Suínos Genética
Serviço de Registro Genealógico de Reprodutores Suínos da ABCS comprova excelência na produção suinícola
Dentre as vantagens, o SRGS garante qualidade, rastreabilidade, melhoramento genético, saúde para os animais e maior rentabilidade para granjas

Com atuação sistêmica na suinocultura, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) tem como um de seus pilares a qualidade na produção e por isso, valoriza processos que deem essa garantia tanto para os produtores quanto para os consumidores. Um exemplo disso é o Serviço de Registro Genealógico de Suínos (SRGS), realizado há mais de 50 anos pela ABCS, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Portaria 183, de 27 de novembro de 1967.
O SRGS tem como público-alvo empresas de genética e produtores que criam suínos para comercialização de matrizes e machos para reprodução. A emissão de registros de reprodutores pelo SRGS atesta a qualidade dos animais comercializados no Brasil. Por meio deste serviço, o produtor obtém um documento certificando a origem, a raça e a genética do animal. A registro é como uma identidade, um documento no qual são informados os dados de desempenho do suíno, genealogia (ou linha genealógica), assim como o nome da granja, do criador (ou proprietário) e o endereço do local de origem do animal.
Nas Granjas de Reprodutores de Suínos Certificadas (GRSC) os animais registrados e destinados à reprodução são submetidos à avaliação zootécnica seguindo o regulamento do SRGS e cumprindo rigorosos testes sorológicos e fiscalização in loco (Serviço Veterinário Oficial-SVO-MAPA) para a manutenção da saúde animal e produtividade do rebanho.
No caso de animais vindos do exterior, todos os reprodutores suídeos importados, obrigatoriamente passam por quarentena na Estação Quarentenária de Suínos do MAPA. Esta estação se localiza em Cananéia (SP) e é a única do Brasil para entrada de suínos provenientes do exterior, com todo o apoio e controles realizados no local pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO). Durante o período de quarentena são realizados uma série de exames clínicos e laboratoriais, conforme exigidos pelo MAPA. Também é realizada uma rigorosa avaliação zootécnica sob inspeção in loco da ABCS, visando a avaliação dos suínos reprodutores para atendimento aos requisitos zootécnicos quanto à concessão do Registro Genealógico em nível nacional.
Assim, os animais que estiverem dentro dos padrões zootécnicos e de saúde animal são liberados e posteriormente é realizada a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA). A partir daí os suínos seguem para povoar as granjas.
Registro de suíno: um ato simples que gera ganhos e confiabilidade do rebanho
Os ganhos com o registro de suínos reprodutores são grandes e ele traz a garantia de que os animais apresentam uma origem confiável, assim como está associado ao melhoramento genético, que pode ser repassado para as futuras gerações. Uma granja de sucesso depende de vários fatores, dentre eles, aquisição de um material genético de qualidade e um bom ambiente, que é essencial para obter melhor produtividade.
Para a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, a iniciativa assegura a saúde e a segurança do rebanho. “É um trabalho de longa data que a ABCS faz. Os reprodutores passam por inspetores zootécnicos, análises da parte sanitária e só após a aprovação em todos os exames, o animal passa a povoar as granjas de genética. Precisamos de maior apoio dos estados nessa iniciativa. o registro é sinal de controle de melhoramento genético, de aspectos de saúde e sanidade e também de uma comercialização que segue os requisitos da legislação brasileira”.
E quanto à comercialização de reprodutores, a diretora técnica aponta que é necessário estar atento quanto ao transporte legalizado, que além de requisitar a Guia de Trânsito Animal (Decreto nº 5.741 de 30 de março de 2006), também é obrigatório apresentar nos postos de fiscalizações e barreiras móveis nas rodovias (serviço veterinário oficial) os registros genealógicos dos suínos reprodutores para fins de comercialização. Esses critérios se aplicam tanto no trânsito interestadual, quanto no internacional, pois o Brasil também é um exportador de reprodutores vivos, principalmente para os países sul-americanos.
Segundo o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, o SRGS confirma a excelência nos processos de produção da suinocultura, trazendo credibilidade para o produto e confiança na procedência da carne suína. “Ao introduzir novos animais no seu plantel tenha em mente que o Registro Genealógico garantirá qualidade, rastreabilidade, melhoramento genético, saúde para seus animais e maior rentabilidade para a sua Granja”, afirmou.
Como fazer o Registro?
Para realizar o cadastro, siga as seguintes etapas:
Etapa 1: O produtor deve acessar o site do Registro Genealógico de Suínos e deve inserir seu nome de usuário e senha.
Etapa 2: Ao abrir a página, clique em “Solicitar Registro” (ao lado direito) e complete o questionário (Pode selecionar um a um ou vários registros de uma vez) e logo após o preenchimento, o produtor terá acesso ao certificado digital do animal, com a possibilidade de imprimi-lo na hora.

Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



