Notícias
Senar/SC alinha atividades do projeto Aquicultura Brasil
Setor produtivo celebra decisão do STF sobre compensação ambiental.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de Santa Catarina (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc), promoveu na última semana reunião de alinhamento das atividades do projeto Aquicultura Brasil. A iniciativa é do Senar em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e integra o Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura (ProAqui).
Santa Catarina é um dos primeiros estados a ser beneficiado com o projeto que atenderá todo o país. O encontro reuniu profissionais do Senar/SC e as equipes técnicas que prestarão assistência aos produtores.
O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, confirmou que neste momento serão atendidos 150 produtores de piscicultura e maricultura. “Queremos promover melhorias na gestão e impulsionar o desenvolvimento sustentável dessa atividade. Temos a certeza de que será mais uma iniciativa de sucesso”.
A coordenadora estadual da ATeG, Paula Coimbra Nunes, conduziu a reunião e realçou que as expectativas são positivas. “Será um trabalho que fortalecerá a aquicultura em Santa Catarina, aumentando a produtividade e impulsionando o crescimento do setor”.
Segundo o presidente Pedrozo, o acordo de Cooperação Técnica entre MPA e o Senar terá duração inicial de dois anos. Além de Santa Catarina, foram contemplados na primeira fase do projeto os seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins.
Assistência técnica e gerencial em SC
O Sistema Faesc/Senar já atua no fortalecimento do setor ao oferecer a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) nas áreas de piscicultura e maricultura. O objetivo é o aumento da produção, a evolução na produtividade e no nível de gestão, além do incremento da renda líquida das propriedades rurais.
Na maricultura, a ATeG qualifica produtores para gestão básica das agroindústrias, boas práticas de fabricação e de manipulação do pescado. São avaliados indicadores econômicos e de produção, com objetivo de aumentar a produtividade e gerar incremento de renda. A ATeG na área de piscicultura foca em uma produção qualificada que promove a melhoria da produtividade e uma gestão eficiente. As orientações e o acompanhamento dos técnicos resultam em inovações no manejo, na qualidade da alimentação e da água, no desenvolvimento dos peixes, na gestão dos negócios, entre outros aspectos.
Notícias
Anvisa aprova uso da cannabis na Medicina Veterinária
Regulamentação aprovada reconhece a importância da especialização do médico-veterinário na área de endocanabinologia, o que reforça a responsabilidade na prescrição e utilização da cannabis em tratamentos.
Em decisão histórica, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira (30), por unanimidade, a regulamentação do uso da cannabis na Medicina Veterinária, com a inclusão de novos itens na normativa 344. A medida possibilita que médicos-veterinários utilizem substâncias canabinoides em tratamentos de diversas doenças, promovendo uma nova era de segurança e avanços na saúde animal no Brasil. A resolução ainda não tem um número oficial, mas foi deliberada em plenária pública e deve ser formalizada nos próximos dias, com a ata da decisão prevista para publicação em até 48 horas.
A aprovação decorre dos resultados apresentados pelo grupo de trabalho para proposta de regulação da canabinoide na Medicina Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). A médica-veterinária Caroline Campagnone, que integra o GT, destaca que antes da autorização da Anvisa, a cannabis estava classificada na lista de substâncias proscritas, impossibilitando a utilização na Medicina Veterinária. “Esse cenário gerava insegurança jurídica porque médicos-veterinários que prescrevessem tratamentos com canabinoides, como o THC, corriam risco de serem acusados de tráfico de drogas. Agora, com a nova regulamentação, os profissionais poderão utilizar a cannabis de forma segura e legal, sem o risco de penalidades”, ressalta.
Benefícios e aplicações
A cannabis e os canabinoides têm demonstrado eficácia em diversas áreas, como tratamento de doenças oncológicas, neurológicas e ortopédicas. “O sistema endocanabinoide, presente nos animais, é responsável pela manutenção do equilíbrio corporal, auxiliando no controle de dor, inflamações, crises convulsivas, além de contribuir para a estabilidade emocional e imunológica. O uso de canabinoides endógenos (naturais) e exógenos (administrados) permite tratar essas deficiências de maneira complementar, trazendo qualidade de vida aos animais”, detalha Campagnone.
A médica-veterinária reforça, ainda, que o uso da cannabis na Medicina Veterinária tem sido estudado em parceria com universidades federais, o que pode ampliar o desenvolvimento de terapias inovadoras e com qualidade assegurada, além de promover novas pesquisas e publicações sobre o tema.
Prescrição
A regulamentação aprovada pela Anvisa reconhece a importância da especialização do médico-veterinário na área de endocanabinologia, o que reforça a responsabilidade na prescrição e utilização da cannabis em tratamentos. “Médicos-veterinários, embora agora tenham permissão legal para prescrever, precisam de conhecimento sólido e aprofundado, uma vez que as dosagens e aplicações requerem cuidado específico e ajustado a cada caso”, evidencia Campagnone, que é pesquisadora em Cannabis Medicinal.
“A conquista representa o resultado de anos de trabalho por grupos técnicos e profissionais da área veterinária, que desde 2023 estão empenhados em desenvolver uma regulamentação adequada e segura. O CFMV participa ativamente na formulação de diretrizes para garantir que o uso da cannabis seja feito de forma ética e responsável. A aprovação representa um marco que amplia as possibilidades terapêuticas e promove uma Medicina Veterinária ainda mais humanizada, focada no bem-estar animal e na qualidade de vida de seus pacientes”, completa a médica-veterinária.
Notícias
Setor produtivo celebra decisão do STF sobre compensação ambiental
Decidiram na última semana, por unanimidade, que vale o conceito de “bioma” para a compensação de reserva legal e descartaram o critério de “identidade ecológica”, durante o julgamento de embargos de declaração do Código Florestal.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na última semana, por unanimidade, que vale o conceito de “bioma” para a compensação de reserva legal e descartaram o critério de “identidade ecológica”, durante o julgamento de embargos de declaração do Código Florestal (Lei 12.651/2021).
A notícia foi recebida com alívio pelo setor produtivo que considera a decisão sobre compensação de reserva legal em propriedades rurais assertiva por trazer segurança jurídica aos produtores. “O STF mudou o entendimento inicialmente formado na época do julgamento virtual e derrubou este conceito [de identidade ecológica], mantendo a compensação dentro do mesmo bioma, como consta literalmente na lei”, explicou o diretor jurídico da CNA, Rudy Ferraz. O relator da matéria foi o ministro Luiz Fux.
O vice-presidente executivo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), Clemerson Argenton Pedrozo, destacou que a decisão representa uma conquista importante para o setor agropecuário. “Ao reforçar a validade do conceito de bioma, a medida promove avanços na regularização e facilita ao produtor rural o cumprimento das normas ambientais”.
O presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, frisou que os produtores rurais catarinenses têm uma responsabilidade vital na preservação do meio ambiente. “Eles dependem diretamente da qualidade dos recursos naturais para garantir a viabilidade de suas atividades econômicas e valorizam medidas de preservação. Essa decisão do STF foi recebida com satisfação, pois traz segurança jurídica, garantindo tranquilidade aos produtores”.
Entenda o que aconteceu
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), ajuizada em março de 2013, questionava o artigo 66 do Novo Código Florestal (Lei 12.551/12) quanto às compensações de reserva legal. A ação defendia que fosse adotado o critério de “identidade ecológica” para essas compensações. Atualmente, proprietários que não possuem reserva legal em suas terras podem compensá-la por meio de iniciativas como a compra de cotas, o arrendamento de áreas de reserva ou o uso de cotas excedentes de reserva de outro imóvel.
Caso fosse adotado o critério de “identidade ecológica”, as áreas utilizadas para fazer compensação de reserva legal precisariam ter características semelhantes (dimensão e vegetação) às da propriedade rural.
No fim de 2023, o julgamento foi iniciado no plenário virtual, com a maioria dos ministros votando pela inconstitucionalidade do critério “bioma”. Depois da atuação da CNA e diversas entidades ligadas ao agro, o STF suspendeu a análise no plenário virtual e remeteu o julgamento para o plenário presencial.
A Reserva Legal é o percentual de área na propriedade rural destinado à conservação de vegetação original, biodiversidade, fauna e flora nativas. Pelo Código Florestal, as áreas de reserva legal que devem constar na propriedade são de 80% na Amazônia Legal, 35% em áreas de Cerrado na Amazônia (Cerrado Amazônico) e 20% no restante do país (campos gerais).
Notícias
Expansão da energia solar no Brasil aquece demanda por profissionais qualificados
3ª edição da Imersão Orion traz oportunidades para geração de negócios no segmento de tecnologia fotovoltaica.
O setor de energia solar atraiu investimentos de R$ 59 bilhões para o mercado brasileiro em 2023, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Nos últimos sete anos, a capacidade instalada de fontes geradoras de energia e solar fotovoltaica aumentou mais de 40 vezes no Brasil. Em 2017, a geração estava em torno de 1 gigawatt (GW), enquanto que, nos primeiros meses de 2024, já ultrapassou 42 GW.
O crescimento deste mercado, que reúne mais de 3,3 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia fotovoltaica, gerou mais de 780,1 mil empregos verdes desde 2012, segundo estudos da Absolar. Com o aquecimento da demanda, cresce também a necessidade de incrementar a formação dos profissionais que atuam da cadeia de vendas até a integração.
O mercado tem exigido maior formação em etapas como acompanhamento de créditos e compensação de energia elétrica nas contas, tratativas com concessionárias de energia elétrica, processos de limpeza nos módulos fotovoltaicos, intermediação com fabricantes e monitoramento e substituição de equipamentos. Em um segmento cada vez mais competitivo, a profissionalização das equipes de venda tem sido decisiva na geração de novos negócios, afirma Gustavo Mota, sócio-fundador do Grupo Mola.
Mota será um dos palestrantes da 3ª edição da Imersão Orion, que acontece nos dias 2 e 3 de novembro, em São Paulo. O evento, da SolarZ Educação, empresa do Grupo Mola, focado no mercado de energia solar, tem o objetivo de auxiliar a expansão de empresas que atuam no setor de energia solar fotovoltaica. O sócio fundador do Grupo Mola ressalta que o evento é uma oportunidade para os empresários que atuam nesse segmento otimizarem processos que vão alavancar vendas e gerar novos negócios.
“Mesmo ocupando o 6º lugar no mundo em produção de energia solar, o empresário brasileiro do setor ainda enfrenta significativos desafios para manter a sua sustentabilidade, como a falta de políticas públicas mais agressivas e ao alto custo dos equipamentos. O objetivo da Imersão Orion é capacitar empresários e gestores para tornarem seus negócios mais eficientes e lucrativos”, afirma o empresário.
Além de assistir a palestras com empresários e especialistas no setor de energia solar, os participantes do evento poderão ter acesso a sessões de mentoria exclusiva. “Este é um ambiente ideal para quem busca networking de qualidade e quer estreitar laços com profissionais influentes do setor”, diz um dos mentores do evento.
Entre os palestrantes da 3ª edição da Imersão Orion, da SolarZ Educação, estão: Gustavo Malavota, sócio-fundador do Grupo Mola; Thiago Silvano, CEO e fundador da Solar Z Tech; Hewerton Martins, presidente da Associação Brasileira Movimento Solar Livre (MSL), referência em políticas de incentivo ao setor solar no Brasil; Jomar Britto, presidente da Associação Frente Mineira de Geração Distribuída (FMGD); Frank Araújo, CEO da Ative Energy, especialista em soluções energéticas inovadoras e integradas; e Geovane Martins, CEO do Grupo VMX, que compartilhará sua ampla experiência em gestão e expansão de negócios no setor de energia solar.
As inscrições estão abertas e ainda há vagas disponíveis. Para mais informações e inscrições, acesse clicando aqui.