Conectado com

Pet

Setembro vermelho: um alerta sobre a saúde cardíaca dos pets!

Apesar de mais comuns em animais mais velhos, as doenças cardíacas podem afetar pets de todas as idades, e os primeiros sinais nem sempre são evidentes.

Publicado em

em

Foto: Freepik

Os atendimentos de cardiologia veterinária têm ganhado cada vez mais espaço na clínica de pequenos animais. Um dos motivos para este aumento é a longevidade dos pets, que vem aumentado a cada ano, e uma maior preocupação dos tutores em proporcionar mais saúde e bem-estar aos seus companheirinhos.

“A idade avançada tende a ser um fato importante para o desenvolvimento de problemas cardíacos em cães e gatos, mas o tutor precisa estar atento desde filhote, porque as doenças cardíacas podem ter um desenvolvimento discreto e só manifestar sintomas sérios, como desmaios e língua roxa, quando já está em um patamar avançado”, alerta Nathalia Fleming, médica-veterinária gerente de produtos pet da Ceva Saúde Animal.

O mês de setembro, que tem o Dia Mundial do Coração celebrado no dia 29, também é conhecido como “Setembro Vermelho” – iniciativa criada pela Federação Mundial do Coração com o intuito de conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde cardíaca de humanos, que foi igualmente adotada pelos médicos-veterinários para promover maiores informações sobre a prevenção e tratamento dos problemas cardiovasculares que também acometem os pets.

“Os tutores têm um papel muito importante no diagnóstico primário da doença, de perceber que algo não está muito bem com o pet. O cansaço exagerado, tosse sem motivo, falta de energia e baixa tolerância à exercícios são os primeiros sintomas de um problema no coração do pet. Estar atento a isso, independente da idade do animal, é primordial para um diagnóstico mais preciso e antecipado”, a médica-veterinária reforça.

Atualmente a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) é a doença cardiológica que mais causa óbitos nos cães, mas também impacta a saúde e o bem-estar dos gatos. O coração dos animais com este quadro têm uma incapacidade em bombear a quantidade suficiente de sangue para suprir a demanda metabólica do organismo. Como consequência nos cães o coração aumenta progressivamente de tamanho, desencadeando outros problemas no órgão. Já nos felinos, a musculatura cardíaca vai se tornando mais espessa, dificultando a contração para o bombeamento adequado do sangue.

Nathalia reforça a importância de se atentar aos primeiros sinais: “Tosse é o sintoma mais importante nos cães e que é quase sempre o mais negligenciado, especialmente nos cães de raças pequenas. Se o seu pet tosse enquanto dorme, no início da manhã, ou quando está muito animado com passeios ou visitas, leve essa reclamação ao médico-veterinário. É um sinal que parece ser bobo, mas muito relevante para a clínica médica. No caso dos felinos, as doenças relacionadas ao coração são mais difíceis de diagnosticar de forma precoce, por isso um check-up anual é sempre importante”.

Os sintomas da Insuficiência Cardíaca Congestiva mais avançada variam de acordo com o lado acometido do coração. A ICC esquerda provoca uma dificuldade para respirar em consequência do edema pulmonar (líquido no pulmão). Já a ICC direita apresentam o abdômen inchado (“barriga d’água”) e fígado aumentado, consequência da má circulação corpórea.

Os animais mais velhos, acima de 8 anos, têm uma maior chance de desenvolver a ICC, mas algumas raças podem apresentar predisposição genética para o problema e devem ser acompanhados mais regularmente por um cardiologista veterinário, como é o caso dos gatos da raça Maine Coon e dos cães da raça Cavalier King Charles Spaniel.

A importância do diagnóstico precoce e do tratamento

Por ter os primeiros sintomas muito discretos ou quase imperceptíveis, é recomendado que os pets façam exames cardíacos, como eletro e ecocardiograma, pelo menos uma vez por ano a partir dos 6 anos. Embora um diagnóstico de problema cardíaco no pet seja algo aterrorizante para muitos, descobrir a doença ainda no começo e iniciar o tratamento o mais rápido possível faz toda a diferença na longevidade e na qualidade de vida do pet.

“O tratamento da ICC em específico tem como objetivo diminuir a retenção de líquido no organismo do animal e melhorar a saúde pulmonar. Quanto antes diagnosticada, menos remédios o médico-veterinário precisa receitar para dar suporte ao pet. Nos quadros iniciais, o principal objetivo é reduzir a tosse e o esforço respiratório, e os medicamentos conhecidos como inibidores de uma enzima chamada ECA são os mais comuns e eficientes”, Nathalia explica.

A médica-veterinária alerta, porém, que o fato de a tosse ter melhorado ou mesmo sumido não quer dizer que o animal está curado e que a medicação pode ser suspensa sem ao menos passar por uma consulta com o médico-veterinário responsável pelo caso. Os problemas cardíacos nos pets não tem cura, apesar de ser possível observar regressão em alguns sintomas, por isso pets cardiopatas precisam ter um acompanhamento veterinário constante.

“O tratamento dos problemas cardíacos nos pets, quando feito de forma correta, é capaz de prolongar e fornecer qualidade de vida aos peludos por um longo tempo, junto com uma dieta adequada e acompanhamento. Hoje em dia, com tanta modernidade, o diagnóstico é mais um aliado do que um vilão, e o mês de setembro é um alerta importante para isso”, finaliza.

Fonte: Assessoria

Pet No CFMV

CRMV-RJ protocola pedido de isenção total à anuidade do ano em que ocorra parto, adoção ou gestação não levada a termo

Medida representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Como parte do compromisso do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) em promover uma prática profissional cada vez mais humanizada e inclusiva, o presidente Diogo Alves protocolou no dia 07 de março, junto ao Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), um pedido para a concessão de isenção total correspondente à anuidade de mulheres inscritas no sistema CFMV/CRMVs no ano em que ocorra o parto, adoção ou gestação não levada a termo.

Essa medida, prometida durante a campanha da chapa eleita para o período de 2023-2026, representa um importante passo em direção à valorização das profissionais médicas-veterinárias e zootecnistas, reconhecendo e apoiando momentos significativos de suas vidas pessoais.

Ao promover essa isenção, o CRMV-RJ demonstra sua sensibilidade às necessidades individuais dos profissionais, bem como seu compromisso em criar um ambiente de trabalho mais acolhedor e justo para todos.

Esta iniciativa também é apresentada durante o Mês Internacional da Mulher, reafirmando o compromisso desta autarquia com a igualdade de gênero e com a promoção de condições mais favoráveis para a atuação das mulheres na Medicina Veterinária e na Zootecnia.

Fonte: Assessoria CRMV-RJ
Continue Lendo

Pet

Pets também podem desenvolver transtornos mentais e emocionais

É preciso entender as particularidades dos animais, as causas e os sinais comportamentais de que algo não está bem

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inúmeras pesquisas apontam para o quadro de saúde mental da população humana, conscientizando sobre a necessidade de cuidados para garantir o bem-estar emocional dos indivíduos e da sociedade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive publicou o Informe Mundial de Saúde Mental (2022) e alertou que, em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental, a principal causa de incapacidades.

Porém, transtornos mentais e emocionais não são exclusividade dos humanos. Os pets também podem desenvolvê-los, principalmente ansiedade, reatividade, agressividade, medo/fobia, comportamento compulsivo e dermatites. “Os animais de estimação têm emoções e elas devem ser compreendidas e respeitadas. É preciso atender às necessidades emocionais do pet e ficar atento caso haja mudança de comportamento do animal, procurando assistência especializada quando algo fora do comum acontecer”, comenta a médica-veterinária comportamental, Dani Graziani.

As situações que mais geram desconforto para eles estão relacionadas a mudanças, como de casa ou de rotina, à perda de um ente da família ou até mesmo à senilidade, processo de envelhecimento que vem acompanhado de desafios físicos e emocionais, como diminuição da visão, da audição e do olfato, dificuldade de locomoção, irritabilidade, desorientação, perda de memória, entre outros fatores que os deixam mais vulneráveis. “São muitos os sinais que podem identificar que o animal de estimação não está bem, como um cão tranquilo apresentar agressividade ou um pet que fazia seu xixi no lugar certo começar a fazê-lo em outro lugar. É importante acolher em vez de ficar bravo, pois ele está demonstrando que precisa de ajuda e o apoio é essencial para o processo de cura”, aconselha a veterinária.

De olho na prevenção

A atividade física impacta diretamente na saúde física e mental dos animais. “Os cães precisam correr, caminhar e explorar ambientes. Um passeio diário de vinte minutos já acalma e ajuda no gasto de energia, na socialização, na perda de peso e na manutenção da massa muscular”, indica a médica-veterinária Farah de Andrade.

A falta de brinquedos e de interação também pode trazer prejuízos, assim como um ambiente muito agitado ou monótono demais. “O ideal é manter uma rotina equilibrada entre atividades, brincadeiras e descanso, para se evitar o estresse e a ansiedade. Dar mais atenção ao pet é fundamental para o bem-estar dele”, conta Farah.

Colocar em prática o enriquecimento ambiental, ou seja, adaptar o lar para proporcionar uma rotina mais saudável e prazerosa ao pet, com estímulos mentais, físicos e sensoriais, auxilia a prevenir o tédio, reduzir o estresse e promover um comportamento equilibrado.

Para dar certo, é preciso conhecer o animal de estimação, seus gostos e preferências. Para os gatos, é possível instalar prateleiras nas paredes, nichos, redes, arranhadores e deixar brinquedos em locais estratégicos. Já para os cachorros, além dos brinquedos, incluir atividades que estimulam o olfato, treinamento cognitivo e socialização são algumas formas de deixar o ambiente mais interativo.

Tratamento em forma de petisco

Medicar um animal nem sempre é uma tarefa fácil, sendo, muitas vezes, um fator de grande estresse, especialmente para os felinos. Para isso existem soluções como os medicamentos manipulados em formas farmacêuticas que facilitam a administração, como biscoitos, caldas ou molhos, pastas orais e géis transdérmicos. As apresentações orais podem ainda ser flavorizadas com sabores como bacon, caramelo, leite condensado, frango entre diversos outros que atraem os pets. “O gel transdérmico é aplicado na pele do animal e sua aplicação mais parece um carinho. Já um biscoito com sabor é como um petisco, um mimo. Muitos pacientes chegam a ‘pedir’ mais”, comenta Farah.

Os medicamentos manipulados também costumam ser a principal alternativa para a prevenção ou o tratamento de transtornos mentais devido à possibilidade de combinação de ativos num mesmo medicamento, manipulado na dose exata para o peso do animal, além dos diferenciais de flavorização e apresentação.

“Florais de Bach e fitoterápicos como valeriana, kawa-kawa, passiflora, L-triptofano e melatonina são algumas opções que podem ser prescritas em casos como insônia, estresse ou ansiedade. Medicamentos controlados, geralmente indicados para casos mais complexos, também podem ser manipulados, como fluoxetina, sertralina e clomipramina”, comenta Farah, ressaltando que somente um médico-veterinário está apto a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso.

Fonte: Assessoria DrogaVET
Continue Lendo

Notícias

Instituto da UEL completa um ano com 84 cientistas em busca de vacina contra toxoplasmose

No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.

Publicado em

em

Coordenador do INCT-Toxoplasmose, professor João Luis Garcia: "A vacina nacional se encontra em estágio de ensaio pré-clínico" - Foto: Pedro Livoratti/Agência UEL

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Toxoplasmose (INCT), do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), comemora um ano de atividades com 70 pesquisadores brasileiros e 14 estrangeiros provenientes de 32 instituições conectados. As atividades do grupo começaram em março de 2023, logo após a UEL ser contemplada na Chamada 58/2022 do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), do CNPq, que financia pesquisas de alto impacto, com investimento de R$ 5 milhões.

No Brasil, 14 estados de todas as regiões estão representados no INCT com pesquisadores desenvolvendo projetos científicos que buscam um kit de diagnóstico rápido para a doença, além de uma vacina para suínos e gatos, animais considerados os principais transmissores da doença.

A toxoplasmose é uma zoonose que afeta a saúde pública brasileira. Recentemente, em 2018, houve um surto da doença em Santa Maria (RS), com um óbito. Outra manifestação intensa do parasita ocorreu em Santa Isabel do Ivaí, no Noroeste do Paraná. O protozoário pode ser encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados e pode causar graves complicações em gestantes e pessoas com o sistema imunológico debilitado.

As pesquisas do INCT têm foco na prevenção, daí a importância da criação de um kit rápido. Além desse esforço, os pesquisadores têm projeto para o desenvolvimento da primeira vacina brasileira contra toxoplasmose. O imunizante é utilizado em ovinos e caprinos apenas no Reino Unido, Irlanda, França e Nova Zelândia. A vacina nacional se encontra em estágio de ensaio pré-clínico. O imunizante deverá ser aplicado em gatos (que contaminam o meio ambiente por meio das fezes) e em suínos (que podem transmitir a doença pelo consumo da carne mal passada).

O coordenador do Instituto, João Luis Garcia, do Departamento de Medicina Veterinária e Preventiva (DMVP), afirma que o projeto foca na chamada Saúde Única, focando em ferramentas que possam fortalecer medidas preventivas, de forma conciliada com a sustentabilidade. O público-alvo das medidas preventivas envolve crianças e gestantes. “Outra preocupação é quanto aos animais de produção, já que a doença não pode ser constatada na inspeção sanitária”, afirma.

Por meio do INCT Toxoplasmose, a estudante Ana Clésia da Silva viajou em agosto do ano passado para os Estados Unidos, onde aprofunda pesquisas sobre a doença na Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU), considerado um importante centro de pesquisa da doença.

Pesquisadores interessados ainda podem submeter seus projetos para avaliação. As propostas podem ser enviadas para o portal do Instituto.

Fonte: AEN-PR
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.