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Setor avícola gaúcho se mantém na linha de recuperação das exportações

Em maio de 2021, os embarques de carne de aves do RS somaram 64,5 mil toneladas

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Divulgação/AENPr

A avicultura gaúcha exportou 287,8 mil toneladas de carne de frango entre janeiro a maio deste ano, registrando um aumento de 2,3 % em relação ao mesmo período do ano anterior, que foi de 281,3 mil toneladas. Em receita, as exportações avícolas gaúchas atingiram um faturamento de US$ 454,5 milhões nesse período, um aumento de 12,8% sobre o mesmo ciclo de 2020, que foi de US$ 403 milhões.

Em maio de 2021, os embarques de carne de aves do RS somaram 64,5 mil toneladas, 7,4% acima do volume exportado no mesmo mês do ano passado, que fechou em 60,1 mil toneladas. A receita gerada nas vendas desse mês foi de US$ 102,3 milhões, uma alta de 32,5% sobre o mesmo quinto mês de 2020, que somou US$ 77,2 milhões.

O presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, comenta que o cenário econômico e mercadológico ainda é delicado, principalmente para produtores de carne de frango e ovos que dependem  única e exclusivamente do mercado interno brasileiro. “A adoção de mecanismos de amparo e diminuição da carga tributária, em caráter de contingenciamento, podem evitar desestruturação destes integrantes da atividade”, ressalta.

As exportações de ovos do RS tiveram queda de 166 toneladas nas vendas de janeiro a maio de 2021 chegando em um volume de 559 toneladas, uma retração de 22,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior, que embarcou 725 toneladas de ovos. Já a receita cambial do setor registrou incremento de 3,7%, passando de US$ 1.305 milhões para US$ 1.354 milhões. Em maio de 2021, o total foi de 136 toneladas, valor que corresponde a mesma retração verificada nos primeiros cinco meses, que foi 53,1% na comparação com o mesmo mês de 2020, que fechou em 89 toneladas.

No âmbito nacional, a receita cambial oriunda das exportações no quinto mês de 2021 chegou a US$ 656,3 milhões, desempenho 20,1% superior ao obtido em maio do ano passado, com US$ 546,3 milhões.

No acumulado do ano (janeiro a maio), as exportações chegaram a 1,846 milhão de toneladas, saldo 4,6% maior em relação ao ano anterior, com 1,764 milhão de toneladas. Em receita, a alta acumulada é de 4,8%, com US$ 2,826 bilhões em 2021, contra US$ 2,697 bilhões no ano anterior.

Entre os principais mercados importadores deste ano, foram destaques as Filipinas, com 61,9 mil toneladas (+65,3%), a Rússia, com 42,8 mil toneladas (+33,6%), o Reino Unido, com 41,7 mil toneladas (+41,4%) e o Chile com 39,7 mil toneladas (+152,9%) .

Principal estado exportador, o Paraná embarcou nos cinco primeiros meses desse ano 737,1 mil toneladas, volume 6,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em segundo lugar, Santa Catarina exportou 399,9 mil toneladas (-5,47%). No terceiro posto, o Rio Grande do Sul embarcou 287,8 mil toneladas (+2,31%).

“O bom ritmo das vendas de carne de frango para o mercado internacional vem ajudando a equilibrar a pressão gerada pelos custos de produção às empresas que têm acesso às exportações, que representam em torno de 70% das plantas sob inspeção federal. As nações importadoras seguem com boa demanda, e o produto brasileiro manteve-se competitivo no exterior, mesmo sendo abastecido por grãos caros”, analisa Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Pleitos prioritários encaminhados ao governo federal:

  • Liberação de importação de milho dos EUA para uso estrito  na ração animal, atendido por meio da resolução 32 do MCT;
  • Suspensão temporária de cobrança de PIS/COFINS nas importações de milho provenientes de países fora do Mercosul (ainda em aberto);
  • Financiamento para armazenagem de grãos na agroindústria produtora de proteína animal (ainda em aberto);
  • Políticas e programas de incentivo ao plantio de milho e de cereais de inverno (ainda em aberto).

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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