu aos efeitos da pandemia, chegando a atingir 5,2% de crescimento, durante o primeiro semestre do ano. Enquanto de julho a setembro, fora percebida alguma diminuição no ritmo. Muito embora, a relativa diminuição dos embarques para a China e, sobretudo, o corte pela metade do auxílio emergencial possam determinar menor ritmo, o maior desejo pela proteína animal por conta das ceias celebradas no Natal e virada de ano podem redundar em avanço de quase 5%, ou seja, na demanda de mais de 81 milhões de toneladas de rações e sal mineral.

“É importante salientar também que o elevado custo de produção, resultado do milho, do farelo de soja e outros insumos importados, com preços internos inflados pela desvalorização cambial, invariavelmente influencia o interesse por alojar e confinar, ou mesmo reter ou abater animais mais precocemente e descartar aqueles menos produtivos, combinações tentativas para contenção das despesas, diante da flagrante corrosão da rentabilidade e em comparação aos preços recebidos pelos produtores que comercializam carnes, ovos e leite, predominante ou exclusivamente no mercado doméstico”, analisa Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações.

O período testou a resiliência da cadeia exportadora, principalmente durante as tantas incertezas nos meses de compulsório confinamento e rígida quarentena, conforme reforça Ariovaldo: “o bom desempenho do setor ao longo do ano, deveu-se também à capacidade de atender plenamente aos exportadores, favorecidos pelos competitivos preços do portifólio pecuário brasileiro no exterior, comprometidos com o suprimento dos clientes tradicionais e atentos às oportunidades internacionais alternativas”, diz.

A pandemia da COVID-19 ratificou que o ativo mais importante do setor é a pessoa humana, fato comprovado pela mobilização coletiva dos empreendedores, que não economizaram esforços na elaboração e implementação imediata de protocolos específicos para prevenção da exposição e contágio, na aquisição de EPIs, na orientação profissional aos colaboradores e suporte à saúde e tratamento das respectivas famílias.

Seguem os dados do setor de alimentação anima e análise por cada segmento da cadeia produtiva:

Produção de rações e sal mineral (milhões toneladas)

*Estimativa; **Previsão

Fonte: Sindirações

Evolução na produção de rações (2020/2019)

Fonte: Sindirações

*Previsão

Frango de corte

Apesar do cenário bastante adverso provocado pela pandemia da COVID-19, é fato que a produção de alimentos para animais resistiu bem ao “evento imprevisível” e assegurou o necessário suprimento da cadeia produtiva e exportadora da proteína animal brasileira. O produtor de frangos de corte demandou  25,6 milhões de toneladas de rações de janeiro a setembro, um avanço de quase 4%, marca alinhada àquela prevista ainda antes da pandemia, ou seja, ancorada na percepção do consumo doméstico crescente e da continuidade da necessidade chinesa por proteína animal que continuaria mirando também a carne de frango. Apesar do cenário futuro apontar razoável recessão econômica com taxa de desemprego às alturas, o auxílio emergencial liberado pelo Governo Federal aos milhões e milhões de afetados, apesar de decrescente, foi preferencialmente gasto na compra de alimentos. Combinado ao fenômeno mencionado, e apesar do estratosférico custo dos principais insumos (milho e farelo de soja, afora os aditivos importados e precificados em dólar), o persistente déficit interno chinês pelas carnes pode manter o ritmo ajustado da cadeia produtiva brasileira, e em consequência ainda assegurar um avanço de 3,5% na produção de rações para frangos de corte durante o ano de 2020.

Fonte: APINCO, adaptado Sindirações

Galinhas de postura

O consumo de ovos foi intensificado, alternativamente às carnes, por conta dos efeitos econômicos gerados pela pandemia, e então, o crescente e contínuo alojamento de poedeiras, apurado em boa parte do ano, contabilizou algo como 5,2 milhões de toneladas de rações, avanço da ordem de 6%, quando comparado aos mesmos nove meses do ano passado. O descarte das aves mais velhas por conta dos excedentes deve ajustar naturalmente a produção à demanda e a previsão é que a produção de rações para galinhas de postura avance 5,5% e contabilize 7,2 milhões de toneladas no corrente ano.

Poedeiras em produção (milhões)

Fonte: ABPA, adaptado Sindirações

Suínos

A destinação recorde da carne suína brasileira para a China e o concomitante incremento do consumo doméstico impulsionado pelo auxílio emergencial dinamizaram a cadeia produtiva que demandou, no período de janeiro a setembro, 13,2 milhões de toneladas de rações para suínos, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Muito embora, o benefício aos mais necessitados segue agora reduzido pela metade, o bom ritmo ainda verificado nos embarques ao exterior permite prever uma estimativa que pode ultrapassar 18,6 milhões de toneladas e avançar 5%.

Abate de suínos (milhões cabeças)

Fonte: SIGSIF/MAPA, adaptado Sindirações

Bovinos de corte

De janeiro a setembro, a produção de rações e concentrados para bovinos de corte alcançou 4,4 milhões de toneladas e incremento de 6,3%, e continua estimulada pelos bons preços pagos pelo terminado e principalmente alavancada por causa do desempenho exportador. Apesar do cenário prejudicar a rentabilidade dos repositores e criadores, resultado da grande valorização do bezerro e dos preços dos concentrados e sal mineral e dos bezerros, respectivamente, a piora das pastagens exigiu a complementação com milho, farelo de soja e algodão, DDGS, etc. Durante os doze meses do ano corrente é provável apurar a produção de 5,5 milhões de toneladas, ou ainda um avanço de 6%.

Bovinos leiteiros

O plantel de bovinos leiteiros demandou 4,7 milhões de toneladas durante os primeiros nove meses do ano, um avanço da ordem de 4,9% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Nesse ano, a cadeia produtiva do leite foi e continua modulada por diferentes fatores que influenciam sua produtividade, dentre eles, o apetite dos consumidores sustentados pelo auxílio emergencial, o abate de vacas em resposta à valorização da arroba, o preço recebido pelo produtor, a estiagem na região Sul do país, o maior volume de leite em pó importado,  o encarecimento da alimentação dos animais por conta do forte aumento do preço do milho, farelo de soja e dos insumos importados, etc. Apesar das melhores condições de pastagens, por conta do período chuvoso, e da eventual retração do hábito de compra dos lácteos, devida à redução do valor do auxílio, ainda é possível estimar crescimento de 4,5% e contabilização de 6,5 milhões de toneladas durante o exercício de 2020.

Comparações dos índices

Fonte: CEPEA, adaptado Sindirações

Peixes e camarões

O Brasil já é considerado o quarto maior produtor global de tilápias e a piscicultura continua avançando, principalmente no estado do Paraná, onde prevalece o sistema de produção integrado, no qual o integrador fornece ração e assistência técnica ao produtor e, em seguida, recolhe o produto que é processado industrialmente e comercializado, inclusive internacionalmente. Além disso, os produtores verticalizados e independentes continuam povoando, motivados pelos melhores preços pagos pelo peixe e, ao contrário de anos anteriores, pela demanda consumidora que não retrocedeu, mesmo após a “Semana Santa”. No caso da carcinicultura, os pequenos e médios produtores concentraram esforços nas vendas diretas na região Nordeste e assim puderam sustentar seus negócios durante a fase mais aguda da pandemia. De janeiro a setembro a produção de rações para aquacultura já somou 1,1 milhão de toneladas, cujo montante pode avançar até 10% e totalizar em 1,43 milhão de toneladas no corrente ano.

Cães e gatos

Os cães e os gatos já residem em mais da metade dos lares brasileiros e essa estreita interação sob o mesmo teto, acentuada mais recentemente pela pandemia, reforçou a percepção dos tutores que a saúde dos mascotes é tão importante quanto qualquer outro membro da família. Em consonância, a praticidade do alimento completo e balanceado, tem contribuído para crescente e contínuo interesse no oferecimento da alternativa industrializada. De janeiro a setembro a demanda avançou 5,3%, enquanto a previsão é produzir cerca de 2,9 milhões de toneladas durante o ano de 2020.

Fonte: Assessoria

Notícias

Inscrições com desconto ao Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos encerram dia 30 de abril

Evento será realizado nos dias 21 e 22 de maio em Uberlândia (MG).

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

A Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta) realiza, entre os dias 21 e 22 de maio, o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos no Nobile Suíte Hotel em Uberlândia (MG),

Todas as palestras serão realizadas de forma presencial e as inscrições podem ser feitas pelo site da Facta. Os valores, com desconto do primeiro lote variam de R$ 390,00 para profissionais e R$ 195,00 para estudantes. Estes valores estarão disponíveis até o dia 30 de abril.

Para se inscrever clique aqui. A inscrição só será confirmada após o pagamento, que pode ser realizado via depósito bancário, PIX, transferência bancária ou pelo cartão de crédito.

As inscrições antecipadas podem ser feitas até dia 16 de maio, não sendo possível se inscrever presencialmente no dia do evento.

Programação explora tópicos importantes para a avicultura

Durante o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos, os participantes terão a oportunidade de se aprimorar em uma variedade de temas fundamentais para o setor avícola. Um dos pontos de discussão será a otimização da janela de nascimento e seus impactos na qualidade e desempenho das aves adultas. Os especialistas compartilharão novos conceitos sobre como aperfeiçoar esse processo para garantir melhores resultados na produção avícola.

Além disso, a limpeza, desinfecção e controle da contaminação no incubatório serão abordados em detalhes. Os participantes terão  acesso à informações sobre as melhores práticas para manter um ambiente higiênico e seguro para o desenvolvimento dos pintinhos. Confira a programação completa clicando aqui.

Fonte: Assessoria Facta
Continue Lendo

Notícias

Uma em cada dez famílias brasileiras enfrenta insegurança alimentar

Mais de 20 milhões de pessoas convivem com o problema aponta IBGE em levantamento divulgado nesta quinta-feira (25).

Publicado em

em

Foto: Daniel Vieira/Pexels

A insegurança alimentar moderada ou grave atingia 7,4 milhões de famílias brasileiras (ou 9,4% do total) no último trimestre de 2023. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25).

Segundo o IBGE, esses mais de sete milhões de lares que convivem com a redução na quantidade de alimentos consumidos ou com a ruptura em seus padrões de alimentação abrigam 20,6 milhões de pessoas.

A metodologia da pesquisa envolve um questionário sobre a situação alimentar do domicílio nos 90 dias que antecederam a entrevista. “A gente não fala de pessoas [individualmente], a gente fala de pessoas que vivem em domicílios que têm um grau de segurança ou insegurança alimentar”, destaca o pesquisador do IBGE Andre Martins.

O domicílio é, então, classificado em quatro níveis, segundo a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. O grau segurança alimentar demonstra que aquela família tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente.

De acordo com o IBGE, 56,7 milhões de famílias brasileiras (que reúnem 152 milhões de pessoas) encontram-se nessa situação.

O grau insegurança alimentar leve afeta 14,3 milhões de famílias (43,6 milhões de pessoas) e significa que há preocupação ou incerteza em relação aos alimentos no futuro, além de consumo de comida com qualidade inadequada de forma a não comprometer a quantidade de alimentos.

Já a insegurança alimentar moderada atinge 4,2 milhões de famílias (11,9 milhões de pessoas) e demonstra redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.

Por fim, a situação mais severa é a insegurança alimentar grave, que representa uma redução quantitativa de comida e ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. São 3,2 milhões de famílias, ou 8,7 milhões de pessoas, que se encontram nesse cenário.

Orçamentos familiares

Na comparação com o último levantamento sobre segurança alimentar, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada em 2017 e 2018, no entanto, houve uma melhora na situação.

O percentual de domicílios em situação de segurança alimentar subiu de 63,3% em 2017/2018 para 72,4% em 2023. Já aqueles que apresentavam insegurança alimentar moderada ou grave recuaram de 12,7% para 9,4%. A insegurança alimentar leve também caiu, de 24% para 18,2%. “A gente teve todo um investimento em programas sociais, em programas de alimentação, principalmente esses programas de [transferência de] renda. Isso reflete diretamente na escala de insegurança alimentar, que responde bem a esse tipo de intervenção”, afirma Martins. “A recuperação da renda, do trabalho também se reflete na segurança alimentar”.

Outro indicador que provoca melhora da situação é a redução dos preços dos alimentos. Em 2023, por exemplo, os produtos alimentícios para consumo no domicílio tiveram queda de preços de 0,52%.

O pesquisador do IBGE Leonardo de Oliveira ressalta, no entanto, que não é possível atribuir apenas ao ano de 2023 o avanço ocorrido, uma vez que se passaram cinco anos entre a POF 2017/2018 e a Pnad Contínua do quarto trimestre de 2023. E não houve nenhuma pesquisa do IBGE sobre segurança alimentar entre essas duas. “É importante ter em mente que esse movimento não são melhorias de um único ano. O resultado aqui é consequência de todos os movimentos da renda e movimentos de preço que aconteceram entre esses dois períodos”, destaca Oliveira. “Esse resultado não é apenas do que aconteceu no último ano, embora coisas que tenham acontecido nesse último ano são importantes”.

A situação de segurança alimentar, no entanto, ainda está inferior àquela observada no ano de 2013, quando o assunto foi abordado pela Pnad. Naquele ano, a segurança alimentar era garantida a 77,4% dos lares, enquanto a insegurança alimentar leve atingia 14,8% dos domicílios, a insegurança moderada, 4,6% e a insegurança grave, 3,2%.

Fonte: Agência Brasil
Continue Lendo

Notícias

Faesc aprova medidas do Governo de Santa Catarina em apoio aos produtores de leite

Faesc considera o Programa Leite Bom SC como um grande auxílio às urgentes demandas da cadeia produtiva de leite do estado catarinense.

Publicado em

em

Foto: Divulgação /NA

Sempre atenta às questões que envolvem a cadeia produtiva do leite, em especial com os desafios impostos aos produtores de leite catarinenses, a Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc) aplaude as medidas adotadas pelo Governo de Santa Catarina por meio do Programa Leite Bom SC, lançado na última semana. O decreto, os financiamentos aos produtores e os incentivos fiscais para a indústria leiteira visam beneficiar direta ou indiretamente os 22,2 mil produtores catarinenses e garantem R$ 300 milhões em apoio ao setor nos próximos três anos.

Vice-presidente executivo da Faesc, Clemerson José Argenton Pedrozo: “Com a suspensão da concessão de incentivos fiscais para a importação de leite e derivados, inibe-se a concorrência desleal que tanto prejudica nosso produtor rural” – Foto Divulgação Sistema FaescSenar

Para o vice-presidente executivo da Faesc, Clemerson José Argenton Pedrozo, o programa lançado é um grande auxílio às urgentes demandas da cadeia produtiva de leite do estado. “A forte presença de leite importado no mercado brasileiro provocou queda geral de preços, anulando a rentabilidade dos criadores de gado leiteiro. Com a suspensão da concessão de incentivos fiscais para a importação de leite e derivados, inibe-se a concorrência desleal que tanto prejudica nosso produtor rural”, ressalta.

As novas medidas de financiamento também são citadas por Clemerson Pedrozo como grandes aliadas ao setor. Por meio dos programas Pronampe Leite SC e Financia SC poderão ser disponibilizados até R$ 150 milhões para subsidiar juros de empréstimos bancários e conceder financiamentos sem juros. “Essa iniciativa é essencial para garantir investimentos no sistema produtivo”, evidencia.

Ainda dentro do novo programa do governo do estado, os incentivos que serão repassados às agroindústrias catarinenses visam propiciar a estas patamares tributários similares aos benefícios concedidos por estados vizinhos (Paraná e Rio Grande do Sul). “Sempre defendemos que fosse concedido aos produtores de leite catarinenses e sua cadeia produtiva as mesmas condições dadas aos demais Estados. Não pedimos nada a mais, somente condições justas para o produtor rural catarinense”.

Clemerson valoriza a decisão do governo do estado e enaltece a atuação do governador Jorginho Mello, bem como do secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, e do secretário da Agricultura Valdir Colatto que foram sensíveis aos pleitos das entidades representativas do agronegócio catarinense para providenciar medidas cruciais e urgentes em favor de um setor prejudicado de forma extrema nos últimos tempos. O vice-presidente executivo ainda reforça que a FAESC se manterá atenta às demandas do produtor rural e continuará atuando firmemente em defesa e visando o progresso da cadeia produtiva do leite catarinense.

Fonte: Assessoria Faesc
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.